31 de mai. de 2017

O que mais falta ao Brasil...

 photo alguem..._zpsgxdiectm.jpg Candidatura Tasso abala coalizão. Movimento em favor de Tasso Jereissati na hipótese de eleição indireta desagrada a siglas aliadas; avaliação é de que tucanos avançaram sinal
Se queremos futuro melhor, não há plano B, diz Temer em SP. Presidente fez balanço de sua gestão no Fórum de Investimento, organizado pelo governo. 
• J&F faz acordo de leniência e vai pagar R$ 10,3 bi. Montante, a ser pago em 25 anos, é o maior acordo da história mundial. Ministério Público Federal havia pedido, inicialmente, R$ 11,2 bilhões. 
O presidente não pode ser ouvido sobre áudio, afirma Mariz. Para advogado, Temer só pode responder a questões sobre gravação de Joesley após conclusão da perícia. Temer pedirá ao STF para não responder sobre áudio de Joesley. Fachin autorizou o depoimento de Temer à PF por escrito. Mas a defesa do presidente tenta fazer com que o Supremo não autorize a inclusão de questões relacionadas ao áudio de Joesley no interrogatório. Em entrevista ao Estadão, o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira alega que o peemedebista não pode ser ouvido antes do resultado da perícia. Além disso, comenta a situação de Rodrigo Rocha Loures. Fachin também decidiu separar a investigação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do inquérito de Temer, que também inclui o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Com isso, a investigação foi dividida em dois inquéritos diferentes. 
• Com a recusa de Serraglio à Transparência e volta à Câmara, o ex-ministro desalojará o suplente (filmado com mala de R$ 500 mil), que perderia o foro - mas que pode ser julgado pelo STF, como explica Eloísa Machado de Almeida, do Supremo em Pauta. 
• O clima azeda em outra frente também, como mostra a coluna do Estadão. Sinais de interferência do governo, com Torquato Jardim assumindo a Justiça, teriam deixado ministros do TSE incomodados. Dois deles teriam silenciado a respeito do entendimento sobre eleições diretas no Amazonas, por exemplo. 
• Ministério Público Federal fecha delação que pode derrubar Lula. Palocci negocia prisão domiciliar para delatar Lula. Ex-ministro negocia acordo com força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. 
• Senado decide adiar votação da reforma trabalhista. Acordo com oposição deixa para próxima terça início da apreciação do texto. 
• No meio da turbulência política desencadeada pela delação dos executivos da JBS, a popularidade de Michel Temer estaria derretendo. 
• PSDB sai da base se Temer for cassado no TSE e recorrer. Presidente se encontrou com FHC, Tasso e Moreira Franco para discutir crise. 
• Ex-assessor de Temer cobrou propina em obra, diz delator. Pagamento foi feito por construção do Mané Garrincha, segundo executivo. 
• Congresso derruba veto sobre redistribuição de ISS a municípios. Imposto será redistribuído para 5,5 mil cidades; hoje arrecadação vai só para 35 prefeituras.
• Sem acordo, deputados adiam votação sobre fim à guerra fiscal. Votação era esperada para hoje, mas alguns Estados recusaram fim de incentivos fiscais. 
• Tribunal Regional Federal aceita pedido da AGU e bloqueia bens da Odebrecht. TRF bloqueia novamente os bens e o faturamento da Odebrecht. 
• AGU cobra R$1,5 milhão de organizadores de protesto por danos a ministério. 
• Congresso cria CPI para investigar a JBS; Irregularidades cometidas pela JBS podem resultar em multa de até R$ 31 bi. Cifra é a soma, feita pelo Estadão/Broadcast, de sanções, ressarcimentos e até dívidas fiscais que empresa poderá ter de pagar a órgãos brasileiros; Criada, CPI do BNDES ainda não tem integrantes. Líderes não indicam senadores para investigar financiamentos. 
• Se no ano passado a divulgação de uma conversa grampeada entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornou munição para Aécio Neves subir o tom das acusações contra o Governo petista, o senador do PSDB, afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de recebimento de propina da JBS, agora é o principal alvo das gravações às escondidas, mas autorizadas pela Justiça. Em uma delas, que se tornou pública no fim da semana passada, ele aparece dando um sermão no senador Zezé Perrella (PMDB) após o amigo e aliado de longa data se vangloriar de não ter sido citado no mar de lama descortinado pela lista de Fachin, dos implicados na delação da Odebrecht, em abril. 
Cliente da Cracolândia, irmão de Suzane von Richtofen é internado em surto. Quinze anos após crime que consternou o País, Andreas foi levado ao Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul paulistana; Internação forçada deve ser último recurso, diz Drauzio. Médico diz que não é possível acabar com a cracolândia em São Paulo; Praça ocupada por usuários de drogas terá estrutura fixa. Prefeitura criará abrigo e colocará contêineres na Princesa Isabel. 
• Apesar da crise no setor naval, governo aprova R$ 3 bi para novos estaleiros. Ministério dos Transportes, que administra Fundo de Marinha Mercante, diz que projetos são para reparo e não para construção de navios. 
• Caixa reduz em R$ 4 milhões a verba destinada à Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). O novo contrato de patrocínio prevê aporte de R$ 60 milhões para o ciclo olímpico dos Jogos de Tóquio-2020. 
• Novo advogado de Loures não afasta radicalmente delação. Cezar Bitencourt descarta neste momento acordo de colaboração e diz que defesa será técnica. 
• Renan poupa governo e elogia escolha de Temer para Justiça. Após sucessivos ataques ao governo, bancada analisará hoje liderança de Renan no Senado. Após acordo, Renan permanece na liderança do PMDB. Condição é de que senador não faça comentários contra medidas econômicas do governo em nome da bancada do PMDB. 
• Ministros do TST rechaçam reforma trabalhista. Documento de análise jurídica, com argumentos contrários à reforma trabalhista (PLC 38/17), foi protocolado no Senado com assinatura de 17 dos 27 ministros do Tribunal Superior do Trabalho. Para eles, a reforma prejudica direitos dos trabalhadores. O documento foi entregue ao senador Cameli (PP-AC), 2º secretário do Senado. Os ministros Hugo Carlos Scheuermann, Delaíde Alves Miranda Arantes, José Roberto Freire Pimenta, Maria Helena Mallmann e Maurício Godinho Delgado entregaram o manifesto, acompanhados do senador Paulo Paim (PT-RS). 
• Aécio cobrou chefe da PF por acesso a inquérito. Interceptação mostra que senador afastado ligou para Leandro Daiello e disse que seu advogado iria procurá-lo sobre investigação em Furnas. 
• Serraglio recusa ministério e deixa Loures exposto. Ex-ministro volta para Câmara; sem mandato, aliado de Temer passa a ser risco para governo. 
• Danilo Gentili recebe notificação, esfrega em suas partes íntimas e envia de volta a deputada. Leia
• Assustador, mas o Greenpeace corre o risco de ser calado. A madeireira canadense Resolute está tentando nos silenciar com processos judiciais de milhões de dólares. Se eles ganharem, a nossa capacidade de defender as florestas em qualquer lugar do mundo sofrerá um grande golpe. Assine aqui

O Antagonista 
1. Além de delatar André Esteves e Abílio Diniz, Antonio Palocci está delatando também - é claro - seu chefe, Lula. Em particular, a conta Amigo, em que era depositada a propina da Odebrecht, e o esquema da Sete Brasil, revelado por Renato Duque. 
2. O eleitor de Lula aplaude a propina. A pesquisa feita pelo Instituto Paraná depois dos depoimentos de Joesley Batista revela, segundo o Estadão, que Lula segue estável na liderança
3. Palocci está contando tudo. Antonio Palocci, segundo o Valor, participou de ao menos cinco reuniões com a Lava Jato em Curitiba
4. Palocci delata Diniz. Antonio Palocci tenta negociar, em acordo de delação premiada, que sua pena seja cumprida em um ano de prisão domiciliar
5. Palocci delata Esteves. Antonio Palocci delatou André Esteves. 
6. Michel Temer acabou. 54,7% dos eleitores consultados pelo Instituto Paraná consideram que seu governo é péssimo. 
7. Edson Fachin autorizou a PF a interrogar Michel Temer, que copia Dilma ao arrastar o país para uma nova crise. Temer vai sangrar e fazer o país sangrar junto com ele, diz Claudio Dantas.
8. João Doria encolheu nas últimas semanas. De olho em 2018, ele preferiu se esconder, evitando fazer comentários sobre o comportamento escandaloso de Michel Temer e Aécio Neves. 
9. A JBS fez bem a Jair Bolsonaro. Uma pesquisa do Instituto Paraná, divulgada pelo Estadão, mostra que ele sai vitaminado em todos os cenários

Bombas Atômicas.
Começo dando os parabéns ao general Etchegoyen, por desenterrar esse assunto importantíssimo. Conhecido mundialmente, como Tratado de não proliferação de armas atômicas, é uma usurpação do direito dos países de tomarem suas próprias decisões. E a discriminação e consagração da desigualdade entre os países.
Escrevi muito a respeito dessa imposição discriminação que se abateu sobre países com presidentes compreensivos, como o Brasil de FHC. Em 1998 ele assinou o Tratado subserviente, que restringiu essas armas destruidoras apenas a 27 países, ou seja, unicamente aos que já tinham esses maquinas de destruição. A fala do general pode ser complementada por ele mesmo, por convicção pessoal e pelo cargo que ocupa.
Logicamente sou contra essas armas nucleares, é como se chamam hoje. Deviam eliminar todas. Uma única restrição: FHC não cometeu um erro. É preciso completar: clamoroso, vergonhoso, tenebroso, criminoso.
O desmemoriado Guido Mantega.
Acontece tudo no Brasil. E com a maior simplicidade. Ministro do Planejamento, presidente do BNDES, Ministro da Fazenda por 9 anos, esqueceu do usual. Abriu uma conta no exterior unicamente (palavra usada na confissão) para um deposito de 600 dólares. E esqueceu que devia declarar à Receita Federal.
Agora, anos depois, lembrou e tornou público o fato. E com uma justificativa: Era herança de um imóvel, deixado pelo pai. Vendeu, era um direito seu. Mas o que seria perfeitamente normal na época, hoje não convence ninguém. Surpreendente, nunca ouvi acusação a ele. Quando foi publicado que deixaria o ministério, li o seu comentário: Terei que voltar a ser professor em SP. Disse isso como prova de que precisava trabalhar para se manter.
Os farsantes Maia e Meirelles.
Nenhuma surpresa. O primeiro é de família. O segundo é de trajetória. Do presidente da Câmara: Em poucas semanas retomaremos a discussão sobre reforma da Previdência. Estão tratando do assunto há 1 ano, agora nem sabem o que acontecerá amanhã, está otimista para semanas.
O Ministro da Fazenda é um falastrão, ninguém confia nele. Declaração de hoje: A expectativa é de um resultado muito positivo para o PIB, no primeiro trimestre deste 2017. Não esquecer: Temer conheceu Meirelles, quando este era presidente do Conselho de Administração da JBS, íntimo dos irmãos Batista.
O enganador Meirelles.
Às 11,45 falou sobre o positivo PIB do primeiro trimestre. Não ficou satisfeito, voltou a falar ás 12,50. Dessa vez ainda mais estarrecedoramente. Textual nas televisões: Temer governará até 2018, o povo sabe que ele fará as reformas imprescindíveis. Nenhuma palavra verdadeira, apenas a mentira sempre repetida.
Temer acredita mesmo.
Exatamente ás 15 horas, repete a bazófia, que palavra, do seu ministro da Fazenda. Textual: Vou ficar no governo até 2018, duração do meu mandato. Duas tolices. 1 - Não tem mandato nem tempo determinado. 2 - Não há uma possibilidade em 1 milhão de chegar a 2018.
Pouco antes, recebeu a comunicação: Serraglio acabara de tomar posse, reassumido o mandato na Câmara. Com isso, Rocha Loures, seu amigo de boa índole perdeu o foro privilegiado, e está conversando sobre delação. O que não é bom para o presidente indireto.
Temer será ouvido no Supremo.
Apesar da arrogância dele e de Meirelles, no Planalto e no Jaburu, só chegam péssimas notícias. Pouco antes das 16 horas, uma tremenda explosão: o ministro Edson Fachin determinou que Temer preste depoimento no Supremo.
A notícia chegou ao Planalto, e na linha da arrogância, Temer recebeu a comunicação: Fique tranquilo, o senhor não irá depor. Pior ainda: Temer irá depor na Polícia Federal. A não ser que o novo Ministro da Justiça decida o contrário. Para isso ele foi nomeado.
Cracolândia-Dorialândia.
Um desembargador proibiu a remoção compulsória e obrigatória dos dependentes. O prefeito recorreu. Agora, o Tribunal de Justiça, coletivamente, confirmou a decisão do desembargador. Mas com dados e números irrespondíveis, que não suportam polêmica. E sim analise desinteressada.
1 - O Centro de Recuperação tem 240 lugares. E deve receber 600 dependentes. 
2 - O pessoal é reduzido, e os espaços inadequados.
3 - Não existem camas, banheiros, privadas para os que já estão lá. 
4 - Nem enfermeiras, serviço até mesmo de psicólogos, psicanalistas, psiquiatras. (Helio Fernandes) 

PGR: leniência e impunidade.
Guardião da Constituição, o STF precisa rever o acordo de leniência homologado com os irmãos Joesley e Wesley Batista. Em nome da dignidade nacional e da moralidade pública. A desproporcionalidade na aplicação da lei, nas duas grandes centrais de corrupção sistêmica, Odebrecht e JBS, é flagrante. O empresário Marcelo Odebrecht está preso, há quase dois anos, em Curitiba. Condenado a dez anos, cumprirá sete anos com tornozeleira eletrônica e posteriormente em regime domiciliar. O pai, Emílio Odebrecht, foi condenado a quatro anos em prisão domiciliar. A multa que pagará será na escala de bilhões de reais.
Paralelamente, os diretores do JBS, compradores de políticos como se compra gado, envolvidos em corrupção oceânica com o dinheiro público jorrando como onda do mar, ganharam privilégios indecorosos: autêntico crème de la crème. Imunidade legal e garantia jurídica vetando a abertura de processos sobre os crimes em que foram ativos participantes. A multa simbólica fixada foi de R$ 225 milhões, homologada pelo ministro do STF, Edson Fachin. Recebendo autorização de se ausentar do País, Joesley, imediatamente embarcou, no jato particular, para os EUA, acompanhado de Ricardo Saud, antigo pupilo e assessor do folclórico deputado Severino Cavalcanti, cassado da presidência da Câmara por recebimento de propina. Em Brasília, conhecido como homem da mala, é o diretor de Relações Institucionais do JBS e tratado pela imprensa de executivo de sucesso. A dualidade jurídica nas penas aplicadas não encontra amparo nem no Código de Hamurábi.
Eivada de suspeição, a colaboração dos irmãos Joesley e Wesley, junto à PGR (Procuradora Geral da República) tem roteiro envolvendo personagens da área pública na sua estruturação. Registrado pela imprensa e nunca desmentido, o acordo de leniência negociado foge a qualquer padrão nas operações de combate à corrupção pública e privada brasileira.
No dicionário de Aurélio Buarque de Hollanda, suspeição tem essa definição: Situação, expressa em lei, que impede juízes, representantes do Ministério Público, advogados, serventuários ou qualquer outro auxiliar da Justiça de, em certos casos funcionarem no processo em que ele ocorra. Na delação da JBS, o seu diretor jurídico Francisco Assis e Silva, em 19 de fevereiro, teria contatado servidores públicos que investigavam a empresa para dar “aula de delação” aos irmãos Batista. Seriam dois integrantes da Operação Greenfield, onde a empresa está sendo investigada. Os professores teriam sido o procurador da República, Anselmo Lopes e a delegada da Polícia Federal, Rúbia Pinheiro.
E tem mais: o procurador da República, Marcelo Miller, integrante do Grupo de Trabalho da Lava Jato, em Brasília, braço direito de Rodrigo Janot, em 6 de março, deixou o Ministério Público Federal. Não respeitou o princípio jurídico e ético da quarentena, passando imediatamente a advogar no escritório Trench, Rossi & Watanabe, contratado pela holding J&L (JBS) para negociar o acordo de leniência. A PGR justificou-se que o ex-procurador não teria participado das negociações que sedimentaram a colaboração premiada. Como diria o poeta palavras ao vento, voai. Joesley Batista cooptou como informante no Ministério Público Federal, outro procurador da República, Angelo Goulart Villela. O servidor corrompido foi demitido e cumpre temporada prisional.
No futuro os corruptos, quando optarem por colaboração premiada”, devem procurar a PGR, em Brasília. A punição será suave e os benefícios vantajosos. No ano passado, o felizardo foi o corrupto Sérgio Machado, dirigente da Transpetro, um dos núcleos de negociatas na Petrobrás. A exemplo de Joesley Batista, saiu de gravador em punho registrando conversas com o ex-presidente José Sarney e os senadores Renan Calheiros, Edson Lobão e Romero Jucá. Afirmando ter repassado aos quatro R$ 70 milhões. Nos doze anos em que dirigiu a estatal delatava ter desviado R$ 100 milhões ao PMDB.
Homologada em maio de 2016, a colaboração de Sérgio Machado, estabeleceu 2 anos e 3 meses de prisão, com tornozeleira, na sua confortável residência em Fortaleza. O felizardo corrupto recebeu multa de R$ 75 milhões e obteve garantia de suspensão de investigação sobre os filhos. Um deles, Expedido Machado da Ponte Neto, administrava uma off-shore (contas bancárias que ocultam a origem do dinheiro) em Londres, onde teria investido 21 milhões de libras (R$ 92 milhões), em quatro imóveis na Inglaterra. O primeiro, em Londres, um prédio de escritório por 7,2 milhões de libras (R$ 32 milhões); o segundo, uma propriedade em Leeds, no norte de Londres, por 6 milhões de libras (R$ 26,8 milhões); o terceiro, apartamento no bairro nobre de Mayfaír, por 1,8 milhão de libras (R$ 8,2 milhões); e a quarta propriedade, a compra de um imóvel no centro de Londres no valor de 7,2 milhões de libras (R$ 26,7 milhões). Os investimentos imobiliários no Reino Unido foram publicados pelo conceituado jornal inglês The Guardian. O filho está dispensado de prestar qualquer esclarecimento oficial.
Em surpreendente artigo na Folha de São Paulo (25-05-2017), por título O custo de romper o círculo da corrupção, o chefe da PGR, Rodrigo Janot, constatou: Fui taxado de irresponsável. (Hélio Duque, doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Foi Deputado Federal (1978-1991)) 

Rio dá o primeiro sinal concreto de convulsão social no Brasil.
Materializaram-se no centro do Rio os primeiros sinais da grande convulsão social que vem sendo anunciada por cientistas políticos e economistas, inclusive por mim, como consequência da crise econômica e política sem precedentes em que estamos mergulhados. Presenciamos a consequência direta do aumento do desemprego, da contração da economia por três anos seguidos, do estrangulamento dos serviços públicos estaduais, da ação inexperiente e estúpida da Lava Jato que não conseguiu separar empresários de empresas levando virtualmente à bancarrota cadeias produtivas de centenas de empresas.
A receita fiscal desaba e o Governo comandado por Meirelles corta gastos reais do setor público enquanto defende os interesses dos banqueiros e financistas cobrindo com déficits gigantescos as despesas com juros estratosféricos. É um acinte. Jamais tivemos situação similar em nossa história. O Rio, duplamente estrangulado pela dívida junto à União e a queda da receita do petróleo, juntamente com a queda de receitas devida à depressão geral, tornou-se a vanguarda do caos para o qual inexoravelmente caminha todo o país. Como o resto do país, está nas mãos de uma canalha neoliberal, cuja menor culpa é a corrupção.
Sim, que se some todo o dinheiro roubado e manipulado desde o mensalão ao petrolão, acrescentando-se o dinheiro da carnificina política promovida pela JBS, e estaremos longe, muito longe dos quase 8% do PIB retirados da riqueza de todos os brasileiros em dois anos, aos quais virá se acrescentar mais um ano de contração já contratada. Para um país em desenvolvimento, é uma tragédia. Achar que isso não tem consequências sociais faz parte da ignorância da classe dominante e da indiferença das elites políticas. Já estamos mergulhados em convulsão social. Não é impossível que a situação se converta em guerra civil.
O domínio por bandidos do centro do Rio, perto de duas delegacias policiais e de um comando do Exército, é a indicação mais óbvia de que já estamos no meio caos. Houvesse aqui um Lênin com um partido comunista revolucionário organizado e, na desordem absoluta, alguém gritaria: todo o poder aos sovietes!. É fato que isso está de alguma forma ultrapassado, assim como está ultrapassada uma intervenção militar convencional para o restabelecimento da ordem, na medida em que a fonte da desordem dessa vez, diferente de 64, não é a suposta ameaça comunista, mas é a própria classe dominante e as elites políticas dirigentes.
Como eu, o senador Roberto Requião vem advertindo para o risco de convulsão social e guerra civil no Brasil. Infelizmente, cresce a possibilidade disso. Hordas de desempregados, em busca de subsistência para si e para a família, já estão subindo as favelas do Rio e de São Paulo estabelecendo articulações com o tráfico. Sabe-se que o tráfico, por sua vez, reforçou seu suprimento de armas de grande poder ofensivo mediante compras da antiga guerrilha colombiana que está se despojando delas no processo de paz. Gente, armas, desespero. Acaso é preciso outros elementos para deflagrar uma convulsão social?
O Estado do Rio não tem governo. O acordo em relação à dívida imposto pelo Governo federal, e aprovado por um Congresso incompetente e indiferente, tem como único objetivo forçar a privatização de ativos estaduais, no caso fluminense a Cedae. Não traz qualquer contribuição positiva ao povo. Mantém a falência dos serviços públicos. Contribui, sim, para enriquecer os piranhas da privatização da água. Diante de tamanha traição aos cidadãos brasileiros e fluminenses não será surpresa que a associação desempregados/tráfico/milícias venha, por linhas transversas, vingar por nós, os alienados, o esbulho que está sendo feito contra a Nação.
Há saída? Sempre haverá. Mas que nenhum grupo ou partido pense que poderá sair dessa com ganhos absolutos impondo a outros derrotas absolutas! (José Carlos de Assis) 
A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa. (Jô Soares)

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