6 de jun. de 2016

Corrupção se espraiou pelo país...

• Ex-ministro Jarbas Passarinho morre aos 96 anos em Brasília. 
• Tornado com ventos de até 100 km/h deixa feridos e rastro de destruição em Campinas (SP). 
• Chefe da AGU diz serem ilações as notícias sobre sua demissão. 
• Transpetro: Machado pode devolver R$1,2 bilhão. 
• Ministro do Turismo recebeu recurso do petrolão, diz Janot. 
• FAB nega carteirada e associações manifestam apoio ao novo AGU. Entidades de juízes, delegados e advogados defendem Medina. 
• Amigo de Dilma, Cardeal deve virar personagem da Lava Jato. Homem de forte de Dilma, Valter Cardeal deve virar celebridade
• Procurador-geral acusa Henrique Alves em manifestação enviada ao STF. 
• Este ano, governo Dilma gastou R$ 101,9 bilhões só com salários. Governo Dilma gastou R$101,9 bilhões só com pessoal, em 2016. 
• No trajeto olímpico, Alemão simboliza derrota de UPPs. A três meses dos Jogos, complexo sofre com tiroteios e toque de recolher. 
• Sob novo governo, estrangeiro se afasta da Bolsa de SP. Em maio, vendas de ações superaram as compras em R$ 1,8 bilhão. 
• Preferida para chefiar PF, delegada é elogiada por atuação na Lava Jato. 
 • Quem estiver na Lava Jato vai ter que entregar o cargo. Para chefe da Casa Civil, Lava Jato não vai desestabilizar o governo Temer. 
• Realidade brutal: Propostas das autoridades depois de estupro no Rio não enfrentam a impunidade que cerca esse crime. 
• Metas para inglês ver: País precisa definir de onde sairá o dinheiro para cumprir os objetivos de redução de emissões. 
• Pacotes de serviços de bancos sobem mais do que inflação. De 121 analisados pela Proteste, 67 tiveram reajuste superior a índice oficial. 
Gazeta do Povo, de Curitiba diz que juízes do Paraná abriram ações contra jornal que revelou seus salários superiores ao teto. É reação à publicação da lista de supersalários no Paraná. 
• Vídeo mostra Dilma sendo deixando pizzaria para não ouvir vaias. Mostra presidente deixando restaurante sob gritos. Surgiu neste fim de semana nas redes sociais e no Whatsapp um vídeo de no qual a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), é hostilizada por populares, em uma pizzaria, da qual bateu em retirada sob gritos de Fora, Dilma, além de vaias. As imagens mostram Dilma de costas, sendo protegida por um guarda-chuva, entrando em um carro prateado. A informação seria que ela teria saído às pressas de uma pizzaria na cidade de São Paulo, após a revolta dos clientes se transformar em protesto, no entanto a informação ainda não foi confirmada. 
• PM de Brasília finalmente retoma o prédio de hotel invadido há oito meses. Operação mobilizou cerca de 200 policiais; ninguém ficou ferido. 
• Governo Lula e Dilma deram rombo de R$ 1,5 trilhão no Banco do Nordeste. 
• Lava Jato chega a Dilma e fortalece tentativa de acelerar impeachment. Ela deu ordem para Odebrecht pagar R$12 milhões no caixa dois. 
• PT se agarra na teta da quarentena remunerada. Comissão de Ética Pública distribui quarentena remunerada; Já são dezenas os pedidos de quarentena remunerada à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, cujos integrantes foram nomeados por Dilma Rousseff. Espertos, ex-ocupantes de boquinhas no governo petista querem continuar recebendo seus salários integrais alegando dificuldade de encontrar trabalho. A malandragem petista foi usada antes por Antônio Palocci, ex-ministro da Casa Civil de Dilma. Ao menos seis ex-ministros de Dilma receberão R$31 mil por mês, sem trabalhar, alegando conflito de interesses com a iniciativa privada. Entre os que continuarão pendurados nas tetas do governo, recebendo salários integrais de ministro, estão Jaques Wagner e Miguel Rossetto. Até sexta-feira, a Comissão de Ética da Presidência concedeu 29 quarentenas a ocupantes de diversos cargos no governo Dilma. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder. 
• O ex-senador Sérgio Machado usou de sua experiência de negociador, no mundo empresarial e no submundo da corrupção, para obter da Procuradoria Geral da República (PGR) o seu acordo de delação premiada. Para valorizar a proposta, com a qual espera obter perdão judicial ou pelo menos uma redução de pena, ele procurou a PGR já de posse das gravações comprometedoras dos seus aliados. 

• Apuração parcial dá vantagem a Kuczynski no Peru. Com 51,7% das urnas apuradas, economista tinha 50,6%, e Keiko, 49,4%. 
• Projeções dão vitória a Hillary em prévia de Porto Rico. Candidata está perto da indicação democrata a candidatura à Presidência. 
 • EUA e China prometem colaboração apesar das tensões no Mar da China Meridional. 
• Corpo de Muhammad Ali chega a Louisville para funeral. 
• Vala comum com 400 corpos é encontrada na cidade iraquiana de Faluja. 
• Detido na Ucrânia francês que preparava 15 atentados durante a Eurocopa.
• Forças sírias avançam na província de Raqa, reduto do EI. 

Para resolver a crise, vontade política ou políticos com vontade?
Não se passa um dia sem que jornais, rádios, televisões e sucedâneos deixem de acrescentar novos nomes de parlamentares, altos funcionários públicos, empreiteiros e bandidos em geral à lista de envolvidos com a roubalheira que tomou conta do país. São centenas de milhões de reais ou muito mais, surripiados dos cofres públicos, objeto de investigações que começam a produzir até cadeia.
Estrelas de primeira grandeza ganham manchetes de jornal, de quando em quando flagrados em denúncias e acusações. Políticos, de modo geral.
Fazer o quê? Prender todo mundo não dá, boa parte desses bandidos dispõem de recursos para contratar excelentes advogados. Obrigá-los a devolver aos cofres públicos as fortunas que roubaram, só por milagre. Expô-los à execração pública despertará sentimentos variados, a maioria de solidariedade.
Fechar o Congresso ofenderia as instituições e faria o Brasil retroagir. Que tal mudar a Constituição e criar penas mais duras para o crime de corrupção? Multas elevadas ao quadrado? Exílio? Banimento? Confinamento?
Soluções sempre aparecerão, desde que haja vontade política. Ou políticos com vontade. O que não dá é deixar as coisas como estão. (Carlos Chagas) 

Uma circular não escrita.
José Serra terminou a semana em Paris, na OCDE. Na América Latina, as atenções dividiam-se entre a ruidosa confrontação de Luís Almagro, o secretário-geral da OEA, com Nicolás Maduro, o chefe do regime chavista na Venezuela, e o sólido, inexpugnável silêncio do Brasil. Diplomatas argentinos, chilenos e mexicanos esboçaram o plano de enviar uma delegação da OEA a Caracas com a missão de persuadir Maduro a acatar o referendo revogatório -mas congelaram a ideia diante da ausência de uma palavra brasileira. Temer inaugura sua política externa com uma abdicação da responsabilidade de liderar. Haverá consequências.
Uma circular não escrita esclarece a ordem de silêncio. Matias Spektor detalhou seu conteúdo (Folha, 2/6, p. 2). Brasília não só não liderará o movimento internacional contra a escalada autoritária na Venezuela como tampouco será protagonista do processo de denúncias globais dos desmandos pois teme os enormes custos embutidos numa empreitada dessa natureza.
O realismo, reza a circular, impõe o reconhecimento de que faltam-nos instrumentos eficazes para conter um regime que opera em modo de sobrevivência, está pronto a chegar às últimas consequências e não se deterá mesmo se confrontado com suspensões do Mercosul ou da OEA. De mais a mais, nenhuma força política brasileira atribui ao Brasil responsabilidades especiais pelo destino da Venezuela. Assim se prepara um desastre: a prudência, que demanda a inação, logo dará lugar à emergência, que solicitará ações desesperadas.
Todos os sinais de uma explosão catastrófica se reúnem na Venezuela. Sobre a paisagem de um colapso econômico, desenvolve-se uma ruptura institucional, na moldura de cisões entre os militares e na presença de milícias chavistas armadas. O país vizinho encara o espectro da guerra civil. Nenhum ator externo tem o poder de evitar um desenlace trágico, mas a responsabilidade do Brasil é alinhar os atores regionais num esforço derradeiro de mediação. A única saída legal encontra-se no referendo reogatório. A alternativa é a ditadura escancarada, seguida pela violência descontrolada.
Só o Brasil tem a chave de ignição do motor da diplomacia. Obama decidiu, anos atrás, restringir as iniciativas americanas na Venezuela a declarações de princípio, sob pena de adensar o discurso anti-imperialista do chavismo, que funciona como ferramenta de intensificação da repressão interna. Hoje, Washington prioriza a abertura para Cuba e a conclusão da paz na Colômbia, objetivos inconciliáveis com um confronto com Caracas. Os demais atores regionais carecem do peso específico do Brasil, que operou ao longo da era lulopetista como sentinela diplomática da revolução bolivariana. Almagro, pré-candidato presidencial em seu país, persegue a luz dos holofotes. Sem o Brasil, seu barulho oportunista provocará apenas um estalido, fragmentando a diplomacia regional.
Na circular não escrita de Serra, há um parágrafo implícito, excluído da síntese de Spektor. O realismo brasileiro não deriva dos alardeados argumentos de política externa, mas de uma análise de política doméstica. O governo Temer sente calafrios só de pensar na hipótese de abrir uma frente de combate externa enquanto enfrenta o desafio interno posto pelo lulopetismo. O equivocado raciocínio subjacente é que o processo de consolidação do novo governo desenrola-se em esfera separada da crise regional deflagrada pela implosão do chavismo. Por isso, o Itamaraty escreve cartas à imprensa estrangeira justificando a constitucionalidade do impeachment mas cala-se face à ruptura institucional na Venezuela, onde se instaura uma ditadura para impedir a substituição constitucional do governo.
Temer e Serra procuram o conforto impossível da irrelevância geopolítica externa. É um flerte da prudência com a irresponsabilidade. (Demétrio Magnoli) 

Por que o brasileiro tem tanto medo da palavra privatização?
Por que o brasileiro sente uma reviravolta toda vez que ouve a palavra privatização? Isso não é normal! Você divulga que alguém pretende privatizar algo e parece que o mundo para e a pessoa só ouve aquilo: privatização, privatização, privatização, como um eco. Por que essa ojeriza tão grande em deixar o Estado focar no que ele tem que fazer e deixar que os outros entes da sociedade prestem os demais serviços? Que empresa no mundo conseguiria operar em ramos tão distintos como saúde, educação, segurança, petróleo, mercado de capitais, bens, serviços e bancários, infraestrutura, transporte terrestre, aeroviário, metroviário, pluvial, e tantos outros? Será que alguém pensa que poderia construir uma empresa que fizesse tudo isso por um bom preço, com qualidade e eficiência? Por que, então, achar que um Governo pode?
Não se engane quem pensa que, posteriormente a toda a campanha da esquerda durante os anos 90 contra a privatização e contra o neoliberalismo, a esquerda se proporia a manter a mesma posição e pensamento ao longo dos 14 anos que esteve no Governo. Não o fez! E, não o fez por um motivo simples: privatizar é muito melhor, e até a esquerda sabe disso!
Se há quem pensa que privatizar é ruim, pior ainda é não privatizar. Como citado, não há empresa ou governo que consiga administrar e focar ao mesmo tempo em tantas frentes de atuação, tão díspares. Não há dinheiro suficiente que consiga administrar tudo isso. Além de toda a ineficiência, burocratização e todos os outros diversos outros motivos que todos os brasileiros estão cansados de saber.
Se formos analisar os dados anteriores e posteriores à privatização de apenas algumas estatais, tomaremos um susto. A nova geração sequer sabe que antes da privatização das telefonias necessitavam de 4 anos e um bom dinheiro para se instalar uma linha telefônica. Antes, empregava-se por volta de 20 mil trabalhadores e hoje a geração de empregos na área de telecomunicações chega a quase 400 mil trabalhadores diretos.
A Embraer, que tinha sucessivos prejuízos, na casa dos R$ 300 milhões por ano, passou a ter condição financeira eminente em 2010, ao ponto devolver à sociedade, na forma de impostos, mais de R$ 500 milhões, gerando emprego para mais de 17 mil trabalhadores.
A Vale, tão criticada quando privatizada, empregava 11 mil pessoas, hoje, contudo, possui mais de 170 mil trabalhadores diretos. Se antes de privatizar valia U$$ 8 bilhões, hoje já supera os U$$ 190 bilhões. Só de investimentos em áreas e projetos sociais entre 2007 e 2010 foram mais de U$ 700 milhões.
Será que isso é ruim? Se ruim, para quem? Talvez seja ruim para alguns partidos que chegando ao poder não podem colocar seus afiliados políticos para desviarem um pouquinho para suas campanhas. Talvez seja ruim para o político que não consiga fazer com que as empresas invistam e gastem tanto dinheiro apenas em seus projetos políticos - até pessoais. Talvez seja ruim para o político que não consegue determinar que suas campanhas sejam feitas através dos investimentos redirecionados da estatal para o seu bolso ou campanha. Talvez isso seja realmente ruim, mas ruim para ele, não para o povo!
A educação - e digo não somente aquela construída pela escola, mas também a proporcionada pelas mídias, escritores e até partidos políticos - falhou e continua a falhar, sem explicar para a grande população o benefício de se ter uma empresa especializada e focada em desenvolver cada vez mais um setor, gastando cada vez menos, contratando mais trabalhadores para sua equipe, gerando mais impostos a serem devolvidos à toda sociedade. Isto é bom para todo o país. É bom para todos que recebem um serviço por um preço menor e de maior qualidade - do que o oferecido anteriormente prestado pelo Estado; seja na telefonia, na luz, bancos e tantos outros ramos e serviços.
O governo precisa focar e investir nas necessidades básicas do povo e naquilo que a Constituição lhe determina como obrigatórios e únicos a prestarem. Enquanto o Governo perde tempo pensando em quem colocar na presidência da Caixa Econômica Federal, a educação fica em segundo plano. Enquanto se gasta tempo e gente pensando em como recuperar a Petrobrás, a população morre de descaso nas filas dos hospitais. Enquanto se pensa em como fazer os Correios terem lucro e prestarem um serviço minimamente adequado, obras de infraestrutura deixam de ser realizadas. Enquanto se pensa em como gerir uma empresa pública, milhões de empregos são perdidos porque o (des)governo não conseguiu executar um plano econômico eficiente.
Precisamos, sim, perder o medo de falar em privatizar. Não é um palavrão. Não é vender o país, tampouco se curvar a interesses privados. O interesse é de toda a população que ganha com serviços melhores, mais trabalho, menos corrupção, menos aparelhamento político, menos boquinhas aos amigos dos governantes.
Precisamos que os governantes implementem as reais prioridades que a população tanto necessita a e clama. Eles precisam voltar a olhar para próprio povo. Precisam entender que o povo é a prioridade, todo o restante pode e deve ser delegado àqueles que possuem maior expertise que políticos em administrar empresas, políticos esses que, por vezes, sequer educação básica têm. Já passou da hora de o Brasil ser o país do futuro, precisa começar a ser o país do presente! (Victor Cardoso. formando em Direito com experiência nos campos de direito tributário, licitatório e civil. Graduando em Ciências Econômicas pela PUC-Rio e membro do Núcleo Acadêmico de Estudos e Integração da Câmara de Comércio e Turismo Brasil-Chile. Membro do Diretório Central de Estudantes da PUC-Rio)

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