30 de jul. de 2015

Brasil, árvore com jabutis...

• Juros sobem pela 7ª vez seguida e vão a 14,25% ao ano. Pela sétima vez seguida, o Banco Central reajustou os juros básicos da economia; por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou nesta quarta (29) a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 14,25% ao ano; com o reajuste, a Selic retorna ao nível de outubro de 2006, quando também estava em 14,25% ao ano; a taxa é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 
• PIB do Brasil deve recuar 1,5% este ano, estima Cepal. 
• Gráfica que recebeu R$ 6 mi do PT desperta suspeita da Justiça Eleitoral. Documento indica motorista como presidente de empresa, que não tem funcionário registrado; Secretaria de Comunicação Social afirma que Tribunal verificou prestação. 
• Nem eleições, nem parlamentarismo; segundo o colunista do 247 Hélio Doyle, o que quer o movimento clandestino, do qual participam até ministros de Estado e de tribunais, é dar à crise política e econômica a solução que convém a seus participantes: o afastamento da presidente Dilma e a ascensão do vice-presidente Michel Temer; Ele fará a convocação de um grande pacto contra a crise. Teria imediato apoio de todos os partidos, PMDB e PSDB à frente, com adesão, no desenho do grupo, do indefinido PSB e até dos hoje governistas PDT e PSD. Uma grande coalizão, e, como no governo de Itamar Franco, apenas o PT e partidos menores de esquerda ficariam fora, diz; Doyle acrescenta que a estratégia inclui sabotar o ajuste fiscal e forçar a renúncia de Joaquim Levy, para que a situação de Dilma se torne cada vez mais insustentável. (247) 
• Catta Preta deve dizer que fugiu por se sentir ameaçada. Advogada Beatriz Catta Preta, que conduziu 9 das 17 delações da Lava Jato, se mudou para Miami (EUA), após o lobista Julio Camargo mudar sua versão e dizer ter pago US$ 5 milhões em propina ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); desde então, começou a ser questionada, em requerimento do integrante da CPI da Petrobras, o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), sobre a origem do dinheiro que recebeu como pagamento dos réus da operação; em outro pedido, dirigido a uma juíza do Paraná, exigiu a lista de todos os clientes de criminalista. 
• Dilma recebe governadores para discutir ICMS e pautas-bomba
• Presidente da Andrade Gutierrez vira réu da Lava Jato por suspeita de corrupção. 
• Dilma vai vetar correção maior de aposentadorias acima do mínimo.

Operação Dedo na tomada & Enxurrada abaixo.
. É muito mais eletrizante -- e chocante -- o que será revelado com a devassa que começa a ser feita no setor elétrico federal.
. Quem acompanha de perto as investigações, e com lupa, adianta que é muito mais eletrizante - e chocante - o que será revelado com a devassa que começa a ser feita no setor elétrico federal. A operação de ontem, com a prisão de um executivo da Andrade Gutiérrez e um ex-diretor da Eletronuclear é apenas a ponta do fio desencapado que levará à central de operações de superfaturamentos e propinas de anos nos braços da Eletrobras.
. No último dia 8 de julho a Coluna antecipou que viria curto-circuito na praça, com o setor elétrico como próximo alvo da Polícia Federal. A mesma fonte aponta agora que a apreensão de documentos fará emergir as tramoias na construção da usina nuclear Angra 3 e nas megas hidrelétricas do Norte e Nordeste do Brasil. Não bastasse isso, a situação vai piorar para as empreiteiras - as mesmas do clubinho da Petrobras - que constroem as usinas.
. Documentos já apreendidos pela Polícia Federal em abril, na Operação Choque coordenada pelo Ministério Público Federal, indicariam superfaturamentos em contratos na construção de usinas, com o mesmo modus operandi descoberto na Petrobras: repasse de dinheiro para caixa 2 e propinas via doações oficiais para candidatos na campanha de 2010 e 2014.
. O cerco judicial no setor elétrico agora é duplo, através do MP Federal e da PF. Com a operação deflagrada, cria-se o braço energético da Lava Jato, embasada nas delações dos empreiteiros presos, em especial Ricardo Pessoa, da UTC, que se tornou em poucas semanas no Entregador-Geral da União. E a Operação Choque do MPF, que segue em paralelo, vai passar de 110 para 220 volts nos próximos meses.
. Ou seja, o dedo na tomada na Lava Jato e a enxurrada das comportas abertas das hidrelétricas vão se encontrar com energia de sobra nos autos da Justiça; . É pule de dez que a corrente elétrica com esse fio desencapado leve aos contratos de Jirau, Belo Monte e outras usinas do setor.
Dedo na tomada 2
. Antes de qualquer comemoração com o memorando de intenção da obra assinado entre os representantes dos governos do Brasil e da Bolívia, os entusiastas da usina hidrelétrica binacional na fronteira entre os dois países precisam explicar o milagre da matemática do cálculo de custos.
. Sete anos atrás, quando a imprensa local citou o esboço da mega obra comparada à hidrelétrica de Itaipu, o custo era de US$ 1 bilhão. Não se tem ideia do embasamento da nova estimativa de gasto, nem com a pior inflação do mundo. Sem trocar uma vírgula do projeto, o valor agora supera US$ 5 bilhões.
. As águas do rio Madeira que separam Brasil e Bolívia na altura do Acre correm a uma velocidade que conotam muita energia nos gabinetes dos idealizadores do projeto. Do lado de cá, os milagreiros são o líder do PT na Câmara, Sibá Machado, e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), ambos egressos da região.
Mais um problema
. Um deputado gaiato, mas em quarto mandato e conhecedor dos meandros do Congresso, opositor do presidente da Câmara, chuta à meia boca que Eduardo Cunha começa a perder todos os fios de cabelo recém-implantados com a operação policial no setor elétrico. Pode ser maldade, pode ser meia verdade.
. Cunha, apesar de negar, transitava com desenvoltura por Furnas. Principalmente quando apadrinhou Luiz Paulo Conde (in memoriam) na presidência da estatal. (Leandro Mazzini)

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