10 de mar. de 2017

Queremos a lista da PGR.

 photo emiliaodebrecht_zpsawg3zshc.jpg • Saques das contas inativas do FGTS começam nesta sexta. Tire suas dúvidas sobre o que é preciso para ter acesso aos recursos. Mais de 700 mil já sacaram R$ 300 milhões das contas inativas, diz Caixa. 
• Lista dois: Janot deve liberar delações da Odebrecht na íntegra. Material ainda não foi disponibilizado à Corte para análise, mas o Supremo Tribunal Federal informa que jornais interessados terão acesso ao conteúdo. 
• Sergio Moro deu uma entrevista ao Valor. Ele falou sobre os golpes articulados contra a Lava Jato no Congresso Nacional: Eu realmente acho que há risco de retrocesso. Fatos como aquela tentativa de anistia. A reportagem perguntou: O senhor se refere à anistia ao caixa dois ou à tentativa de anistia geral que a Câmara dos Deputados encampou? Ele respondeu: Se fosse ao caixa dois seria algo menos preocupante. Digo a tentativa de anistia geral. E ainda tem uma incógnita, porque há muitas investigações em andamento. Teremos de ver qual será o destino delas. O juiz Sergio Moro disse ao Valor que as manobras contra a Lava Jato não afetam o passado, e sim o futuro do Brasil: Olha, eu colocaria assim: o trabalho que foi feito até agora é difícil de ser perdido. Porque já tem várias condenações, pessoas cumprindo pena, centenas de milhões foram recuperados e em parte restituídos para a Petrobras. Acho que a grande questão é até onde vai, entendeu? Para onde se pode ir. Ele disse também que o apoio à Lava Jato indica que algo mudou no país: Não é uma coisa assim, que caiu do céu. É uma coisa que vai se desenvolvendo. E o apoio da sociedade civil organizada. Milhões de pessoas saíram às ruas (…). É difícil prever o futuro. E se isso vai passar a ser uma regra ou se foi uma exceção. Mas algo mudou
• Marcelo Odebrecht, Cláudio Melo Filho, Hilberto Silva e Benedicto Junior estarão frente a frente, hoje, no TSE. Herman Benjamin quer esclarecer todos os detalhes dos pagamentos da Odebrecht a Michel Temer e seus aliados. Em particular, ele está interessado em descobrir se Michel Temer participou da discussão sobre os valores destinados à campanha peemedebista. 
• Acareações e pacote da PGR miram em origem e destino de dinheiro. Se os políticos já estavam desesperados por causa do caixa 2, entram em pânico com o próprio caixa 1. 
• Líder da maioria na Câmara diz não ter votos para aprovação. Para Lelo Coimbra, tarefa de atingir os 308 votos é complexa; aposentadoria especial é ponto de desacordo; Salário será igual entre gêneros em 20 anos, diz ministro. Dados do IBGE e previsões internacionais contrariam visão de Meirelles. 
• O depoimento de Fernando Migliaccio é fundamental para o TSE, porque ele era o operador internacional da Odebrecht e usava uma rede de offshores para fazer pagamentos no exterior, cuja ilegalidade não pode ser contestada pela campanha de Dilma Rousseff. Ele pagou propina lá fora para brasileiros e estrangeiros; Fernando Migliaccio contou ao Ministério Público Federal que Marcelo Odebrecht pediu-lhe para acertar com Dona Xepa o cronograma de pagamento de campanhas eleitorais no exterior. Em particular, na República Dominicana e na Venezuela. Hugo Chávez e Nicolás Maduro foram eleitos com dinheiro roubado. 
• Enem 2017 terá provas em dois domingos. Após consulta pública, Ministério da Educação e Inep anunciaram alterações no exame, que será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro; Enem terá redação no primeiro domingo e deixa de certificar conclusão do ensino médio. 
• Após negociações, governo rejeita proposta de leniência da OAS. Transparência conclui que empreiteira não colaborou com investigação sobre desvios na Petrobrás. Sob suspeita, acordo de leniência com a OAS é cancelado. Carlos Higino, ex-CGU de Dilma, colocado sob suspeita pelo TCU. 
• Pesquisa 2018: Palácio do Planalto ou Presídio da Papuda; as opções de Lula para 2018. Lula está bem nas pesquisas, mas em 2018 poderá estar preso. 
• Lava Jato: Tribunal rejeita por unanimidade queixa-crime de Lula contra Moro na ação sobre tríplex. Juiz não fica sujeito a intimidação, decidem desembargadores. 
• Magistrados chamam Rodrigo Maia de grosseiro e arbitrário. Para deputado, Justiça do Trabalho não deveria existir. 
• PSDB, aliado de Temer, quer abrandar nova Previdência. Avaliação do partido é que proposta de reforma do governo é muito rígida. 
• Desajuste fiscal põe em sério risco os direitos humanos. Responsabilidade social requer responsabilidade fiscal, escreve Michel Temer. Temer acerta em propor reforma tributária gradual, mas deve resistir à tentação de elevar taxas do consumo. 
• Cerveró recupera apartamento de luxo em Ipanema. Como ex-diretor da Petrobras, preso, ainda tinha R$ 6 milhões para pagar por ele? Condenado e preso na Operação Lava Jato, Nestor Cerveró depositou R$ 6 milhões numa conta judicial e recuperou o luxuoso apartamento que comprou com dinheiro de propina em Ipanema, no Rio de Janeiro. O imóvel havia sido sequestrado na operação. A Justiça autorizou a devolução. 
• Sérgio Cabral bancava até ex-sogra com propina, segundo delatores. 
• A devassa do BNDES vai humilhar a turma do Petrolão. 
• Ação contra Raupp fortalece proposta de anistia a caixa 2. Maia e Eunício discutem também isentar doação oficial com origem ilícita. 
• Ministro critica índios e diz que terra não enche barriga. Para Osmar Serraglio, importante é indígenas terem boas condições de vida.
• Fernando Migliaccio, que será interrogado por Herman Benjamin, delatou os arrecadadores clandestinos do PT, Antonio Palocci e Guido Mantega. Ele delatou também Gleisi Hoffmann, codinome Coxa, cuja campanha não é alvo do TSE, mas que certamente será investigada pela PGR. O Antagonista aproveita para agradecer mais uma vez a fonte espetacular que, em outubro do ano passado, relatou esses fatos para o site; Fernando Migliaccio, chefe do Setor de Propinas da Odebrecht, entregou também Gleisi Hoffmann. Ele disse aos procuradores que, a pedido de Marcelo Odebrecht, repassou dinheiro ao marqueteiro da senadora petista. 
• Nova estimativa do IBGE aponta safra recorde de 224,2 milhões de toneladas. Previsão feita pelo instituto é 1,3% maior do que a de janeiro, com 2,9 milhões de toneladas a mais. 

• Corte aprova e presidente da Coreia do Sul sofre impeachment. Juízes mantêm impedimento de Park Geun-hye, acusada de corrupção e tráfico de influência. Ela deixa o cargo após escândalo de suborno a conglomerados; Protestos após impeachment de presidente da Coreia do Sul deixam dois mortos. Vítimas são idosos de 72 e 60 anos; cassação de Park Geun-hye foi aprovada pela Corte Constitucional do país nesta sexta-feira, causando revolta e festa. 
• Tragédia: Protesto nos portões da Casa Presidencial da Guatemala contra a morte de 30 meninas. Elas morreram em um incêndio em um centro de menores quando protestavam contra abusos.
• Em Nova York, manifestantes criticam políticas do presidente Donald Trump contra imigração; ao menos cinco Estados americanos planejam ir à Justiça contra novo decreto. 
• Atropelando protocolos básicos, Trump lançou contra seu antecessor suspeitas desprovidas de indícios mínimos. 
• Plano para substituir Obamacare avança; crítica aumenta. Projeto de Trump para a saúde passa em comissão na Câmara dos EUA. 
• Homem com machadinha fere cinco em estação alemã. Suspeito foi detido; país sofreu cinco ataques similares desde 2015. 
• Merkel critica acusações de que Alemanha é nazista. 
• ONG denuncia aumento de detenções políticas na Venezuela. 

É preciso rasgar o véu da impunidade.
Tarda a divulgação da lista do Procurador Rodrigo Janot, parece que em sua segunda versão, mesmo se desconhecendo a primeira. Seriam 150 deputados, senadores e ministros envolvidos com a corrupção. Até agora, Suas Excelências conseguiram empurrar com a barriga a possibilidade de denunciados, perderem os mandatos, os direitos políticos e a prerrogativa de se candidatarem à reeleição, ano que vem.
Alguma coisa não bate, nessa protelação que deixa mal o Supremo Tribunal Federal.
Nos tempos do Descobrimento, anos se passaram sem que as naus portuguesas conseguissem dobrar o Cabo Bojador, depois do qual se imaginava o oceano despencando num precipício cheio de monstros e dragões. Foi preciso que Vasco da Gama seguisse adiante, contornasse o continente africano e afinal chegasse às Índias.
Falta um capitão corajoso para enfrentar o desconhecido, como também um novo Henrique, o Navegador, para estimular a aventura.
O impasse diante da corrupção, hoje, lembra a epopeia lusitana daquele idos. Faltou coragem nos dois casos, até que um desbravador se animasse a seguir em frente.
Quem romperá o véu da impunidade? O próprio Janot? Marco Aurélio Mello ou Carmem Lúcia?
O PMDB e seu candidato - De forma lenta e gradual, cristaliza-se no PMDB a evidência de que existe apenas um candidato capaz de disputar a sucessão presidencial do ano que vem. Certamente com cláusula de desempenho: Henrique Meirelles, se a recuperação econômica vingar. Ele já pertenceu ao PSDB, elegendo-se deputado sem ter assumido. Agora, seria a salvação do PMDB. (Carlos Chagas) 

Temer não cogita afastar ministros investigados.
A perspectiva de divulgação dos pedidos de inquérito decorrentes das delações da Odebrecht reacendeu nos porões do governo um debate sobre a situação dos ministros que devem constar da lista da Procuradoria-Geral da República. Dá-se de barato no Planalto, por exemplo, que irão à grelha do Supremo Tribunal Federal os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).
Avalia-se que a novidade tornará ainda mais frágil o já debilitado estado-maior do governo. Ainda assim, Michel Temer não cogita afastar seus auxiliares. Nas palavras de um aliado que conversou com o presidente sobre o tema, Padilha e Moreira só deixarão o governo nesta fase se quiserem. E eles não deram sinais de que desejam sair.
Temer se mantém aferrado aos critérios que definiu para lidar com os ministros que ardem no caldeirão da Lava Jato: 1) os que forem formalmente denunciados pelo Ministério Público Federal, terão de se licenciar dos cargos. Nessa condição, não perderão o foro privilegiado; 2) aqueles que virarem réus em ações penais abertas pelo Supremo Tribunal Federal deixarão definitivamente o governo.
Na prática, além de fornecer uma desculpa automática para Temer e seus ministros, estes parâmetros como que desobrigam o presidente de pensar sobre o paradoxo que marca o seu mandato-tampão: o governo mantém a cabeça nas reformas econômicas e os pés no pântano da política.
Em privado, Temer revela-se obcecado pela preservação da maioria parlamentar. Seu maior receio é o de que a nova lista de encrencados elaborada pela Procuradoria perturbe o Legislativo a ponto de interferir no ritmo de tramitação de reformas como a da Previdência. O presidente de que fará o que for necessário para evitar o comprometimento das reformas.
Antessala da prosperidade econômica ou nova escala rumo ao abismo político, escolha sua metáfora para o que o governo Temer enfrenta na sua tentativa de chegar a 2018. Uma cena típica de desenho animado talvez seja a maneira mais adequada e sintética para descrever o que se passa.
Nos desenhos, às vezes acaba o chão. Mas os personagens continuam caminhando no vazio. Só despencam quando percebem que estão pisando em nada. Se não notassem, atravessariam o abismo. Temer assiste à deterioração moral do seu governo sem estranhar coisa nenhuma. Sua única preocupação é não olhar para baixo. (Josias de Souza) 
Fé é lembrar que Deus nos ama terna e ardorosamente! Tanto nos momentos em que andamos em retidão, como naqueles em que falhamos. (Pamela Reeve)

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