23 de out. de 2016

Meu filho treinador...

• Reforma política está travada no Congresso há pelo menos 10 anos.
• PF investiga se equipamentos da Polícia do Senado grampearam telefones. Suspeita é que Polícia legislativa grampreava telefonemas; Policiais do Senado tentaram impedir busca na casa de Collor, diz PF. 
• Prisão absurda: Apesar de já saber de sua prisão, através de um telefonema da própria polícia, o ex-deputado Eduardo Cunha se mostra indignado com sua prisão. Em declaração, seu advogado Pedro Ivo Velloso, não vê razão para sua prisão neste momento, pois não foi apresentado nenhum fato novo. A prisão é um absurdo. Esse pedido ficou mais de quatro meses no STF e não foi admitido. Se houvesse motivos, o Supremo teria prendido; Existe muito apreensão a respeito da prisão de Eduardo Cunha. E se ele realmente vai fazer uma delação premiada, o que chegou a negar antes mesmo da prisão, tendo provas de sobra contra muitos. Ele tinha o costume de gravar todas suas conversas com aliados. Calcula-se que cerca de duzentos deputados deviam favores a ele. 
• Inquéritos sobre detenção de Crivella somem de arquivo da polícia, diz revista Veja; Em reta final de campanha, Crivella é citado em delação da Lava Jato. Delação aponta que, em 2010, campanha do então candidato ao Senado teria contado com ajuda financeira provinda de dinheiro desviado da Petrobras. 
• Itaquerão foi presente para Lula, afirma Emílio Odebrecht. Obra de estádio integra pré-delação; ex-presidente chama caso de especulação. Segundo Emílio Odebrecht, agrado ao ex-presidente petista seria uma retribuição à suposta ajuda que Lula dispensou ao grupo, durante mandato. 
• Eletrobras quer mais R$ 1 bi do Tesouro para reforçar caixa. Negociação é feita entre os ministérios de Minas e Energia e da Fazenda. 

• Com eleições, maconha vai a voto em 9 Estados dos EUA. Eleitores decidirão sobre a legalização; Colorado é exemplo de uso recreativo. 
• Iraquianos conquistam Bartella, vilarejo cristão ocupado pelo EI. 
 • Batalha por Aleppo ganha força após fim de cessar-fogo. 
• Na reta final, Trump engrossa o discurso e anuncia medidas drásticas. 

Um escândalo e um roubo.
Desfaçatez igual, só nos tempos da ditadura militar, quando os detentores do poder mudavam as regras do jogo ao perceber que estavam perdendo. Assim criaram os senadores biônicos, extinguiram os partidos políticos, impuseram o bipartidarismo forçado, estabeleceram a vinculação total de votos e outras barbaridades, tudo para dar a impressão de normalidade institucional.
A farsa continua. O governo Michel Temer mente quando diz acoplar-se ao sentimento nacional de protesto sobre a fixação dos juros em 14.25%. São os maiores do planeta, causa da recessão e do desemprego em massa, que só favorece os bancos.
Pois não é que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, esta semana, levou o COPOM a anunciar a redução de 0.25% dos juros? Índices tão ridículos levarão trinta anos para chegarmos ao patamar dos países desenvolvidos. Os bancos, tanto públicos quanto privados, nacionais e estrangeiros, locupletam-se desses obscenos percentuais que chegam ao cidadão comum na ordem de quase 500% anuais no cheque especial ou no cartão de crédito. Um escândalo. Um roubo que favorece a elite financeira e penaliza quantos integram o sistema econômico nacional.
Fazem os banqueiros pior do que os generais, só que em vez de mudar, mantém as regras do jogo. E sem precisar de fuzis, tanques e metralhadoras.
Virgílio conduziu Dante às portas do inferno, mostrando a inscrição feita para os condenados que por lá passavam: Deixai toda a esperança, vós que entrais.
A própria Igreja anda flexibilizando um pouco as condenações eternas. Deixar os outros na fogueira até o final dos tempos pode parecer um exagero, em especial se os crimes cometidos envolvem arrependimento. (Carlos Chagas) 

Cunha juntou-se aos seus.
Afeito ao debate político, sei que sempre há quem busque convencer e vencer sem ter razão. Os meios para alcançar esse resultado foram estudados por Arthur Schopenhauer, que listou 38 estratagemas úteis a tão torpe objetivo. O último na lista do autor e o mais vil de todos na minha opinião, é aquele em que o debatedor, sentindo-se perdido, deixa de lado o tema e passa a atacar a pessoa de seu adversário. Schopenhauer dá a isso o nome de argumentum ad personam. Recentemente, os adjetivos fascistas, coxinha, golpista, direita raivosa, cumpriram esse objetivo. Idêntica intenção motivou a associação, tão insistentemente apontada quanto falsa, de que o impeachment era uma iniciativa de Eduardo Cunha apoiada por gente como ele. O inverso também não é verdadeiro.
O tema era outro e os fatos não foram esses. Em março de 2015, a nação saiu às ruas clamando contra a corrupção e pelo impeachment de Dilma, dando origem às dezenas de requerimentos nesse sentido que se acumularam sobre a mesa de Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados. Durante o ano inteiro, Cunha os reteve, a oposição se conservou irresoluta, e o PT não se defendeu das denúncias, delações e investigações da Lava Jato. Em vez disso, preferiu atacar os manifestantes, acusando-os de terem, pelo velhaco Eduardo Cunha, os mesmos sentimentos de amor sem medida nem juízo que os petistas mantinham e mantêm por Lula e seus comparsas.
Cunha não era líder nem modelo de coisa alguma para os milhões de famílias brasileiras que clamavam às instituições em inolvidáveis e pacíficas concentrações cívicas. Ele era apenas o sujeito que tinha na mão a caneta que podia fazer andar o processo. E note-se: fez o possível e o impossível para esfriar as manifestações. Ao insistir na tese de que o impeachment não era uma iniciativa do povo nas ruas, mas um plano de Eduardo Cunha, o PT cuidava de transferir ao procedimento a improbidade do infame presidente da Casa.
A história haverá de registrar que há apenas sete meses, no domingo 13 de março deste ano, deputados, senadores, ministros do STF, dirigentes de partidos políticos e demais membros da cúpula do Estado brasileiro, acomodaram-se em seus sofás para assistir as manifestações pelo impeachment. Se fossem pouco expressivas, ele estaria cancelado. O que testemunharam, porém, foi o rugido das avenidas e praças do Brasil, a assombrosa mobilização de 6 milhões de cidadãos cobrando deles, em seus sofás, o cumprimento dos respectivos deveres. Ali Dilma perdeu o mandato. Além da motivação por crime de responsabilidade, sobrava motivação política. Eduardo Cunha? Ora, o Cunha! Juntou-se aos seus. Ele foi o estafeta do requerimento e o 38º artifício petista contra a vontade soberana da comunidade nacional.
Nesta semana, foi fornecida e autenticada a prova de que o povo brasileiro vale muito mais do que imagina quem jogou o país na sinistra situação em que se encontra. Só entre os membros da organização criminosa, em qualquer lado do balcão, a prisão de Cunha causou taquicardia e hipertensão arterial. A população? Ah! A população festejou o evento. Vibrou com a iniciativa de Sérgio Moro, naquelas horas em que o solitário ex-presidente da Câmara seguia para Curitiba. E uma lufada de ar mais puro varria os céus da República. (Percival Puggina, arquiteto, empresário e escritor) 
Não são as ervas más que sufocam a boa semente e sim a negligência do lavrador. (Confúcio)

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