Governo encaminha Orçamento com proposta de salário mínimo de R$ 1.302 em 2023. Projeção enviada ao Congresso prevê Auxílio Brasil de no mínimo R$ 400, mas Planalto promete ‘esforços’ para manter valor de R$ 600.
Candidatura de Gabriel Monteiro a
deputado federal é barrada pelo TRE-RJ. Motivo da decisão é a cassação do
mandato do ex-vereador por quebra de decoro parlamentar.
Vice da PGR se manifesta contra
divulgação de mensagens entre Aras e empresários. Lindôra Araújo fala em
exploração eleitoral e midiática do caso e defende sigilo das conversas.
Número de refugiados ucranianos pela
Europa já passa de 7 milhões. Segundo a Organização Internacional para as
Migrações, o êxodo ucraniano já superou os da Venezuela (6,8 milhões) e da
Síria (6,7 milhões).
Meu amigo exigente me revelou que
vai continuar escolhendo candidato pelo critério de “menos pior”. Diz que
começa excluindo corrupto e mentiroso, depois faz um balanço das virtudes e
defeitos dos demais candidatos e decide por aquele a quem ele consegue
suportar. Não é novidade esse critério; ao contrário, parece ser um dos mais
realistas para avaliar os que se metem na política. Também mais prático, porque
o eleitor que não suporta a política e que exige perfeição de caráter, de
princípios, de capacidade administrativa, de conhecimentos gerais, acaba se
inclinando ao voto em branco, à anulação do voto ou à abstenção – o que é um
desastre triplo. (Alexandre Garcia)
Artistas: ponham-se em seus lugares!
Ao que tudo indica, a arte ganhou
uma aura mágica e irracional de proteção social. Fazer crianças assistirem e
tocarem em adultos nus? Arte. Sexo ou nudez pública? Arte! Mutilação ou
atentado contra a propriedade pública? Arte de novo… Subir em um orelhão no
meio da avenida e chorar quando um guarda o tira à força do lugar que qualquer
imbecil consegue perceber que não foi feito para subidas? Arte!
Com arte, você pode fazer tudo. Você
pode exigir tudo. Dou um exemplo: verba para um filme de 16h feito com cenas
monótonas dentro de uma ruela? Se não der para o artista… ele chora e nos chama
fascista.
Pelo visto, através do prisma da
arte, você perde o direito de ser ofendido – o que é irônico, vindo de
progressistas… –, pois a arte, pelo visto, foi resumida ao papel de chocar. O
choque feito pela classe artística atual, claro, serve majoritariamente para
impressionar sujeitos do século XIX. Gordas na praia, travestis, homossexuais,
mulheres feias, gritos sem nexo… tudo perfeitamente encaixado para escandalizar
a rainha Vitória… se não fosse pela parte que ainda nos choca. Seja em público
ou em um evento aberto a este, uma miríade de performances, na busca
desesperada para o único norte que lhes restou, tenta a todo custo ofender a
população, seus costumes, crenças e valores. Se você passar por alguma rua e
notar um “ato artístico” onde uma mulher fique com os seios à mostra, errado é
você se por acaso se sentiu ofendido ou se achou o ato errado.
Isso mesmo: também possuem o
elemento mágico de escolherem os culpados. Se vocês forem contra suas
performances, serão contra a arte em si. Aprendam isso, leitores! Perderam o
direito de discernir logicamente a parte do todo: um desempenho vexatório se
torna (através de uma força inexplicável, como um milagre intercedido pelo
próprio Moisés, contudo, sem ter o sentido de ser feito pelo Criador da
matéria) a própria Arte quando você questiona se aquilo deveria existir ou se
deveria ser exibido ao ar livre; as coisas, evidentemente, também não param por
aí. Perdem o direito de se expressarem, leitores. Se incomodar o artista… você
é um fascista!
Mas “fascismo” é uma palavra
interessante. O artista não o xinga de sindicalista, nacionalista, antiliberal,
corporativista… nada do que realmente compõe o fascismo, a não ser uma única
coisa: autoritário. Como alguém pode ousar ser contra a arte do artista
questionador? Como podemos cogitar questionar a autoridade do questionador?
Seria um disparate!
Devemos, claro, no máximo não nos
importar, pois sempre temos que abaixar nossas cabeças para a autoridade que
nos salvaguarda dos autoritarismos, uma tão alta, tão inquestionável, límpida,
perfeita, pura, que impera sobre todos nós… porque caso contrário… seremos
fascistas.
Ó, o terrível infortúnio contra o
artista atual! Quando escuta, do alto de sua torre subjetivista, a opinião de
alguém que não entende, acredita ou receia que sua obra, ou a corrente à qual
está relacionado, “não é arte”, o artífice do subjetivismo não se aguenta! Dos
fortes do Relativo, ele estoura bombas axiológicas contra a opinião da plebe
que, como é óbvio, “não sabe o que é arte”. Então, com o bastião de sua
relativa opinião, explica ao seu adversário que arte não tem definição, que ela
não pode ser contida em nada, mas ainda assim, através de seus parâmetros,
mostra que o reles campônio cultural está… errado. A arte moderna encaixa a
todos para todos não encaixarem ninguém – são os guardiões das definições!
A arte atual, claro, sem forma ou
coesão, é um grito contra o sistema. Todos os arquitetos medievais, os
escultores gregos, os poetas romanos, os pintores renascentistas e os
romancistas românticos… se não perceberam isso, é porque, claro, não sabiam o
que era arte e para que esta realmente servia. Replicavam apenas os discursos
de poder e os lugares de fala das elites aristocráticas, burguesas e religiosas
de seus tempos! Depois de seis mil anos de Civilização, depois de oitenta mil
anos de cultura e de duzentos mil anos de humanidade, apenas agora os críticos
sociais descobriram o que é arte!
Do seu domínio e poder nada sai, nada
foge de seus relativismos absolutos, nada pode os perturbar e ninguém ouse os
questionar… Pois se irritar o artista… você só pode ser um fascista. (Hiago Rebello, graduado e mestrando em História pela
Universidade Federal Fluminense)
Às vezes, estar em paz é melhor do que estar certo.
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