3 de jun. de 2015

O mundo não chega a nenhuma conclusão...

• A renuncia de Blatter - Hoje, bastante pressionado, Joseph Blatter renunciou à presidência da Fifa após 17 anos no poder. O escândalo de corrupção envolvendo uma série de dirigentes e empresários ligados à entidade foi o que motivou a decisão do dirigente que quatro dias antes havia sido reeleito. - Embora os membros da Fifa tenham me reelegido presidente, não pareço estar sendo apoiado pelo mundo do futebol, jogadores, clubes, que inspiram a vida no futebol. É por isso que eu vou convocar um congresso extraordinário e colocar minha função à disposição, anunciou Blatter, na sede da entidade, em Zurique, na Suíça. Blatter também é investigado por corrupção na Fifa, diz jornal. Ele renunciou ontem e convocou nova eleição.
• Funcionários de quatro linhas da CPTM marcam greve para esta quarta-feira em São Paulo. 
• Tribunal manda baixar tarifa de de ônibus municipal do Rio. Prefeitura diz que ainda não foi notificada. 
• Reprovação do governo Dilma no DF chega a 84%. Dados são do Instituto Paraná Pesquisa, que ouviu 1,2 mil pessoas no final do mês de maio. Baixa na popularidade da presidenta já atinge imagem de Lula, revela o levantamento. 
• A Ordem dos Advogados do Brasil, presidida por Marcus Vinícius Furtado Coêlho, reagiu com firmeza à entrevista concedida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, ao 247; nela, Gilmar afirmou que a OAB foi laranja do PT, ao propor uma ação direta de inconstitucionalidade contra o financiamento empresarial de campanhas políticas; Essa afirmação descabida e desrespeitosa não está à altura da liturgia e educação que se aguarda de um dos membros do STF, diz o texto; Com a declaração o ministro atinge não somente a OAB, mas também os seis ministros do Supremo que votaram a favor da ação que discute o financiamento de empresas nas eleições. Seriam os seis ministros laranjas?; em julgamento no STF, seis ministros votaram contra o financiamento empresarial, mas o caso foi suspenso por um pedido de vista do ministro Gilmar, há mais de um ano. 
• Governo não repassa recursos para fiscalização do Bolsa Família. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, os repasses feitos em 2015 são referentes aos últimos trimestres de 2014. Em algumas prefeituras, funcionários responsáveis pelo programa estão sendo dispensados. 
• O TCU vai fiscalizar as contas da Usina Itaipu, uma demanda de anos por transparência. Ocorre que o novo advogado de Itaipu é Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz.
• Fim da reeleição cria instabilidade política, diz Toffoli. Em entrevista ao jornal O Globo, presidente do Tribunal Superior Eleitoral afirma que mandato de quatro anos deixa presidente frágil e se diz contra financiamento empresarial. Para ele, companhias não votam, apenas querem lucro
• Proposta dá ao Senado poder de aprovar indicados para grandes empresas. Os presidentes da Câmara e do Senado querem que presidentes de empresas como Petrobras e BNDES sejam aprovados pelo Senado Renan e Cunha assinam texto sobre Lei de Responsabilidade das Estatais. Senador e deputado diz que anteprojeto pretende acabar com o mundo paralelo das estatais e estabelecer um controle definitivo por parte do Congresso. Objetivo é votação antes do recesso de julho. 
• Decisão sobre CPI do Futebol só deve sair em 30 dias. Na sexta-feira, o deputado João Derly apresentou requerimento para a criar a nova CPI. No entanto, existem outros dez pedidos de CPIs na frente do pedido de Derly. Isso porque não podem funcionar, simultaneamente, mais de cinco CPIs na Casa. 
• STF rejeita ação para suspender construção de shopping no Congresso. A ação foi apresentada pelo deputado federal Rubens Bueno, na semana passada. A matéria que regulamenta o Parlashopping foi aprovada pela Câmara e pelo Senado. 
• Com aval do governo, juro pode subir mais para segurar inflação. Planalto avalia que é melhor concentrar sacrifício econômico em 2015.
• Alckmin vai atrasar segunda obra contra crise hídrica. Obra de transposição de água para a Grande São Paulo atrasa e só sai em 2017. 
• PF indicia Teixeira sob suspeita de lavagem de dinheiro. Ex-cartola movimentou R$ 464,6 milhões em bancos de 2009 a 2012. 
• Naufrágio abala viagem dos sonhos de chineses. Navio com 458 pessoas a bordo afundou no rio Yangtze; cruzeiro, que passa pela hidrelétrica das Três Gargantas, custa cerca de R$ 950 e se popularizou com o aumento da renda dos chineses. 
• Padrasto de Kim Kardashian bate recorde no Twitter, superando o de Obama. Caitlyn Jenner ganhou um milhão de seguidores em uma hora depois da divulgação de sua primeira foto como mulher. 
• Saga dos decasséguis faz 25 anos. Lei em 1990 permitiu que descendentes de japoneses pudessem trabalhar no país, atraindo milhares de brasileiros; chef paulista hoje ensina japoneses a fazer sushi; operária sonhava em juntar dinheiro para casa própria, hoje vive de ajuda do governo. Há 20 anos, Ricardo Juneck, 46, viu no Japão uma oportunidade de dar impulso a sua carreira como chef de cozinha. Fechou um restaurante em Registro (SP), fez as malas e foi encarar o trabalho pesado das fábricas japonesas. 
No Japão, descobri que sou 100% brasileiro. Repórter da BBC em Tóquio conta que, no Brasil, sentia pressão para se comportar como nipônico e se mudou para o Japão há 14 anos para entender suas raízesAqui
Façanhas de ontem e de hoje. 
. Os escritores famosos redigem suas obras para cerca de vinte pessoas, e os de menor alcance escrevem para bem menos. Esta informação constava em artigo de um literato talentoso e muito respeitado, que li no século passado. Mas a minha idade, prezado leitor, não deve ser avaliada com base nesse século passado aí atrás, pois qualquer pessoa com mais de vinte anos lembra-se do que leu no século passado. Faço também a ressalva de que não era uma estatística, mas uma estimativa pessoal. Merece credibilidade, sendo ele do ramo e bom conhecedor dos meios literários.
. A estimativa pode parecer estranha, mas contém dados razoáveis e verossímeis. Em primeiro lugar, porque nenhum escritor conhece todos os seus leitores. À medida que vai pondo no papel os fatos, pensamentos, comentários, é também natural ele se perguntar qual seria a opinião de tal e tal amigo cujas posições conhece, tal grupo de pessoas com o qual tem afinidades ou discrepâncias. Assim agindo, pode avaliar o que pensará da obra a média dos seus leitores. E pode prever, por essa amostragem, se os termos que usa, a construção das frases, os conhecimentos necessários para entender o conteúdo, tudo corresponde ao adequado para seus leitores.
. Qual o meu objetivo com essas informações? Bem, não mencionei ainda os que escrevem, ou empreendem grandes esforços, ou produzem algum objeto para agradar a apenas uma pessoa. Existem sim, e já vou lhe dar exemplos.
. No século passado (de novo) houve um atentado contra a vida do presidente Ronald Reagan, e logo se constatou o motivo. O autor, mentalmente desequilibrado, queria impressionar uma única pessoa, atriz de um filme em cartaz. Imagino que no filme ela se envolvia em algum atentado, e talvez ele tenha procurado demonstrar sua capacidade para fazer a mesma coisa; em seguida passaria a exibir-se diante dela com objetivos fáceis de imaginar. Há loucura para tudo...
. Outro fato bem antigo (parece que tudo hoje aponta para o século passado) se refere a uma menina que teve poliomielite (doença considerada extinta... no século passado). A recuperação exigia fisioterapia, durante a qual ela reclamava das dores e outros aspectos desagradáveis. Num dia de choramingos especialmente irritantes, a mãe chamou-a às falas, em termos como estes:
- Minha filha, estamos fazendo tudo ao nosso alcance para você voltar a andar como uma pessoa normal. É o que podemos fazer, mas se não houver cooperação da sua parte, os resultados não serão esses. Você vai ficar aleijada para toda a vida, não vai conseguir emprego nem um bom marido. Se você quer ficar assim, basta parar de fazer os exercícios, mas depois não ponha a culpa em nós.
. Resultado: Poucos anos depois, ela se tornou campeã olímpica de corrida. É fácil imaginar quantos esforços fez para agradar à mãe. Parece até que exagerou...
. O personagem central de um dos maiores clássicos da literatura mundial dedica todo o tempo dos dois grossos volumes tentando praticar algum ato heroico a fim de impressionar a dama dos seus sonhos. Ou melhor, da sua imaginação, onde Dulcineia del Toboso adquire belezas e virtudes que passaram bem longe da supervalorizada vizinha. Empenhado em praticar façanhas para impressionar a Dulcineia imaginária, Dom Quixote de la Mancha se dá mal ao investir contra moinhos de vento, atacar inofensivos peregrinos que supõe serem malfeitores, atribuir poderes legendários a objetos corriqueiros. Imagina-se dotado de virtudes sobre-humanas, como as que os literatos da época atribuíram a seus personagens dos romances de cavalaria.
. Quem eram esses grandes heróis imaginários? Se você conhece Batman, Flash Gordon, Super-homem, Capitão Marvel, Capitão América, Homem Aranha, Jedi, Príncipe Submarino, Tarzan, ou até o Capitão Atlas, troque as roupas deles, as armas que usam, os meios de transporte e mais umas coisinhas, e terá os mirabolantes personagens daqueles romances. São farinha do mesmo saco. O curioso é que os mesmos admiradores desses imaginários heróis modernos caem de porrete em cima de cavaleiros medievais, heróis reais de carne e osso. Por que essa discriminação?
. Acontece que a verdadeira cavalaria medieval era realmente heroica, dedicada a causas nobres. Seus feitos grandiosos estão consignados na história das Cruzadas e em muitas outras batalhas decisivas, relegadas hoje a um esquecimento proposital e inexplicável. Os romances de cavalaria deturparam os feitos desses heróis e aviltaram seu objetivo real, substituindo-o pela conquista do amor de uma dama. Cervantes, por meio do seu imaginário Dom Quixote, lançou no ridículo os romances de cavalaria e seus heróis mirabolantes, levando de roldão a real cavalaria medieval, cujas lutas heroicas e memoráveis impediram, entre inúmeras tragédias, a conquista do mundo inteiro pelos muçulmanos. O próprio Cervantes participou de uma delas.
. Hoje não temos mais esses heróis. Sua imagem negativa, tal como foi falseada por Cervantes, foi o resultado mais corrosivo e mais permanente, talvez o real objetivo do autor espanhol. Quem o afirma é um grande escritor, para quem Dom Quixote fez mais mal à cavalaria medieval, à nobreza e à civilização cristã do que toda a obra de Voltaire. Não é dizer pouco.
. Você vê alguma utilidade nesses mirabolantes personagens de quadrinhos e filmes? Ontem e hoje, farinha do mesmo saco, inúteis e prejudiciais. (Jacinto Flecha) 
O silêncio dos irresponsáveis. 
Silêncio sepulcral - Diante desta indesmentível crise econômica que o país vive, perseguida e produzida com enorme afinco e vontade pelos governos Lula e Dilma-Neocomunista-Petista, a qual se aprofunda a olhos vistos, dia após dia, uma das coisas que mais me preocupa é esse sepulcral silêncio de inúmeras entidades empresarias e políticas.
Melhor dos mundos -  Enquanto os números divulgados por todos os institutos que medem o desempenho da nossa economia insistem em divulgar e projetar uma brutal e contínua queda das atividades -industriais, comerciais e de serviços-, os representantes eleitos pelo povo (senadores, deputados federais, estaduais e vereadores) agem como se estivéssemos no melhor dos mundos.
Sem consciência - Aliás, a rigor tal comportamento revela nitidamente o quanto o povo e seus representantes não têm consciência das causas que nos remeteram a mais esta crise. Esta afirmação se baseia pelo fato de não se ver políticos minimamente preocupados, tanto em salvar o que ainda resta do naufrágio quanto em propor mudanças capazes de evitar e impedir novos baques.
Gritar - Como não vejo nenhuma proposta que nos leve a tornar melhor esse quadro recessivo, mas muitas na direção oposta, que nos dão a mais clara certeza de que vamos piorar aquilo que já está ruim, só me resta gritar, desesperadamente. É, aliás, o que mais tenho feito através desse meu limitado meio de comunicação, que atinge, basicamente, leitores portadores de maior discernimento.
Fator previdenciário - Vejam, por exemplo, que a maioria dos deputados e senadores se diz pronta para acabar com o Fator Previdenciário. Entretanto, não apareceu uma viva alma dentro do Parlamento pronto para propor uma Reforma da Previdência, do tipo que tenha como único e grande propósito acabar com os monumentais déficits, que além de contínuos são cada vez maiores. 
Contas da previdência - Ora, se as contas da Previdência Social já estão onerando absurdamente os pagadores de impostos, e não quem deveria sustentá-la, como é o caso daqueles que contribuem para futuramente se aposentar, ao acabar com o Fator Previdenciário o caos econômico vai aumentar ainda mais. 
. O ideal seria que Previdência fosse tratada como algo que se compra, de acordo com o que se está disposto a pagar. Pois, mesmo que viesse a prosperar esta ideia, o passado ainda precisa ser resolvido.
Idade mínima - Como informa a tábua atuarial (e todos sabem muito bem) o brasileiro está vivendo, em média, por mais tempo. Esta verdade, por ser absoluta, implica no seguinte:
1 - para manter os atuais percentuais de contribuição com o sistema público as aposentadorias precisam ser concedidas a partir de 65 anos de idade;
2 - como as mulheres (está na tábua atuarial) vivem, em média, 5 anos mais do que os homens e ainda por cima se aposentam 5 anos antes do os homens, é preciso que, ao menos, todos sejam iguais perante a idade mínima para se aposentar;
3 - caso o povo queira manter as idades mínimas atuais, a contribuição precisaria aumentar para 20%.
. Até agora não vi ninguém disposto a discutir este relevante tema com a cabeça no lugar e os pés no chão... Pode? (GSPires) 
Quando cada um rema para um lado, o barco não sai do lugar.

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O teto vai ruir...

Façamos as contas ao próximo exercício. Você aí que ainda nem recebeu os míseros trocadinhos do patrão e ouve a mulher querendo comprar comi...