10 de abr. de 2015

Ó mente brasileira, o que farás...

• Dilma completa 100 dias: economia e popularidade marcam contrastes com 1º mandato. A presidente tem poucas razões para comemorar. Isolada, a petista tem dificuldades para reverter o ceticismo do mercado, a desconfiança de aliados e o descrédito de uma parte cada vez maior da população. Passados mais de três meses após reassumir o comando do país, as preocupações de Dilma se estendem desde a economia até a política, passando pela relação com a sociedade, fragilizada especialmente pelo escândalo de corrupção na Petrobras. O cenário atual é distinto de quando a petista assumiu a Presidência, em janeiro de 2011. Nos 100 primeiros dias daquele ano, o quadro geral era bem mais favorável à presidente, mas tampouco totalmente positivo. Em nota enviada à BBC Brasil, a Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou que o governo está operando em ritmo acelerado, dando continuidade aos programas e fazendo ajustes para acelerar o crescimento econômico do país

• Me pergunto por que? Lula e Temer discutem cargos de 2º escalão. 

• Constatação: Taxa de desemprego no país sobe para 7,4% no trimestre e Brasil não aumenta sua produtividade desde 1970. 

• Muito bom! STF considera ilegal pensão vitalícia a ex-governadores. Decisão foi tomada no julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade proposta pela OAB. 

• É sério ou brincadeira? - A partir das 21 horas, policiais impõem toque de recolher no Complexo do Alemão no Rio. 

• A Ferj está precisando de um esparadrapo - É campeã de lucro e fatura mais do que Botafogo, Flamengo, Flu e Vasco. 

• Câmara aprova projeto que amplia terceirização. Projeto permite ampliar terceirização para todas as áreas das empresas, inclusive sua atividade-fim. Iniciativa privada, empresas públicas e de economia mista são contempladas no texto, visto por críticos como meio de precarizar direitos trabalhistas e beneficiar empregadores. Aliados deram quase 60% dos votos à terceirização. Dos 324 votos favoráveis à proposta combatida pelo Planalto, 189 foram dados por deputados da base governista. Só o PT foi 100% fiel ao governo. A favor da mudança na lei, PSDB e DEM tiveram duas dissidências cada. Deputados apresentam 219 emendas a projeto de terceirização.
• Senadores excluem assinatura e CPI dos fundos será arquivada. Comissão de inquérito investigaria ilicitudes na gestão dos fundos de previdência Previ, Petros, Funcef e Postalis. Seis parlamentares desistiram de apoiar a CPI. 

• Família Sarney pagava de um lado e recebia de outro. Neste dia 10, em que Flávio Dino, do PC do B, completa 100 dias de governo, e o Maranhão completa 100 dias sem Sarney, 247 publica entrevista exclusiva com o governador que foi um dos grandes nomes da disputa de 2014; Vamos sair de um governo de poucos para poucos para um governo de todos para todos, disse Dino ao jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília; um exemplo disso, diz ele, era a política de comunicação, onde a família Sarney, afiliada da Rede Globo, recebia 78% dos recursos de publicidade estadual; ao comentar a Lava Jato, Dino aponta erros de comunicação do governo federal; A independência institucional do Brasil não chegou de disco-voador, diz ele, lembrando, que, no passado, denúncias de corrupção não eram investigadas e que isso mudou nos governos de Lula e Dilma; os méritos cabem aos partidos de esquerda, que desde a Constituinte se mobilizaram nessa direção, embora isso não seja reconhecido

• Senado recebe pedido de impeachment de Dias Toffoli. Responsável pela denúncia é o procurador da Fazenda Nacional Matheus Faria Carneiro, que argumenta que o ministro do STF Dias Toffoli teria incorrido em crime de responsabilidade ao participar de julgamentos em que deveria ter declarado suspeição; ele cita o caso do Banco Mercantil, onde o ministro contraiu empréstimo em 2011; denúncia foi entregue à Secretaria-Geral da Mesa do Senado.
• André Vargas é preso em nova fase da Lava Jato. Ex-deputado, que pertenceu aos quadros do PT e foi vice-presidente da Câmara, é um dos alvos da 11ª fase da operação da Lava Jato, conduzida pelo juiz Sergio Moro; ele foi preso nesta manhã, em Londrina, no Paraná; ao todo, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão, 16 de busca e apreensão e nove de condução coercitiva, nessa etapa que foi classificada como Origem, nos estados de Paraná, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo; também foram presos os ex-deputados Luiz Argôlo e Pedro Corrêa, ambos ligados ao PP.

• Câmara aprova fim de sigilo em empréstimos do BNDES. Bancada do PMDB vota massivamente para aprovar uma emenda que impede o sigilo de empréstimos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); foram 298 votos a favor e 95 contrários ao texto, proposto pelo deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR) - 42 dos 53 peemedebistas presentes ajudaram a derrotar o governo, apesar da mediação feita pelo vice-presidente Michel Temer.

• Michel temer quer a paz. Aécio quer a guerra. Para o PSDB não muda nada, disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG), sobre o encontro agendado entre o vice-presidente Michel Temer e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para discutir reforma política; Eu respeito pessoalmente o Temer, eu o sucedi na presidência da Câmara dos Deputados e tenho uma relação cordial com ele, mas ele representa hoje o governo que nós, o PSDB, combatemos. É o mesmo governo, é o mesmo estelionato que está aí a cada dia se apresentando de forma mais vigorosa, afirmou. 

• Ex-diretor Paulo Roberto Costa mudou a versão que apresentou em seu acordo de delação e agora diz que as obras da Petrobras investigadas na Operação Lava Jato não eram superfaturadas; a nova versão está em petição enviada nesta quinta (9) à Justiça; em depoimento como delator em 2 de setembro do ano passado, Costa dizia que empresas fixavam em suas propostas uma margem de sobrepreço de cerca de 3% em média, a fim de gerarem um excedente de recursos a serem repassados aos políticos; agora ele diz que os preços seguiam os parâmetros da estatal e o percentual das obras que era desviado para partidos, entre 1% e 3% do valor do contrato, eram retirados da margem de lucro das empresas; se não houve superfaturamento das obras, prisões de empreiteiros perdem sentido. (247)

 • Marketagem de Dilma e cotações milagrosas na bolsa chamam atenção na véspera do 12 de abril - Em tempos de gravíssima crise institucional, política e econômica, quando o País se prepara para assistir, no domingo, a uma das maiores manifestações populares da História em favor de mudanças estruturais, estranhos movimentos no mercado chamam a atenção. Uma disparada na cotação das ações da Petrobras coincide com dois acontecimentos: um discurso ufanista-faxineiro da Presidenta Terceirizada Dilma Roussef, alegando que a Petrobras já limpou tudo que tinha de limpar, e o depoimento inútil do Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na CPI da Petrobras, com direito à recepção com ratos de verdade (uma afronta debochada aos grandes roedores do Congresso). Ninguém conseguiu arrumar uma explicação lógica consistente para justificar a subida de 9% dos papeis da Petrobras ontem. Na Bolsa, a estatal de economia mista registrou alta expressiva na cotação de ações: 9,28% (ON, com direito a voto) e 9,06% (PN, sem voto). Nem o papo furado de que a nova gestão de Aldemir Bendini estaria arrumando a casa na empresa, nem o boato de que o balanço financeiro da companhia será publicado até dia 20 de abril, justificam a súbita subida. Umas coisa é certa: tudo parece combinadinho com o discurso ufanista que a Terceirizada Dilma fez na Baixada Fluminense: Quero dizer a quem tem sua vida ligada à Petrobras que a empresa está de pé. Limpou o que tinha de limpar. Tirou aqueles que se aproveitaram dela para enriquecer seus próprios bolsos. Vocês podem ter certeza de uma coisa: a Petrobras não só já deu a volta por cima como hoje mostrou a que veio. A Petrobras superou essa fase. Ela agora vai tomar o rumo. E vocês podem ter certeza é eu concordo que defender a Petrobras é defender o Brasil. Se a seleção é a pátria de chuteiras, a Petrobras é a pátria de macacão e as mãos sujas de óleo. O duro será convencer os investidores norte-americanos, que processam dirigentes da Petrobras na Corte de Nova York, sobre tal realidade ufanista. Esta turma está doida para dar um chute na Dilma, que já foi chutada pela terceirização da condução da política e da economia... Sob o comando de Aldemir Bendine, Petrobras estima que as perdas com o esquema de corrupção da Lava Jato ficarão entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões; valor se refere a 3% de contratos e aditivos feitos com empresas citadas no caso - percentual mais alto de propina relatado nas delações premiadas; a conta tem o propósito de ser conservadora para sinalizar que a companhia não está disposta a esconder prejuízos. (Alerta Total)

• Ex-ministra Marta Suplicy, de saída do PT, apoia escolha de Michel Temer para comandar articulação política, mas volta a criticar o governo Dilma; Temer pode obter um bom resultado, o que facilitará a aprovação das MPs de ajustes que o governo necessita. Na hora em que tenta um atalho de governabilidade via Temer, Dilma continua fugindo da responsabilidade da autocrítica, sem fazer a repactuação sincera com a sociedade
A inflação é um fenômeno monetário.
Esclarecimento das razões - Faltando poucos dias para o povo sair novamente às ruas, desta vez no próximo domingo, 12 de abril, em todo o país, o Ponto Critico e os pensadores do Pensar+ seguem com o firme propósito de contribuir com esclarecimentos das razões que estão aumentando, de forma significativa, a insatisfação do povo. 
Causa dos aumentos de preços - Como a elevação desenfreada dos preços das mercadorias e serviços está deixando o povo muito mal humorado e preocupado, nada melhor do que entender a causa desse fenômeno que nitidamente destrói com a renda das pessoas, independente do grau de riqueza. 
Como uma luva - Pois, com este afã o editorial de hoje, da lavra do economista e pensador Alfredo Peringer, entra como uma luva por duas razões importantes: 
1 - para o entendimento do fenômeno; e,
2 - para compor uma correta lista de reivindicações para as manifestações do próximo domingo. Eis: 
Correção - Peringer começa fazendo uma necessária correção ao dizer que se equivocam todos os meios de comunicação do país, quando afirmam (e formam opinião errada, portanto), a todo momento, que com a alta do dólar, o mercado estima inflação acima de 8% para 2015
. Ora, a cotação do dólar, para quem ainda não sabe, é um preço e, como preço, ele é a consequência da inflação, não a sua causa
Fenômeno monetário - A inflação, como o renomado economista Milton Friedman (Escola Monetarista) ensina, é um fenômeno inteiramente monetário: só ocorre se os mandatários econômicos (Tombini, Levy, etc.) deixarem os meios de pagamento crescer além das possibilidades de crescimento dos bens e serviços.
Compensação - Isto significa que, se não houver crescimento monetário, a alta do preço do feijão terá que ser compensada com a queda do preço do arroz ou de outros bens ou serviços existentes dentro da economia e/ou, ainda, das suas quantidades.
. E é isso que vem ocorrendo na economia brasileira, e que venho mostrando, ao apontar que o crescimento da moeda no Brasil (valores médios diários), nos últimos doze meses, finalizados em 13/03, foi de 13,0% a.a..
Comparação do PIB x crescimento monetário - Como o crescimento da economia foi próximo de zero (%) no mesmo período, o inchaço monetário levará, inevitavelmente, ao crescimento do valor do dólar e/ou dos demais preços dos bens e serviços de maneira consistente, já que eles sempre podem ser afetados, no curto prazo, por fatores passageiros diversos, mas que acabam não vingando em prazo mais longo.
Crimes monetários - O fato a destacar é que os crimes monetários contra a população deveriam ser castigados, pois afetam os rendimentos dos trabalhadores, poupadores e investidores, reduzindo os seus ganhos e, com isso, a atividade econômica futura.
. Resumindo: não são, portanto, o dólar ou os preços dos bens e serviços que causam a inflação, como referem todos os meios de comunicação. Ao contrário, esse fenômeno também é causado pela verdadeira inflação, a da moeda, levada avante pelo Banco Central, sob o comando dos seus burocratas, muitas vezes obedecendo ordens da presidente, do Ministério da Fazenda, ou mesmo do Tesouro. (GSPires) 

O contraponto da coragem não é o medo. O corajoso também tem medo, só que ele o enfrenta. O contraponto da coragem é o conformismo.

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