15 de fev. de 2016

Giradas no mundo...

No rumo da Mudança Social, aonde estamos indo?
Esta é uma pergunta extremamente complexa que diz respeito não só ao Brasil, mas ao contexto mundial, sendo impossível de ser respondida num breve artigo.
Darei apenas breves pinceladas sobre o tema sem tratar da revolução dos meios de comunicação eletrônicos, da iminente era dos robôs dotados de inteligência emocional, da modificação genética de embriões, dos avanços da ciência que nos possibilitarão viver bem mais e morrer com cara de 30 anos.
Isso e muito mais não é ficção e trará grandes mudanças ao planeta. Entretanto, se o futuro está acelerado e só será interrompido se algum maluco cismar de fazer uma demonstração atômica acabando de vez com o mundo, meu interesse é por outros tipos de mudança, aquelas que alteram valores, comportamentos e atitudes.
O tema mudança social é amplo e existem variadas análises elaboradas por filósofos, sociólogos, historiadores, cada qual com seu enfoque. Aqui cito apenas o filósofo e historiador alemão, Oswald Arnold Gottfried Spengler (29/05/1880 - 08/05/1936), que entre outras obras escreveu The Decline of West, ou seja, O Declínio do Ocidente.
Spengler, como tantos outros que se debruçaram sobre o estudo da mudança social pensava que sociedades são como organismos humanos que nascem, crescem e morrem. Não vou discutir se sociedades morrem ou apenas se transformam, mas penso ser interessante citar o pensamento do autor alemão que afirmou no início do século XX: A civilização ocidental está agora em declínio e sua desintegração é inevitável, pois ela deve percorrer o caminho de todas as civilizações extintas.
Isso pode parecer drástico e, claro, não acontece de uma hora para outra, pois processos históricos são longos diante da brevidade de nossas vidas. Contudo, já se percebe o declínio ocidental, especialmente na Europa com a entrada dos mulçumanos, não só os que já tinham se radicado especialmente na França e na Bélgica, como através dos milhões de refugiados que estão sendo acolhidos na Alemanha e nos demais países europeus.
Explicando melhor, como as populações europeias estão envelhecidas e a natalidade daqueles países é baixa, em tempo relativamente curto os mulçumanos serão maioria e, obviamente farão prevalecer sua cultura político-religiosa como de certo modo já o fazem. Então, a sharia será amplamente implementada e não haverá mais infiéis. Lembremos ainda, que sendo o Islã expansionista a ideia é a de se impor globalmente.
Já houve tempos e lugares em que judeus, cristãos e mulçumanos conviveram de forma pacífica como na Espanha antes da Nova Inquisição dos reis católicos Fernando e Isabel. Hoje isso é difícil uma vez que está havendo um choque de visões de mundo opostas, sendo que o grande alvo do ódio terrorista são os judeus.
Para ficar mais claro tomo o exemplo das mulheres: Entre mulçumanos a mulher é inferiorizada, coisificada. Há países em que não podem estudar ou sequer dirigir um carro. Vestem o xador ou a burca, roupas nas quais apenas os olhos aparecem.
No ocidente as mulheres trabalham, estudam, ocupam empregos antes só desempenhados por homens. Contudo, muitas se coisificam ao ficar praticamente nuas nas praias e vestir roupas que mais mostram que escondem certas partes do corpo.
Recentemente, em Colônia - Alemanha, jovens alemãs foram estupradas por refugiados. Elas portavam minúsculas minissaias e andavam sozinhas. Para a cultura mulçumana elas eram solteiras e estavam disponíveis e mulçumanos só obedecem a suas próprias leis e não as dos países que os acolhem. Para nós ocidentais foi um ato brutal e reprovável como são os ataques terroristas.
Onde estavam os homens alemães para defender suas mulheres? Perguntou uma entrevistadora a uma jornalista dinamarquesa. Esta respondeu dizendo que os homens europeus foram efeminados, ensinados a ser corteses, a não protestar, a se adequar a tudo e isso produziu um desequilíbrio no qual os homens perderem seus valores.
Acrescento que esse desequilíbrio se deve em grande parte ao nefando politicamente correto, que impõe a autocensura por temor à opinião pública. A sociedade ocidental está sufocada por essa excrescência ideológica, de matriz esquerdista e com viés de dominação, pois tudo que se diz pode ser interpretado com preconceito, racismo ou crime passível de severa punição.
Muitos outros exemplos de choque de civilizações podem ser dados, quem sabe em outros artigos, mas o fato é que valores ocidentais estão se perdendo e expressões da vida, incluindo a arte, vão se tornando vulgares e banalizadas.
No Brasil acentua-se não o declínio, mas a degradação social e econômica comandada em larga medida por um governo que institucionalizou a corrupção como nunca antes nesse país.
Aonde estamos indo? Regredirá o mundo a uma sombria Idade das Trevas? Tomara que não. (Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga e escritora) 

Igualitários em busca de privilégios.
A notícia da morte de Steve Jobs, fundador da Apple, consumiu toneladas de papel e tinta, impregnados de abundantes lágrimas multicoloridas. Nesse obituário lacrimejante, que ocupava o noticiário juntamente com a crise financeira internacional e o desemprego crescente, um artigo tinha este título: Menos universitários, mais empreendedores. Eu não precisaria ler o artigo para saber o conteúdo, mas li e gostei.
Depois de enfileirar numerosos gênios do Vale do Silício, que interromperam o curso universitário para ganhar dinheiro com suas ideias rendosas, o autor conclui que a solução para o desemprego não passa pela conclusão de cursos universitários (isso até contribui para aumentar o número de desempregados qualificados), e sim pelo apoio a empreendedores, tenham eles frequentado ou não a universidade. E a proposta dele para superar a crise resume-se em estimular geradores de empregos, ao invés de formar consumidores de empregos.
Isso me fez exumar do fundo da memória o que me contaram sobre um encontro de Amador Aguiar (Bradesco) e Moreira Sales (Unibanco). Havia entendimentos para uma eventual fusão, e agendaram um encontro no Rio, onde o semi-analfabeto Aguiar foi cerimoniosamente apresentado a uma equipe de especialistas com PhD nisso e naquilo. Sentaram-se em torno de uma mesa, e o visitante começou nestes termos:
- Já que vocês perderam tempo estudando isso tudo, agora vamos aprender a ganhar dinheiro.
O americano Jobs e o brasileiro Aguiar pertenciam a um pequeno grupo de pessoas qualificáveis como empreendedores, e ganharam muito dinheiro com isso. Estou longe de incentivar o culto ao dinheiro, especialmente quando esse culto prejudica objetivos muito mais importantes para as pessoas e a sociedade. Mas os empreendedores, bem ou mal, fornecem o que a sociedade quer; ou então convencem a sociedade a comprar o que eles produzem ou querem vender.
Você certamente conhece outros exemplos do mesmo tamanho, ou menores, ou até muito menores. Eu mesmo tenho um tio neste último degrau, que se deu bem ao interromper os estudos no curso primário, passando a trabalhar por conta própria. Vale lembrá-lo também para contar a explicação modesta com que sintetiza o motivo da sua escassa formação escolar:
- Eu até entrei no estudo, mas o estudo não entrô ni mim.
Tanto no Brasil como em outros países, muitas pessoas de pouca cultura foram bem sucedidas em atividades diversas. Isto não quer dizer que o ensino universitário deva ser reduzido, mesmo porque as empresas dos empreendedores precisam de técnicos e cientistas qualificados. Os empreendedores, fazendo o que sabem fazer, geram bons empregos para estes, que podem assim receber boa remuneração e se incluir entre os bem sucedidos. Também geram empregos menos bem remunerados para categorias menos qualificadas. Tanto os empreendedores quanto os estudiosos e os menos dotados são necessários, e seria insensato excluir ou prejudicar uns ou outros por haver essas diferenças naturais e os desníveis sociais delas resultantes.
Aptidões, características e condições individuais variam quase ao infinito. Tão evidente isso é, que podemos dispensar argumentos filosóficos e sociológicos, e ainda assim concluir com segurança que os seres humanos não podem ser avaliados ou compelidos por uma fita métrica igualitária. As pessoas simplesmente não são iguais, formando um campo inóspito ao marxismo. Apesar dessa evidência, comunistas recalcitrantes ainda insistem nos seus dogmas antinaturais, mesmo após os grandes sofrimentos e desastres que movimentos igualitários causaram em todo o mundo.
Acho interessante neste assunto um resultado pouco comentado pelos que analisam a trajetória do igualitarismo nos vários países. Os revolucionários, quando estão divulgando e tentando implantar sua ideologia, matraqueiam slogans contra os privilégios, com o pretexto de igualdade de direitos e favorecer o povo oprimido. Porém, se conseguem tomar o poder, um dos primeiros passos é garantir privilégios não igualitários para eles mesmos. Estão nesta linha as recentes revelações sobre o suntuoso padrão de vida de Fidel Castro. E não custa lembrar que ele permanece o grande inspirador e exemplo para muitos terroristas enfeitados que conhecemos.
Comenta-se sobre gente dessa grei: Podem chamá-los de desonestos, de ignorantes, mas burros eles não são. Os objetivos do marxismo e dos seus seguidores mais doutrinados são mais profundos do que os simples privilégios pessoais. Mas é o caso de perguntar se essa situação privilegiada, anti-igualitária, não é desde o início um objetivo camuflado da sua mentirosa propaganda igualitária. (Jacinto Flecha) 
O que eu afirmo é que meu corpo é meu, pelo menos eu sempre assim o considerei. Se eu fizer mal a ele através de minhas experiências, sou eu quem sofre, não o Estado. (Mark Twain)

Nenhum comentário:

O teto vai ruir...

Façamos as contas ao próximo exercício. Você aí que ainda nem recebeu os míseros trocadinhos do patrão e ouve a mulher querendo comprar comi...