22 de set. de 2015

Coisas do arrastão politico-governamental.

 photo _adiacutevida.jpg • Dólar fecha próximo dos R$ 4 e atinge segundo maior patamar desde 2003. Banco Central foi obrigado a intervir no mercado e vendeu US$ 3 bilhões por meio de um leilão com compromisso de recompra para tentar frear a alta da moeda norte-americana. Alta do dólar deve continuar enquanto crise política durar. Para economista, problemas vão durar até governo encontrar novas soluções. 
• Caixa eleva juros de financiamento da casa própria pela terceira vez no ano. 
• Teori Zavascki pedirá ao STF para designar outro relator para eletrolão. Teori Zavascki pedirá novo desmembramento da Lava Jato e segundo o Procurador pode ser o fim da Lava Jato. 
• Por apoio, Dilma cogita dar Ministério da Saúde ao PMDB. Ideia surgiu após Temer, Renan e Cunha se recusarem a indicar nomes. Medida é tentativa de evitar rompimento após sinais de afastamento dados pelo partido. Dilma ainda não apresentou plano de reforma ministerial, reclamam aliados. PSB defende que Dilma saia do PT e faça governo de união nacional
• Gilmar Mendes pede definição sobre vigência de doação empresarial para campanhas. Precisamos de oito votos se quisermos seguir o que está escrito na lei. Cunha defende manutenção de veto do reajuste salarial do Judiciário. 
• Vaccari, ex-tesoureiro do PT, é condenado a 15 anos e 4 meses em ação da Lava Jato. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que a decisão do juiz Sérgio Moro baseou-se exclusivamente em delações premiadas
• Planalto escala ministros para frente anti-impeachment. Kátia Abreu e Kassab articulam a defesa da presidente no Congresso. 
• Arrastões motivam blitze de lutadores na zona sul do Rio. Após ataque no domingo, grupos prometem continuar agindo na cidade. Chamados de justiceiros no Rio, lutadores de academia da zona sul se reúnem para agredir assaltantes. É óbvio que eles querem assaltar. Tocam o terror, vamos tocar também. É legítima defesa
• Polícia Militar voltará a agir para impedir arrastões em ônibus no Rio. Pensar nas consequências depois que as coisas acontecem é uma irresponsabilidade. 
• Com Rock in Rio e praias lotadas, violência pode se repetir no fim de semana, diz coronel. Abordagem de jovens pobres a caminho da praia deve ser feita por assistentes sociais, diz ex-comandante da PM. A onda de roubos, furtos e violência em praias da zona sul do Rio de Janeiro que marcou o último fim de semana pode se repetir no próximo sábado e domingo se as autoridades não planejarem uma resposta que integre órgãos policiais e de assistência social. A opinião é do coronel Ubiratan Ângelo, um dos coordenadores da organização não governamental Viva Rio. 
• Votação de vetos testará fidelidade da base de Dilma. Governo teme a derrubada de pelo menos três vetos que podem praticamente anular os cortes do pacote fiscal anunciado semana passada. Votação também indicará grau de fidelidade de aliados, com os quais a presidente terá de contar para evitar um pedido de impeachment. 
• Derrubar vetos é colocar gasolina na fogueira, diz Cunha. Para o presidente da Câmara, sessão do Congresso Nacional que pode apreciar reajuste ao Poder Judiciário deveria ser adiada. 
• Liberdade econômica 
1. O Brasil caiu 12 posições e agora figura em 118º lugar em um ranking com 157 países sobre a liberdade econômica elaborado pelo instituto de pesquisa canadense Fraser Institute.
2. Com nota 6,34, em uma escala de zero a dez, o nosso pobre país se encaixou no quartil mais baixo, dos menos livres. A lista é liderada por Hong Kong, Cingapura, Nova Zelândia, Suíça e Emirados Árabes. A lanterninha é a Venezuela, precedida por Congo, Líbia, Chade e Síria. 
3. O ranking é elaborado a partir de 42 variáveis, com base em dados de 2013, que são os mais recentes disponíveis. Na edição anterior, o Brasil estava em 106º lugar, com nota 6,54.
• Ingredientes para o caos.
1 - Em 2002 a União comprometia 69,50% da Receita Tributária com Pessoal. Em 2013 reduziu para 59,04%. Redução de 15,05%. 
2 - Os Estados comprometiam 83,04% da Receita Tributária com Pessoal. Em 2013 aumentou para 85,92%. Aumento de 3,46%. 
3 - No caso dos Municípios cabe informar que como 70% dos municípios não têm receitas próprias, vivendo apenas com os repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), com isso a relação fica esquizofrênica. Senão vejamos: Em 2002 os municípios comprometiam 189,06% da Receita Tributária com Pessoal. Em 2013 aumentou para 225,39%. Aumento de 119,22%. 
4 - Resumo: Em 2002 o Brasil comprometia 85,47% da Receita Tributária com Pessoal. Em 2013 aumentou para 88,93%. Aumento de 4,05%. 
Conclusão: Imaginem uma empresa que gaste quase 90,00% de sua Receita Operacional com Pessoal, ou quase 40,00% da Carga Tributária. Empregado seria considerado sócio. (Ricardo Bergamini) 
• EUA recebem papa Francisco em meio a discussão política, religiosa e moral. O papa Francisco chegou numa base militar nos arredores da capital americana ontem (22) à tarde para abrir sua primeira visita aos Estados Unidos, e o presidente Barack Obama estará lá para recebê-lo. É um gesto que o presidente não estendeu a praticamente visitante estrangeiro algum. 
• Venezuela e Colômbia chegam a acordo para resolver crise na fronteira. Ficou acertado que os embaixadores da Colômbia, em Caracas, e da Venezuela, em Bogotá, deverão voltar a seus postos. 
• União Europeia volta a tentar hoje acordo sobre distribuição de refugiados. Ainda não há consenso em relação à proposta de reinstalar mais 120 mil migrantes. 
• Prostituídas e exploradas: a dura realidade de crianças imigrantes abandonadas na Europa. Milhares de meninos e meninas sonham em chegar à Europa por um futuro melhor, mas acabam vivendo em condições precárias e expostas à exploração por criminosos após chegarem ao continente. Em quatro dias, 23 crianças se afogam em travessias rumo à Europa. (BBCBrasil) 

Tempestade sobre Brasília 
. Poderá criar mais problemas do que resolvê-los, a extinção de dez ministérios anunciada para amanhã pelo palácio do Planalto. Porque se ao inaugurar seu segundo mandato, a presidente Dilma tivesse passado a faca nas próprias estruturas, o mundo político aceitaria sem fazer cara feia. Afinal, Madame vinha de uma vitória indiscutível nas urnas, aceitando-se que um novo período de governo comporta todo tipo de mudanças.
. Cobrada pela mídia e pelos partidos, além do empresariado, a redução do número de ministérios mereceu um dar de ombros e comentários de desprezo. Até mesmo a defesa de sua ampliação. Dilma não fez caso daquela crítica, como, aliás, também de muitas outras. Só que a crise chegou, estendendo-se da economia à política. Cada iniciativa presidencial chegava atrasada e produzia efeitos negativos, da nomeação de Joaquim Levy para ministro da Fazenda à escolha e posterior demissão de Michel Temer como articulador político. Sem falar no primeiro ajuste fiscal, suprimindo direitos trabalhistas, como agora o segundo, propondo a volta da CPMF, reprovada ontem e hoje readmitida para nova reprovação.
. No meio desse bate-cabeça que assola o governo desde outubro do ano passado, surge agora a reforma ministerial. Ninguém quer perder nada, nem o PMDB, com seis ministros, quanto mais o PT, com doze, e os penduricalhos de uma só pasta. Aferram-se ao poder e suas benesses e ameaçam com o rompimento e a derrota de outras iniciativas açodadas de Dilma, como o veto a projetos de lei amplamente aprovados por deputados e senadores.
. Pode ser que nada seja anunciado amanhã, através de manobras protelatórias tão a gosto da presidente. Mas a espada continuará próxima de seu pescoço, pois anunciou a redução. Fugir dela será pior.
. Michel Temer representa o partido e o governo, mas logo precisará optar. Parte das bancadas do PMDB prega o desligamento do bloco oficial, evidenciando votar contra os interesses de Dilma. Mesmo no PT, ela vem sendo combatida e censurada. Já liberou notícias sobre mudanças no grupo palaciano, com Aloísio Mercadante ficando na Casa Civil mas diminuído, Ricardo Berzoini prestigiado e Miguel Rosseto escanteado. O Lula muda como biruta de aeroporto, ora contra, ora a favor do ajuste fiscal, mas cada vez mais afastado da sucessora.
. Caso nas próximas horas o Congresso inicie a apreciação dos vetos, mais tempestades serão formadas no céu de Brasília, em especial se o Tribunal de Contas da União decidir rejeitar as contas de 2014. Ou o Tribunal Superior Eleitoral considerar que dinheiro podre irrigou a campanha da reeleição.
O roubo e o golpe
. Nos anos Cinquenta, do que mais se falava era na perspectiva do golpe. Despontava Carlos Lacerda, porta-voz do adiamento das eleições presidenciais e da formação de uma junta militar. Eleito deputado federal pelo Rio, ganhou as manchetes com a formação da Frente Nacional Contra o Roubo e o Golpe. Num programa de televisão onde respondia a perguntas de populares, ouviu a indagação de um jovem: o senhor agora está pregando o golpe. Quando começará a pregar o roubo? Desfez-se a Frente Nacional...
. Hoje o roubo tornou-se indiscutível, a partir de mensalões e petrolões. Pois não é que Dilma iniciou campanha contra o golpe? (Carlos Chagas) 

Plano de voo. 
Plano suicida - Volto a lembrar que no momento em que a maioria dos eleitores do nosso pobre país decidiu entregar o comando da nave brasil aos pilotos Lula e Dilma Petistas, alguns poucos (como é o caso deste editor), trataram de alertar, constantemente, que o plano de voo (programa de governo) do PT era suicida. Simplesmente porque havia sido elaborado e planejado pelo Foro de São Paulo. 
Feliz viagem - Sem mostrar interesse algum em saber para onde seriam levados, à porta da nave todos iam sendo recebidos calorosamente pelos pilotos e por uma enorme equipe de comissários, sempre sorridentes, que faziam a entrega de bolsas carregadas de guloseimas, com votos de uma Feliz Viagem.
Motores falhando - Passados alguns anos de viagem, na medida em que o efeito das drogas contidas nas guloseimas iam cessando, os enganados passageiros se deram conta de que não havia o mapa de voo indicando o destino da nave. Além disso, um ruído ensurdecedor avisava que os motores estavam falhando. 
Roubados - Percebendo o desconforto à bordo, os pilotos trataram de enviar sucessivas mensagens mentirosas para tentar acalmar os passageiros. Foi quando alguém gritou que, enquanto os passageiros estavam sob o domínio das drogas servidas pouco antes da decolagem, a tripulação tratou de roubar o máximo que pode dos dorminhocos. 
Golpistas - Os pilotos, na tentativa de evitar que todos os passageiros conferissem suas bagagens, pediram que todos permanecessem sentados, com os cintos afivelados. Como nem todos quiseram atender ao pedido, a tripulação chefiada por Lula e Dilma passaram a chamá-los de golpistas
Colisão - Foi neste exato momento que a maioria percebeu que além de ladrões, os condutores da Nave estavam cumprindo um Plano de Voo (programa) com determinação suicida. A rota bolivariana, que havia sido escrita e definida pelo Foro de São Paulo bem antes do PT assumir o comando da Nave, tinha como propósito a colisão.
Terroristas - Muita atenção: não se trata de uma Nave desgovernada. Ao contrário, a nave brasil vem sendo governada, com rara maestria, para se espatifar.
. Muitos passageiros, em pânico, na tentativa de mudar a rota, já tentaram entrar na cabine de comando para tirar dali os terroristas suicidas. Até agora, infelizmente, não conseguiram abrir a porta. Tá difícil...
Em tempo: Se o fato de pedir o Impeachment da presidente Dilma é uma atitude golpista, então o maior golpista é Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT. (GSPires) 
A única dignidade realmente autêntica é a que não diminui ante a indiferença dos outros. (Dag Hammarskjold)

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O teto vai ruir...

Façamos as contas ao próximo exercício. Você aí que ainda nem recebeu os míseros trocadinhos do patrão e ouve a mulher querendo comprar comi...