Candidatos que disputarão o segundo
turno poderão usar 50% além do limite de gastos.
TSE veta pronunciamento de Queiroga
sobre vacina contra poliomielite. Organização Panamericana da Saúde pediu ao
Governo Federal que fizesse um alerta imediato à população sobre a importância
da vacina.
Com apoio de Zema e Garcia,
Bolsonaro procura evangélicos e pede ajuda para ‘virar votos’. Presidente
afirmou que Lula é mais que um adversário político, mas um ‘inimigo de tudo o
que há de bom na pátria’. Bolsonaro deve ir pelo menos três vezes ao Rio de
Janeiro no 2º turno.
Ministro da Justiça, Anderson Torres,
encaminha pedido à PF para investigar institutos de pesquisas. Informação publicada
pelo próprio ministro na tarde desta terça-feira(4) pelo Twitter; resultado do
pleito foi diferente do que as pesquisas indicavam.
Órgão eleitoral da Rússia diz que
país vive desafios semelhantes ao Brasil nas eleições. Uma comissão
internacional acompanhou o processo de votação no último domingo(2). O membro
da Comissão Central Eleitoral da Rússia, Pavel Andreev, declarou que seu país
compartilha com o Brasil desafios comuns no processo de escolha de seus
representantes, como acusação de fraude nas eleições e divulgação de notícias
falsas. Na Rússia o voto também é direto e secreto, mas não é obrigatório.
Bolsonaro consegue milagre de virar
eleição contra Lula?
Segundo turno é confronto direto,
nas ruas e debates; petista agora é alvo a ser batido; presidente ataca com a
máquina e o Centrão; ambos vão atrás de 30 milhões de eleitores que se
abstiveram
Bolsonaro e Lula disputam o segundo
turno das eleições presidenciais de 2022
O Bolsonarismo está “PT” da vida?!
Pode ficar mais ainda. Basta que se concretize, no segundo turno, a derrota
reeleitoral de Jair Messias Bolsonaro. Aparentemente, o ex-Presidiário (ops,
ex-Presidente) Luiz Inácio Lula da Silva foi o “vencedor” do primeiro turno
eleitoral. Ganhou porque fez duas apostas. Investiu na amnésia de quase metade
do eleitorado sobre a Era PT. E porque jogou tudo no desgaste de imagem do
atual Presidente e de seu governo. Ainda não se sentindo ou admitindo
derrotado, o “Comandante-em-chefe” Bolsonaro avisou que vai aguardar o parecer
final das Forças Armadas que, convidadas, fiscalizaram a eleição na famosa
“sala-cofre” do Tribunal Superior Eleitoral. Só que é melhor esperar sentado.
Provar qualquer suposta fraude eleitoral é improvável. Quem reclama já perdeu.
A mancha vermelha ofuscou a verde-amarela. Segue o Brasil dividido. Rachado
ideologicamente. Lula venceu a eleição? Ainda não. Quem venceu,
antecipadamente, foi a Cleptocracia e (sua amante e comparsa) a Juristocracia.
As empresas de pesquisa também “venceram”?! Embora tenham errado muito,
acertaram na missão de ajudar a propagandear um resultado a favor de Lula.
Impressionante foi como um Presidente da República mais popular nos últimos 20
anos chegou atrás de um ex-Presidiário (ops, ex-Presidente), que quase nada
saiu às ruas, mas quase liquidou a fatura no primeiro turno. Muito estranho.
Candidatos aos governos estaduais apoiados por Bolsonaro tiveram desempenho
fabuloso, e ele, não? Metade do eleitorado aceita devolver a gestão do País aos
corruptos comprovados? Que esquisito. Ainda bem que nem tudo se perdeu.
Bolsonaro fez 14 senadores e maioria
na Câmara dos Deputados. O Centrão cresceu.
Pergunta: Será que Bolsonaro sofrerá
a Síndrome de Nilo Peçanha – Presidente que não venceu a reeleição, em 1922? Na
fase contemporânea, pós-Constituição de 1988, FHC, Lula e Dilma venceram. Ou
será que Bolsonaro usará a máquina a pleno vapor para reverter o resultado?
Segundo turno não chega a ser uma nova eleição. Com certeza é uma continuidade
do primeiro. Ainda mais porque a polarização foi evidente entre os candidatos
Bolsonaro e Lula. Daí a dificuldade prática de reverter os resultados, dentro
das mesmas regras do jogo. Bolsonaro terá de apostar na percepção popular da
melhora na economia. Lula segue investindo no recall sobre o bom desempenho de
seus primeiros oito anos de governo (ele providencialmente esquece a Era
Dilma). De todo modo, 48 a 43 foi uma vantagem grande para Lula. É curtíssima a
margem para conquistar novos apoios. Primeira grande dúvida: o que Bolsonaro
precisa fazer para recuperar a votação perdida nos três maiores colégios eleitorais
(Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro)? Outra dúvida: os efeitos positivos
da economia vão aparecer para o eleitorado e alterar votos no segundo turno? O
Presidente vai concentrar sua retórica de propaganda mais nos feitos
(principalmente econômicos) do governo federal? Nas Regiões Norte e Nordeste,
esse discurso não se mostrou eficaz. Ou a informação não chegou corretamente,
ou o eleitorado não se sensibiliza com tal discurso mais técnico, menos
emocional.
Mais uma grande dúvida – que poderia
ser uma autocrítica: Bolsonaro perdeu o primeiro turno para ele mesmo? Talvez,
sim. Certo é que investiu tempo demais batendo nas urnas eletrônicas, mas sem
fazer a crítica correta ao defeito-mor do sistema de votação. Falou de fraudes
sem provar. Politicamente, não focou na mobilização parlamentar para aprovar a
impressão do voto pela urna eletrônica para conferência 100% na própria seção
eleitoral. Assim seria possível dar materialidade ao voto e conferir se o
resultado do boletim da urna coincide com o apurado pelos impressos. Sem provas
concretas, pouco adianta especular se algum algoritmo fez “matemágica” na
totalização dos votos. Outra dúvida: Bolsonaro ignorou a força dos elementos
culturais sobre essa eleição? Tudo indica que sim. Afinal, o voto anti-Bolsonaro
falou mais alto. Quatro anos de campanha terrorista, psicológica, midiática,
sobre uma população pode não ter causado a destruição de imagem, mas prejudicou
objetivamente Bolsonaro. Aliás, foi o mesmo que aconteceu com Donald Trump nos
EUA. A hostilização da classe artística também rendeu enorme prejuízo popular a
Bolsonaro. O confronto com a cúpula do Judiciário também fez estragos. Não foi
à toa que seu maior inimigo, Alexandre de Moraes, comemorou “a missão cumprida
pela Justiça Eleitoral”. Bolsonaro e todos ainda tiveram de ouvir o ministro
Luís Roberto Barroso defender que “o próximo Presidente precisa ter um discurso
agregador para construir consensos mínimos para uma agenda política”.
Imagem fortíssima e impactante do
primeiro turno? A do cadeião de Pinheiros, com os presos comemorando o triunfo
parcial de Lula. Cena idêntica a de quase metade do eleitorado brasileiro que
votou a favor do retorno do PT ao poder. Foi uma comprovação de fraqueza moral
do cidadão. Em essência, essa eleição foi uma mega fraude em si mesma. Afinal,
permitiu-se que um sujeito condenado em três instâncias, por corrupção, fosse
“descondenado” e tivesse reabilitação política para disputar a Presidência. Foi
inimaginável a insegurança jurídica criada pela decisão do Supremo Tribunal
Federal em favor de Lula. Tão ou mais grave que isso foi, na véspera da
eleição, a gravíssima e inconstitucional censura da Justiça Eleitoral ao site O
Antagonista mandando remover conteúdo de Marcos Willians Herbas Camacho, o
Marcola (líder da facção criminosa PCC), declarando voto em Lula. Em resumo: a
Cleptocracia comemora.“Missão cumprida”. (Jorge Serrão)
“Todos erramos, a diferença é que apenas alguns conseguem
aprender com os erros que cometem.”
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