24 de jul. de 2016

VLT precisa de pilhas...

 photo banana16_zpsipe9s2hl.jpg • No Palácio do Itamaraty: Governo federal confirma 45 chefes de Estado para Jogos Olímpicos. 
• Rio inicia sua maior ação militar em grandes eventos. Contingente supera Copa, visita do papa e reuniões com chefes de Estado; Militares iniciam policiamento de principais vias do Rio para os Jogos. 22 mil homens das Forçar Armadas vão proteger pontos estratégicos da capital olímpica; Cidade será organizada por 85 mil profissionais da segurança pública e da Força Nacional para o combate ao terrorismo e à violência doméstica; Organização garante segurança da Vila dos Atletas. Local começa a receber esportistas a partir deste domingo (24); Brasil terá equipe menos experiente que em Londres-12. Dos 465 atletas com vaga nos Jogos, 310 (67%) disputarão pela primeira vez. Comitê olímpico australiano encontra péssimas condições em quartos e diz que Vila dos Atletas está inabitável
• Fim de obras olímpicas provoca êxodo de cerca de dez mil trabalhadores. 
O Globo: Noel Rosa já dizia que quem é da Vila (em referência à Vila Isabel, seu bairro) nem sequer vacila. Em terras cariocas, as palavras do eterno sambista devem ser levadas a sério também pelos cerca de 10.500 competidores que passarão pela Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca. O espaço, inaugurado hoje, oferece uma série de armadilhas que podem tirar o foco da competição. Os fartos banquetes, os corpos esculturais e as festas são exemplos de distrações que podem jogar toda a preparação de um ciclo olímpico ou até mesmo de uma vida por água abaixo."; Washington Post: A lagoa em frente ao Parque Olímpico do Rio é tão imunda que os peixes estão morrendo. São os Jogos Olímpicos da sujeira
• Início de agosto: votações de cassações de Dilma e Eduardo Cunha. 
• Lava Jato atinge obras em São Paulo, diz procurador-geral. Chefe do Ministério Público diz que tem recebido provas de delatores do caso; Governo Alckmin perdoa dívida de R$ 116 milhões da Alstom. Acordo relevou multa e permitiu entrega de serviço do metrô com atraso; Acordo com a Alstom beneficia Metrô, diz Secretaria dos Transportes. Empresa é alvo de uma série de processos e investigações. 
• Defesa mantém sigilo sobre venda de armas do Brasil para o exterior. 
• Corrução, suborno: MPF obtém provas de que Lula cometeu crime de obstrução da Justiça. Pena máxima, só por esse crime, chega a 8 anos de reclusão. 
• Petrobras busca sócio para dividir controle de postos da BR. Estatal descarta três propostas e oferece fatia maior para atrair investidores. 
• Maia admite acordo para enterrar CPI sobre empresas. Siglas como PSDB, DEM e PSB pediram fim de apuração, diz deputado. 
• 98% das campanhas têm caixa 2, diz João Santana. Segundo publicitário, fila do caixa 2 concorreria com Muralha da China. 
• Campanha de 2010: Procuradoria pede ao STF urgência no caso de Gleisi e Paulo Bernardo. PGR pede urgência ao STF para julgar estes dois por corrupção. 
• O Estadão noticia que foi montado no Brasil um sistema bancário paralelo, que está sendo investigado pela PF, o MPF e a Receita Federal: O FPB Bank Inc, do Panamá - que pertence ao banqueiro brasileiro Nelson Noronha Pinheiro, ex-sócio do Pine -, o PKB, da Suíça, e o Carregosa, de Portugal, são investigados pela força-tarefa da Operação Lava Jato por suposto uso de representações clandestinas para captação de clientes interessados em abrir contas secretas em paraísos fiscais. O esquema, segundo suspeita a força-tarefa, teria sido usado por doleiros e operadores de propinas para ocultar dinheiro da corrupção descoberta na Petrobras e sob investigação em outros órgãos como Ministério do Planejamento, Ministério dos Transportes, Eletrobras e Valec - alvos de apurações em desdobramentos da Lava Jato, como Custo Brasil, Saqueador, O Recebedor. O Brasil é um universo paralelo. 
• Afastamento por reação ao estresse dispara na crise. Transtornos ansiosos cresceram na casa dos 30% nos últimos três anos. 
• Sempre no caminho errado: Em editorial, a Folha abordou um assunto comentado ontem por este site: a nova lei eleitoral que só permite doações de pessoas físicas para as campanhas. Como dissemos, muita gente está saindo da disputa municipal porque não consegue dinheiro suficiente. O resultado, obviamente, será o aumento do caixa dois nas campanhas que irão em frente. Diz o jornal: Talvez a proibição à contribuição de empresas até resulte em menor circulação de dinheiro, mas a contrapartida será uma proporção ainda mais expressiva de montantes repassados por baixo dos panos. O caixa dois, por definição, ocorre à margem da lei; uma norma que vete a doação oficial, portanto, nada fará em relação às colaborações extraoficiais. Como consequência, os eleitores terão ainda menos oportunidade de saber quem financia seu candidato. Teria sido melhor estabelecer um limite em valores absolutos às contribuições tanto de pessoas físicas como de empresas, fixar critérios mais restritivos para as companhias autorizadas a doar e aprimorar mecanismos de fiscalização online. O legislador, entretanto, foi por outro caminho -e sua opção começa a ser testada. O problema do Brasil é o que legislador sempre opta pelo caminho errado. (OAntagonista)

• COI decide manter a Rússia nos jogos olímpicos do Rio da Rio-2016, mas impõe restrições e deixa decisão na mão das federações internacionais; Rússia escapa da proibição total nos Jogos Olímpicos, mas será submetida a maior rigor anti-doping. 
• Ataque suicida do Estado Islâmico deixa ao menos 21 mortos em Bagdá. Homem-bomba detonou um dispositivo em uma das entradas do bairro xiita de Kadhimiyah; terroristas assumiram a autoria do ataque pela internet. 
• Problema do Mercosul é ter modelo podre da Venezuela dentro do bloco. 
• Alvo de atentado, Nice vive segregação e radicalização. Cidade-símbolo da Riviera Francesa viu sua população muçulmana inflar. 
• Explosão de homens-bomba mata ao menos 80 em Cabul. Estado Islâmico reivindica autoria de atentado que feriu 231 na capital afegã. 
• Hillary escolhe para vice senador de 'Estado-pêndulo'. Perfil de Tim Kaine decepciona os mais à esquerda do Partido Democrata. 
• El Salvador anula anistia sobre guerra civil. Decisão permite a país centro-americano rever crimes do regime militar. 
• Economia do Uruguai patina com recessão no Brasil. Crise brasileira influencia vendas externas e grau de confiança do país.
• Governo turco decreta fechamento de mais de 2 mil instituições. 

Prestar atenção em agosto, o mês das grandes crises.
Primeiro, as Olimpíadas, com toda a carga de euforia pelas medalhas que serão raras e por temor de atos de terrorismo que não deverão acontecer. Depois, o desembarque de Dilma Rousseff do noticiário político, com a confirmação de seu impeachment, pelo Senado, sem esquecer a despedida de Eduardo Cunha. Ambos trazem na bagagem o ônus de seus erros. Em seguida, o início da campanha pelas eleições municipais de outubro, com a frustração por seus resultados.
Caso não sobrevenham surpresas, só nesses limites agosto terá ido para o espaço, até marcando o início real do governo Michel Temer, suas bondades e suas maldades.
Terá o Brasil entrado nos eixos? Desafortunadamente, não! A verdade é que permanecerá sobre o país a sombra da corrupção, capaz de implodir quaisquer boas intenções. Essa é a diferença entre o agosto que já chega e os meses que já se foram neste ano malfadado. Porque crises se verificaram nos meses de agosto, em volume invulgar.
Nos primeiros dias do mês, em 1954, Gregório Fortunato tramou o assassinato do jornalista Carlos Lacerda por um pistoleiro, ignorando-se até hoje se existiram mandantes acima do chefe da Guarda Pessoal de Getúlio Vargas. Foi o rastilho aceso para atingir o barril de pólvora. Matou-se o presidente da República por conta da campanha das elites empenhadas em desmoralizá-lo e afastá-lo do poder. O tiro no peito serviu para protelar por dez anos o golpe, depois desferido contra seu herdeiro político, João Goulart.
Por que, no limiar de um novo agosto, recordam-se pesadelos como aqueles? Porque esse mês carrega potenciais de retrocesso e de tragédia acima dos demais. Seria bom prestar atenção, quando nada, para evitá-las. (Carlos Chagas) 

A lição do papeleiro.
A rua Salvador França, em Porto Alegre, forma uma rampa acentuada ao se aproximar da avenida Protásio Alves. Há poucos dias, em hora de tráfego intenso, eu andava por ali, lomba acima. A lentidão do trânsito evidenciava haver, adiante, algum obstáculo na pista. De fato, pouco além, avistei um carrinho de papeleiro, muito carregado e com volumosos excessos laterais. A carga era tão desproporcional que me interessei em ver como se fazia a tração de todo aquele peso. Um cavalo? Dois homens? Não. Era um homem só, e bem magro. Puxava sua carga caminhando de costas, fazendo o maior uso possível do próprio peso, jogando-se para trás.
Ao ultrapassá-lo, senti vontade de parar, descer e expressar àquele ser humano meu reconhecimento ao valor moral que transmitia. Mas seria impraticável em meio ao tráfego. Decidi que o faria aqui, narrando o fato e traduzindo em palavras a silenciosa lição que proporcionava.
A mesa do papeleiro é pobre e pouca. Há frestas em sua insalubre moradia. Agasalho escasso, extenuante o trabalho. Não conhece férias e não recebe hora extra. Bem perto de onde mora está o traficante com dinheiro no bolso e correntes de ouro no pescoço. Se é de justiça tratar desigualmente os desiguais, a tolerância e a indulgência, em nome da luta de classes, para com os crimes praticados por indivíduos supostamente pobres são uma ofensa ao papeleiro da Salvador França. Todo modo de ver a lei penal como lei do opressor contra o oprimido, todo garantismo que assumidamente desprotege a sociedade são ofensivos ao seu trabalho honesto.
Assumindo como ganha-pão uma tarefa de tração animal, ele ensina o quanto a vida, mesmo comprometida diariamente com penosa rotina, pode ser dura sem deixar de ser humana e digna. Enquanto, naquele dia, arrastava sua carga ladeira acima, o papeleiro esbofeteava, sem saber, a face de cada corrupto e de cada corruptor. Ensinava a quantos fazem e aplicam a Lei, que a pobreza a merecer proteção social e institucional é a pobreza do homem bom, nunca - nunca! - por si mesma, a pobreza do malfeitor, do traficante, do ladrão, do homicida, do estuprador (que até estes voltam rapidamente às ruas!). Degenerado é degenerado, criminoso é criminoso, independentemente do extrato de renda. O lugar de quem vive do crime é a cadeia, senhores.
Por isso, falando em nome de muitos, de poucos ou apenas no meu próprio, gostaria de conhecer a natureza do delito que certos homens da Lei nos imputam, leitor. Ao dar liberdade a quem tem que estar preso, esses falsos justiceiros condenam todos os demais à insegurança e à restrição da liberdade. Escrevam o que pensam, senhores! Sustentem suas teses marxistas abertamente nos jornais! Venham à luz do dia com suas doutrinas! Não se escondam nas páginas dos processos, nas dissertações acadêmicas e nos conciliábulos dos que pensam igual! Afinal, desarmados pelas exigências que cercam a posse de qualquer arma, agora estamos encarcerados por grades de proteção e temos as mãos contidas pelas algemas da impotência cívica. (Percival Puggina, arquiteto, empresário e escritor) 
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem... Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida........mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro....embora não declare e não os procure sempre. (Vinícius de Morais)

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