• Corte de verba deixa universidades sem aulas, limpeza e transporte.
• Lixo acumula no centro do Rio no 2º dia de greves dos garis. Garis não aceitaram reajuste proposto.
• O dólar fechou com alta de mais de 2,5%, no maior nível em quase doze anos, com investidores buscando proteção em meio à turbulência política que vem dificultando a aprovação de medidas para o reequilíbrio das contas públicas brasileiras e às dúvidas sobre a intervenção do Banco Central. Moeda norte-americana subiu 2,77%, a 3,2490 reais na venda, após subir a 3,2815 reais na máxima da sessão. Valor do fechamento é o mais alto desde abril de 2003. Na semana, a moeda norte-americana subiu 6,3%, acumulado alta de 13,76% desde o início do mês.
• STF aceita pedido para investigar senador Fernando Bezerra. Agora são 50 investigados no Supremo, entre eles, 13 senadores e 22 deputados. Investigação de políticos deve durar pelo menos um ano.
• As manifestações em defesa da democracia, do governo Dilma Rousseff e da Petrobras, puxadas pela CUT, MST e UNE, movimentaram 24 Estados e o Distrito Federal nesta sexta (13). Bandeiras com o nome da presidente eram frequentes e os discursos contra qualquer possibilidade de golpe e de um impeachment dominaram todos os atos. Em São Paulo, onde ocorreu a maior movimentação, mais de 40 mil pessoas foram às ruas, segundo o Datafolha. Grande adesão aos atos surpreendeu até o governo, que temia conflitos com grupos contrários a Dilma, mas todas as manifestações foram pacíficas; mesmo que a marcha deste domingo (15), capitaneada pela oposição seja bem-sucedida os atos deste 13 de março revelam que o governo da presidente Dilma tem um forte bloco de apoio e que qualquer iniciativa golpista será rechaçada nas ruas. Em outras palavras, o golpe morreu.
• Dilma ultrapassa FHC em pedidos oficiais de impeachment. Petista contabiliza 19 pedidos, contra 17 do tucano; Lula teve 34 solicitações contrárias ao seu mandato em oito anos de governo.
• Haja saco! Pressão de ministros e rumores da saída de Levy afetam o dólar. A presidente Dilma Rousseff foi avisada das ameaças sobre a demissão de Levy e não gostou. Ação é considerada desastrosa pelo Planalto.
• Brasil: Bancos públicos têm US$ 30 bi emprestados para a Petrobras.
• Para Janot, sociedade vai separar decência e vilania. Procurador geral da república diz em encontro com procuradores gerais de Justiça acreditar que os homens de bem não se quedarão inertes e que os cidadãos que pagam impostos e que cumprem com seus deveres cívicos saberão, nessa hora sombria e turva da nossa história, distinguir entre o bem e mal, entre aqueles que lutam por um futuro para o País e aqueles que sabotam nosso sentimento de nação. Em depoimento na CPI da Petrobras, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, voltou a acusar Janot de adotar critério político para pedir ao STF a abertura de investigação contra ele. Deputado Paulinho da Força (SD-SP) apresentou requerimento pedindo a quebra do sigilo dos e-mails e telefônico de Janot.
• Embromação - O petista baiano não deixou de fazer longas exposições enfadonhas e desinteressantes sobre a indústria do petróleo, no figurino do antigo personagem Rolando Lero, com o objetivo de ganhar tempo e nada responder, diz o jornal O Globo, que faz oposição sistemática à Petrobras e à política de conteúdo nacional no setor de óleo e gás, ao se referir ao desemprenho de José Sergio Gabrielli na CPI da Petrobras; Gabrielli alerta para o risco sistêmico que representa a tentativa de destruição da Petrobras.
• PPS contesta decisão que descartou investigar Dilma. O PPS entrou nesta sexta (13) com um recurso na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a presidente Dilma Rousseff seja investigada na Operação Lava Jato; ao contrário do entendimento do ministro Teori Zavaski, relator dos inquéritos da investigação no STF, o partido alega que há indícios contra a presidente e que Dilma pode ser investigada durante seu mandato; na petição, o PPS alega que o impedimento constitucional para que o presidente da República seja investigado durante a vigência do mandato não pode ser aplicado na fase pré-processual.
• Precursor da Ioga no Brasil, Professor Hermógenes morre aos 94 anos. José Hermógenes de Andrade Filho, também conhecido como Professor Hermógenes, morreu no fim da noite desta sexta-feira, segundo informações do Instituto Hermógenes, do qual era fundador, mas a causa da morte ainda não foram confirmada. José Hermógenes foi um dos principais divulgadores da ioga no Brasil. Escreveu livros e foi declarado Cidadão da Paz em 1988.
Vinagre com espinho
Eu hoje estou pulando como sapo
Pra ver se escapo
Pra ver se escapo
Desta praga de urubu
(Noel Rosa)
(Noel Rosa)
. Eis aí onde veio parar, em apenas dois meses de segundo mandato e exatamente como tinha de acontecer, o governo da presidente Dilma Rousseff - ficou sem roupa, como no samba de Noel, e agora está aí, todo santo dia, pulando dos desastres de ontem para os desastres de hoje, e já apavorado com os que virão amanhã. O último infortúnio a entrar em cena é essa lista do procurador-geral Rodrigo Janot, pedindo que o Supremo Tribunal Federal autorize a abertura de inquérito contra 54 políticos e agregados suspeitos de envolvimento na corrupção histórica da Petrobras - calamidade destinada a tornar-se, por sinal, o centro da biografia de Dilma e de sua passagem pela Presidência da República.
. A coisa toda, agora, entra na geringonça que é o aparelho judicial brasileiro - e ali ficará sendo mastigada sabe-se lá até quando, com a produção permanente de material tóxico. Já começou: bem na hora em que a lista era entregue, o presidente do Senado, Renan Calheiros, até a pouco o amigo-parceiro-irmão-camarada do Planalto, recusou-se a colocar em votação uma medida provisória do governo para aumentar impostos, e aproveitou a oportunidade para dizer que Dilma desrespeita o Congresso e o estado de direito.
. Saco de pancadas durante anos a fio, o senador virou automaticamente um herói do Parlamento; hoje em dia, pelo visto, basta bater na presidente para construir uma reputação instantânea. Pouco antes disso, ela já fora infernizada por seu próprio ministro da Fazenda - que considerou brincadeira de mau gosto decisões econômicas tomadas no primeiro mandato. É preciso ficar pulando o tempo inteiro, realmente, para esconder-se de uma fuzilaria dessas. O governo se pergunta: Onde está o chão?. Ninguém sabe.
. Deu a lógica, como se dizia antigamente no turfe: no fim das contas, sempre acaba perdendo quem não poderia mesmo ganhar. Ao longo dos últimos anos, e principalmente dos últimos meses, a presidente foi montando, com tenacidade de monge beneditino, uma pane geral no sistema de funcionamento do seu governo. Não perdeu praticamente nenhuma oportunidade de errar.
. Passou a dizer coisas cada vez mais incompreensíveis - em seu último surto, dias atrás, veio com uma alarmante história de galáxias no Rio de Janeiro, ou algo assim. Levou as contas do país para o bico do corvo. Transformou em déficit tudo o que era superávit, e desenvolveu uma técnica invencível para trocar abundância por escassez. Consegue, ao mesmo tempo, aumentar os impostos e diminuir a arrecadação.
. Socou um aumento de até 45% nas contas de luz, e outro nas bombas de combustível. Pode ter pela frente uma crise no abastecimento de energia, e mais um monte de outras, e não tem a menor noção do que fazer em relação a nenhuma delas. Conseguiu brigar com a Indonésia. Pode dar certo um negócio desses? Não pode. Deu a lógica.
. A praga de urubu que atormenta Dilma nestes dias de vinagre e de espinhos, e que veio como consequência inevitável dos atos que ela mesma praticou, já seria ruim o bastante se ficasse limitada à sua falta de aptidão, de conhecimentos e de equilíbrio para governar. Mas o pior, provavelmente, é a escolha fatal que fez - amarrada ao ex-presidente Lula e ao PT, jogou-se na maior campanha pró-corrupção já vista na história do Brasil.
. Seja lá qual for o destino dos políticos da Lista de Janot, ora entregues aos vagares do STF, é esse o fato número 1 da vida pública brasileira de hoje. A defesa da corrupção está nos fatos. Dilma é a favor de um tenebroso acordo de leniência com as empreiteiras metidas no assalto aos cofres da Petrobras - trata-se, muito simplesmente, de livrar as empresas de punição nos processos em andamento na Justiça. Quem protege o mal é cúmplice do mal - o que seria, então, se não fosse isso?
. A presidente nos pede que acreditemos que advoga em favor das empreiteiras para garantir empregos e continuar obras. Ficamos assim, nesse caso: ela está dizendo que o Brasil precisa de corrupção para gerar empregos e obras públicas. Não é só isso. O ministro da Justiça passou a fazer parte da equipe de defesa das empresas. O advogado-geral da União dá consultoria para deputados do PT enrolados no petrolão. Seu relator na CPI recém-aberta para investigar o escândalo, um despachante do Palácio do Planalto, já começou tentando melar os trabalhos - sua primeira ação foi pedir investigações sobre o governo anterior.
. É mais um acesso na paixão oficial por chamar a população de idiota: a CPI foi instalada para apurar o roubo deste governo, e não do de Fernando Henrique, ou do regente Feijó. Dilma chefia a campanha ao lado de Lula; tristemente, a caminho dos 70 anos e com mais de quarenta de carreira política, ele está acabando assim, como um advogado de milionários e burocratas corruptos. Nada de bom pode sair disso tudo.
. Quanto à praga de urubu, o jeito é torcer para que ela passe. O sapo somos nós. (J.R. Guzzo)
É preciso um plano/lista.
Manifestações de rua - Tenho conversado com muita gente que, cheia de entusiasmo, deve participar das manifestações programadas para o dia 15, domingo próximo, em todo o país. De forma espontânea, como é sabido, o povo brasileiro escolheu esta data, via redes sociais, para ir às ruas protestar contra o governo, responsável direto pela gravíssima situação que o país vive.
Agenda positiva - Pois, mesmo que a vontade de participação seja grande (tomara que exceda as expectativas), se não houver um plano, ou agenda positiva, faço aqui um alerta: sem o devido apontamento de itens que precisam ser perseguidos, constantemente, portanto bem além do domingo, a indignação da sociedade insatisfeita estará fadada ao fracasso.
Day After - É preciso levar em conta que, ao voltar para casa no final da tarde de domingo, com a sensação do dever cumprido por ter participado das manifestações, sem saber o que precisa ser feito no day after, pode soar nos ouvidos do governo Dilma e sua camarilha que o povo simplesmente deu o assunto por encerrado.
O MST como exemplo - Insisto: manifestações recheadas de protestos e reivindicações só podem ser dissipadas depois que as pretensões forem levadas à sério. Vide exemplo dos caminhoneiros que ficaram por vários dias protestando nas estradas. Um só dia, sem vigília constante, como de resto fazem os experientes que participam do MST e assemelhados, morre por falta de resultados efetivos.
Lista proposta pelo pensar+ - Com o propósito de colaborar com os manifestantes e, notadamente, com as eventuais lideranças que sempre surgem ao longo das mais variadas manifestações, o Pensar+, cujos integrantes têm por princípio produzir conteúdos de causa/efeito, resolveu entrar no circuito propondo um plano através de uma lista primária de reivindicações racionais, ou seja, não ideológicas.
Base - A lista toma por base não só as velhas doenças de origem, desde aquelas que vieram acondicionadas nas naus portuguesas, a partir de 1500, e sequer foram tratadas, até as novas que foram contraídas após e, principalmente, nos últimos doze anos de governo petista.
Abrir mentes - Mesmo sujeita a todos os tipos de comentários, como manda o figurino da Democracia, a pretensão inicial dos Pensadores, através da lista prévia e primária, com apenas 10 itens, é abrir as mentes para que percebam e discutam onde estão os grandes males que precisam ser tratados para tornar o país mais saudável. Eis:
1 - Nova constituinte (condicionada à saída do PT do governo);
2 - Voto distrital
3 - Novo pacto federativo
4 - Papel do estado (segurança e justiça)
5 - Financiamento privado a partidos, não a políticos
6 - Lei de transparência dos agentes públicos
7 - Liberdade ampla de expressão (cidadãos e imprensa)
8 - Votação popular no judiciário. Independência do STF/STJ/STE
9 - Responsabilidade fiscal sem waivers
10 - Privatizações, já!
Golpe - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski, oficializou no início da tarde de ontem, quarta-feira, 11, a transferência do ministro Dias Toffoli para a segunda turma da Corte, colegiado que vai julgar parte da Operação Lava Jato. Isto significa que a turma do PT evolvida no Lava Jato, por antecipação, será absolvida. Viva o Brasil do PT golpista! (Gilberto Simões Pires)
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