25 de mai. de 2011

Depressão, o mal da modernidade

"Dados de uma série de estudos apontam as doenças mentais como responsáveis pela maior parte de anos de qualidade de vida perdidos devido a doenças crônicas"
• Com as mudanças ocorridas no estilo de vida dos brasileiros, os transtornos psicológicos e psiquiátricos passaram a ocupar lugar de destaque entre os problemas de saúde pública do país.
• Dados de uma série de estudos, publicada no periódico médico Lancet, apontam as doenças mentais como responsáveis pela maior parte de anos de qualidade de vida perdidos devido a doenças crônicas. Os maiores vilões são a depressão, psicoses e dependência de álcool. Em seguida, estão as doenças cardiovasculares.
• Segundo o estudo, entre 18% a 30% da população brasileira apresentam sintomas de depressão.
• A mortalidade por demência aumentou de 1,8 mil por 100 mil habitantes em 1996
para 7 por mil habitantes em 2007. Outros problemas emergentes de saúde são diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer, como de mama. Esses problemas estão associados às mudanças no padrão alimentar, como o aumento do consumo de produtos ricos em sódio ou açúcar.
• Os estudos do Lancet também mostram aumento da freqüência de partos prematuros. Isso pode estar ligado ao número de cesáreas, que corresponde a quase metade dos partos realizados no País. Eles aumentaram de 38% em 2001 para 49% em 2008.
• Em 1950, 40% dos óbitos no Brasil se deviam a moléstias infecto-contagiosas e 12% a doenças cardiovasculares. Agora, as estatísticas se inverteram: as doenças infecto-contagiosas respondem por 10% dos óbitos, e 40% são cardíacas. Entretanto, as cardíacas estão perdendo espaço para o câncer, que tende a se tornar a principal razão de óbitos.
• Temos, portanto, novos problemas de saúde. É importante o Brasil preparar seu sistema de saúde para o futuro, já que, na área de saúde, as correções levam tempo, pois não se limitam à compra de aparelhos. Elas envolvem planejamento de longo prazo e a formação de médicos.
• Precisaremos cada vez menos de pediatras e cardiologistas e de mais gerontologistas, oncologistas, psiquiatras e neurologistas. Sem falar da necessidade do aumento do número de CAPS – Centros de Atenção Psicossocial, e de leitos para internações de curto prazo.
• A depressão não escolhe faixa social. Os ricos podem se tratar, mas os que não têm renda precisam do Sistema SUS. (CongressoemFoco)


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