9 de abr. de 2017

Engolir tanta sujeira. Haja tapetes.

 photo lentido_zpsaxml5o9v.jpg• Pezão e Crivella, o que mais o Rio mereceria...
• Punição? Conselheiros do TCE afastados sem perder salários e benefícios. 
• O escândalo dos conselheiros do TCE do Rio de Janeiro foi o ponto final na relação entre a Assembleia Legislativa do Estado e o governador Luiz Fernando Pezão; reportagem no site jornal Extra mostra que nos corredores da Alerj já se fala na montagem do processo de impeachment do governador; objetivo é uma montar uma base sólida, que consiga os votos necessários para afastar Pezão e entregar o governo para o vice, Francisco Dornelles (PP). 
• A saída!!! A partir de terça-feira (11), o deputado André Ceciliano (PT) assume a presidência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) no lugar de Jorge Picciani (PMDB), que pediu afastamento para tratar um câncer. Em entrevista ao G1, o petista de 49 anos disse que, embora seja de um partido que chegou a romper publicamente com o PMDB no plano nacional, não vai mudar nada em relação à direção de Picciani. 
• Com concessões, Previdência terá de ser revista em 5 anos. Sob pressão de perder apoio no Congresso, Temer cedeu em ao menos 5 pontos. 
• Terceirização pode enfraquecer fiscalização trabalhista. Lei pode reduzir pressão para que empresas monitorem condições de trabalho. 
• Governo prevê redução da meta de inflação, e Selic vai cair para um dígito. Governo conta com redução da inflação e taxa básica de juros. 
• Inflação e Selic vai cair. A equipe econômica do governo Michel Temer deve anunciar a redução na previsão para o centro da meta da inflação de 2017. O presidente foi informado das projeções indicando queda na carestia, este ano, para algo em torno de 4%, com um teto de 5,5%. A previsão do governo é que a Selic, taxa... 
• O juiz federal Sérgio Moro criticou o Congresso brasileiro pela não aprovação das Dez Medidas Contra a Corrupção, que integram a proposta de iniciativa popular defendida e elaborada sob coordenação do Ministério Público Federal (MPF). O magistrado participou, nesse sábado, nos Estados Unidos, da Brazil Conference at Harvard & MIT, organizada por estudantes brasileiros na duas universidades americanas. No evento, Moro afirmou que o pacote de medidas de combate à corrupção não precisa ser aprovado integralmente pelo Congresso, mas não pode ser desfigurado pelos parlamentares. O juiz manifestou frustração diante das críticas à iniciativa. 
• Briga interna. Rose de Freitas telefonou a Temer desautorizando Renan. Senadora diz a Temer que bancada do PMDB não o avaliza. 
• O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deverá decidir, nos próximos dias, se existe conexão entre as operações Saqueador, que prendeu o empresário Fernando Cavendish e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, e a Calicute, cujo alvo é o esquema comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral. Caso o STJ rejeite a conexão, as ações e inquéritos derivados da Calicute sairão das mãos do juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, e do desembargador Abel Gomes, relator do caso no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), e terão de ser redistribuídos. (OGlobo) 
• Bandeira preta pro governo. Sobretaxa na conta de luz chega a R$ 18 bilhões, quase uma usina de Jirau, em Rondônia, uma das maiores hidrelétricas do país: R$ 19 bilhões. Mas a conta ainda está longe de fechar. 
• Sem ética nem técnica. Sob investigação da Operação Lava Jato por incluir a Odebrecht, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha, parceria entre Brasil e França, está dois anos atrasado. De acordo com a Força Tarefa da Lava Jato, o motivo são dificuldades orçamentárias e técnicas. PT impôs a participação da Odebrecht no contrato de submarinos. Só serviu para garantir propina à campanha de Dilma. 
• PT, PSDB e PMDB terão fatia menor de recursos em 2018. Dinheiro para campanha será mais pulverizado se reforma política passar. 
• Lava Jato influencia escolhas dentro do Conselho de Ética. Órgão terá papel-chave após divulgação de novos inquéritos da lista de Janot. 
• Quebra do sigilo das delações da Odebrecht não trará novidades, tantos são os vazamentos que já ocorreram. Novos personagens da política nacional e estadual entrarão na roda. 
• Nova fase da Operação Carne Fraca poderá ser deflagrada. 
• Lembrete: Quando virou presidente, Lula bajulou os tiranos Assad, Kadafi e Mubarak.
• Novos ataques de coalizão dos EUA deixam 21 mortos na Síria. Novos mísseis mataram mulher e crianças que fugiam da guerra. Milhares de pessoas de áreas controladas pelo Estado Islâmico estão tentando fugir da violência durante as preparações para a captura da cidade de Raqqa, no norte do país, que é considerada a capital dos extremistas. Ativistas e moradores dissertam que os militantes estão forçando os civis a ficar, para usá-los como escudos humano quando a ofensiva começar.
• Trump expõe a congressistas a motivação para ataques na Síria. 
• Proteger sírios exige mais do que bombas, diz especialista. Para Stephen Rapp, solução do conflito depende de envolvimento multilateral. 
 • Em território sírio, EUA reabilitam diplomacia do míssil. Ataque na Síria usou Tomahawks, armas empregadas pelos EUA desde 1991.
• Na Argentina, exportação do Brasil tira mercado da China. Com menos restrições cambiais e burocráticas, Brasil volta a ganhar espaço.
• Pela quarta vez em uma semana, milhares de opositores venezuelanos protestavam neste sábado (8) em Caracas contra o governo de Nicolás Maduro. O último fato marcante foi a decisão que impede o opositor Henrique Capriles de fazer política por 15 anos. 
• Mais de 30 mortos. Igrejas cristãs são atacadas no Egito; Estado Islâmico assume atentado. Ministério da Saúde egípcio não soube informar o número de mortos e feridos. Igrejas estavam lotadas devido ao início da semana Santa aos católicos. Papa condena a guerra e o terrorismo por trás da explosão em igreja no Egito. 
• Bombardeio russo mata 15 pessoas em Urum al Yauz, na Síria. As informações acabam de ser divulgadas pela ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos; ainda não se sabe o número de feridos após o ataque. 

Para Dilma, só santificação de Lula salva o país.
Ainda não surgiu melhor definição para democracia do que a fornecida por Churchill: é o pior regime imaginável com exceção de todos os outros. Neste sábado, Dilma Rousseff decidiu associar-se ao pelotão dos que cultuam as alternativas muito piores. Ao participar de seminário organizado por alunos brasileiros da universidade americana de Harvard, em Boston, a presidente deposta insinuou que a democracia brasileira só terá futuro se Lula for canonizado.
Dilma declarou estar muito preocupada com o risco de que mudem as regras do jogo democrático no Brasil. Vou dar nome aos bois, ela prosseguiu. Me preocupa muito que prendam o Lula. Me preocupa que tirem o Lula da parada. Ouviram-se risos na plateia. Mas Dilma não se deu por achada: Todo mundo aqui pode rir. Infelizmente, para as oposições, ele tem nas pesquisas 38%. Com tudo o que fizeram com ele! Não acho que o Lula tem de ganhar ou perder. Eu acho que ele tem de concorrer.
O contrário de um anti-Lula raivoso é um pró-Lula ingênuo, que aceita todas as presunções de Lula a seu próprio respeito. Em matéria de direito penal, isso inclui concordar com a tese segundo a qual Lula, a alma viva mais honesta que a República já viu, tem uma missão de inspiração divina a cumprir. Uma missão tão sublime que é indiscutível. Réu em cinco ações penais, Lula continua sendo, para Dilma, uma superpotência moral que não deve explicações senão à sua própria noção de superioridade.
Dilma já fareja o triunfo eleitoral de Lula. Isso é uma possibilidade concreta, declarou ela em Harvard. Desculpem-me as pessoas que riram, mas é uma possibilidade concreta, meus caros. Deixa ele concorrer, para ver se ele não ganha! O que Dilma considera gravíssimo é que, diante da perspectiva de retorno do ser supremo ao poder, queiram agora inventar todos os possíveis cenários alternativos para tirá-lo da parada. É o que madame costuma chamar de golpe dentro do golpe.
O mais assustador na pregação de Dilma não é o timbre ingênuo. O que espanta de verdade é a sensação de que a oradora não percebe que está soando cínica. É como se ela acreditasse mesmo no que diz. Embora conheça a perversão por dentro, Dilma é movida pela mesma fé que leva o petismo a tratar sua divindade como santo de procissão, gritando efusivamente sob o andor: Lula, guerreiro do povo brasileiro…
Investigado pela Polícia Federal, Lula foi indiciado. Submetido ao crivo da Procuradoria, foi denunciado à Justiça Federal. Ao folhear os processos, magistrados de Brasília e de Curitiba enviaram-no ao banco dos réus em cinco ações penais. No momento, a divindade petista exerce o sacrossanto direito de defesa. Dispõe dos melhores advogados que a fortuna amealhada em palestras às empreiteiras pode pagar.
Se Lula for condenado, recorrerá aos tribunais de segunda instância. Mantida a sentença, vai em cana. E torna-se um ficha-suja, impróprio para o consumo eleitoral. Absolvido, vai à sorte das urnas em 2018. Qualquer coisa fora desse script seria, aí sim, uma mudança inaceitável nas regras do jogo democrático, uma afronta ao preceito constitucional segundo o qual todos são iguais perante a lei e à Constituição.
Alguém poderia argumentar que todos os defeitos de Lula estão perdoados e seus eventuais crimes prescritos, no entendimento tático de que ser responsável pela eleição Dilma Rousseff e ter a tragédia como defensora já é castigo suficiente para qualquer um. Mas Lula não é qualquer um. Ainda não foi formalmente canonizado, mas já virou símbolo. E precisa responder judicialmente por tudo o que passou a simbolizar. Ninguém transforma um partido numa máquina coletora de propinas ou chefia um governo tisnado por dois escândalos do porto do mensalão e do petrolão impunemente. (Josias de Souza) 
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Pena de morte para os que ainda não nasceram?
Decidiu o presidente Michel Temer atenuar o texto da reforma da Previdência Social que, de resto, não seria aprovado por deputados e senadores. Vão-se os anéis, ficam os dedos, pois a verdade é que apesar de teoricamente contar com ampla maioria parlamentar, a dita reforma não passaria. Equivaleria, para o atual Congresso, decretar a pena de morte para os que ainda não nasceram. Já pressionados pela sombra das condenações e da inelegibilidade decorrente dos processos de corrupção a tramitar no Supremo Tribunal Federal, Suas Excelências corriam o perigo de não se reeleger, ano que vem. O governo ganhou sensível moratória com o recuo presidencial.
Temer espera ver a reforma previdenciária aprovada até julho, caso não surjam outros obstáculos. Ignora-se o potencial de desastres que os processos no Supremo causarão nas bancadas governistas, a começar pelo PMDB. Ministros e ex-ministros responderão a acusações de corrupção. Terão seus nomes expostos na mídia e talvez não consigam escapar.
Em entrevista recente, Michel Temer afirmou não ter cometido erros, em seus onze meses de poder. O problema é saber quantos acertos conseguiu. Voltar atrás na reforma da Previdência Social pode ter sido um deles, mas não basta. Apesar da disposição de não se candidatar em 2018, o presidente necessita manter unida sua base parlamentar. Henrique Meirelles conseguirá sucesso bastante em sua tentativa de recuperar a economia, a ponto de aspirar a indicação? (Carlos Chagas) 

O Comunismo acabou. O senhor não viu?
Devo ter recebido ao longo dos anos mais de uma centena de indignados e-mails em que leitores pretendem me alertar para o retumbante fato de que o comunismo acabou, morreu, kaputt. Caiu o muro, o senhor não viu?, perguntava e ensinava-me um desses leitores depois de ler minha coluna em Zero Hora deste fim de semana. Respondi-lhe que em flagrante contradição com seu arrazoado, o Brasil conta com nada menos de cinco partidos comunistas ativos e um em organização. A estes, se acrescem outras legendas que abrigam em seus quadros esforçados defensores desse regime.
O tema é oportuno e me traz à lembrança numeroso grupo de políticos com os quais tenho debatido ao longo dos últimos trinta anos em programas de rádio e TV no Rio Grande do Sul. No clássico formato dois para lá, dois para cá, diante de microfones e câmeras, desfilaram no lado de lá dezenas de figuras públicas, homens e mulheres, muitos dos quais consagrados nas urnas, sempre prontos para defender com unhas, dentes e bico do sapato os regimes cubano e venezuelano. E não ficavam por aí. A mesma disposição se estendia à proteção do Foro de São Paulo, à exaltação dos objetivos do bispo paraguaio Fernando Lugo, Evo Morales, Rafael Correa, Daniel Ortega, bem como às maquinações golpistas de Manuel Zelaya em Honduras.
Bastava a produção dos programas convidar e eles compareciam para a exótica defesa do indefensável. Foi assim que, repetidamente os ouvi afirmar que Cuba era uma democracia - de outro formato, não burguesa como seria a nossa, mas definitivamente uma democracia. Convenhamos. Democracia com presos políticos? Sem oposição? Com eleição em lista única e fechada? Onde o regime ganha todas porque não tem para quem perder? Pude perceber nesses debates, então, a completa inutilidade dos fatos e dos argumentos contra a militância desse anunciado defunto... E ainda hoje reiteram, porque convém: O comunismo acabou. O senhor não viu?.
Foi assim que acompanhei, nestes dias, os acontecimentos da Venezuela, país onde o governo resolveu golpear a população com um socialismo bolivariano que outra coisa não é senão uma versão bufa do regime cubano. O povo cubano foi apanhado, há 58 anos, por numa armadilha infernal. Os venezuelanos foram atrás da mesma conversa, caíram em arapuca semelhante e também não conseguem sair porque o governo estabelece embaraços ao rodízio do poder, seja por ação direta de Maduro, que simplesmente não marca eleições, seja através do Tribunal Supremo de Justiça. Quando ficou evidenciada a derrota do oficialismo nas eleições parlamentares de 2015 (a oposição fez 112 das 167 cadeiras), o topo do poder judiciário do país foi recheado por 13 novos membros para compor robusta maioria chavista.
A conclusão é óbvia: se o comunismo acabou, se morreu, os que por ele trabalham são como agentes funerários. Quando o Tribunal Supremo deu o golpe e assumiu as funções da Assembleia Nacional, os agentes funerários estabelecidos nos nossos blogs de esquerda defenderam a medida alegando que o parlamento venezuelano era uma organização dominada pela direita golpista. (Alô, alô, leitor? Esse qualificativo lhe soa conhecido? Pois é.) E quando Maduro e o Tribunal Supremo, percebendo a péssima repercussão da medida, a revogaram, esses mesmos blogs deixaram o dito pelo não dito e noticiaram o recuo como se fosse um avanço. Tudo muito lúgubre. (Percival Puggina, é arquiteto, empresário e escritor) 
A apatia no país é grande. A política sempre em desacordo com a vontade por um Brasil limpo. Salvar-se ou a Pátria? (AA)

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