24 de jul. de 2017

Um grande país com enormes problemas.

• Rio tem 91ª morte de policial militar no ano. Sargento morreu em operação no Vidigal, na zona sul da capital fluminense. 
• Pezão anuncia sexta, dia 28, um programa para o combate ao roubo de carga (subiu 67,5% entre 2014 e 2016) e à pirataria (cigarros, por exemplo). Detalhes do programa, que inclui a ação de soldados da Polícia Rodoviária Federal recém-chegados ao Rio nos principais acessos ao estado, foram discutidos quinta, no Palácio Guanabara, com cerca de 70 empresários do setor e o secretário da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico, Christino Áureo. 
• Casa da Moeda volta a confeccionar passaportes nesta segunda-feira. 
• Após volta do pato da Fiesp, Temer se reúne com Skaf. Ao longo da semana, entidade fez duras críticas ao ministro Henrique Meirelles, que também esteve na casa do presidente em São Paulo. 
• Dívida pública cresceu de R$ 3,253 trilhões para R$ 3,357 trilhões. 
• FMI eleva para 0,3% previsão do PIB este ano e rebaixa para 1,3% em 2018.
Alta de imposto sobre combustível foi necessária. Para ministro Dyogo Oliveira, do Planejamento, medida veio por queda na arrecadação e frustração com receitas; por todo o país aumentos nos postos e nos supermercados mostram como esse aumento foi nefasto. 
• Como Lula, Gleisi poderá estar presa na campanha eleitoral de 2018. Gleisi pode ser condenada e presa antes da eleição. Lula também. 
• Deputados discutem mudanças nas regras de delação premiada, prisão preventiva e condução coercitiva. Também estudam revogar o entendimento de que penas podem começar a ser cumpridas após condenação em segunda instância. O debate vem sendo feito na comissão especial que discute o novo Código de Processo Penal (CPP) e atinge medidas que viraram pilares da Lava Jato. 
• A expectativa é de que o relator, João Campos (PRB-GO), entregue seu parecer em agosto. Com isso, o projeto pode ser votado até outubro no plenário da Câmara. Atualmente, a delação premiada é regulada pela lei de organizações criminosas, de 2013. No atual código, a prisão preventiva não tem duração determinada e a condução coercitiva não prevê punição em caso de uso abusivo. A reforma do CPP ficou esquecida na Câmara até 2016, quando foi desengavetada pelo então presidente, Eduardo Cunha. 
• Luz mais cara. Num imposto disfarçado aumento de até 7% na conta de luz que o próprio governo admite, caso entre em vigor o novo modelo do setor elétrico, ainda em fase de consulta pública. Vamos engolir? 
• De acordo com a análise de Rogério Taffarello, advogado e mestre em direito penal pela USP, a colaboração premiada está prevista em lei e à disposição para ser usada tanto por investigadores quanto por investigados, no último caso como meio de defesa. Porém, trata-se de instrumento ainda novo e que tem gerado questionamentos na prática forense, hoje ressonantes no Congresso. 
• Além da discussão sobre o Novo Código de Processo Penal, os políticos também começam a se articular para as próximas eleições. Conforme explicado na Coluna do Estadão, os partidos agora vão ter de priorizar os candidatos mais competitivos. 
• Novo Código Penal pode rever delação e preventiva. Comissão da Câmara discute mudanças na regra da colaboração premiada e prazo de até 180 dias para a prisão provisória, medidas consideradas pilares da Lava Jato.
• A mãe chilena que cobrou de Maia lealdade. Mariangeles, mãe do presidente da Câmara e primeiro na linha sucessória da Presidência, teria pedido para ele não conspirar contra Temer. 
• Impasses travam R$ 30,5 bi em investimentos em obras. Indefinições contratuais, morosidade do governo, dificuldade de crédito e até a Operação Lava Jato emperram avanços. 
• A miséria da esquerda. Os intelectuais petistas começam a admitir em voz alta: a esquerda - como eles a entendem - é totalmente dependente de Lula para existir como força eleitoral 
• Vicente Cândido é cartola da CBF. Petista escolhido por Maia para ser relator da reforma política é visto por colegas como pragmático e bem relacionado com governistas. 
• Programas de demissão nas estatais atingem 77% do alvo. Com orçamento apertado e despesas de pessoal cada vez maiores, o governo federal desligou 50.364 funcionários das estatais nos últimos anos com programas de demissão voluntária e aposentadoria incentivada. 
• Nas eleições, ministros do TSE criticam voto impresso, que deve custar R$ 2,5 bi. 
• Diretor jurídico da JBS foi orientado até na roupa. PF auxiliou executivo ao gravar conversa com advogado e procurador presos. 

• Maduro e oposição trocam acusações na Venezuela. A uma semana de votação da Constituinte, opositores prometem protestos; Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro ameaçou prender um por um dos juízes nomeados pelo Parlamento, que tem maioria opositora. 
• Nos EUA, Trump deve aceitar sanções à Rússia. Democratas e Republicanos negociam lei no Congresso para punir o Kremlin. 
• Saqueadores de túmulos roubam relíquias da China. Com o preço de alguns objetos chegando a dezenas de milhões de dólares, os ladrões em busca do enriquecimento rápido foram ao interior. Em 2016, a Administração Estatal do Patrimônio Cultural da China relatou 103 casos de roubo de túmulos e relíquias culturais. 
• Trump dá sinais contraditórios em sanções contra Rússia. Projeto acordado por partidos deverá ser votado pelo Congresso nesta semana.

Com poucos recursos, partidos vão priorizar candidatos competitivos.
Com dinheiro escasso para bancar as campanhas de 2018 e sem poder contar com financiamento privado, os partidos serão obrigados a ser muito mais seletivos na hora de definir em quais candidatos colocarão recursos. Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab, principal nome do PSD, a tendência será seguida por todas as siglas. Não tem como ser diferente. A partir de agora, campanhas mais competitivas serão a prioridade. Ninguém vai ter dinheiro para apostar em candidaturas sem chances.
Planos. Kassab já decidiu que vai disputar as próximas eleições. Ainda reflete sobre se concorrerá ao governo de São Paulo ou uma vaga para o Senado. No limite, aceita ser vice do senador José Serra (PSDB), se ele tentar voltar ao Palácio dos Bandeirantes.
Próximos capítulos. Longe de terminar, a divergência interna no PSDB ganhou outro episódio. Agora, o partido rachou na decisão sobre quem deverá substituir Aécio Neves no comando do partido.
O vento mudou. Já não é consenso a manutenção do senador Tasso Jereissati (CE) no posto. Um forte movimento, que inclui importantes tucanos de São Paulo, quer ver o governador de Goiás, Marconi Perillo, à frente do PSDB.
À espera. Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) vai designar o líder do DEM, Efraim Filho, para relatar o fim do foro privilegiado para autoridades na Câmara.
Topa tudo. A aliados, Michel Temer começou a admitir que aceita alterações no texto da reforma da Previdência para que ela seja votada na Câmara.
Bate cabeça. O problema é que até mesmo as possíveis mudanças a serem feitas não são consensuais.
Não arredo o pé. A quem liga para saber se vai recuar da apresentação da Emenda Lula, Vicente Cândido (PT-SP) diz que prefere manter a coragem de assumir a autoria do que ter a covardia de recuar.
Apetite. Se os presidenciáveis começaram a colocar seus blocos na rua, os candidatos aos governos estaduais estão mais acelerados ainda.
Duelo. Na Bahia, por exemplo, a possível disputa entre o governador Rui Costa (PT) e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), deflagrou uma batalha para mostrar quem realiza mais.
Monitoramento do governo nas redes sociais identificou na alta do tributo dos combustíveis o pior cenário de rejeição de Michel Temer desde a crise gerada pela gravação do presidente, por Joesley Batista, nos porões do Jaburu. O repasse imediato do aumento para o preço nas bombas de gasolina incendiou a internet e forçou o governo a repensar a estratégia para amenizar o impacto negativo. Para aliados, o que pegou mal mesmo foi a frase de Temer dizendo que o povo vai entender o reajuste. A medida aumentou a irritação na base aliada.
Para compensar. O Planalto espera que a queixa contra os impostos diminua um pouco com o anúncio da redução dos juros em um ponto porcentual esta semana.
Socorro. Na reunião feita no Planalto para discutir a crise da segurança no Rio, o chefe do GSI, Sérgio Etchegoyen, admitiu que tem recebido cobranças de familiares que moram no Estado. Pelo Whatsapp, tem sido questionando sobre o aumento da violência.
Esticadinha. Os ministros Bruno Araújo (Cidades), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) prolongaram a estadia em Mendoza e não voltaram ao Brasil. Só Henrique Meirelles (Fazenda) retornou por causa da péssima repercussão do aumento dos impostos.
Agora vai. Presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) vai atender ao pedido do senador José Serra (PSDB-SP) e instalar uma comissão para discutir a reforma política no Senado na primeira semana de agosto. Em aberto. A relatoria da comissão deve ser entregue a Serra, que defende o sistema distrital misto e o parlamentarismo. A presidência não está definida.
Recálculo. Autoridades do governo que avaliam o acordo de leniência da Camargo Corrêa querem que a empresa devolva aos cofres públicos bem mais que os R$ 700 milhões acertados com a Lava Jato. Alegam que a empreiteira desviou montante muito maior que o pactuado com os procuradores da República como forma de compensar o País pelo envolvimento em esquemas de corrupção. (Estadão) 

O fiasco de Lula.
Está cada vez mais claro que o ex-presidente só está mesmo interessado em evitar a cadeia, posando de perseguido político.
Faltou povo no ato que pretendia defender Lula da Silva, na quinta-feira, em São Paulo e em outras capitais. Apenas os militantes pagos - e mesmo assim nem tantos, já que o dinheiro anda escasso no PT - cumpriram o dever de gritar palavras de ordem contra o juiz Sérgio Moro, contra o presidente Michel Temer, contra a imprensa, enfim, contra eles, o pronome que representa, para a tigrada, todos os inimigos do povo.
À primeira vista, parece estranho que o maior líder popular da história do Brasil, como Lula é classificado pelos petistas, não tenha conseguido mobilizar mais do que algumas centenas de simpatizantes na Avenida Paulista, além de outros gatos-pingados em meia dúzia de cidades. Afinal, justamente no momento em que esse grande brasileiro se diz perseguido e injustiçado pelas elites, as massas que alegadamente o apoiam deveriam tomar as ruas do País para demonstrar sua força e constranger seus algozes, especialmente no Judiciário.
A verdade é que o fiasco da manifestação na Avenida Paulista resume os limites da empulhação lulopetista. A tentativa de vincular o destino de Lula ao da democracia no País, como se o chefão petista fosse a encarnação da própria liberdade, não enganou senão os incautos de sempre - e mesmo esses, aparentemente, preferiram trabalhar ou ficar em casa a emprestar solidariedade a seu líder.
Está cada vez mais claro - e talvez até mesmo os eleitores de Lula já estejam desconfiados disso - que o ex-presidente só está mesmo interessado em evitar a cadeia, posando de perseguido político. A sentença do juiz Sérgio Moro contra o petista, condenando-o a nove anos de prisão, mais o pagamento de uma multa de R$ 16 milhões, finalmente materializou ao menos uma parte da responsabilidade do ex-presidente no escândalo de corrupção protagonizado por seu governo e por seu partido. Já não são mais suspeitas genéricas a pesar contra Lula, e sim crimes bem qualificados. Nas 238 páginas da sentença, abundam expressões como corrupção, propina, fraude, lavagem de dinheiro e esquema criminoso, tudo minuciosamente relatado pelo magistrado. Não surpreende, portanto, que o povo, a quem Lula julga encarnar, tenha se ausentado da presepada na Avenida Paulista.
O fracasso é ainda mais notável quando se observa que o próprio Lula, em pessoa, esteve na manifestação. Em outros tempos, a presença do demiurgo petista com certeza atrairia uma multidão de seguidores, enfeitiçados pelo seu palavrório. Mas Lula já não é o mesmo. Não que lhe falte a caradura que o notabilizou desde que venceu a eleição de 2002 e que o mantém em campanha permanente. Mas seu carisma já não parece suficiente para mobilizar apoiadores além do círculo de bajuladores.
Resta a Lula, com a ajuda de seus sabujos, empenhar-se em manter a imagem de vítima. Quando o juiz Sérgio Moro determinou o bloqueio de R$ 600 mil e de bens de Lula para o pagamento da multa, a defesa do ex-presidente disse que a decisão ameaçava a subsistência dele e de sua família. Houve até quem dissesse que a intenção do magistrado era matar Lula de fome. Alguns petistas iniciaram uma vaquinha para ajudar Lula a repor o dinheiro bloqueado - e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, durante o ato na Paulista, disse que essa é a diferença entre nós e a direita: nós temos uns aos outros.
Um dia depois, contudo, o País ficou sabendo que Lula dispõe de cerca de R$ 9 milhões em aplicações, porque esses fundos foram igualmente bloqueados por ordem de Sérgio Moro. A principal aplicação, de R$ 7,2 milhões, está em nome da empresa por meio da qual Lula recebe cachês por palestras, aquelas que ninguém sabe se ele efetivamente proferiu, mas pelas quais foi regiamente pago por empreiteiras camaradas.
Tais valores não condizem com a imagem franciscana que Lula cultiva com tanto zelo, em sua estratégia de se fazer de coitado. Felizmente, cada vez menos gente acredita nisso. 
Em todas as tribulações somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou. (RM 8,37)

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