20 de ago. de 2016

Paralímpidas é o que nos resta…

 photo oshow_zps3cc2jp9h.jpg • Lei da Ficha Limpa ameaça quase 5 mil candidatos. Cruzamento de dados feitos pelo Ministério Público Federal aponta relação de políticos com problemas em tribunais de contas e condenações em segunda instância na Justiça. 
• Arrecadação tem queda, mas governo festeja perda menor. Receita superou previsão em julho, mas ficou 5,8% abaixo da obtida em 2015. 
 • Lula diz que não teme prisão e que Dilma vai falar para Judas no Senado. Em entrevista a programa da BBC, ex-presidente diz que aposta no julgamento da história e que não tem por que pedir desculpas ao país. Quem tem que pedir desculpas é quem está inventando acusações
• Oposição quer convocação de Serra para explicar denúncia. Parlamentares querem que o ministro comente noticiário com denúncias de que ele tentou comprar voto do governo do Uruguai contra a posse da Venezuela no comando do Mercosul. 
• Câmara Legislativa do DF dá início a processo por quebra de decoro contra Liliane Roriz. Pedido foi protocolado no início deste ano pela ONG Adote um Distrital. Distrital denunciou Celina Leão de envolvimento em esquema de corrupção. Mas, ambas são suspeitas de desviar recursos de áreas de educação e saúde. 
• Tribunais reagem a decisão que afeta Ficha Limpa. STF decidiu que só Câmaras Municipais podem julgar contas de prefeitos. 
• Verba de R$ 2,1 milhões para tornozeleiras eletrônicas não chegou ao Rio. 
• Com medo da polícia, PT extingue cargo de tesoureiro. Partido decide acabar com o cargo que levou 3 petistas à prisão. 
• A Polícia Federal indiciou sete investigados na Operação Triplo X, um dos desdobramentos da Lava Jato. Entre os acusados estão funcionários da Mossack Fonseca, empresa panamenha especialista na gestão de offshores, e a publicitária Nelci Warken, dona de um triplex no Edifício Solaris, em Guarujá (SP). Ela vai responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude e falsidade ideológica. 
• Finalmente, Aeronáutica cassa medalhas de mensaleiros José Dirceu e José Genoino. Cassação de medalhas de mensaleiros só saiu por pressão do MPF.
• Após se reunir com Dilma, Renan faz críticas ao PT. Senador cita relação periférica que PMDB tinha com governo da petista. 
• Justiça suspende licença da Samarco em Mariana. 
• Jogos Paralímpicos Rio-2016 sofrem novos cortes por fraco patrocínio. 
• Juiz autoriza depoimento de Marcos Valério a Sérgio Moro na Lava Jato. Condenado a 37 anos de prisão no mensalão e réu na Lava Jato, Valério vai prestar depoimento em Curitiba no próximo dia 12 sobre denúncia de acerto entre dirigentes do PT para comprar silêncio no caso Celso Daniel. 
• Em SP, 18 dos 20 presídios mais recentes estão lotados. Defensoria pede adoção maior de pena alternativa para reduzir superpopulação. 
• Escapismo parlamentar. Restrições ao teto do gasto público indicam resistência à obrigação de produzir Orçamentos realistas. 

• Ryan Lochte pede desculpa; Rio-2016 diz que foi humilhação. Nadador norte-americano é indiciado por falsa comunicação de crimes no Rio. 
• Maduro promete reação pior que Erdogan contra oposição. Para venezuelano, expurgo parecerá coisa de criança se oposição tentar golpe. 
• EUA confirmam infecção por zika em Miami Beach. Autoridades locais de saúde anunciam que cinco pessoas foram infectadas. 
• Justiça argentina barra reajuste, e Macri sofre revés. Alta no gás era vista como essencial para plano de redução do déficit fiscal.  
Cerca de 70 mil civis estão presos pelo EI em cidade iraquiana de Al Qayara. 

PSDB imita trapalhões.
Continua o PSDB disputando o troféu um dia patrocinado por Dedé, Didi, Mussum e Zacarias, de saudosa memória. Depois de quatro horas de conversa com o presidente Michel Temer, os dirigentes tucanos resumiram suas reivindicações: esvaziar a bola do ministro Henrique Meirelles para que ele não se torne candidato do PMDB à presidência da República.
São realmente uns trapalhões. Em vez de decidir quem será seu candidato, e começar a prepará-lo, o PSDB tenta enfraquecer possíveis concorrentes. Insurge-se contra o ministro da Fazenda dentro do raciocínio de que se a economia for recuperada ele será candidato natural. Preferem seus caciques, então, o fracasso da política econômica, tanto que reivindicaram participar dela. Pressionaram Michel Temer não só para dar-lhes um lugar na mesa das decisões, mas também para perturbar Meirelles. Não chegarão a lugar algum na corrida sucessória, se em vez de selecionar seu candidato, ficarem tentando eliminar adversários.
Começa que o ministro da Fazenda nem pertence ao PMDB. Já foi do PSDB, quando se elegeu deputado federal, mas preferiu cair fora para presidir o Banco Central. Enfrenta olímpico desafio, agora, ao chefiar a política econômica. Caso tenha sucesso, lançar-se candidato será para bem mais tarde.
Os tucanos deveriam escolher seu preferido entre Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra, sem se preocupar em queimar Meirelles. Caso contrário, ficarão voando sem rumo. (Carlos Chagas) 

Empreteiro cita Toffoli em proposta de delação.
Em proposta de delação premiada entregue à Procuradoria-Geral da República, o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, mencionou o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Ele relatou o prefácio de uma história que se dispõe a aprofundar se for guindado à condição de colaborador da Lava Jato.
A novidade veio à tona em notícia veiculada pela revista Veja. Léo Pinheiro relatou um encontro que teve com Toffoli. Os dois já se conheciam. Durante a conversa, o ministro do STF contou ao empreiteiro que sua casa, assentada em bairro nobre de Brasília, apresentava incômodas infiltrações.
Dias depois, o empreiteiro enviou à casa de Toffoli uma equipe de engenheiros da OAS. Eles detectaram o problema e informaram a Léo Pinheiro: falhas na impermeabilização da cobertura da casa. O empreiteiro indicou uma empresa de Brasília para realizar o conserto. Resolvido o problema, engenheiros da OAS inspecionaram o serviço. E Toffoli livrou-se as infiltrações em casa.
Súbito, o nome do ministro gotejou na proposta de delação de Léo Pinheiro. Curiosamente, ele diz na proposta de delação que Toffoli pagou pelo serviço de impermeabilização. Afora a inconveniência moral de ter um empreiteiro prestando favores a um magistrado da mais alta Corte do país, qual seria o crime?
Considerando-se que o candidato a delator se dispõe a confessar crimes em troca de benefícios como redução de pena, não é razoável supor que o empreiteiro enfiaria o nome de Toffoli numa proposta de delação se não tivesse algo cabeludo a relatar. Ouvido, Toffoli confirma que conhece Léo Pinheiro. Mas sustenta que não pediu nem recebeu nenhum favor dele.
Léo Pinheiro já amarga na Lava Jato condenação a 16 anos e 4 meses de cadeia por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Pleiteia a delação para tentar não ficar de molho na cadeia. (Josias de  Souza) 

O sódio é essencial para a vida. 
Mantém o equilíbrio hídrico do organismo, interfere com a absorção de nutrientes, a transmissão de impulsos nervosos e a contração muscular, entre centenas de outras ações.
No homem e em outros animais, a falta de sódio estimula o apetite pelo sal de cozinha (cloreto de sódio), característica inata capaz de gerar respostas motivacionais que levam à procura de líquidos e alimentos salgados.
A farta disponibilidade atual tornou difícil a distinção entre a necessidade de sódio e a preferência pelo sabor salgado. Embora ligada à fisiologia, a fome de sal sofre influência do paladar, da cultura, de costumes sociais e de hábitos alimentares, fatores que independem das exigências orgânicas. Dietas ricas em sal contribuem para elevar a pressão arterial em diversos animais de laboratório. Povos caçadores-coletores que vivem em comunidades isoladas apresentam níveis pressóricos mais baixos, que pouco aumentam com o passar dos anos. Ao adotar o estilo de vida das sociedades industrializadas, os níveis sobem.
Análises que avaliam os resultados de vários estudos em conjunto (meta-análises) revelam que hipertensos submetidos a dietas hipossódicas apresentam quedas mais expressivas da pressão do que aquelas observadas em normotensos quando fazem o mesmo.
Por outro lado, a restrição abrupta e radical de sódio libera na circulação mediadores associados a complicações cardiovasculares. Reduções mais modestas não causam esse efeito, razão pela qual caíram no abandono as dietas sem nenhum sal do passado.
A resposta da pressão arterial ao sódio é heterogênea. Cerca de 30% a 50% das pessoas hipertensas e uma parcela menor das normotensas têm pressão sensível ao sal. Entre elas, estão principalmente as mais velhas, as obesas, as portadoras da síndrome metabólica, de diabetes e as de ancestralidade negra.
 pressão arterial guarda relação com outros componentes da dieta. Deficiências de potássio ou cálcio potencializam a sensibilidade ao sal.
Modelos experimentais de hipertensão comprovam a existência de predisposição genética para essa sensibilidade. Em seres humanos, sabemos que os negros apresentam excreção mais lenta de sódio e maiores aumentos pressóricos em resposta a dietas muito salgadas.
Uma meta-análise de 13 estudos que somaram 177 mil participantes, demonstrou que o consumo excessivo está associado ao risco de derrames cerebrais e ao total de complicações cardiovasculares.
Em pessoas hipertensas tratadas com medicamentos, tanto a ingestão excessiva quanto as dietas com grandes restrições de sódio são fatores de risco para complicações cardiovasculares.
Nos anos 1970, a Finlândia implementou iniciativas para reduzir o consumo de sal na população. Entre 1979 e 2002 os valores das pressões máximas e mínimas caíram em média 10 mm e as mortes por doenças cardiovasculares diminuíram 75% a 80%.
Em 2004, com o engajamento voluntário da indústria alimentícia, o governo britânico organizou campanhas semelhantes pela mídia. Quatro anos mais tarde, a ingestão diária havia diminuído de 9,5g para 8,6 g. Medidas adotadas com os mesmos objetivos nos Estados Unidos em 2005, recomendavam que os americanos não ingerissem mais do que 5,8g/dia. Pessoas com hipertensão, diabetes, doença renal crônica ou ascendência negra -contingente que corresponde à metade dos habitantes do país- não deveriam ultrapassar 3,8g.
Os americanos estão longe desse objetivo: consomem 8,5g/dia, cerca de 77% dos quais em restaurantes e alimentos processados. A Organização Mundial da Saúde estabeleceu como meta a redução dos níveis para menos de 5g/dia, até 2025.
O Ministério da Saúde recomenda que a ingestão diária não ultrapasse 5g, quantidade muito abaixo dos 12g que a média dos brasileiros ingere todos os dias.
O Ministério calcula que se o consumo caísse para 6g/dia seriam evitadas 6.377 internações hospitalares anuais por acidentes vasculares cerebrais, infartos do miocárdio e hipertensão arterial. Estima, ainda, que para cada grama de redução diária o SUS economizaria R$ 3,2 milhões por ano.
Nota: Para transformar a massa de sódio em cloreto de sódio, basta multiplicá-la por 2,5 (Drauzio Varella, médico cancerologista. Um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil e do trabalho em prisões) 
Não é a força, mas a constância dos bons sentimentos que conduz o homem à felicidade. (Nietzsche)

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