6 de jan. de 2016

A convivência no mundo cão...

• Dólar sobe mais de 1% e volta a passar de R$ 4; Bolsa da China tem alta de mais de 2%; Índice acumulado da inflação fecha 2015 em 10,53%, aponta FGV; "Melhor jogar na defesa", diz gestor sobre a bolsa; Ibovespa Futuro cai quase 2% com dados da China; Inflação da baixa renda acumula alta de 11,52% em 2015. No ano anterior, o indicador da FGV havia acumulado alta de 6,29%. 
• Crise na economia: Lula se reúne com Dilma no DF para tratar de política econômica. Fazenda descarta lançar novo pacote. 
• Milícia expande negócios no Rio e 'exporta' modelo para outros estados. Grupo agora explora motéis de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Ministério Público relata a formação de grupos em várias regiões do país. 
• Saúde do Rio: Prefeitura e governo do RJ se reúnem para fazer transferência de hospitais. Hospitais Albert Schweitzer e Rocha faria serão administrados pela prefeitura. 
• Governo do RJ pode criar Cidade da PM na Maré em 2016. Edital deve ser liberado ainda em janeiro; ideia é que local tenha base do Bope. 
• Senador do PT fará campanha contra pacote de Dilma. Paulo Paim chama de “barbárie” propostas de reformas trabalhista e previdenciária que a presidente pretende enviar ao Congresso como parte do ajuste fiscal. 
• Cunha vai apresentar defesa só em fevereiro. 
• STF dá dez dias para Cunha se defender de acusações na Lava Jato. Cunha “vem utilizando o cargo em interesse próprio e ilícito unicamente para evitar que as investigações contra ele continuem e cheguem ao esclarecimento de suas condutas, bem como para reiterar nas práticas delitivas”, afirma Janot. 
• Vergonha no TCU: PF interrogará seu presidente. Pela primeira vez na História, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), que existe para zelar pela aplicação honesta do dinheiro público, será interrogado pela Polícia Federal em inquérito que apura corrupção. A PF investiga o filho do ministro Aroldo Cedraz, advogado Tiago Cedraz, pela venda de informações privilegiadas do TCU a Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia. O ex-ministro Edison Lobão e o vice-presidente do TCU, Raimundo Carreiro, também são investigados; A denúncia de Pessoa: Em troca de propina, Tiago Cedraz antecipava a Pessoa a lista secreta do TCU de obras passíveis de embargo em razão de graves suspeitas; Informação valiosa: A lista era valiosa porque deu tempo a Ricardo Pessoa para subornar políticos, a fim de que obras da UTC jamais tenham sido embargadas; Comitê enrolado: A lista do TCU é enviada anualmente ao Comitê de Obras Irregulares do Congresso, hoje presidida pela senadora Rose Freitas (PMDB-ES); Jogo de empurra: A PF quer a lista de políticos que integraram o Comitê nos últimos anos, mas Câmara e Senado manobram para dificultar a informação. (Diário do Poder) 
• Geólogos avaliam retirada de pedras após deslizamento no ES. Rocha gigante rolou e atingiu casas em Vila Velha. 
• Desvio de R$ 1 bilhão nos anos 80. Condenada por fraude, Jorgina de Freitas é despejada de casarão no Rio. 
• Oposição pede à PGR anulação de MP da Leniência. Medida abre caminho para que empresas acusadas na Operação Lava Jato tenham acesso a financiamentos do BNDES subsidiados pelo Tesouro Nacional, afirma autor da ação na PGR. 
• Ex-ministro de Dilma, Cid Gomes sugere que ela deixe o PT. Em entrevista ao Diário do Nordeste, Cid Gomes declarou que Dilma já “chegou ao fundo do poço” e chamou Eduardo Cunha de “zumbi”. 
• Brasília tem inflação mais alta do país em 2015, segundo FGV. A segunda maior taxa em 2015 foi observada em São Paulo (11,58%), cidade que havia fechado 2014 com inflação de 5,67%.
• Governo anuncia novo calendário de vacinação no SUS. Haverá alterações nos intervalos entre aplicações de doses e nas faixas etárias. 
• Crise afeta Minas, e salários serão pagos com atraso. Dono da terceira maior economia entre os Estados culpa queda da receita. 
• STJ admite erro em post sobre José Dirceu. Carta de secretário de Comunicação considera infeliz e imprópria à comunicação institucional de um Tribunal a expressão “atrás das grades”. 
• Tribunais de (faz de) contas. “Para que servem os tribunais de contas? Quem os fiscaliza?”, questiona o ex-deputado Dr. Rosinha. Segundo ele, integrantes dessas cortes combatem a corrupção apenas no discurso e, muitas vezes, utilizam informações privilegiadas para uso privado. 
• Dono da UTC alonga dívida e se livra de tornozeleira. Ricardo Pessoa renegocia R$ 1,2 bi, já vencido, com 4 grandes bancos do país.

• Tensão na Ásia: Mais potente que a bomba atômica normal Coreia do Norte diz ter feito teste com bomba de hidrogênio que causou tremor; ONU convoca reunião após Coreia do Norte realizar teste com bomba nuclear; ONU confirma tremor em região de testes nucleares norte-coreanos; Muito pior que Hiroshima, bomba que Coreia do Norte teria testado é arma mais poderosa já criada; Aliada da Coreia do Norte, China reforça coro contra teste nuclear; Países condenam teste nuclear; Coreia do Sul fala em "grave provocação". 
• Em posse, oposição diz que abreviará governo Maduro. Novo líder da Assembleia fala em saída constitucional num prazo de 6 meses. Brasil expressa 'basta' ao bolivarianismo: Governo abandonou a passividade em relação aos abusos da Venezuela. 
• Escritório de Angela Merkel é isolado após pacote suspeito. Pacote foi achado perto do edifício onde chanceler alemã trabalha. 
• Na Venezuela, opositores tomam posse em sessão marcada por tensão. O que representa para a oposição na Venezuela 3 deputados impugnados. Maduro desafia parlamento a fazer referendo para tirá-lo do poder. 
• Comitê de Ética da Fifa estende suspensão a Valcke por 45 dias. Por solicitação de responsável por investigação, câmara decisória opta por deixar o ex-secretário-geral da entidade fora de atividade, após gancho anterior expirar. 

A arte de iludir os trouxas.
Por maiores boas intenções que a gente demonstre em função de um novo ano, eles não ajudam nem um pouco. Talvez fosse melhor, no caso, dizer ELA, porque, afinal, sempre será mais cômodo apontar um responsável. Ou UMA. A simplificação própria de todos nós, aponta para um culpado de todos os males que acontecem. Como agora, quando tudo está aumentando, neste começo de janeiro. As tarifas de transporte coletivo não deixam ninguém mentir. Na primeira semana de 2016 nove capitais de Estado já anunciaram elevações variadas no preço das passagens de ônibus, metrô e trens. As maiores vão até 18%, as menores em torno de 7%. Até domingo subirão os combustíveis, o gás e a energia elétrica. Nos supermercados, passa-se à refeição amarga do tomate ao arroz e ao feijão. Nas farmácias, não há remédio que se compre amanhã pelo que se paga hoje.
As desculpas variam para os chamados reajustes. Acordos salariais a ser respeitados, inflação, custo do frete, aumento do dólar, aguaceiros imprevistos, seca, demanda reprimida e quantas outras?
O país é o mesmo, de dezembro para cá, e por isso dizem que o governo nada pode fazer, a começar pela proibição do aumento de preços. Só que os salários não acompanham as demais elevações. Mesmo o novo salário mínimo, acrescido de perto de 100 reais, mostra-se insuficiente para atender as despesas de cada família. Sem falar nos impostos.
Todo mundo espera que Madame dê um jeito, mas de acordo com as características do regime vigente, ela nada pode fazer. Ou não sabe. Qualquer congelamento despertaria consequências piores. O desemprego já assume proporções de tragédia.
O palácio do Planalto anuncia um elenco de medidas que não serão muito diferentes das fluidas e teóricas sugestões do PMDB, do PT, dos tucanos e de quem mais ouse iludir os trouxas. Já se come menos, nas camadas pouco favorecidas. Os aluguéis subiram, mora-se pior, vive-se hoje em condições inferiores a ontem e quem pensa no amanhã, assusta-se.
Senão perdeu o controle, o governo anda perto, desfeito que foi o sonho da ascensão social exaltado pelo Lula e ainda agora repetido pela sucessora. Se ganhos aconteceram nos tempos da propaganda, escoaram pelo ralo. As sucessivas promessas de novos planos e programas econômicos apenas aumentam a frustração de quantos ainda conseguem enganar-se, aliás, cada vez menos. Logo chegaremos ao salve-se quem puder. E ELA, conseguirá? (Carlos Chagas) 

Proselitismo Covarde. Ou: a ignorância como arma de doutrinação ideológica.
“Ser ignorante sobre o que aconteceu antes de você nascer… é viver a vida de uma criança para sempre.” (Marcus Tullius Cicero)
“Se você controla a história, você controla o passado. Aquele que controla o passado controla o futuro.” (George Orwell)
O PT não se cansa de nos (eu ia dizer surpreender, mas acho que ninguém mais, em sã consciência, consegue ficar surpreso com o que essa gente é capaz) atemorizar com suas barbaridades, sejam elas políticas, econômicas, sociais, culturais ou criminais.
O historiador Marco Antônio Villa fez no Globo, uma denúncia estarrecedora, que não dá para deixar passar em branco. O Ministério da Educação lançou uma proposta (consulta pública) para alterar/renovar os currículos do ensino fundamental e médio. Em seu artigo, Villa comenta sobre aquilo que é a sua seara: o ensino de História. Mas deixemos que o próprio autor nos diga de que se trata o tal documento, assinado pelo ex-ministro Renato Janine Ribeiro:
No caso do ensino de História, é um duro golpe. Mais ainda: é um crime de lesa-pátria. Vou comentar somente o currículo de História do ensino médio. Foi simplesmente suprimida a História Antiga. Seguindo a vontade dos comissários-educadores do PT, não teremos mais nenhuma aula que trata da Mesopotâmia ou do Egito. Da herança greco-latina os nossos alunos nada saberão. A filosofia grega para que serve? E a democracia ateniense? E a cultura grega? E a herança romana? E o nascimento do cristianismo? E o Império Romano? Isto só para lembrar temas que são essenciais à nossa cultura, à nossa história, à nossa tradição.
Mas os comissários-educadores - e sua sanha anticivilizatória - odeiam também a História Medieval. Afinal, são dez séculos inúteis, presumo. Toda a expansão do cristianismo e seus reflexos na cultura ocidental, o mundo islâmico, as Cruzadas, as transformações econômico-políticas, especialmente a partir do século XI, são desprezadas. O Renascimento - em todas as suas variações - foi simplesmente ignorado. Parece mentira, mas, infelizmente, não é. Mas tem mais: a Revolução Industrial não é citada uma vez sequer, assim como a Revolução Francesa ou as revoluções inglesas do século XVII.
(…)
Mas, afinal, o que os alunos vão estudar? No primeiro ano, mundos ameríndio, africanos e afro-brasileiros. Qual objetivo? Analisar a pluralidade de concepções históricas e cosmológicas de povos africanos, europeus e indígenas relacionados a memórias, mitologias, tradições orais e a outras formas de conhecimento e de transmissão de conhecimento. E também: interpretar os movimentos sociais negros e quilombolas no Brasil contemporâneo, estabelecendo relações entre esses movimentos e as trajetórias históricas dessas populações, do século XIX ao século XXI. Sem esquecer de valorizar e promover o respeito às culturas africanas, afro-americanas (povos negros das Américas Central e do Sul) e afro-brasileiras, percebendo os diferentes sentidos, significados e representações de ser africano e ser afrobrasileiro.
No segundo ano - quase uma repetição do primeiro - o estudo é sobre os mundos americanos. Objetivo: analisar a pluralidade de concepções históricas e cosmológicas das sociedades ameríndias a memórias, mitologias, tradições e outras formas de construção e transmissão de conhecimento, tais como as cosmogonias inca, maia, tupi e jê. Ao imperialismo americano, claro, é dado um destaque especial. Como contraponto, devem ser estudadas as Revoluções Boliviana e Cubana; sim, são exemplos de democracia. E, no caso das ditaduras, a sugestão é analisar o Chile de Pinochet - de Cuba, nem tchum.
No terceiro ano, chegamos aos mundos europeus e asiáticos. Se a Guerra Fria foi ignorada, não foi deixado de lado o estudo da migração japonesa para o Paraguai na primeira metade do século XX (?). O panfletarismo fica escancarado quando pretende problematizar as juventudes, discutindo massificação cultural, consumo e pertencimentos em diversos espaços no Brasil e nos mundos europeus e asiáticos nos séculos XX e XXI. Ou quando propõe relacionar as sociedades civis e os movimentos sociais aos processos de participação política nos mundos europeus e asiáticos, nos séculos XX e XXI, comparando-os com o Brasil contemporâneo.
A princípio, achei que Villa pudesse estar exagerando e fui conferir. De fato, está tudo lá, sem qualquer exagero. É estupefaciente! Villa fala numa revolução cultural que transformará Mao Tsé-Tung em moderado pedagogo, e está absolutamente correto. Passei os olhos na estrovenga completa e a coisa é de fazer cair o queixo - escrita, claro, naquela linguagem empolada, cheia de transversalidades, problemáticas, entrecruzamentos, pluralidades, etc. Exceto pelos currículos de matemática e ciências físicas, o troço é puro instrumental didático para operar o proselitismo mais covarde, visando a transformar nossas crianças e adolescentes (indefesos) em completos imbecis - embora bastante politizados (à esquerda, claro).
Esperemos que o grito de Villa seja ouvido pelas pessoas certas e esse tal documento tenha o destino que merece: o lixo. (João Luiz Mauad)

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