15 de dez. de 2014

Sofrimento dos petroleiros não tem fundo...

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• Público escolhe nomes Vinícius e Tom para mascotes dos Jogos de 2016. Eu só queria entender o que eles tem a ver com Olimpíadas.

• Testemunha? - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou, na última terça-feira (9), depoimento à Polícia Federal em um inquérito complementar do mensalão. O depoimento do petista foi dado em Brasília, na condição de testemunha.

• Auditoria interna na Petrobras vê cartel e descontrole em refinaria de Pernambuco. Procuradoria deve denunciar ex-diretor da Petrobras e lobista nesta segunda.

• A sangria do nosso dinheiro continua - O governo brasileiro fará nova doação de cédulas de dinheiro para o Haiti. A Casa da Moeda marcou para o dia 13 de janeiro leilão para comprar tinta usada na confecção das notas. No ano passado, o Brasil doou mais de 47 milhões de cédulas para o Haiti, que teve seus bancos destruídos no terremoto de 2010. Ao todo, o projeto prevê o envio de 100 milhões de notas de 20 Gourdes, que é a moeda do país.

• E você, reclama de que? Salário de parlamentares deve subir para R$ 33 mil. No apagar das luzes da legislatura, na última semana de trabalho, Congresso prepara reajuste de 26% para deputados, senadores, ministros de Estado e a presidente Dilma. Para os ministros do STF, nova remuneração prevista é de R$ 35,9 mil. Magistrados reivindicam mais.

Para engolir - Sarney: Programas sociais começaram comigo. Em artigo de jornal de sua propriedade, ele questiona papel de FHC e Lula: Meus pensamentos foram apropriados.

• Para quem não tem ideia: as igrejas evangélicas injetam, por ano, cerca de R$ 1 bilhão nas principais emissoras de TV do país e se as redes menores não contassem com aluguel poderiam até fechar as portas. A Record recebe R$ 520 milhões por ano da Universal; a Band outros R$ 102 milhões anuais da Internacional da Graça de Deus; e a Rede TV! mais R$ 168 milhões locando para várias igrejas. Agora, o Ministério Público está investigando a área, começando pela CNT e Rede Brasil que alugam maior volume de horas do que o permitido por lei. E o MP também quer saber a origem dos pagamentos: muitas preferem usar dinheiro vivo.

 • Roubalheira do PT destrói Petrobras - Estatal perdeu R$610 bilhões desde 2003. O valor pagaria 25 anos de Bolsa Família.

• Arauto ou não, a Globo pontifica - Um dia depois de defender, em editorial, que empresas internacionais, como Shell, BP, Exxon e Chevron, assumissem a liderança da exploração das reservas brasileiras de petróleo no pré-sal, o jornal O Globo agora produz reportagem sobre a mudança iminente nas regras, em razão dos problemas vividos pela Petrobras; "essa reflexão vai acontecer", disse, em off, uma suposta fonte governamental ao governo; não se sabe ainda nem quem será o novo ministro de Minas e Energia, mas o Globo já vende a tese de que o segundo governo Dilma adotará o programa de Aécio Neves no petróleo.

• Juiz Moro bloqueia R$ 2,1 milhões do Google Brasil - Medida foi tomada porque a empresa de tecnologia se negou a fornecer dados de investigados na Operação Lava Jato; os e-mails que chamaram a atenção do juiz Sergio Moro eram relacionados a operadores de câmbio na tríplice fronteira.

Petrobras e empreiteiras já sangram a economia - Sucessão de denúncias, perda de valor em bolsa e queda do preço do petróleo envolvem maior empresa brasileira em inferno astral; fornecedores demitem; maiores empreiteiras do País sob risco de serem banidas do mundo dos negócios, por inidoneidade; mercado internacional de financiamento se fecha para companhias nacionais; varejo, porém, resiste e compras no comércio crescem em outubro; presidente Dilma Rousseff e nova equipe econômica desafiados a retomar iniciativa; o que fazer?

Vergonha com os menores - Os dados da Prova Brasil de 2013 mostraram que 24,45% dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental estão abaixo do nível mais baixo de proficiência. Em matemática, esse percentual é 20,41%. No 5º ano, 24,16% estão na faixa que vai até o primeiro nível em português e 5,81% estão abaixo do primeiro nível em matemática. Em português, significa dizer que esses alunos não são capazes de identificar o assunto ou o personagem principal em um texto.



Empreiteira associa valor de obras a doação eleitoral a políticos e partidos. Documentos apreendidos pela PF indicam que a empresa Queiroz Galvão vincula valores recebidos por obras públicas a doações eleitorais para partidos e candidatos. Após denúncias, investidores americanos aceleram fuga dos papéis da Petrobras. Presidente da estatal, Graça Foster já colocou cargo à disposição duas vezes. Oposição pede saída de Foster após denúncia de ex-gerente. Ex-gerente inclui 14 empresas no núcleo duro do esquema. Pedro Barusco diz que pagamento irregular era endêmico.

Segundo a força tarefa da Operação Lava Jato, ligada ao juiz Sergio Moro, este teria sido o valor das propinas recolhidas por Renato Duque, ex-diretor da área de Serviços da Petrobras; o valor foi estimado a partir da delação premiada de Augusto Mendonça, executivo da Toyo Setal; de acordo com os cálculos de Moro, o total de propinas seria de R$ 970 milhões, ficando os restantes R$ 270 milhões sob a alçada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da área de Abastecimento; Duque nega ter recebido qualquer vantagem indevida.

O massacre a que vem sendo submetida a Petrobras, seja na Operação Lava Jato ou nas denúncias diárias na imprensa, como a mais recente, da ex-funcionária Venina Velosa, já fizeram uma vítima: o investidor em ações da companhia; em apenas três meses, a empresa comandada por Graça Foster perdeu 45% de seu valor e a estatal, antes avaliada em R$ 229 bilhões, hoje vale R$ 127 bilhões; na vida real, no entanto, a realidade é outra; embora não tenha divulgado seu balanço, a empresa revelou que suas vendas cresceram 13,7% no trimestre e atingiram R$ 88,3 bilhões; a Petrobras nunca esteve tão barata, mas ninguém sabe até onde irá o bombardeio - e a queda nas ações. 

Dilma está fora da realidade. Despedindo-se do Congresso, senador Pedro Simon diz que presidente não teve peito para procurar Aécio e Marina. Depois de 32 anos como senador, gaúcho retoma militância no Sul.

Assassino confesso de 43 pessoas é temido pela mãe. Tia conta que família não tem dúvida de que sobrinho fala a verdade sobre mortes. 

Petrolão 

Depois de tantas revelações sobre engenharias corruptas complexas de sobrepreços, aditivos, aceleração de obras e manobras cambiais engenhosas, a Operação Lava-Jato produziu agora uma história simples e de fácil entendimento. Ela se refere ao que ocorre na etapa final do esquema de corrupção, quando dinheiro vivo é entregue em domicílio aos participantes. Durante quase uma década, Rafael Ângulo Lopez, esse senhor de cabelos grisalhos e aparência frágil da fotografia acima, executou esse trabalho. Ele era o distribuidor da propina que a quadrilha desviou dos cofres da Petrobras. Era o responsável pelo atendimento das demandas financeiras de clientes especiais, como deputados, senadores, governadores e ministros. Braço-direito do doleiro Alberto Youssef, o caixa da organização, Rafael era o homem das boas notícias. Ele passou os últimos anos cruzando o país de Norte a Sul em vôos comerciais com fortunas em cédulas amarradas ao próprio corpo sem nunca ter sido apanhado. Em cada cidade, um ou mais destinatários desse Papai Noel da corrupção o aguardavam ansiosamente. 

Os voos da alegria sempre começavam em São Paulo, onde funcionava o escritório central do grupo. As entregas de dinheiro em domicílio eram feitas em endereços elegantes de figurões de Brasília, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Maceió, São Luís. Eventualmente ele levava remessas para destinatários no Peru, na Bolívia e no Panamá. Discreto, falando só o estritamente necessário ao telefone, não deixou pistas de suas atividades em mensagens ou diálogos eletrônicos. Isso o manteve distante dos olhos e ouvidos da Polícia Federal nas primeiras etapas da operação Lava-Jato. Graças à dupla cidadania - espanhola e brasileira -, Rafael usava o passaporte europeu e ar naturalmente formal para transitar pelos aeroportos sem despertar suspeitas. Ele cumpria suas missões mais delicadas com praticamente todo o corpo coberto por camadas de notas fixadas com fita adesiva e filme plástico, daqueles usados para embalar alimentos. A muamba, segundo ele disse à polícia, era mais fácil e confortável de ser acomodada nas pernas. Quando os volumes eram muito altos, Rafael contava com a ajuda de dois ou três comparsas. 

A rotina do trabalho permitiu que o entregador soubesse mais do que o recomendável sobre a vida paralela e criminosa de seus clientes famosos, o que pode ser prenúncio de um grande pesadelo. É que Rafael tinha uma outra característica que poucos sabiam: a organização. Ele anotava e guardava comprovantes de todas as suas operações clandestinas. É considerado, por isso, uma testemunha capaz de ajudar a fisgar em definitivo alguns figurões envolvidos no escândalo da Petrobras. VEJA apurou que o entregador já se ofereceu para fazer um acordo de delação premiada, a exemplo do seu ex-patrão. 

Entre os políticos que recebiam a grana em mãos estão João Vaccari Neto, tesoureiro do PT; o senador Fernando Collor (PTB-AL); Roseana Sarney (PMDB), que acaba de renunciar ao governo do Maranhão; o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP); o deputado Luiz Argôlo (SD-BA); o deputado Nelson Meurer (PP-PR) e o deputado cassado André Vargas (PR), chefão do PT até outro dia. (VEJA)

Lava-Jato: documentos aprendidos pela PF contêm referências a doações e políticos conhecidos.

Ataque de nervos - A etapa mais esperada da Operação Lava-Jato deve acontecer depois do recesso do Judiciário, com a divulgação dos nomes dos políticos envolvidos no maior escândalo de corrupção da história brasileira, apenas no âmbito da Petrobras. Como noticiou o ucho.info, perto de sessenta parlamentares e autoridades foram acusados de participação no carrossel de corrupção que funcionava em algumas diretorias da estatal com a conivência expressa do Palácio do Planalto.

 A exemplo do que divulgou a imprensa nacional, os principais partidos beneficiados pelo desvio de dinheiro da petrolífera são PT, PMDB e PP, mas outras legendas também receberam recursos do esquema criminoso.

Durante a Operação Juízo Final, sétima etapa da Lava-Jato, quando foram presos executivos das maiores empreiteiras do País, a Polícia Federal apreendeu na sede da Queiroz Galvão e da Engevix anotações com nomes de políticos que receberam dinheiro do cartel. Em um dos documentos encontrados pela PF há referências a políticos conhecidos, como Padilha (Alexandre Padilha - PT), Lindinho (supostamente Lindbergh Farias, PT), Picciani (possivelmente Leonardo Picciani, PMDB), Pé Grande (Pezão, governador reeleito do Rio de Janeiro, PMDB), R. Jucá (suspeita-se de Rodrigo Jucá, filho do senador Romero Jucá).

Em outro documento apreendido aparecem nomes de conhecidos petistas, como Maria do Rosário (deputada e ex-ministra dos Direitos Humanos), Bittar, Jilmar Tatto (secretário municipal de Transportes de São), além de Milton Leite (PMDB), Rodrigo Garcia (DEM) e Police Neto (PSD).

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