8 de jul. de 2011

Massa atropela o Brasil

Massa, na frente, no momento em que abre para Alonso passar

Realmente, a culpa não é da mídia e sim dos homens. Com o advento da melhoria das comunicações e ainda a internet, o choque de "vacilos" e criminalidades nos atordoam, caso estejamos antenados. A alienação é real, viciante e irritante. Parece que tudo está numa rotação e translação galopante, onde boas idéias, jogos de combatividade, rigidez de bons costumes, respeito e honestidade, são coisas de um passado de milhões de séculos. Hoje, mais uma vergonha para o Brasil pela mãos de um piloto, repetindo "todos tem um preço". Veja abaixo, o triste despudonor escrito por um leitor do JB. (ArmandoAndrade)

"O Brasil acaba de ser atropelado e sem chances de se erguer da pista ao ouvir, em bom som e em inglês na transmissão desta manhã, na TV Globo, o que o engenheiro da Ferrari falou para o líder da prova de F1 GP da Alemanha, Felipe Massa, que ia muito bem:
- "Felipe, o Alonso é mais rápido que você. Compreende a mensagem?"
As frases curtas eram codificadas. Que entendemos todos bem: Felipe, abra para Alonso, o segundo colocado, passar e vencer a prova.
Não deu outra. Felipe repetiu o que fez Rubens Barrichello há alguns anos na linha de chegada com Michael Schumacher. Deixou-o passar. E atropelou o coração de milhões de brasileiros.
Suspeito que desde que F1 é F1 esse jogo de equipe exista, oculto, mas agora é revelado porque o áudio pode ser retransmitido pelas emissoras.
O jogo de equipe também pode ter garantido uns dois campeonatos para Schumacher - o melhor piloto da última década, mas também expert em jogar adversários para fora da pista. Senna também fez isso. Se Nelson Piquet não revelasse ao bom repórter Paes Leme a mutreta de seu filho com o chefe da equipe, ninguém saberia que ele batera o carro de propósito.
Eis o circo da Fórmula 1.
Hoje, mais um caso. Ferrari e Massa devem explicações a milhões de torcedores-telespectadores que ainda acreditam no espírito competitivo.
Eu ilustro o episódio, trazendo para uma cena do cotidiano: você entra primeiro no elevador, que lota, para subir ao escritório, no 10º andar. Seu chefe chega por último, com um colega seu, e solta na frente de todos: "sai daí que vamos subir, vá de escada".
Você obedece, mas o que você diria para as testemunhas da cena?" (Leandro Mazzini)

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