6 de jul. de 2017

Os Batista embaralharam tudo.

 photo JarbasRatos_zpsdts6nxjc.jpg • Viu no que deu o Desarmamento! Assaltos todos os dias, bancos e lojas são estouradas e na rua o medo da morte. Quantos mortos mais precisamos ter no Rio e pelo país para os (des)governantes acordarem. Digo não às UPPs e chega de invasão.
• Até quando à mercê de tiros, insegurança, abandono das coisas públicas e a falta de diretrizes? Estudante de 14 anos baleada dentro do Colégio Estadual Ricarda Leon, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, nessa quarta-feira, 5. Ela estava no pátio, por volta das 11h, e foi atingida nas costas. O tiro perfurou um dos pulmões. Levada para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, a jovem foi operada e o estado de saúde dela é considerado estável; Abandono e ruas vazias marcam Rio de Janeiro em crise. Cidade tem lojas fechadas, bueiros entupidos e patrimônio descuidado.
• Isso não pode continuar!!!! Fundo eleitoral com dinheiro público pode chegar a R$ 6 bilhões em 2018. 
• Até sábado, com Temer na Alemanha e Maia na Argentina, Eunício assume a presidência. 
• Eduardo Paes diz à Justiça que não sabia de corrupção em Porto Maravilha. 
• Polícia Rodoviária Federal reduz patrulhamento e alega falta de verba. Foram interrompidas atividades de policiamento e resgate aéreo e hoje serão suspensos serviços de escolta, corporação afirma que teve redução de 50% no orçamento. Já o Ministério do Planejamento diz que PRF ainda tem R$ 50,7 milhões para gastos. 
• Governo deve liberar R$ 4 bilhões do Orçamento para aliviar ministérios. Restrições orçamentárias começam a interferir nos serviços públicos, como já deixaram claro as Polícias Rodoviária e Federal; liberação de recursos será possível porque União foi autorizada a usar R$ 8,6 bilhões em depósitos judiciais não sacados. 
• Governo define novo modelo para setor elétrico e enterra marco criado pela ex-presidente Dilma. Usinas antigas poderão ser privatizadas, e parte do dinheiro obtido na venda poderá abater contas de luz.
• Projeto que cancela precatórios não sacados é aprovado no Senado. Proposta agora segue para sanção presidencial; plano é levantar receita de R$ 8,6 bilhões. 
• Temer indica apoio à contribuição negocial após pedir o fim de imposto sindical. Segundo sindicalista, presidente deve ajustar reforma trabalhista após aprovação no Senado.
• CCJ preocupa Planalto e Temer assume negociação. Aliados admitem que o governo terá dificuldades para alcançar maioria simples no colegiado, cujo parecer será posteriormente votado pelo plenário. Cresce no PSDB pressão por saída do governo, diz Tasso. Tendência de sigla deixar a base é cada vez mais clara, diz senador. 
• Justiça Federal pode decidir se Geddel continua preso. 
• O Palácio do Planalto está preocupado com a tramitação da denúncia contra Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O presidente assumiu pessoalmente a negociação com os deputados, tentando reunir maioria para rejeitar o processo por corrupção passiva. Há incerteza quanto ao relator Sérgio Zveiter - segundo o Estadão, o governo tenta emparedá-lo por ser aliado de Rodrigo Maia, presidente da Câmara. Que, segundo o colunista José Roberto de Toledo, joga parado: quanto menos se move, mais pressão se acumula contra aquele que poderá ser seu antecessor. Para piorar, o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, indica desembarque. Seis dos sete tucanos na CCJ tendem a votar pela aceitação da denúncia. Mesmo que o governo tenha liberado R$ 1,8 bi em emendas, geralmente usadas como moeda de troca, a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima aprofundou a crise. Além disso, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha voltou à cena, chamando Temer como sua testemunha de defesa em ação sobre suposto esquema do FI-FGTS. 
• Com o presidente da CCJ Rodrigo Pacheco contrariando encerrar a discussão da denúncia antes do recesso, o governo pode ter de driblar percalços até agosto. Temer apenas ouviu falatório cansativo de Joesley, diz defesa. O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Temer, entregou na tarde dessa quarta-feira, 5, um documento de defesa de quase cem páginas à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara; Com a denúncia da PGR tramitando na Câmara, Temer reforçou a liberação de verbas para os parlamentares. Somente em junho, o governo empenhou mais de R$ 1,8 bilhão em emendas. O valor já supera o empenhado pela ex-presidente Dilma Rousseff para tentar barrar o impeachment. A liberação desses recursos é vista como uma espécie de moeda de troca entre Planalto e Congresso. Está na lanchonete do hospital. Está comemorando, está pensando, está trabalhando pelo País, diz Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, criminalista responsável pela defesa do presidente Michel Temer, negando que o governo esteja na UTI. 
• Janot pede para apurar repasse a coronel em inquérito contra Temer; Janot pede inquérito contra Serra no STF por caixa 2 em 2010; Janot diz que sentiu náusea quando ouviu gravação de Temer. Procurador-geral da República relata que ficou enjoado ao ouvir a conversa do presidente com Joesley Batista e defende denúncia: A narrativa é fortíssima
• Novo vexame internacional: Merkel desmarca jantar com Temer no G-20 na Alemanha. Antes de o Palácio do Planalto ziguezaguear sobre Michel Temer ir ou não ao G-20 na Alemanha, estava acertado um jantar entre Michel Temer e Angela Merkel. Temer havia decidido não embarcar, depois voltou atrás e disse que vai. Beleza. Mas, nesse meio tempo, perdeu a chance de posar ao lado de Merkel. A chancelaria alemã marcou outro compromisso para Merkel no horário antes reservado a Temer. (Lauro Jardim, Globo) 
• Sogro de filha de Fachin trabalha para família Batista. Marcos Gonçalves é chefe de compras em frigorífico de irmão de Joesley. 
• Justiça arquiva investigação de delação da Odebrecht contra FHC, com base no desmembramento da lista do ministro do STF, Edson Fachin, a partir da delação de Emílio Odebrecht. O juiz federal substituto da 8ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Márcio Assad Guardia, considerou a prescrição dos fatos e acolheu petição da defesa sobre inexistência de ilícitos. 
• Eduardo Cunha e Lúcio Funaro: as duas novas delações-bomba que estão próximas de acontecer. Funaro é transferido da Papuda para carceragem da PF. 
Aécio e Temer estão provando do veneno que produziram, diz Lula; A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu nessa quarta-feira duas derrotas na Justiça Federal. A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou, por unanimidade, dois agravos regimentais em habeas corpus; Lula diz que EUA podem ter atuado para tirar PT do poder. Declaração foi dada nessa quarta-feira (5) em entrevista à rádio da Paraíba. 
• TCU responsabiliza Joesley, Luciano Coutinho e Mantega por prejuízo de R$ 126 mi ao BNDES. Acusação aponta que os três se associaram ilicitamente para a obtenção de vantagens. O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nessa quarta-feira considerar como prova a colaboração premiada de Joesley Batista ao Ministério Público, no caso em que a corte que avalia potenciais danos à União na compra do frigorífico Swift pela JBS em 2007. TCU pode obrigar Joesley a devolver recursos do BNDES. Tribunal abre caminho para responsabilizar empresário por eventuais perdas. 
• A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou nessa quarta-feira, 5, uma proposta que modifica o processo de escolha e o mandato dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A PEC ainda precisa passar por dois turnos de votação no plenário do Senado antes de seguir para a Câmara, porém não há prazo para que isso ocorra. Os ministros da Corte ocupariam o cargo por até dez anos, sem possibilidade de recondução. Atualmente, eles possuem cargo vitalício e se aposentam compulsoriamente ao completar 75 anos, salvo casos de morte, impeachment ou se quiserem deixar o cargo. 
• Samarco pode retomar suas atividades já este ano, diz Vale. Companhia está com a operação paralisada desde novembro de 2015 após rompimento de barragem. 
• Armas são removidas de todos os fóruns de SP, diz Tribunal. 

• Fortes chuvas deixam 2 mortos e tiram quase 500 mil pessoas de casa no Japão. 
• No Dia da Independência, chavistas invadem Parlamento e ferem deputados da oposição. Um grupo de até 200 militantes chavistas invadiu a Assembleia Nacional venezuelana armado com paus, bombas caseiras e armas de fogo e agrediu parlamentares opositores, jornalistas e funcionários. Ao menos 15 pessoas ficaram feridas - uma teve de ser internada. Maduro condenou a violência. Um legislador sofreu traumatismo craniano e teve costelas fraturadas em ataque que feriu 15, um passo a mais na escalada na onda de violência que desde abril deixou 91 mortos na Venezuela; Maduro condenou incidente, mas o considerou estranho e pediu investigação. Deputados ficaram sitiados por mais de 7 horas na Venezuela. 
• EUA estão preparados para usar força na Coreia do Norte caso seja necessário, diz embaixadora na ONU. De olho em Pyongyang. Pentágono afirma que pode deter mísseis da Coreia do Norte. 
• Trump amplia déficit salarial de mulheres na Casa Branca. Segundo estudo, diferença nos pagamentos subiu de 11% em 2016 para 37%.

Política de confrontos da polícia do Rio é assassina e ineficaz.
Perdemos mais uma aluna hoje, no Lins. Uma menina de 11 anos. Mais uma vez, tiroteio entre policiais e criminosos. Essas operações policiais não valem a pena. Por favor, entendam isso: essas operações policiais não valem a pena. Tem de ter outro jeito.
Publicado em rede social, o desabafo de Cesar Benjamin, secretário municipal de Educação do Rio, é representativo do desânimo que abate os cariocas a cada nova morte como a de Vanessa dos Santos. Ela levou um tiro na cabeça, na porta de casa, numa favela da zona norte, na terça (4).
Poucos dias antes dela, a vítima foi uma criança que ainda estava na barriga de sua mãe. Baleada em condições similares, corre risco de vida e deve ficar paraplégica.
É difícil não sentir impotência diante desse tipo de tragédia anunciada. Já se sabia que a falência do Estado, quebrado pelo PMDB, teria efeitos particularmente perversos na segurança pública. 
O vácuo deixado nos morros pelo enfraquecimento das Unidades de Polícia Pacificadoras abriu caminho para novas disputas de traficantes por território.
A polícia, por sua vez, retomou a política de confrontos, cuja ineficácia já ficou comprovada. O único resultado prático são mortes de todos os lados: moradores, policiais e bandidos.
Estou sempre voltando a Notícias de Uma Guerra Particular", documentário rodado há 20 anos e ainda a melhor análise sobre a violência carioca.
Você acha que a ação de vocês soluciona alguma coisa?, pergunta o diretor João Moreira Salles ao então capitão Rodrigo Pimentel, do Bope. De forma alguma. São 500 favelas no Rio e somente um batalhão de operações especiais. A ação da polícia não pode vir a trazer um bom resultado, responde o policial.
É uma guerra sem fim. Quase toda noite o Bope matava um traficante, apreendia um fuzil. Resolvia alguma coisa? Não resolvia nada. (Marco Aurélio Canônico) 

O que pesa a favor e contra Temer.
Eis um resumo do que pesa hoje a favor e contra Michel Temer na Câmara dos Deputados na análise da admissibilidade da denúncia de Rodrigo Janot contra o presidente por corrupção passiva.
A favor:
1. Não há pressão das ruas.
2. O presidente tem a caneta na mão para oferecer vantagens (cargos, emendas, concessões nas reformas etc.) aos parlamentares em troca de votos, tendo recebido só na terça-feira, dentro da agenda oficial, pelo menos 27 deputados e sete senadores. 
3. Pelo menos 12 dos 66 membros da Comissão de Constituição e Justiça são alvos de inquérito na Lava Jato e temem ser os próximos a cair. 
4. A ala anti-Janot da CCJ conta, além dos investigados, com outros críticos das investigações e até da ideologia do procurador-geral, alinhado à esquerda em matéria de ensino nas escolas brasileiras sobre diversidade de gênero e orientação sexual
5. Assessores de Temer dizem que o governo tem os 34 votos necessários de deputados para garantir um parecer contrário à denúncia na CCJ. 
6. Dizem, também, que há outros 8 deputados passíveis de convencimento para alcançar a marca de 42 votos, ou seja: vantagem folgada, com margem de segurança. 
7. No desespero, a tropa de choque do governo pode tentar substituir deputados na CCJ, como recomendou Jovair Arantes, e como já havia sido feito no caso de Major Olímpio. 
8. Rodrigo Maia, em tese, é aliado do presidente, diferentemente de Eduardo Cunha no processo de impeachment de Dilma Rousseff.
9. Não há prova material de recebimento, por parte de Temer, de dinheiro da mala de R$ 500 mil de propina entregue pela JBS ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do presidente. 
10. Loures foi solto pelo ministro do STF Edson Fachin.  
Contra: 
1. A perícia da Polícia Federal avalizou o áudio da conversa comprometedora de Joesley Batista com Temer em encontro fora da agenda oficial no Palácio do Jaburu. 
2. A aprovação de Temer nas pesquisas é de apenas 7%, de modo que deputados, de olho nas eleições de 2018, temem o desgaste de defender um presidente impopular. 
3. Geddel Vieira Lima, ex-ministro e aliado de Temer, antecessor de Loures como intermediário do presidente e de Joesley foi preso pela Polícia Federal na segunda-feira. 
4. A acusação contra Geddel por obstrução de justiça na tentativa de comprar o silêncio de Lúcio Funaro e Eduardo Cunha reforçou a gravidade de declarações de Temer no aúdio de Joesley, tais como: a) quando pergunta O Eduardo também, né? após Joesley dizer Todo mês...; b) quando diz que Joesley falar com Geddel poderia parecer obstrução de justiça; c) quando indica É o Rodrigo para substituir Geddel na intermediação, resolvendo o problema anterior. 
5. Temer disse na gravação Pode passar por meio dele, viu? e, semanas depois, Loures foi flagrado correndo na rua de São Paulo com a mala de propina da JBS. 
6. Aliado de Rodrigo Maia, Sérgio Zveiter, escolhido relator do pedido de denúncia, está longe de ser o relator dos sonhos do governo, apesar de também ser peemedebista. 
7. Apesar de Temer ter acionado o ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, para pressionar Zveiter, seu colega de PMDB do Rio de Janeiro, o relator declarou que fará uma análise independente, com chance zero de ceder a pressões. 
8. Zveiter jantou na terça-feira na casa de Maia, que, embora tenha se irritado com o vazamento, aparece mais concretamente agora como alternativa de poder a Temer. 
9. Segundo a Folha, deputados próximos a Temer que, até então, mostravam otimismo disseram, em tom fúnebre, que agora acabou.
10. A tramitação da denúncia pode extrapolar o prazo, segundo o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), o que contraria a pressa dos governistas para liquidar o tema antes do recesso parlamentar e prolonga o sangramento de Temer.
Eu, Felipe, sou a favor da admissibilidade da denúncia, cujo conjunto probatório merece ser discutido no STF, ainda que, também, por Gilmar Mendes.
Liquidá-la na Câmara é como trancar as provas na garagem do Jaburu. (Felipe Moura Brasil) 
O sorriso que floresce sobre a dor abranda os corações mais endurecidos. (Jacinto Benavente)

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