10 de jan. de 2017

Eleitos, sem nos representar, seguem.

 photo custopreso_zpsfvm8rxc5.jpg • Movimento do comércio tem maior queda em 16 anos, diz Serasa. Em 2002 houve recuo de 4,9%, mas em 2016 a queda foi de 6,6%. 
• Temer chega a Lisboa para participar de funeral de Mário Soares. Gilmar Mendes, Sarney e Eliseu Padilha fazem parte da comitiva. 
• Roubos a joalherias crescem 142% no Rio. 
• Estudantes poderão renovar contratos do Fies a partir do dia 16. 
• Brasil precisa de R$ 10 bilhões para acabar com déficit prisional, diz CNJ. Levantamento estima que cada vaga custe até R$ 50 mil; cálculo está em documento enviado à ministra. 
• Temer e Cármen Lúcia acertam responsabilidades e saída para crises. Brasil lucra Ação sobre bloqueio de contas do Rio é suspensa. Presidente do STF, ministra Cármen Lúcia atendeu a um pedido da AGU e levou em consideração as discussões entre a União e o governo fluminense para chegar a um acordo sobre a crise fiscal no Estado quando os presidentes da República e do STF têm boas relações institucionais. 
• PCC se multiplica e cria filiais em Roraima. Facção chegou em 2013, com 50 homens; número saltou para mil em três anos. Força Nacional chega ao Amazonas para reforçar segurança nas prisões. 
• Espírito Santo vira modelo contra violência em prisões. Estado está há 2 anos sem assassinatos de presos e aposta em ressocialização. 
Funk da Família do Norte anuncia união de facções e diz que guerra só começou. Então não desacredita, que a guerra só começou. É a Família do Norte botando o maior terror, diz refrão do funk; música está nas redes sociais. 
• Petrobras confirma oferta de títulos globais. A Petrobras confirmou que a sua subsidiária integral Petrobras Global Finance (PGF) planeja oferecer títulos no mercado norte-americano em uma nova emissão. 
• Renan pressiona Temer a nomeá-lo ministro para não perder influência. 
• Meirelles e Pezão acertam acordo de emergência. Na proposta, costurada por Temer e Cármen Lúcia, do STF, Tesouro poderá honrar dívidas por 36 meses; União costura com o Supremo solução para crise do Rio. Proposta para suspender por 36 meses o pagamento de dívidas será submetida a Temer e ao STF; RJ é o primeiro a negociar recuperação com governo. 
• Após ser atacado, pastor Valdemiro pede R$ 8 mi a fiéis para bancar um mês de TV. 
• Com emissão de títulos no exterior, Petrobrás capta US$ 4 bilhões. Operação foi feita com vencimentos em cinco e em dez anos; demanda teria ficado em US$ 20 bi. 
• Para Temer, recuo da inflação possibilita a volta de investimentos. Às vésperas da reunião do Copom, o presidente diz que os juros podem cair responsavelmente
• Presidente da Câmara articula blocão contra PT. Maia ameaça excluir da Mesa Diretora 2ª maior bancada da Casa se não obtiver apoio petista na reeleição. 
• Em visita ao RS, Temer confunde real com cruzeiro. Presidente embarcou para Portugal com ministro do TSE Gilmar Mendes. 
• Passagens aéreas sobem mais de 30% e puxam inflação do verão. FGV pesquisou 22 itens consumidos na estação e identificou alta de 9,25%, em média, nos preços. 
• Vale e Samarco pedem prorrogação de pagamento de R$ 1,2 bi para o dia 19.
• Caso Odebrecht provoca crise em ao menos 5 países. Autoridades de países como Argentina e Equador já anunciaram medidas para apurar suspeitas de propina. 
• Ex-presidente da Alemanha Roman Herzog morre aos 82 anos. 
• Sobe número de brasileiros presos em travessia para os EUA. Em 2 meses, 940 foram detidos na travessia, 73% a mais que no último ano. 
• Ex-militar é indiciado por ataque a aeroporto na Flórida. Jared Kushner deve ser conselheiro da Presidência, diz mídia americana. 
• Assembleia declara que Maduro abandonou o cargo, decide oposição. Pela Constituição, ato levaria à destituição do chavista, mas Justiça anula. 
• EUA prendem executivo da Volks por fraude em emissão. Funcionário é acusado de conspiração para enganar governo e violar lei. 
• BRF compra a maior empresa de aves da Turquia por US$ 470 mi. Em parceria com fundo soberano do Catar, grupo adquiriu a Banvit e mira o público muçulmano. 
• Polícia mata suposto homem-bomba que queria invadir delegacia na Turquia. Ataque ocorreu na cidade de Gaziantep, no sul do país, próximo à fronteira com a Síria; país foi alvo de diversos atentados terroristas nos últimos meses. 

Como esse jurista diz asneiras…
Como aceitar que o ministro da Justiça despeje impunemente sobre a nação o maior monte de asneiras jamais pronunciado desde a posse do presidente Michel Temer? Na semana que passou o jurista Alexandre de Barros declarou que a situação não saiu do controle; nos presídios do Norte houve apenas um acerto de contas; não foi retaliação; não há guerra entre as facções de criminosos
Em Manaus e Boavista jogou-se futebol com cabeças degoladas, assassinaram dezenas de presos com requintes de crueldade, arrancaram pernas e braços, furaram olhos e queimaram corpos de grupos adversos. O que está sob controle, exceção da fúria de animais empenhados em destruir seus semelhantes numa guerra sequer registrada na pré-história? Importa menos se foi o PCC, o CV ou a Família, pois todas as quadrilhas dedicaram-se a essas práticas, de acordo com o domínio eventual de estabelecimentos penais e a complacência das autoridades encarregadas de vigiá-las.
Todo mundo massacra todo mundo nas cadeias do país inteiro, porque a animalidade não se limita ao Amazonas ou a Roraima, mas a todo o território nacional. Imagens de tantas barbaridades ganham o planeta e são tidas como simples acerto de contas. Muitos conseguiram fugir e encontram-se nas ruas, assombrando o cidadão comum.
Breve a equação se ampliará, ou seja, os animais assumirão o controle não só das penitenciárias, que já controlam, mas das ruas de qualquer cidade. A solução do governo é construir, por centenas de milhões de reais, mais penitenciárias ditas de segurança máxima. Apenas para dar melhores condições aos bandidos se organizarem e estenderem as matanças. E entregando ao capital privado a gestão dessas universidades do crime, financiadas por quem paga impostos.
Nos idos da ditadura militar, as forças armadas caçavam, na floresta e nos grandes centros, quantos se propunham a mudar pelas armas ou pela palavra o regime então vigente. Quase não escapou ninguém, menos os que conseguiram exilar-se. Não seria o caso de repetir a operação, mesmo contra os animais a serviço do crime organizado, como agora.
Enjaulá-los sem contemplação tornou-se missão impossível, extingui-los ofende os padrões da civilização, a menos que se adote a pena de morte. Já. Para eles e para os dirigentes do tráfico de drogas, a mola propulsora de tudo o que vai acontecendo. (Carlos Chagas) 

Estado depende de facções para esfriar prisões.
Aos pouquinhos, o ministro Alexandre de Moraes vai se tornando a silhueta mais visível da impotência do poder estatal diante da barbárie que se instalou nas penitenciárias brasileiras. Na noite desta segunda-feira, o titular do Ministério da Justiça convocou novamente os jornalistas para anunciar um lote de providências emergenciais requisitadas por governadores em pânico. As medidas são reveladoras da incapacidade do Estado de operar mudanças estruturais.
Concentrado na tarefa de articular o possível diante de um flagelo que exige o impossível, Moraes continua pronunciando frases que escancaram a irrealidade em que vive o governo federal. O ministro reconheceu que há uma crise crônica nas prisões. Declarou que, em alguns Estados, a crise tornou-se aguda. Mas sustentou que o descalabro não autoriza ninguém a concluir que o sistema penitenciário está fora de controle.
Moraes tem razão. A coisa não está fora de controle. As facções criminosas controlam tudo. Aproveitando-se da esculhambação do Estado, o crime se organizou. Presidentes da República, governadores, ministros e magistrados executam há décadas uma coreografia inútil. Rodopiam como parafusos espanados. A única perspectiva de conter os surtos futuros de mortes e decapitações está no discernimento dos criminosos, que planejam a barbárie de modo a evitar que o excesso de sangue atrapalhe os negócios.
A Família do Norte, logomarca criminosa que patrocinou as execuções mais recentes, controla a Rota do Solimões, por onde escoa a cocaína produzida na Colômbia e no Peru. Atribui-se a matança de quase uma centena de presos à decisão da facção nortista, associada ao carioca Comando Vermelho, de executar rivais locais e representantes do pedaço da bandidagem que segue as ordens do concorrente paulista PCC (Primeiro Comando da Capital).
Ou os criminosos se convencem de que seus negócios serão atrapalhados e estancam a sangria ou a soldadesca da Força Nacional e os equipamentos enviados pelo ministro da Justiça não servirão senão para inspirar novas retaliações que prejudicarão brasileiros inocentes fora dos presídios -sem mencionar o risco de levar a combustão para cadeias assentadas em outros pedaços do mapa brasileiro.
As masmorras do Brasil são alguns dos lugares mais absurdos do mundo. Uma solução para retirar as prisões do centro do insolúvel seria aplicar ao pé da letra a Lei de Execuções Penais. Não há coisa mais moderna. Mas para que o óbvio prevalecesse, seria necessário que houvesse no Brasil algo parecido com um Estado. Ao dizer que as prisões não estão fora do controle estatal, o ministro da Justiça apenas realça o caos. Não é que o governo não encontre uma solução. As autoridades ainda não enxergaram nem o problema. (Josias de Souza) 
A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável. (Gandhi)

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