8 de set. de 2015

Redes sociais: ela fugiu dos panelaços...

• Governo pode aumentar impostos por decreto. O Planalto avalia recorrer à elevação das alíquotas de tributos que não precisam de aprovação dos parlamentares, como Cide, IPI e IOF; de acordo com levantamentos do Ministério da Fazenda, um aumento da Cide-Combustíveis dos atuais R$ 0,22 por litro para até R$ 0,60 representaria uma arrecadação extra de cerca de R$ 12 bilhões; outra aposta seria uma alíquota mais alta do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para atingir os mais ricos, de 27,5% para 35%, que poderia render mais R$ 7 bilhões. 
• Decisão do STF amplia pressão sobre o Planalto por reformas. Abertura de inquéritos contra os ministros Edinho Silva e Aloizio Mercadante reforça movimento por medidas que estanquem a atual crise. 
• Após Pixuleko, grupo antigoverno cria boneca de Dilma. Movimento Brasil estreou Pixuleka em manifestação em Brasília. 
• Uber reacende debate sobre regulamentação de inovações. Brigas mostram dificuldade de se criar leis para cada novidade digital. 
• O Brasil não pode ser neutro no estimular o diálogo entre Venezuela e Colômbia é o certo a fazer.
• Polícia brasileira é a que mais mata no mundo. Segundo relatório da organização Anistia Internacional, em 2014, 15,6% dos homicídios forem feitos por policiais - que atiram em pessoas que já se renderam, que já estão feridas e sem uma advertência que permitisse que o suspeito se entregue. 

Paródia eleitoral
. Alguns anos atrás, movido por minha arraigada e secular ojeriza à politicalha tupiniquim, perpetrei algumas paródias musicais. Injetava doses cavalares de verrina em músicas conhecidas, transformando-as em flechadas contra certos costumes políticos. Minha reconhecida modéstia me proíbe autoelogios pelas obras-primas que produzi naquela ocasião, e só incluo aqui alguns exemplos para o efeito de mostruário, caso algum leitor marqueteiro resolva valer-se da minha experiência no assunto. Começo transcrevendo uma das estrofes inspiradas na Moda da pinga:
O meu candidato topa desafio
E promete ponte onde não tem rio
E promete escola pra educar meus fi-io
E encher meu bolso que nasceu vazio
Mas depois de eleito fica no macio.
. Estes versos me pareceram muito benignos, tanto que desisti de contratar um cantor profissional para colocá-los ao alcance do distinto público.
. O caixa 2 de campanhas políticas (crime do qual um cacique partidário se autoacusou, alegando que todos fazem) foi grudado na música infantil Vem cá, Bitu, reeditada para festas juninas como Cai cai, balão. A paródia dizia:
Cai cai, bilhão, cai cai, bilhão
Aqui na minha mão.
Quero mais, quero mais, muito mais
Para a próxima eleição.
. Era companheira desta a cantiga de roda Tira o teu pezinho:
Tira tira um bocadinho
Põe aqui no bolso meu
O dinheiro é do povo
Mas o povo me elegeu.
. Estes são apenas alguns exemplos da minha atividade parodiante. Meu esforço criativo neste campo foi amplo, mas havia o risco de ser infrutífero. Eu não temia represália, pois os políticos não tinham motivo para se queixar da minha produção, muito fiel aos costumes deles. A dificuldade estava em conseguir espaço nas paradas de sucesso, que se orientam por ordens superiores. Sem esse espaço se evaporariam os royalties presumivelmente vultosos, resultantes do meu laborioso repertório.
. De lá para cá os costumes políticos censuráveis se tornaram muito, mas muito evidentes e ostensivos. Como ninguém é de ferro, e eu também preciso obter o sustento meu e dos meus dependentes, estou pensando em mudar minha atuação. Ao invés de esbordoar os candidatos, pretendo oferecer-lhes minhas aptidões parodiantes. Acho que mudarei o tom das minhas criações, embora o que compus até hoje tenha evidente utilidade numa campanha eleitoral bem dirigida. Imagine, por exemplo, que um alto-gritante saia pelas ruas berrando cai cai, bilhão... Qualquer doador de campanha bem intencionado verá nisso um convite para lucrativos empreendimentos.
. Não se espante, prezado leitor, com a magnitude da minha reviravolta. Estamos tratando de assuntos políticos, e o que não falta nesse campo são reviravoltas. Trocar partido, amizades, programa, princípios, tudo isso é como trocar a maquiagem. Como não uso maquiagem, vou comprar um machado a fim de esculpir uma cara de pau para mim mesmo. Depois de concluída minha produção de jingles eleitorais, vou guardar o machado, talvez ele me sirva em uma previsível reviravolta futura. Por exemplo, para a execução da Justiça, como se fazia antes do Dr. Guillotin…
. Já comecei a trabalhar na nova plataforma musical-eleitoral, mas ainda não ultrapassei as dificuldades iniciais do meu ofício redirecionado. Minha aptidão para a mudança é francamente insuficiente, pois não se vai longe nesse meio sem o tal jogo de cintura, cuja concubina é a falta de princípios.
. Estou agora ensaiando um projeto baseado em antiga marchinha de carnaval:
Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá chupeta, dá chupeta
Dá chupeta pro povão não chorar.
. As repetições facilitam o trabalho. Só precisei trocar bebê por povão, o resto é igual. Acho que uma multidão de candidatos deve aplaudir-me e incorporar-se ao refrão.
. Não lhe parece promissor o meu futuro nesse campo? (Jacinto Flecha) 

Crime: setor que só cresce. 
Setor crime - Independente das operações que vem sendo deflagradas, constantemente, pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, o setor crime, de forma mais do que evidente e reconhecida, continua crescendo, de forma exponencial, em todos os cantos do país. Mais: afligindo tanto os brasileiros quanto os turistas-visitantes.
Desonestidade - Antes de tudo é importante esclarecer que no Brasil só é considerado crime aquilo que está à margem da lei. Ora, como nem tudo que é lícito (legal) é tido como honesto, muito daquilo, que à luz da lógica e da consciência deveria ser considerado crime, deixa de ser levado em conta. Mas deveria, porque a desonestidade tem o mesmo peso social.
Setores sociais - Em termos sociais temos os seguintes setores: 
1 - o primeiro setor, que é o público, ou seja, o Estado/Governo, também conhecido como setor não produtivo. Ou parasitário, no nosso caso. 
2 - o segundo setor, representado pelo mercado, ou seja, o que é privado. É conhecido como setor produtivo. 
3 - o terceiro setor, que é uma terminologia sociológica que dá significado a todas as iniciativas privadas de utilidade pública com origem na sociedade civil. É representado pelas conhecidas ONGs - organizações não governamentais.
Quarto setor - Pois, mesmo que todos os tipos de crime sempre estiveram presentes em todos os cantos do planeta, no Brasil o setor crime é, comprovadamente por todas as estatísticas, aquele que mais cresce. Isto sem falar nos latrocínios e homicídios que acabam com o sossego e, muitas vezes, com a vida dos atingidos.
Atitude - De novo: este quarto setor, cujos atos praticados independem de categoria, tipo, atitude e valores, está presente em vários países. A diferença entre o que acontece aqui, se comparado com países sérios, está na atitude.
. Para tentar impedir o avanço dos atos ilícitos, os governantes sérios, além de melhorar os controles e a segurança, impõem penas pesadas aos criminosos. Coisa que não se cogita no nosso pobre país.
Incentivo ao crime - No Brasil, mais do que sabido, não é assim que as coisas funcionam. Além de um policiamento frágil, e muitas vezes envolvido com atos criminosos, as penalidades, quando aplicadas para os poucos que conseguem ser presos, estão mais identificadas como programas de incentivo ao crime.
. Daí a razão para dizer, com absoluta certeza, que o setor crime é aquele que apresenta maior crescimento no país. Mais: está permeado em todos os demais Setores e fora deles.
O mais rentável - Ultimamente, o crime tem mostrado um crescimento fantástico dentro setor público. É ali que a corrupção se instalou com força total e descomunal em todos os níveis. Não há um dia sequer que a imprensa não descubra ou noticie uma falcatrua.
. Vivendo num ambiente assim, onde a impunidade é imensa, a sociedade como um todo acaba contribuindo, abertamente, e cada vez com mais intensidade, para o crescimento deste quarto setor, que vai desde o contrabando (de qualquer tamanho), pirataria, falsificação, sonegação, pequenos roubos, tráfico de drogas, etc.
. E quando alguém se insurge e resolve aplicar a lei, coisa rara no Brasil, um escudo salvador, conhecido como direitos humanos é imediatamente acionado pelo criminoso. Pronto. Diante desta pura verdade só nos resta dar um viva ao quarto setor! Além de promissor é, certamente, o mais rentável. (GSPires) 
    Um homem decente envergonha-se do governo sob o qual vive. (H. L. Mencken)

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