15 de mar. de 2007

Origem de alguns ditos populares

Dormir com os louros da vitória
Em Roma, quando se coroava a um general, pretor ou cônsul depois de uma vitória se festejava um Triunfo. Como símbolo de glória se lhe colocavam guirlandas de lauréis. Sem dúvida, esses deviam agachar levemente sua cabeça, elo qual dava a impressão de estar descansando sobre os lauréis da glória.
Salvo por um fio
Pensavam que era porque um pelo é algo muito fino e é daí que vem o dito? Estavam errados igual a mim. Esse dito vem porque na antiguidade os marinheiros quando caíam na água geralmente eram agarrados e elevados pelos cabelos. Por essa razão alguns deixavam o cabelo crescer, pois ao afundar o corpo, era ele que ficava flutuando e era excelente ponto de agarrar-se.
Um passarinho me contou
Na Grécia e em Roma, sobretudo nessa última, se acreditava que os pássaros, por serem donos do vôo, possuíam características magníficas de percepção. Como com o tempo começaram a ver que, ante uma tormenta severa as aves eram as primeiras a fugir da região, os romanos as designaram como portadoras do saber futuro. De fato, o rito dos Augúrios, onde se intentava predizer o futuro, se baseava em observar o o vôo dos pássaros - igual a que fizeram Rômulo e Remo esperando ver 12 pássaros para fundar Roma -. Daí vem que o ditado "um passarinho me contou" significa que nos inteiramos de algo "misteriosamente".
Atirar a casa pela janela
No século 19, quando alguém ganhava a loteria nacional da Espanha se dizia que os amigos e familiares do afortunado deviam ir a sua casa e, literalmente, para jogar todos objetos pela janela.
Não sabe nem um J
O "J" é uma letra que vem do idioma hebreu. Como em sua forma escrita o "J" - que é a letra mais feminina de todas no idioma - forma parte da estrutura escrita do resto das letras, "Não saber Nem um J" significa não saber nada.
Bode expiatório
Esse dito vem do mundo antigo e se refere a uma prática ritual dos antigos judeus. Nela, o rabino elegia dois machos caprinos de um rebanho e, lançando a sorte, escolhiam a um deles para ser sacrificado. Como deixá-lo à sorte supunha-se ter uma participação divina, assumia-se então que esse bode era o eleito para levar consigo os pecados do povo. Daí vem o ditado "ser o bode expiatório" quando a alguém é acusado de alguma coisa.
Começar com o pé direito
Nos rituais pagãos, ao subir ao altar era norma dar o primeiro passo com a perna direita. Isto significava um bom augúrio e marcava que os deuses estariam a favor dos concorrentes.
Por a mão no fogo
Entre os antigos povos pagãos da Alemanha existia um costume de realizar juízos diante dos deuses quando surgia um litígio entre duas pessoas. Uma das formas mais comuns de ver se esta pessoa estava sendo sincera era por um ferro quente em suas mãos ou em alguma outra parte do corpo. Se a pessoa saísse correndo, isso significava ser culpada.
(Alzira Miranda)

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