10 de jun. de 2013

Embromação e investimentos inócuos...

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Brasileiros no exterior ainda são invisíveis. Novo livro de antropóloga pioneira no estudo do tema traz perspectiva global sobre imigração brasileira. Bolsistas do Ciência Sem Fronteiras viram embaixadores culturais do Brasil. Gays e imigrantes saem do armário e lutam por reforma nos EUA. País de origem pode ser obstáculo na conquista de cidadania, sugere estudo. 

Dilma visita Portugal de olho em privatizações. Dilma Rouseff desembarcou, neste domingo, em Lisboa. Também é prevista assinatura de acordo que agiliza regulamentação de arquitetos e engenheiros portugueses no Brasil. Portugal anuncia novos cortes e a redução de 30 mil empregos públicos. 

Série de entraves limita uso da energia eólica no Brasil. Críticos afirmam que governo toma apenas medidas imediatas para lidar com problemas emergenciais no setor energético. De qualquer lado que se olhe, o setor eólico no Brasil é um dos mais promissores na área energética, segundo analistas e levantamentos recentes. 

Analistas veem Selic a 8,75% no fim de 2013, informa Banco Central. Mercado corta previsão do PIB de 2013 para 2,53%. 

Patifaria! Parentes de autoridades, empresários e até mortos recebem Bolsa Família, aponta CGU. 

Índios reivindicam terras sob disputa em MS desde 1930. Uma comitiva de índios terenas da região de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, viajou à capital federal para exigir ampliação de terras. A notícia parece de agora, mas apareceu na imprensa carioca desde aquele ano.


- Paris Jackson disse a médicos que não queria morrer, diz jornal. 
- Onda de atentados deixa ao menos 20 mortos e 59 feridos no Iraque. 
- Transporte coletivo é a opção mais lenta em SP e RJ. 
- Estudo identifica proteína que dirige conversão de aprendizado em memória. - China envia pela segunda vez uma mulher ao espaço. 
- Protestos na Turquia causam preocupação sobre Jogos do Mediterrâneo. 
- Estado de saúde de Nelson Mandela ainda é grave. 

Valorizar o professor, tem certeza? 
Sou daquelas que não acredita em ideia brilhante que produza educação de qualidade sem educadores e, para mim, internet, livro, música, lousa, ferramenta, vídeo, robô ou o que for, vem depois de garantir uma pessoa preparada para lidar com os alunos . A maioria (fiquei tentada a dizer todos, mas vá lá) dos especialistas e autoridades de Educação que entrevisto juraria o mesmo e, pelo resultado da enquete com 25 mil votantes do iG sobre qual é a meta mais importante do Plano Nacional de Educação (PNE), essa é a prioridade para 78% das pessoas. Não pode ser.

Como para tudo na vida, virão os que gostam de dizer que a culpa é dos governantes. Claro que sim: se a valorização do professor não fosse apenas bordão, qualquer dinheiro de tablet, uniforme para crianças que nem querem usá-lo e compra de material didático que em geral já existe viraria investimento na formação e no bolso do professor. Inclusive, desconfio que há mais razões do que a simples ideologia para que governos privilegiem compras - e portanto pagamento a empresas que podem se tornar parceiras em campanhas - do que investimento em pessoal. Mas qual a reação que você leitor e cidadão tem quando vê o aluno com um computador portátil na rede pública? E quando se depara com professor em greve?

Há poucas semanas, mais ou menos quando as redes estadual e municipal de São Paulo estavam parcialmente paralisadas, os professores também pararam na Dinamarca. Lá foram quatro semanas inteiras em que todos deixaram de trabalhar e, como no país com um dos melhores sistemas de ensino do mundo educação pública não difere classe social, todos os pais se viram com seus filhos em casa por um mês. Confesso que encontrei um número reduzido de relatos sobre o assunto, mas em geral os depoimentos ou reportagens comentavam como as famílias se revezaram para cuidar das crianças umas das outras ou as empresas permitiram que os funcionários levassem visitantes mirins aos escritórios. Nenhum insultava as pessoas a quem depois seria confiada a educação das crianças e adolescentes.

Todos sabemos que no Brasil é diferente. Os alunos que agem com violência contra os mestres nas escolas são apenas reflexo da sociedade toda. Quando na matéria As vidas que o PNE poderia mudar, o professor Renato Ribeiro disse que chega a ganhar R$ 53 por mês - com holerite oficial do Governo do Estado de São Paulo na mão e explicação para o absurdo no texto - nem um, nem dois, mas vários leitores o acusaram de mentiroso. Nenhum prestou solidariedade. No máximo, outros professores corroboraram a informação.

Em um outro comentário, do Geraldo Donizete dos Santos, fica claro que não é só o salário que desvaloriza: Sou aluno de ciências sociais e apesar da grande carência de professores na rede pública estadual, prefiro dar aula para cachorro, pois sou adestrador de cães e é com esta profissão que pago minha faculdade e mantenho minha família. Infelizmente o governo de São Paulo coloca o professor e os alunos abaixo de cães. Como adestrador mantenho minha dignidade. Lembrei da Geni, do Chico Buarque.

Não se trata de mandar uma maçã para o professor - se bem que até um gesto simpático seria bemvindo - mas ajustar o discurso à prática. (Cinthia Rodrigues)

Em uma das mãos trago a pomba branca da paz, na outra...a metralhadora pra protegê-la. (Yasser Arafat)

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O teto vai ruir...

Façamos as contas ao próximo exercício. Você aí que ainda nem recebeu os míseros trocadinhos do patrão e ouve a mulher querendo comprar comi...