6 de jun. de 2017

Sacolejando...

 photo newsindica_zpsxfxlbccu.jpg • Pense e não fale, podes estar sendo gravado.
• Operação Manus prendeu preventivamente o ex-ministro do Turismo de Temer e ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) na manhã desta terça-feira, 6, que investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal. Mandado de prisão é decorrente da delação da Odebrecht. Também foi expedido um novo mandado de prisão contra o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 
• TSE terá segurança reforçada para julgamento da chapa Dilma-Temer. Governo monitora possíveis protestos durante julgamento da chapa Dilma-Temer; Retomada do julgamento que pode cassar a chapa Dilma-Temer no TSE e afastar o presidente da República. A sessão de hoje começa às 19h e será retomada amanhã, às 9h, com transmissão ao vivo. 
• Congresso reduzirá a marcha das votações. A base aliada, por exemplo, já admite que a reforma da Previdência deve ficar mesmo para o segundo semestre. 
• A operação da Polícia Federal, em conjunto com o MPF e a Receita Federal, investigou o pagamento de propinas e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal/RN. Alves é suspeito de desvios de R$ 77 milhões. 
• PF envia 84 perguntas a Temer sobre escândalo com a JBS. Questões serão usadas em inquérito do STF durante depoimento do presidente; Temer monta estratégia política e jurídica para tentar resistir ao TSE; PGR tenta constranger TSE, diz defesa de Temer. Advogado do presidente vê atuação política de Janot ao tomar medidas na véspera do julgamento; Temer não renuncia e termina o mandato. Carlos Marun (PMDB-MS) era um dos aliados que estavam presentes no momento em que presidente ouviu gravação de Joesley. 
• A Procuradoria da República do Distrito Federal instaurou inquérito para investigar o suposto repasse de US$ 80 milhões do Grupo J&F para os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do Partido dos Trabalhadores. A investigação é um desdobramento do acordo de colaboração premiada firmado pela Procuradoria-Geral da República e executivos do Grupo J&F, dono da JBS. 
• Imagens valem mais que mil mentiras de Lula. Fotos desmascaram mentiras do petista pela 4ª vez consecutiva, 
• Ex-assessor de Temer ajudava em qualquer coisa. Desde que a delação veio à tona, Rocha Loures resiste a receber até a mulher. 
• Assassinatos representam hoje quase a metade (47,8%) das causas de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil, e a taxa de homicídios por 100 mil pessoas nessa faixa etária cresceu 17,2% entre 2005 e 2015 após ter começado a apresentar sinais de estagnação na década passada. A constatações é do Atlas da Violência 2017, relatório do Ipea em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 
• Petrobras estuda IPO da BR Distribuidora. Petroleira pretende ainda vender 30 ativos até o final deste ano. 
• Base aliada admite que a aprovação da reforma da Previdência deve ficar só para o 2º semestre. Para líderes de partidos da base do governo, instabilidade política aumenta risco de a proposta ser rejeitada. 
• Julgamento da JBS é a prioridade, diz presidente da CVM. No total, tramitam hoje dez processos que evolvem a companhias na autarquia; Joesley Batista ficará afastado das empresas do grupo J&F por cinco anos. Medida é uma das contrapartidas ao acordo de leniência assinado pela holding com o MPF. 
• Emílio a Moro: Lula pedia doações, mas não tratava de valores. 
• Centrais sindicais aprovam indicativo para greve geral no dia 30. 
• Adesão a vacinas obrigatórias cai e preocupa governo. Quase 25% não foram aos postos no ano passado para imunização. 
• Consumo fraco dificulta saída da recessão no país. Desemprego em alta e crise política abalam confiança de consumidores. 
• Brasil planeja investir US$ 1,8 bi na construção de 4 navios de guerra. Marinha fez convite para 17 estaleiros no mundo; corvetas devem ser entregues entre 2022 e 2025. 
• 55% dos militares se aposentam com menos de 50 anos. Levantamento do TCU sobre as Forças Armadas mostra ainda que 7% se retiram antes dos 45 anos; Defesa estuda reestruturar carreira. 
• A delação dos executivos da JBS, continua tendo desdobramentos. No fim de semana, o ex-deputado federal e ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures, foi preso pela Polícia Federal. Nesta semana, ele deverá ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. 
• Efeito Joesley levará a avalanche de delações, diz Lava Jato. Procuradores esperam aumento da lista de nomes a delatar esquema de corrupção, que incluem os ex-ministros Palocci e Mantega. 
• Recurso de delator de Cabral será julgado nos próximos dias. 

Crise do governo Temer não terminará no TSE.
A crise que desnorteia o governo de Michel Temer sobreviverá ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral sobre a chapa vitoriosa em 2014. Há 20 dias, a pergunta que incomodava o presidente era: Será que ele conseguirá aprovar as reformas? Hoje, a interrogação que persegue Temer é outra: Será que ele terminará o mandato? E o espetáculo do TSE, seja qual for o veredicto, não modificará essa realidade.
Na hipótese que o governo considera mais benigna, os prognósticos de Temer se confirmarão e o TSE afastará a lâmina do seu pescoço. Neste caso, Temer continuaria com a cabeça a prêmio no inquérito que responde no Supremo Tribunal Federal. Ali, o presidente está na bica de subir de status: passará de investigado a denunciado até a próxima semana.
Na pior hipótese, o TSE passará o mandato Temer na lâmina. E o presidente lançará mão de todos os recursos judiciais ao seu alcance para tentar reverter a sentença -primeiro, no próprio TSE. Depois, no Supremo. Neste cenário, o presidente ficaria tão absorvido pela crise que não teria tempo nem disposição para tratar de tarefas menores como, digamos, governar.
Noutros tempos, o governo soltaria fogos se alcançasse no TSE a graça divina de um pedido de vista que adiasse o julgamento. Hoje, a fuga já não serve de lenitivo para Temer. O PSDB, principal aliado do governo no Congresso, não parece disposto a acrescentar aos seus incômodos o fardo da cumplicidade em movimentos inexplicáveis.
Se houver manobras dilatórias no TSE, o PSDB correrá o risco de coonestar o que o povo não quer e a economia não suporta, ajudando o governo a empurrar a situação com a barriga?, indagou Fernando Henrique Cardoso, o sábio do ninho, em artigo publicado no domingo.
O próprio FHC cuidou de sinalizar a resposta: …Apoiei a travessia e espero que a pinguela tenha conserto. E se não? E se as bases institucionais e morais da pinguela ruírem? Então caberá dizer: até aqui cheguei. Daqui não passo. Torçamos para que não sejamos obrigados a tal. Se o formos, e o tempo corre, assumamos nossas responsabilidades históricas com clareza diante do povo e das instituições.'
Ao assumir a poltrona de Dilma, há um ano, Temer fazia pose de restaurador econômico. Esforçava-se para imprimir na sua biografia a marca das reformas liberais. Desprezado pelas ruas, adulou o condomínio fisiológico do Congresso e ganhou a simpatia do empresariado. A plutocracia fingiu não ver o rastro pegajoso de PMDB que Temer carregava atrás de si.
Depois que a delação hiper-premiada de Joesley Batista, da JBS, ganhou as manchetes, ficou ainda mais evidente que Temer faz parte da gosma. Fragilizando-se o seu suporte Legislativo, ficará claro também que a reforma da Previdência foi para as cucuias. E a nata do PIB brasileiro não dará a Temer nem bom dia.
No momento, são três as prioridades máximas de Temer: manter fechada a boca de Rodrigo Rocha Loures, o ex-assessor filmado correndo com a mala da propina de R$ 500 mil da JBS, fingir que ainda preside e não cair. Temer enxerga fantasmas em toda parte: no STF, na Procuradoria-Geral da República, na Polícia Federal… Todos são culpados pela crise, menos o presidente.
O que ainda mantém Temer na Presidência é o desentendimento dos seus aliados quanto à escola de um substituto. Antes de responder à pergunta incontornável -Será que ele que termina o mandato?- os protagonistas da eleição indireta terão de decodificar a senha que pode livrar o sistema do beco-sem-saída. Passa pela resolução do seguinte mistério: quem colocar no lugar? (Josias de Souza) 

A imagem do vestal temer, enlameada no porão do palácio.
Desde o dia em que numa carta que ele mesmo divulgou, e na qual se confessava vice decorativo, até a terça feira cinzenta, uma longa trajetória. Sempre se proclamando intocável e sem macula, mas invariavelmente dividindo o palco com parceiros corruptos e corruptores. Forjou o passado para se apresentar como salvador da á. Mas agora está diante da realidade da opinião pública e de diversos tribunais.
O Temer decorativo foi substituído pelo Temer que mergulhou na confissão proclamada por ele mesmo, numa madrugada ilícita, comprometida, dialogada ou em silencio, destruindo tudo o que tentara construir ou propagar como uma imagem que conhecia melhor do que ninguém.
Hipócrita, explorador, vivendo sempre do dinheiro do cidadão-contribuinte-eleitor. Jamais teve patrão. Quase 50 anos recebendo dos cofres públicos, h muito tempo com aposentadoria de 28 mil mensais, fora o que acumulava como vice, e depois da autopromoção, como presidente provisório ou indireto.
Todo esse passado escondido, atingiu o presente e certamente o futuro, desmascarado pelas acusações que não consegue responder, impossíveis de esconder e pelas ligações criminosas que vão surgindo cada vez mais voluptuosamente negativas.
O pavor do que não sabe.
Além de tudo o que vai sendo publicado, o pavor das gravações em poder do Procurador Geral, que serão publicadas. E o pânico do que pode contar o ex-assessor a quem chamava desprezivelmente de coitado, de boa índole.
Esquecido que nas conversas corruptas com os bandidos Batista, quando o assunto era dinheiro, dava o recado: Trata disso com o Loures. Esse Loures, agora é pânico e pesadelo. Tentou silenciá-lo de duas formas, fracassou nas duas.
Mas na terça feira cinzenta, três realidades enfileiradas, assustadoras, indestrutíveis, que vão retira-lo do Planalto e transferi-lo para um endereço, que terá que habitar por muito tempo. Além das mais diversas acusações, estas três, que começarão a serem examinadas na terça cinzenta e naturalmente inesquecíveis.
1 - Corrupção ativa e passiva.
2 - Obstrução da justiça. (Gravíssima, que já deveria ter provocado prisão preventiva).
3 - Organização criminosa. (Que já foi formação de quadrilha, mais pejorativa).
4 - De qualquer maneira, a terça cinzenta, será prorrogada. Num tribunal presidido por um ministro sem toga, e que já examina o caso a 27 meses e 13 dias, impossível examinar o que acontecerá e em quanto tempo.
TSE-Glmar-Temer.
Não haverá votação na terça cinzenta. Mesmo assim, órgãos de comunicação, arriscam palpites, nada maios do que palpites. Ontem, dois impressos profetizavam o resultado de 4 a 3 a favor da absolvição da chapa. Durante esse longo processo, fiz analise não palpite, o tribunal sofreu muitas substituições, o placar nem sempre era o mesmo.
Admitamos que haja votação na terça cinzenta ou durante a semana. E que o palpite se transforme em fato. O Ministério Público entrará com recurso no Supremo. Outra realidade completamente diferente. Apesar dos votos amestrados, o Supremo sabe muito bem: Temer não será absolvido nem poderá continuar presidente. Embora vá usar de todo o seu poder arbitrário, autoritário, atrabiliário. Além de indecente, ilegítimo e vergonhoso.
Palocci endeusado.
Sua delação, indecisa e sem alvos definidos. Inicialmente a delação se basearia em Lula. Como não tem caráter ou escrúpulos, considerava que aí, obteria grandes benefícios. Conversando com amigos, foi alertado: desvendando o que você sabe sobre o mundo financeiro, muito melhor para você, e sem desgaste. Se fixou nisso.
Souberam, banqueiros, altíssimos empresários, profissionais do que chamam de mercado, estão tentando conversar com o ex-ministro. Falta intermediário. Segundo eles, a proposta que têm para Palocci irrecusável.
A propósito: mais problemas e preocupação para o mesmo grupo. Estão convencidos que Mantega, ex-presidente do BNDES e ex-Ministro da Fazenda, também fará delação.
Temer inesgotável na véspera da terça.
É só olhar para um lado e o presidente indireto aparece envolvido em irregularidade, impropriedade, falta de credibilidade. Constatem apenas mais estes três fatos, assustadores, mas rigorosamente verdadeiros.
1 - Apareceu um coronel da PM, que sem explicação, realizava e fiscalizava obras, na casa de uma filha de Temer.
2 - A Policia Federal, cumprindo ordens do Ministro Fachin, preparou 80 perguntas para ele responder por escrito. Ele disse que não responderá. Deve voltar atrás.
3 - Jornalistas perguntaram quando acabaria a crise, respondeu: Quando acabar o mandato do Janot. Isso é a complementação da sua nova estratégia de defesa: confronto com o Procurador Geral. (Helio Fernandes) 
Por mais longe que vá, o espírito nunca irá tão longe quanto o coração. (Confúcio)

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