23 de abr. de 2011

Exemplo Edificante

. Ficou conhecida no mundo por seu trabalho junto aos doentes terminais e por escrever a respeito da morte e o morrer, também exemplificou lições ricas de vida.
. Ela narra em sua biografia que decidiu comprar uma fazenda de trezentos acres, numa região rural do Estado da Virgínia.
. A vida simples da fazenda a apaixonou. Acordava com uma sinfonia de vozes de vacas, cavalos, galinhas, porcos, burros, lhamas...
. Os campos se desdobravam até onde sua vista podia alcançar, cintilando sob o orvalho fresco da manhã.
. Árvores amigas ofereciam sua sabedoria silenciosa.
. Suas mãos tocavam a terra, a água, o sol. Trabalhavam com a matéria-prima da vida.
. Porque ela anunciasse que iria adotar bebês contaminados pela AIDS, começou a sofrer perseguições dos vizinhos.
. Em 1994, ela estava para tomar um avião quando uma amiga veio correndo ao seu encontro, no aeroporto. Haviam colocado fogo em sua casa.
. Queimou inteira e foi considerada perda total.
. Queimaram os diários que seu pai escrevera sobre a infância dela, os seus papéis e pesquisas com pacientes, sua coleção de arte nativa norte-americana, fotografias, roupas... Tudo.
. Mas ela não desanimou. Pelo contrário, escreveu: As adversidades somente nos tornam mais fortes. Viver é como ir para a escola. Dão a você muitas lições para estudar. Quanto mais você aprende, mais difíceis ficam as lições. Aquela experiência foi uma dessas lições. Já que não adiantava negar a perda, eu a aceitei. De qualquer forma, era só um monte de coisas. Eu estava ilesa. Meus dois filhos crescidos estavam vivos. Algumas pessoas tinham conseguido queimar a minha casa com tudo o que estava dentro, mas não tinham conseguido me destruir.
. Quando aprendemos as lições, a dor se vai. Aprendi que não há alegrias sem dificuldades. Como gosto de dizer: - Se protegêssemos os Canyons dos vendavais, nunca saberíamos a beleza de seus relevos.
. Confesso que aquela noite de outubro foi uma dessas ocasiões em que é difícil encontrar beleza.
. Como acredito que o único propósito de nossa existência é crescer, fiz minha escolha.
. Alguns dias depois, dirigi-me à cidade, comprei uma muda de roupas e me preparei para o que viria em seguida.
. Nunca é tarde demais para recomeçar a vida ou retomar um empreendimento.
. Por mais profunda que nos pareça a queda ou por mais duro que nos pareça o infortúnio, hoje pode ser o ponto de retorno e de elevação a um pico mais acima. A um voo mais alto para a alma.
. Nunca é tarde demais para corrigir e melhorar o que notamos errado. Nunca é tarde para compensar enganos. Para compreender e perdoar.
. Nunca é tarde demais para nos voltarmos para Deus e lhe aguardar as bênçãos.
. Nunca é tarde demais para aprender com a própria vida.

Biografia: (8 de julho de 1926 a 24 de agosto de 2004) foi uma psiquiatra que nasceu na Suíça e autora do inovador livro On Death and Dying, no qual ela primeiramente apresentou o agora conhecido Modelo de Kübler-Ross. Ela foi eleita em 2007 para o National Women's Hall of Fame dos Estados Unidos.
. Radicada nos EUA, ficou famosa mundialmente por seus escritos e trabalho com a terminalidade da vida, enfim uma expert em assuntos sobre a morte e o morrer. Em 1969, escreveu o seu livro mais importante e que causou grande impacto na área dos cuidados de saúde, On Death and Dying (Sobre a Morte e o Morrer), em que fala dos estágios pelos quais as pessoas passam quando estão na fase final de vida: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.
. Autora de mais de 20 livros, que foram traduzidos em 26 idiomas, foi escolhida pela Time Magazine em 1999 como um dos 100 mais importantes pensadores do século XX.
. Podemos pensar neste processo de elaboração do luto, diante de qualquer tipo de perda importante em nossas vidas, seja ela por: separações, doença, mudanças significativas, amputações, dentre outras. Faz com que passemos por uma avalanche de emoções para posteriormente conseguirmos nos organizar e dar um novo sentido em nossas vidas. Elizabeth Kubler-Ross (1969) classificou essas 5 fases como parte do processo de elaboração do luto. Isso não quer dizer que elas obrigatoriamente sigam uma seqüência ou que tenham que ser vivenciadas da mesma forma por todas as pessoas.
. Negação e Isolamento: Impacto inicial da notícia onde pode ocorrer uma paralisação na pessoa e ela não conseguir dar seguimento a pensamentos. Também é comum nessa fase que se tente negar o ocorrido, não acreditando na informação que se está recebendo. A negação é uma defesa temporária, sendo logo substituída por uma aceitação parcial. Também é comum uma transição em falar sobre a realidade do assunto em um momento e de repente negá-la completamente.
. Raiva: Surgem sentimentos intensos como: raiva, revolta, inveja e ressentimento, além da clássica pergunta: porquê eu? Esta raiva, geralmente é projetada no ambiente externo, no sentido de inconformismo. Neste momento os familiares podem sentir pesar, culpa ou humilhação.
. Barganha: Após ter se revoltado, e nada adiantado, passa-se a utilizar inconscientemente outro recurso, tentando fazer algum tipo de acordo que faça com que as coisas se restabeleçam. Geralmente este movimento volta-se para à religiosidade. Ex.: promessas, acordos, pactos, geralmente em segredo.
. Depressão: Ocorre um sofrimento profundo, onde já não se pode mais negar os acontecimentos e nem se revoltar contra eles. É a fase de introspecção profunda e necessidade de isolamento.
. Aceitação: Tendo superado as fases anteriores, percebe-se e vivencia-se uma aceitação do rumo das coisas. Os sentimentos não estão mais tão a flor da pele, como se a dor tivesse esvanecido, a luta tivesse cessado e as coisas passam então a ser enfrentadas com consciência das possibilidades e das limitações.

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