27 de out. de 2015

Como todo país, o Brasil tem seus novelões.

• Governo prepara decreto para facilitar regra de conteúdo local. Texto inclui novos itens entre o que pode ser considerado contratação na indústria brasileira; Petrobras deve ser uma das mais beneficiadas. 
• Sem apoio, Zico está fora da eleição para o comando da Fifa. Ex-jogador brasileiro não consegue aval das cinco federações necessárias. 
•  O cerco a Lula e a guerra pela hegemonia - O ex-presidente Lula faz 70 anos nesta terça (27). Seu inferno zodiacal nunca deve ter sido tão devastador. O delator Fernando Baiano o aproximou da Operação Lava Jato. E nesta segunda (26), a Operação Zelotes fez buscas e apreensões no escritório da empresa de seu filho Luis Claudio. Com isso os adversários avançaram muito na dupla estratégia de pegar o Lula e derrubar a Dilma, síntese da disputa pela hegemonia que vem castigando o Brasil; a avaliação é da colunista do 247, Tereza Cruvinel; segunda ela, nesta guerra pela hegemonia, a destruição tem que ser completa, por isso a crise não acabará tão cedo; Antigamente isso se resolvia com uma quartelada, como em 1964. Na democracia e nos tempos correntes é mais complicado e demorado. E são muitas as forças envolvidas, inclusive as forças econômicas internacionais, pontua. 
• FHC pede liberdade para Marcelo Odebrecht. Em entrevista ontem no programa Roda Viva, da TV Cultura, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso disse que a prisão do empreiteiro Marcelo Odebrecht se justifica pelos dados que foram apresentados pela Justiça, mas tem limite: Acho que o Estado de Direito é uma coisa importante. Não pode transformar prisão preventiva em instrumento de prisão permanente. Quem tem que julgar isso não sou eu, é o Supremo, afirmou; segundo ele, hoje, a política dança ao ritmo da crise econômica e da operação Lava Jato; FHC defendeu ainda a honradez de Dilma, mas fez insinuações sobre Lula: Dilma é pessoalmente honrada; Lula, tenho que esperar para ver
• Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que continuará a conversar com diretórios do partido na tentativa de convocar para novembro uma convenção destinada a discutir, entre outros assuntos, se o PMDB permanece na base aliada do governo: O PMDB não pode se furtar a discutir essa relação. Adiar isso é tapar o sol com a peneira; ele informou que, em novembro, deve se posicionar sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma formulado pelos juristas Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale. 
• Investigação sobre Carvalho é só lixo. Na Operação Zelotes, só nas maiores empresas, há fraudes para sonegar impostos de duas dezenas de bilhões de reais. E os nossos valentes delegados e delegadas federais estão investigando bonecas para as meninas do chefe de Gabinete de Lula, critica o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço; Não posso deixar de ficar indignado - até mais que o próprio - com a irresponsabilidade da Polícia Federal, protesta. 
• Ministro do Supremo Tribunal Federal resumiu em poucas palavras um dos grandes problemas do país: O Estado não cabe mais na sociedade e a sociedade não tem mais recursos para financiar esse Estado; e completa: Vamos ter de viver um processo imenso de mudança de paradigma no Brasil, pois criamos um Estado que a sociedade não consegue mais sustentar; neste cenário, ele prega uma grande reforma do Estado; o sistema político brasileiro, segundo Barroso, vive uma crise dramática de legitimidade. (Hélio Doyle) 
• Quebra de sigilo de empresa do filho de Lula. Estou fazendo logo a quebra até para não prevalecer, neste debate, a discussão entre governo e oposição. Já teve um requerimento de convocação de Luís Cláudio Lula da Silva rejeitado pela CPI. Para não correr o risco de ter o segundo requerimento rejeitado, vamos fazer a apreciação dos requerimentos de quebras de sigilo, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), sobre o filho do ex-presidente Lula; ontem, sua empresa, a LFT Marketing Esportivo, foi alvo de buscas da operação Zelotes. 
• Ex-Odebrecht diz que gerenciava fortuna de Duque. João Antonio Bernardi Filho afirmou em delação premiada que abriu a offshore Hayley SA, no Uruguai, e sua filial no Brasil para ocultar a fortuna do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque; Entre 2009 e 2010 a Hayley recebeu por volta de 5 milhões de dólares, afirmou ele, no acordo homologado nesta segunda-feira, 26 pelo juiz federal Sérgio Moro; Bernardi apontou um total de ativos de US$ 10,6 milhões. 

• Organização das Nações Unidas (ONU) votará nesta terça-feira (27) resolução que prevê o fim do bloqueio norte-americano a Cuba; votação ocorre poucos meses depois do restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos. 
• Bacon, linguiça e outras carnes processadas podem causar câncer, diz OMS. 

Mais uma da quadrilha petista. 
. É impressionante! Onde esteve ou está gente da corja petista, há (ou houve) danos, roubalheiras e mentiras. Dessa vez, reaparece o caso da PETROS, que, por influência direta de Palocci, teve que comprar por 3 bi de Reais a participação da Camargo Correa (uma das enroladas no Lava Jato) numa arapuca chamada ITAUSA, que valia uma miséria qualquer. Feita a tramoia, a Camargo Correa, muito agradecida, fez uma bela doação à campanha da Dilma; Palocci, o esperto, saiu-se bem com os bolsos recheados, e os funcionários da Petrobrás se ferraram no rombo que ficou no seu fundo de pensões.
. Nada escapa da sanha dessa quadrilha. Onde houver dinheiro grosso, como há nos fundos de pensão, eles lá estão, roubando o quanto podem. (AC) 

Palocci é o personagem misterioso do caso Itaúsa. 
 . Todo mercado sabia que houve rolo para que o fundo Petros, dos funcionários da Petrobras, comprasse por R$ 3 bilhões algo que ninguém queria: a participação na Camargo Corrêa na Itaúsa, holding do banco Itaú. Agora se sabe o nome da fera que armou a operação, segundo acredita a CPI dos Fundos de Pensão: Antônio Palocci, ex-ministro de Lula e Dilma. O negócio foi desastroso para o Petros.
Grande prejuízos
. A manipulação dos recursos, no negócio do Itaúsa, causou grandes prejuízos aos segurados do Petros, no período de 2003 a 2015. 
Dupla dinâmica
. Atuando fortemente, inclusive no Instituto Lula, Palocci é conhecido no mercado como parceiro de negócios e soluções do ex-presidente Lula. 
A toque de caixa
. A compra da participação da Camargo na Itaúsa foi fechada à revelia do Comitê de Investimentos da Petros, com prejuízo para os fundos. 
O investigador 
. O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) descobriu o papel de Palocci no caso Itaúsa, e o convocou para depor na CPI dos Fundos de Pensão. (Diário do Poder)

Para quem não se lembra, segue abaixo a denúncia publicada na VEJA em 2011.
. Palocci ajudou doadora de campanha do PT.
. Reportagem de VEJA mostrou que o ex-ministro teve papel central nas negociações para que Camargo Correa vendesse ao fundo de pensão Petros participação acionária na holding Itausa.
Palocci: consultoria enriqueceu durante o ano eleitoral.
. Antonio Palocci deixou na semana passada o comando da Casa Civil. Caiu após as revelações sobre seu incrível salto patrimonial num curto espaço de tempo, graças ao trabalho como consultor de empresas - enquanto também detinha um mandato de deputado federal e o cargo de coordenador da campanha de Dilma Rousseff à presidência da República, em 2010. Muito se ouviu de seus colegas de partido e aliados que a demissão do ministério põe fim ao affaire e torna desnecessária uma investigação detalhada sobre seu enriquecimento. Não é assim. Em sua edição deste fim de semana, VEJA traz duas reportagens que lançam luz sobre o mundo em que Palocci se movia.
. Uma delas revela quem é o misterioso Gesmo Siqueira dos Santos, comprador do apartamento em que mora Antonio Palocci. Petista de carteirinha desde 1988, ele é, segundo a polícia, um lavador de dinheiro profissional, cuja base de atuação é Mauá - cidade do ABC paulista governada pelo PT. O partido transformou Mauá num centro de malversações, malfeitos e maldades, diz a reportagem.
. A segunda mostra que Palocci teve papel central nas negociações para que a construtora Camargo Correa vendesse ao fundo de pensão Petros, dos funcionários da Petrobras, sua participação acionária na holding Itausa. O valor do negócio: 3 bilhões de reais. Não houve contrato formal entre a empreiteira e Palocci, até onde se sabe, nem pagamento pelo serviço. O ex-ministro sempre negou ter sido intermediário de pleitos da Camargo Correa. Foi o que disse por escrito a VEJA quando ainda era ministro. Foi o que repetiu em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo. Documentos obtidos pela revista mostram o contrário.
. Influência - A Camargo Correa inicialmente tentou vender suas ações da holding à Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Como o negócio não se consumava, foi bater à porta da Petros. Palocci seria o aliado-chave nessa segunda aposta.
. Os documentos obtidos por VEJA mostram que a busca do apoio de Palocci causou divergências entres os executivos da Camargo Correa. Um grupo insistia nas negociações com a Previ. Outro apostava numa solução política, baseada na proximidade com o petista influente. Essa aposta tinha seus riscos, porque a campanha eleitoral ainda estava em curso. A vitória da chapa petista era somente uma hipótese e o poder real de Palocci num eventual governo, uma incógnita. O fechamento do negócio dependia do resultado da eleição, diz um executivo da construtora a VEJA.
. A solução política, no entanto, vingou. A compra das ações foi aprovada pelos quinze conselheiros da Petros no dia 5 de outubro, dois dias após o primeiro turno, e concretizada em 30 de dezembro, a dois dias da posse de Dilma Rousseff.
. A Camargo Correa doou 8,5 milhões de reais ao comitê eleitoral da campanha de Dilma à Presidência da República. Não existem provas de que o acerto com a Petros tenha sido azeitado pela doação de campanha, mas, conhecendo os mecanismos de negócios entre as grandes empreiteiras e o estado brasileiro, é lícito indagar se sem a doação o negócio sairia da mesma forma, diz a reportagem.

O destemor de um General. 
. O destemido General de Divisão José Carlos Cardoso, Comandante da 3ª Divisão do Exército, organizou hoje, 26 de outubro de 2015, homenagem póstuma ao Cel. Ustra, oficial da linha dura que atuou na década de 70 contra os terrorista da mesma linhagem de Dilma.
. Para um bom entendedor, uma homenagem desse tipo tem forma e conteúdo de uma afronta, e resta saber apenas em que isso resultará. (AC) Aqui

Combate à pobreza supera todas as metas, mas a CNBB, o Papa Francisco e Obama parecem não saber. 
. Os extremamente pobres caíram de 2,6 bilhões em 2000 para 836 milhões em 2015.
. No ano 2000 a ONU propôs, entre os objetivos sociais a serem alcançados pelos países membros, a meta de reduzir pela metade o número dos que vivem na pobreza extrema na terra (definida como uma renda inferior a cinco reais por dia).
. Para o grande jornal italiano Il Corriere della Sera, que comentou a meta em editorial, esta pareceu utópica.
. Porém, 15 anos depois, a meta não só foi atingida, mas superada com folga. Segundo a mesma ONU, os extremamente pobres caíram de 2,6 bilhões em 2000 para 836 milhões em 2015.
. O jornal acenou respeitosamente para a contradição entre os dados da ONU e os discursos do Papa Francisco I e do presidente Obama, feitos na mesma sede dessa organização mundial.
. Os dois máximos representantes da ordem espiritual e temporal fizeram discursos em que pareciam desconhecer esse dado fundamental e adotar a demagogia barata das esquerdas mundiais.
. O jornal italiano sublinhou os índices impressionantes da redução da pobreza extrema na China e no sudeste da Ásia, onde a queda foi de 84% do total dos extremamente pobres.
. Na América Latina, a redução da pobreza extrema foi sumamente bem-sucedida: queda de 66%.
. Na África, os números não foram tão bons, mas são dignos de menção: a categoria dos mais pobres diminuiu 28%.
. O jornal observou que essa melhora histórica deve ser atribuída ao dinamismo do capitalismo privado, sobretudo nos tigres asiáticos e em países como o Brasil.
. Entre 2000 e 2015 foram colossais os progressos na educação básica. 
. E os progressos econômicos não foram os únicos entre os mais pobres. 
. Por exemplo, no campo sanitário reduziu-se pela metade a mortalidade infantil na África subsaariana, enquanto foram colossais os progressos na educação básica: 90% das crianças hoje vão à escola, e 80% completam todo o ciclo.
. Lendo esses dados, é-se levado a perguntar que motivação leva a CNBB, o Papa Francisco e presidentes como Obama a ficarem enfiando farpas contra o regime de propriedade privada, a livre iniciativa e a capitalização pessoal.
. Não deveriam eles, que se apresentam como zelosos dos mais necessitados, humanitários e misericordiosos, elogiar esses resultados e promover o sistema que os produziu?
. Mas nada ouvimos nesse sentido da parte desses líderes. Como explicar tão enorme e enigmática contradição? (Luis Dufaur)

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