
Talvez minha imaginação tenha chegado a um ponto, que simplesmente, fiquei nervoso.
Tento acompanhar a tudo desde que me conheço, sem criticar, apenas olhar e entender.
Mas, no instante, algo me fez conjecturar se a simples imagem de se ter o planeta nas mãos poderia acordar os povos.
Nos ensinaram educação, respeito, amor à pátria e aos irmãos no mundo.
O estudo, além dos ensinamentos familiares, nos levaram a conscientização do viver pelo trabalho honesto, o sustento do dia a dia, a obrigação de contribuir, onde quer que estivéssemos, pro bem da coletividade.
E assim caminhei longas estradas.
Hoje, aposentado, me afligi, se realmente cumpri essas metas. Alguma coisa me tocou, como se nada tivera feito, pois a imagem rodopiava como rotação e translação do planeta, onde milhões e milhões de seres como eu, pouco ou nada tiveram de direito ao que eu tive ou mereci.
Me senti desumano, covarde por possíveis sandices ou covardias, que acometemos contra terceiros que são nossos parceiros.
Infância, juventude e maturidade, irromperam num jato, num suadouro, me julguei inerme no contínuo divulgar notícias e mais notícias ao largo de tantos anos.
E de tristezas, já bastam as nossas, diria o poeta.
Mas não, há alguma coisa oculta e sensitiva que nos faz olhar no aspecto do antes, agora, e um possível depois, ante tanta beleza que o planeta possui, nos doando a mãos-cheias, áureola azul inegalável nos acobertando, enquanto mentes mesquinhas, cruéis, desumanas, anormais, armaram e assim se perpetuam por séculos e séculos, caçar a tudo e a todos.
A História nos mostra horrores contra terras, faunas, floras e animais "irracionais ou não?".
E quantos fingem se preocupar, e vivem a sua liberdade, se beneficiam da natureza física e ambiental, fugitivos da contemplação, heróis acovardados no receber e doar, inermes à religiosidade maior da responsabilidades dos direitos e deveres para com tudo que nos cerca.
Apesar do peso suportado pela agressão a integridade, o planeta se revolve ante pulverizações de buscas desenfreadas de combustível -crimes poluitivos-, desequilíbrio ambiental nas matas, rios e oceanos, e ele, em eivos de fúria, nos bafeja, vez por outra, em apelos em formas de vendavais, tormentas e abalos sísmicos, num claro grito de que estamos caminhando por meios errados, enverededando pela destruição do planeta, nossa morada.
Na fotografia, o homem que bem poderia ser representado pelo Poder Supremo, mostrando o que nos doou e alertando pelos erros e posições de indivíduos, embasados ou embriagados pelo poder, partilhando como capitanias suas, partes do eco-sistema, na voracidade do ganhar sempre mais, no imaginário da eternidade.
Crente ou não, se pergunta até onde isso é mensurável?
Nos ares, as ondas etéreas não se perdem e aglutinam aos ouvidos até dos moucos, o matraquear de angústias e apelos de salvar-se AGORA, JÁ, a terra dos nossos ascentrais e quiçá, de nossos descendentes.
Acho, que a cada um foi entregue este globo, para que dele façamos uso, com óticas de criatividade, equalitária distribuição dos recantos, a parada talvez de um longo percurso onde se dirá ao final:
SERÁ QUE AGI CERTO?
Pense você também!
Armando Andrade
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