21 de jun. de 2016

Mudanças no todo...

Quarta revolução industrial. 
Caso você não tenha percebido: A 4ª. Revolução industrial está em curso. 
Em 1998, a Kodak tinha 170.000 funcionários e vendeu 85% de todo o papel fotográfico vendido no mundo. No curso de poucos anos, o modelo de negócios dela desapareceu e eles abriram falência. O que aconteceu com a Kodak vai acontecer com um monte de indústrias nos próximos 10 anos - e a maioria das pessoas não enxerga isso chegando. Você poderia imaginar em 1998 que 3 anos mais tarde você nunca mais iria registrar fotos em filme de papel? 
No entanto, as câmeras digitais foram inventadas em 1975. As primeiras só tinham 10.000 pixels, mas seguiram a Lei de Moore. Assim como acontece com todas as tecnologias exponenciais, elas foram decepcionantes durante um longo tempo, até se tornarem imensamente superiores e dominantes em uns poucos anos. O mesmo acontecerá agora com a inteligência artificial, saúde, veículos autônomos e elétricos, com a educação, impressão em 3D, agricultura e empregos. 
Bem-vindo à quarta Revolução Industrial!
O software irá destroçar a maioria das atividades tradicionais nos próximos 5-10 anos.
O UBER é apenas uma ferramenta de software, eles não são proprietários de carros e são agora a maior companhia de táxis do mundo. A AIRBNB é a maior companhia hoteleira do mundo, embora eles não sejam proprietários.
Inteligência Artificial: Computadores estão se tornando exponencialmente melhores no entendimento do mundo. Neste ano, um computador derrotou o melhor jogador de GO do mundo, 10 anos antes do previsto. Nos Estados Unidos, advogados jovens já não conseguem empregos. Com o WATSON, da IBM, V. pode conseguir aconselhamento legal (por enquanto em assuntos mais ou menos básicos) dentro de segundos, com 90% de exatidão se comparado com os 70% de exatidão quando feito por humanos. Por isso, se V. está estudando Direito, pare imediatamente. Haverá 90% menos advogados no futuro, apenas especialistas permanecerão. 
O WATSON já está ajudando enfermeiras a diagnosticar câncer, quatro vezes mais exatamente do que enfermeiras humanas. O Facebook incorpora agora um software de reconhecimento de padrões que pode reconhecer faces melhor que os humanos. Em 2030, os computadores se tornarão mais inteligentes que os humanos. 
Veículos autônomos: em 2018 os primeiros veículos dirigidos automaticamente aparecerão ao público. Ao redor de 2020, a indústria automobilística completa começará a ser demolida. Você não desejará mais possuir um automóvel. Nossos filhos jamais necessitarão de uma carteira de habilitação ou serão donos de um carro. Isso mudará as cidades, pois necessitaremos 90-95 % menos carros para isso. Poderemos transformar áreas de estacionamento em parques. Cerca de 1.200.000 pessoas morrem a cada ano em acidentes automobilísticos em todo o mundo. Temos agora um acidente a cada 100.000 km, mas com veículos auto-dirigidos isto cairá para um acidente a cada 10.000.000 de km. Isso salvará mais de 1.000.000 de vidas a cada ano.
A maioria das empresas de carros poderão falir. Companhias tradicionais de carros adotam a tática evolucionária e constroem carros melhores, enquanto as companhias tecnológicas (Tesla, Apple, Google) adotarão a tática revolucionária e construirão um computador sobre rodas. Eu falei com um monte de engenheiros da Volkswagen e da Audi: eles estão completamente aterrorizados com a TESLA. 
Companhias seguradoras terão problemas enormes porque, sem acidentes, o seguro se tornará 100 vezes mais barato. O modelo dos negócios de seguros de automóveis deles desaparecerá. 
Os negócios imobiliários mudarão. Pelo fato de poderem trabalhar enquanto se deslocam, as pessoas vão se mudar para mais longe para viver em uma vizinhança mais bonita. 
Carros elétricos se tornarão dominantes até 2020. As cidades serão menos ruidosas porque todos os carros rodarão eletricamente. A eletricidade se tornará incrivelmente barata e limpa: a energia solar tem estado em uma curva exponencial por 30 anos, mas somente agora V. pode sentir o impacto. No ano passado, foram montadas mais instalações solares que fósseis. O preço da energia solar vai cair de tal forma que todas as mineradoras de carvão cessarão atividades ao redor de 2025.
Com eletricidade barata teremos água abundante e barata. A dessalinização agora consome apenas 2 quilowatts/hora por metro cúbico. Não temos escassez de água na maioria dos locais, temos apenas escassez de água potável. Imagine o que será possível se cada um tiver tanta água limpa quanto desejar, quase sem custo. 
Saúde: O preço do Tricorder X será anunciado este ano. Teremos companhias que irão construir um aparelho médico (chamado Tricorder na série Star Trek) que trabalha com o seu telefone, fazendo o escaneamento da sua retina, testa a sua amostra de sangue e analisa a sua respiração (bafômetro). Ele então analisa 54 bio-marcadores que identificarão praticamente qualquer doença. Vai ser barato, de tal forma que em poucos anos cada pessoa deste planeta terá acesso a medicina de padrão mundial praticamente de graça. 
Impressão 3D: o preço da impressora 3D mais barata caiu de US$ 18.000 para US$ 400 em 10 anos. Neste mesmo intervalo, tornou-se 100 vezes mais rápida. Todas as maiores fábricas de sapatos começaram a imprimir sapatos 3D. Peças de reposição para aviões já são impressas em 3D em aeroportos remotos. A Estação Espacial tem agora uma impressora 3D que elimina a necessidade de se ter um monte de peças de reposição como era necessário anteriormente. No final deste ano, os novos smartphones terão capacidade de escanear em 3D. Você poderá então escanear o seu pé e imprimir sapatos perfeitos em sua casa. Na China, já imprimiram em 3D todo um edifício completo de escritórios de 6 andares. Lá por 2027, 10% de tudo que for produzido será impresso em 3D.
Oportunidades de negócios: Se V. pensa em um nicho no qual gostaria de entrar, pergunte a si mesmo: Será que teremos isso no futuro? e, se a resposta for Sim, como V. poderá fazer isso acontecer mais cedo? Se não funcionar com o seu telefone, esqueça a ideia. E qualquer ideia projetada para o sucesso no século 20 estará fadada a falhar no século 21. 
Trabalho: 70-80% dos empregos desaparecerão nos próximos 20 anos. Haverá uma porção de novos empregos, mas não está claro se haverá suficientes empregos novos em tempo tão exíguo. 
Agricultura: haverá um robô agricultor de US$ 100,00 no futuro. Agricultores do 3º mundo poderão tornar-se gerentes das suas terras ao invés de trabalhar nelas todos os dias. A AEROPONIA necessitará de bem menos água. A primeira vitela produzida in vitro já está disponível e vai se tornar mais barata que a vitela natural da vaca ao redor de 2018. Atualmente, cerca de 30% de todos as superfícies agriculturáveis são ocupados por vacas. Imagine se tais espaços deixarem se ser usados  desta forma. Há muitas iniciativas atuais de trazer proteína de insetos em breve para o mercado. Eles fornecem mais proteína que a carne. Deverá ser rotulada de fonte alternativa de proteína. (Porque muitas pessoas ainda rejeitam ideias de comer insetos). 
Existe um aplicativo chamado moodies (estados de humor) que já é capaz de dizer em que estado de humor V. está. Até 2020 haverá aplicativos que podem saber se V. está mentindo pelas suas expressões faciais. Imagine um debate político onde estiverem mostrando quando as pessoas estão dizendo a verdade e quando não estão. 
O BITCOIN (dinheiro virtual) pode se tornar dominante este ano e poderá até mesmo tornar-se em moeda-reserva padrão. 
Longevidade: atualmente, a expectativa de vida aumenta uns 3 meses por ano. Há quatro anos, a expectativa de vida costumava ser de 79 anos e agora é de 80 anos. O aumento em si também está aumentando e ao redor de 2036, haverá um aumento de mais de um ano por ano. Assim possamos todos viver vidas longas, longas, possivelmente bem mais que 100 anos.
Educação: os smartphones mais baratos já estão custando US$ 10,00 na África e na Ásia. Até 2020, 70% de todos os humanos terão um smartphone. Isso significa que cada um tem o mesmo acesso à educação de classe mundial. Cada criança poderá usar a academia KHAN para tudo o que uma criança aprende na escola nos países de Primeiro Mundo.
E no Brasil, os projetos de inclusão social, vão ensinar as pessoas a fazerem bolsas de caixa de leite longa vida reciclável. (Udo Gollub em Messe Berlin - Conferência da Universidade da Singularidade)

A grande providência.
Série incontável - A profunda crise econômica que se abate sobre o nosso pobre país, ainda que todos estejam conscientes porque estão sentindo na pele, deriva de uma série incontável de problemas, todos de tamanho GGG, que precisam ser atacados sem muita demora.
Providências imediatas - O dilema maior que o governante enfrenta, se realmente está disposto a ganhar a confiança do povo, que de antemão está fortemente indignado, é definir as providências consideradas como imediatas, ou seja aquelas que levam a sociedade a nutrir o sentimento do retorno da esperança de que o país pode melhorar.
Fim dos privilégios - Ainda que todos saibam muito bem que muita coisa está errada e precisa ser consertada, a verdade é que pouquíssimos sabem que a solução dos problemas passa pelo fim de inúmeros-privilégios que ao longo do tempo foram travestidos de direitos absurdos
Primeira grande providência - Pois, a primeira grande providência tomada pelo governo Temer, que desde já conta com a minha efusiva comemoração, é a PEC oficializada pelo Ministério da Fazenda, que determina um teto para os gastos públicos com validade de 20 anos, com possibilidade de revisão da regra a partir do 10º ano.
Limite de gastos - A Proposta de Emenda Constitucional, para que todos os brasileiros saibam e exijam aprovação imediata está prevista para ter início de vigência já em 2017, quando o limite dos gastos totais equivalerá à despesa paga neste ano corrigida pela inflação de 2016, medida pelo índice oficial (IPCA).
Viva a crise! - Tudo leva a crer que esta providência só está sendo tomada porque a crise chegou ao atual patamar. Vejam que desde sempre venho dizendo, sem ser compreendido corretamente, o quanto é preciso colocar um freio nos Gastos Públicos. Portanto, o que me resta agora é agradecer à crise por esta decisão magnífica (que ainda precisa ser aprovada). Viva a crise!
Bom caminho - Tomara que o governo Temer, com a importante ajuda da sua equipe econômica, continue a tomar decisões deste mesmo nível de seriedade. Juntando com a recuperação da matriz macroeconômica identificada pelo tripé responsabilidade fiscal, metas de inflação e câmbio flutuante, o nosso país está no bom caminho. (GSPires) 

Magistério: o problema está no sistema.
Há muitas décadas, o magistério estadual reivindica melhoria em seus salários, sem, contudo, conseguir obtê-la. Em 1987, fez uma greve para que o básico para 20 horas fosse de 2,5 salários mínimos, básico esse (sem os multiplicadores) que está atualmente em menos de um salário mínimo, embora esse último seja hoje muito maior.
Deve ser destacado que tanto o Governo do Estado como a Secretaria de Educação foram ocupados por integrantes de todas as ideologias políticas, de direita, de esquerda, de centro-esquerda, de centro-direita, inclusive um partido que tem como bandeira principal a educação.
Será que todos esses governadores e secretários não tinham conhecimento da importância da educação para desenvolvimento econômico e para a promoção social do cidadão, especialmente os menos favorecidos?
Será que esses agentes públicos tinham interesses inconfessáveis de prejudicar a educação? Conheço vários deles e tenho convicção de que pensam exatamente o contrário. Fariam de tudo para pagar melhor o professor e oferecer uma educação de qualidade.
Então, se o problema não está nas pessoas que dirigem a educação, nem na ideologia que professam, ele está no sistema. É uma questão de lógica elementar.
Ocorre que toda vez que um governo resolve mudar alguma coisa no sistema, ele é alvo de críticas, de que é neoliberal, que quer privatizar a educação, como se o sistema público que tanto criticam fosse um exemplo.
Mas as causas básicas do problema continuam intactas: ideologização excessiva, plano de carreira arcaico e aposentadorias precoces.
Não se sustenta um sistema em que quase 90% dos servidores pode se aposentar com 50 anos de idade, após 25 anos de contribuição, e receber uma aposentadoria de 100% da remuneração durante 35 ou mais anos. Isso faz com que grande parte dos recursos que seria destinado ao pagamento dos professores em atividade seja despendida com inativos.
O problema não está nas pessoas, mas no sistema, mas aqueles que mais o criticam são os primeiros a defendê-lo, sempre quando um governo se propõe a modificá-lo. (Darcy Francisco dos Santos) 

Precisamos falar sobre os economistas.
Economista é um bicho meio besta. Falo assim de forma tão direta pois pertenço à classe bestial. O meio fica como cortesia; um pouco de eufemismo nunca vai mal. Boa parte da origem dessa bestialidade se deve a um sujeito chamado John Muth, pai de uma atrocidade chamada expectativas racionais.
A partir dele, a Ciência Jovem passou a trabalhar indistintamente na investigação de um ser batizado de homo economicus, algo capaz de lembrar, de longe, o ser humano, embora pertença à classe dos sobrehumanos. Esse tal homo economicus é capaz de acessar, armazenar e processar todas as informações relevantes. Ele conhece o modelo relevante e, com isso, pode fazer estimativas consistentes sobre o futuro. Ou seja, a hipótese é de que, na média, os economistas acertam em suas previsões.
Obviamente, a hipótese não guarda nenhuma aderência com a realidade. Estamos cansados de saber que a profissão de economista existe apenas para não deixar os meteorologistas passarem vergonha sozinhos. 
Uma classe solidária, sem dúvida alguma, mas também invejosa. Ao adotar essa premissa, a Economia pode se apropriar de todo o instrumental analítico do cálculo diferencial. Para afastar-se das ciências sociais e aproximar-se da Física e de outras ciências naturais, a Economia buscou a formalização matemática. Assim, teríamos a primeira ciência social alçada ao seleto grupo do hard science. Somos os physics envy (invejosos da Física).
Chegamos a um paradoxo, é claro. Mas quem se importa? Se a realidade não está representada pela teoria, a culpa é da realidade, já nos alertara Milton Friedman. Cortemos as pernas do mundo real para fazê-lo caber em nossa planilha de Excel.
Todo esse papo de expectativas racionais faz com que o valor esperado para uma determinada variável no futuro convirja para o verdadeiro valor realizado, acrescido de um ruído aleatório de média zero e variância constante. Em bom português, na média a gente acerta. Então, a variável esperada converge para a efetivamente realizada e eliminamos a subjetividade do processo de formação de expectativas. Bingo! Estamos prontos para derivar as coisas.
O discurso pode parecer um pouco difícil de entender. De forma mais simples, tento dizer que os economistas adotaram métodos matemáticos para tentar prever o futuro de modo a fingirem-se mais sofisticados e científicos. A formalização é uma arma poderosa da retórica na Ciência. E como muito bem definiram Persio Arida e Deirdre McCloskey, é a retórica quem comanda o embate de ideias na história do pensamento econômico.
Qual o problema disso? Ao vestirem-se de um discurso rebuscado, os economistas expulsam o leigo da discussão. Ninguém entende seus modelos, que passam a ser interpretados como reais previsores do futuro, sem que seu observador possa tecer críticas à altura. Toda aquela sofisticação deve servir para alguma coisa, né? 
Se você não é capaz de compreender uma proposta de um terceiro, certamente esse terceiro, que nada mais é do que um terno vazio, é percebido como mais inteligente, não é mesmo?
Mas não estou aqui para promover uma discussão epistemológica, de metodologia da ciência. Chamo a atenção para o ponto porque entendo estarmos diante de uma daquelas situações em que os economistas vão errar fragorosamente. Há algo de especial no atual momento.
Os modelos de previsão são especialmente problemáticos para capturar pontos de inflexão e minha avaliação é de que estamos justamente diante de um deles. Embora os economistas já venham melhorando de maneira sistemática suas projeções para o crescimento econômico brasileiro, considero o movimento ainda muito tímido.
Dados do PIB e da produção industrial surpreenderam positivamente em suas últimas referências. Isso desencadeou uma porção de revisões para cima nas projeções de consenso para a atividade econômica - de acordo com o último relatório Focus, a mediana das projeções já aponta para crescimento do PIB da ordem de 1% em 2017.
Entendo que essa visão ainda subestima fortemente a capacidade de recuperação iminente. Não vou arriscar um número porque dispenso o charlatanismo das projeções. Seria ótimo se aprendêssemos com Confúcio: sábios não fazem previsões.
O ponto é que estamos caprichosamente preparados para uma recuperação cíclica vigorosa. 
Qual foi o problema central das medidas anticílicas serem mantidas a partir de 2011? Elas ignoraram que havíamos atingido um limite. Continuamos fornecendo subsídios e incentivos para o lado da demanda, desconsiderando o supply side (parte da oferta agregada). Tínhamos um problema de falta de oferta, e o tratamos como falta de demanda.
Estávamos em pleno emprego e à plena utilização do capital. Crescer exigiria ganhos de produtividade, ou seja, foco no supply side. E fizemos o contrário: demos mais combustível à demanda agregada, que respondeu exatamente como prediz o livro-texto: mais inflação e mais déficit em conta corrente (precisávamos suprir a maior demanda doméstica com produtos importados). Um diagnóstico errado jamais produziria um bom prognóstico.
A situação agora é diametralmente oposta. Há um gigantesco hiato do produto. O desemprego flerta com 12% da população e existe muita capacidade instalada ociosa. Ou seja, podemos crescer pelo lado da demanda sem que isso gere pressões inflacionárias no curto prazo.
Ademais, o setor externo já passou por ajuste importante, mais intenso e rápido do que todos podiam supor previamente - marcamos o primeiro superávit em conta corrente em sete anos. Em reforço, os termos de troca têm melhorado destacadamente, com commodities voltando a níveis razoáveis lá fora - alguém imaginava no começo do ano que o minério de ferro voltaria a US$ 55/tonelada e o petróleo superaria US$ 50/barril em tão curto intervalo de tempo? 
A inflação dá sinais de arrefecimento e economistas de primeira grandeza têm defendido formalização de horizonte maior de convergência para o centro da meta. Isso significa espaço para juros caírem de maneira expressiva a partir do segundo semestre. Em outras palavras, é injeção de estímulo à demanda na veia.
Em paralelo, há uma série de projetos represados que podem ser retomados a partir da real percepção de ortodoxia na condução da política econômica e estabilidade das regras do jogo - as empresas brasileiras já voltaram a captar lá fora aproveitando a janela de elevada liquidez internacional; isso retira pressão de curto prazo sobre os balanços e pode significar mais investimentos à frente.
Se a isso somarmos um profundo pacote de concessões e privatizações capaz de avançar em infraestrutura logística - não há outro jeito -, a coisa pode ser muito virtuosa. 
De maneira evidente, tudo isso depende da constatação de que não somos um caloteiro em potencial. Precisamos de um consistente e crível plano de voo para a política fiscal, capaz de sinalizar que a trajetória da dívida pública não é explosiva.
Felizmente, os primeiros sinais nesse sentido, em que pesem importantes soluços no meio do caminho, são positivos. Michel Temer tem conseguido aprovar medidas econômicas relevantes e a equipe montada para Fazenda, Tesouro, BNDES, e Banco Central é simplesmente formidável. Nem no melhor de nossos sonhos poderíamos aventar uma equipe dessa grandeza. Se há alguma forma de endereçar nossa crise fiscal - e eu acredito que há -, essa gente vai encontrar. 
O comportamento da receita tributária tem se mostrado mais cíclico do que anteriormente se sabia. Numa eventual volta do PIB, podemos também nos surpreender pelo lado da arrecadação, fazendo com que a trajetória dívida/PIB caia em ritmo superior ao previsto.
Deixem o homem trabalhar. Se o fizerem, os economistas, que erraram de maneira vergonhosa ao não antecipar a recessão de 2014 e 2015, estarão mais uma vez brilhantemente equivocados. Talvez ao longo do tempo, poderão afirmar que, na média, acertaram: erraram feio para cima nos dois últimos, e agora vão errar para baixo nos próximos. Precisamos de algo melhor do que isso. (Felipe Miranda)
(Felipe Miranda)(Felipe Miranda) uém lembraria do bom samaritano se além de boas intenções ele não tivesse dinheiro. (Margaret Thatcher)
Ninguém lembraria do bom samaritano se além de boas intenções ele não tivesse dinheiro. (Margaret Thatcher)

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