9 de jul. de 2015

O povo não aguenta mais...

• Senado derrota governo e estende reajuste do mínimo para as aposentadorias. Dilma ainda pode vetar texto. Ministro alertou para aumento de gasto da Previdência. 
• Senado cria comissão para discutir participação da Petrobras no pré-sal. 
• Inflação acumula alta de 8,89% em 12 meses, maior taxa desde 2003. 
• Empreiteiras põem dedo na tomada. Depois de cercadas pela Operação Lava Jato, grandes empreiteiras do país devem sofrer nova devassa em operações policiais. 
• Maior parte da indústria já reduziu força de trabalho. Queda na produção foi apontada como o principal motivo para a redução do número de empregados ou do uso de mão de obra. 
• Chile aprova projeto que legaliza o uso da maconha. Medida foi considerada um grande avanço na política de drogas do país e reflete uma tendência mundial já aderida por outros países do continente americano. 
• Primeiro-ministro grego entrega nova proposta de resgate financeiro. Alexis Tsipras não definiu valores na proposta, mas se comprometeu a reformar até a próxima semana o sistema tributário e previdenciário do país. 

Conhece a estratégia da tesoura? 
. Esta Estratégia das Tesouras na dialética de Hegel e Marx (para não se falar da astúcia de Lênin e das sutilizas de Gramsci) intenta, usa e cria em jogar com as contradições não somente no plano teórico, mas no de ação prática para se atingir um objetivo que no caso seria a conquista e permanência no poder.
. Lênin sempre falou e praticou esta política da Estratégia das Tesouras. Que consistia em ter dois partidos comunistas sempre dominando o cenário político, midiático, econômico e social do país. Um com viés autoritário/estatal, por exemplo, e o outro ou com viés mais ameno ou democrático/apaziguador. O líder comunista Josef Stalin, que governou a União Soviética de 1920 até a sua morte em 1953 continuou a prática.
. A Estratégia da Tesoura, portanto, consiste num diversionismo, onde a briga (pseudo-brigas e falsas discórdias) entre dois partidos de esquerda polariza o eleitorado, fazendo com que saiam de cena, empurrados pelos holofotes tão somente na esquerda, os verdadeiros partidos de oposição liberais ou conservadores, reduzido-os a meros espectadores, quando não a uma existência vegetativa. Essa ilusão engana sem resistência o eleitorado que pensa estar havendo uma real disputa política e de que realmente possui opções distintas de escolha para as urnas.
. Embora milhões de pessoas hoje no Brasil desejem um partido à direita do espectro ideológico que as representem, persiste uma lacuna nesse espaço, pois que é viciada com esquerdismo. Notem que ambos defendem inúmeras bandeiras ou causas semelhantes, ambos não atacam estranhamente os mesmos determinados perenes problemas e que ambos recebem dinheiro para suas campanhas das mesmas fontes. Em verdade, existe alguma esperança de real mudança para melhor?
. É nítida esta estratégia no Brasil. Essa política é levada a cabo ora pelo PT e pelo PSDB (observem que ambos fingem ser oposição e inimigos, mas na essência são iguais), ora pelo PT com o PSOL, agora mais recentemente PT com PSB de Eduardo Campos e Marina, ambos saídos do PT ou base aliada governista, e assim sucessivamente. As diferenças que existem são no verniz e não na essência, como no caso cultural entre FHC, sociólogo, com o retirante nordestino Lula, mas ideologicamente (a base) não há diferença alguma entre eles.
. Isso é a Estratégia da Tesoura, mais do mesmo.
. Também pode, e é aplicada, em nível continental e/ou global.
. Veja ela em ação no Brasil: 10 coisas que você não sabia sobre a relação entre o PT e o PSDB.
. PT e PSDB são os irmãos Karamazov da política nacional. Nas últimas décadas, ambos os partidos travaram duelos apaixonados e transformaram o debate público brasileiro num imenso caldeirão, um Fla-Flu. De um lado os azuis, do outro os vermelhos. De um lado o tucano, do outro a estrela. De um lado o professor, do outro o operário. 
. O que poucas pessoas sabem é que há mais coisas em comum entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido da Social Democracia Brasileira do que julga nossa vã filosofia. PT e PSDB nasceram no mesmo lugar, no coração da esquerda paulistana, com concepções políticas e econômicas muito parecidas, e com duas figuras históricas - Lula e Fernando Henrique Cardoso - que não teriam ascendido sem o outro. E tudo isso nunca foi negado por seus criadores. Pelo contrário.
Fonte: Aqui

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A Petrobras começa a operar no dia 10 de maio de 1954. 

. A refinaria Mataripe (BA). Nascida em 1953, como órgão executor do monopólio estatal do petróleo, a Petrobras é fruto de notável decisão política, respaldada em patriótica mobilização nacional: a campanha do Petróleo É Nosso

. Seu vertiginoso crescimento foi obra, não só de dirigentes íntegros e competentes, mas, sobretudo, da valorosa e proficiente dedicação de tantos quantos, em seus diferentes quadros, orgulhosamente vestiam-lhe a camisa, vários dos quais vieram a participar de sua Direção e na de subsidiárias. 

. Presenciamos a Companhia vencer desafios, crescer, funcional, estrutural e tecnologicamente. Propulsora do desenvolvimento nacional, não tardou a sua respeitabilidade aqui e no exterior. A primazia nas pesquisas em águas profundas, onde se insere o pré-sal, valeram-lhe várias premiações pela OTC - Off-Shore Technology Conference. Presentes o adequado planejamento e a austeridade de seus empreendimentos, as aquisições imobiliárias, o suprimento de suas necessidades e a contratação de obras e serviços submetiam-se à plena e regular observância da legislação licitatória.

. Na construção e ampliação de onze refinarias, terminais, centenas de quilômetros de dutos, instalações de pesquisa e lavra, etc., a Petrobras não teve como suporte legal, nem reclamou, condições especiais de contratação, como o procedimento licitatório simplificado, estabelecido, em afronta à Constituição, para, como regra, reger as contratações da Petrobras - pela lei tucana 9.478/1997, até hoje em vigor, expediente esse propício a negociatas e irregularidades de todo gênero, como a Nação vem testemunhando. No caso específico da Petrobras, sociedade de economia mista e órgão da administração federal indireta controlada pela União, historicamente ímpar em importância e porte, hão de estar presentes o absoluto respeito à sua originária destinação institucional - voltada à defesa dos superiores interesses nacionais no complexo de atividades da estratégica e desafiante indústria do petróleo - e, por conseguinte, o extremo zelo, vigilância e austeridade no comprometimento da destinação do seu patrimônio, aqui incluídos seus haveres e sua notável experiência acumulada. 

. Mas não é isso que, há cerca de três décadas, vem acontecendo. Além da citada fraude licitatória como diretriz de governo no segmento petróleo, apenas alguns exemplos: 
- A utilização do patrimônio da Petrobras, com condições de credibilidade superiores às do País, para garantir empréstimos e outras operações no mercado financeiro internacional, gerando pesadas dificuldades e restrições no atendimento de seus compromissos e empreendimentos.
- A extinção das subsidiárias Interbrás, trade company então com pujante desempenho nas atividades de comércio internacional aqui e no exterior; Petromisa, responsável pelo aproveitamento de jazidas minerais em áreas de pesquisa e lavra de petróleo, e Petrofértil, cujo objeto social vinha sendo a produção e comércio de fertilizantes, de suas matérias primas e de produtos correlatos, sua importação e exportação (abrindo-se espaço, com a sua extinção, à nociva produção e preponderante utilização de agrotóxicos e transgênicos). 
- A declaradamente danosa operação bilionária, em dólares, para a compra de refinaria em Pasadena, Estados Unidos, altamente lesiva aos cofres da Petrobras. 
- Os leilões de bacias de óleo e gás descobertas pela Petrobras, viabilizados pela citada lei tucana 9.478/97, que revogou a lei 2004/1953, flexibilizou o estratégico monopólio estatal do petróleo e deu suporte ao desmonte da Petrobras, notadamente em sua precípua função de órgão executor do monopólio. 
- A criminosa entrega de Libra, valiosíssimo mega-campo petrolífero descoberto pela Petrobras, situado em área do pré-sal, tendo como fonte inspiradora a mesma lei 9.478, cujos fundamentos básicos vêm sendo acolhidos pelos governos petistas que se seguiram. 
- O projeto de lei PLS 131/2015, de autoria do senador tucano José Serra, visando retirar da Petrobras a condição de operadora única dos campos do pré-sal. 
- A drástica redução de investimentos programados pela Petrobras, da ordem de 40%, em diversas áreas de atuação, incluída a alienação de parte de seu acervo operacional - em jogo a BR Distribuidora e a Transpetro -, para cobrir o bilionário prejuízo financeiro causado por escandalosos atos de incúria e corrupção, envolvendo dirigentes, empreiteiras e políticos. A esses delitos de lesa-pátria, que servem para preparar a privatização da Petrobras, somam-se outras deletérias ações do gênero: 
(1) dando continuidade aos leilões de bacias petrolíferas; 
(2) nomeando para cargos de direção e administração, sem cogitar de capacidade profissional e idoneidade moral, representantes do nepotismo político ou pelego
(3) descuidando a manutenção e renovação dos seus quadros permanentes; 
(4) reduzindo-lhe ao máximo, pela via de galopante e irrestrita terceirização de mão-de-obra, a responsabilidade por encargos trabalhistas e previdenciários, bem como junto à Petros, pondo em sério risco o direito de seus assistidos atuais e futuros; 
(5) esbulhando-lhe o patrimônio de diversas formas; 
(6) conspirando para manchar-lhe a imagem perante a opinião pública. As agressões que se abatem sobre a instituição Petrobrás (…) se prestam ainda para denunciar, de forma aguda, a conjugação das causas do crônico infortúnio que nos vitima: o flagrante desrespeito à vontade expressa nas urnas, substituída por privilégios a minorias poderosas; ao desenvolvimento com justiça social; à dignidade do trabalhador, gerando o subemprego e o desemprego; à preservação dos direitos trabalhistas e previdenciários; ao princípio constitucional de moralidade na administração pública direta e indireta; aos ditames da Soberania Nacional, nas relações e negócios internacionais. 

. Urge extirpar do organismo social o vírus do desalento, da omissão acomodatícia, até porque, como é notório, cabe sempre ao cidadão comum pagar a elevada conta dos descalabros governamentais. A terapia contra as torpezas dos poderes públicos há de firmar-se na mobilização consciente, dirigida ao que, desde já, antes de eleições, podemos e devemos fazer, exigindo respeito aos direitos e anseios da atual e das futuras gerações (…) E, unidos na preservação de nossas instituições, lutar intransigentemente pela restauração, em sua integridade, do monopólio estatal do petróleo, bem como pelo resgate e revigoramento do seu originário órgão executor exclusivo, a nossa Petrobras, começando por livrá-la dos crônicos vícios, – de responsabilidade direta dos representantes da União no governo – que vêm comprometendo seriamente sua gestão e sua estabilidade. (Guilherme Kress, advogado da Petrobras, aposentado) 
A falsidade é uma arte. Pena que pra muita gente já é um estilo de vida.

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