7 de dez. de 2016

Oficial de justiça x Renan, assine.

 photo abusootoridade_zps7tyutukc.jpg • Pauta pra hoje na Alerj: Protestos com servidores e polícia do Rio voltam a entrar em confronto durante ato. 
• Supremo julga hoje o mérito da liminar que afastou Renan Calheiros. Jorge Viana afirma que Senado aguarda decisão do plenário do STF. 
• Não, não é piada. Renan Calheiros ultrapassou a fronteira da insolência e agora desafia a autoridade do mais alto tribunal do país. Essa, sim, é uma afronta ao Estado Democrático de Direito. Muito grave. 
• Marco Aurélio treme na alma quando se fala em supersalário, provoca Renan. 
• Renan crê que STF o afastará da linha sucessória do Planalto, não do cargo. 
• Fetranspor ameaça paralisar linhas intermunicipais e diz que empresas não têm como pagar 13º de motoristas. 
• A Advocacia Geral da União (AGU) abriu processo administrativo no âmbito do Inep, órgão do MEC que organiza o Enem, para que sejam calculados e comprovados os custos da nova aplicação do exame, neste último fim de semana, estimados em mais de R$10 milhões. Invasores de escolas pagarão custos do Enem 2. Quem ocupou escolas terá de pagar o custo. 
• Reforma da Previdência tem gordura para negociação no Congresso. 
• Comandante da PM pede desculpas ao arcebispo do Rio por invasão a igreja. 
• Mesmo os mais velhos vão trabalhar 49 anos para ter 100% do benefício. 
• A operação Lava Jato quer concluir antes do final do ano todos os depoimentos dos 77 executivos da Odebrecht e já está sendo cogitado um reforço para que isso aconteça de fato. 
• Legalização dos jogos de azar renderia quase R$ 30 bilhões aos cofres públicos.
• Terremoto de magnitude 6,5 atinge a Indonésia e deixa 97 mortos. Pelo menos 14 mesquitas desabaram e um hospital foi danificado; em 2004, tremor seguido de tsunami deixou cerca de 100 mil mortos no país. 
• Nasa constrói robô de US$ 127 mi para consertar satélites. 
• A militares, Obama critica falsa promessa de Trump contra o terror. 
• Diretor-geral da LaMia e dois funcionários são presos na Bolívia. 
• Líbia: Milícias apoiadas pelos EUA tomam Sirte aos jihadistas do Daesh. 

Ou muda ou será tragado pela indecisão?
Eliseu Padilha é a bola da vez. Menos por suas atividades agrícolas, mais porque estava escrito. Sua passagem pela Casa Civil vinha atrapalhando a performance de Michel Temer. São grandes as possibilidades de Moreira Franco sucedê-lo.
Com seis mudanças ministeriais nos primeiros seis meses de governo, o presidente da República luta para livrar-se da instabilidade. Jamais imaginou chefiar uma administração tranquila, mas errou ao compor um ministério que só lhe trouxe percalços e dificuldades. Não se governa com amigos, principalmente os que vem sendo catapultados, de Romero Jucá a Geddel Vieira Lima, Henrique Alves e outros.
Duas vertentes se abrem para Michel entrar em 2017: assumir o governo sem deixar espaço para condôminos ou continuar influenciado por ministros pouco confiáveis.
Há mouros na costa, à espera de que Michel fracasse, ou seja, que o Tribunal Superior Eleitoral decida afastar o presidente da República por conta de malfeitos na campanha eleitoral de 2014, junto com Dilma Rousseff, que não pode mais ser afastada porque já foi. Fernando Henrique Cardoso bem que gostaria de ser escolhido pelo Congresso para completar o atual mandato. Nelson Jobim, também. Este, de olho na reeleição. Aquele, apenas para fechar uma inusitada biografia complementar.
Cabe ao atual presidente decidir se continua ou se cederá às imposições da própria hesitação. Nenhuma hora mais propícia do que a passagem do ano para reformular por completo o ministério. Ou muda ou será tragado pela indecisão. A crise é grande, mas nem de longe capaz de impedir-lhe debelá-la, se houver disposição. (Carlos Chagas) 

PMDB jamais será MDB.
As ideologias políticas vêm, a partir da queda do muro de Berlim, sofrendo de crise existencial gradualista. Conglomerados partidários à esquerda e à direita se multiplicam em autêntico carnaval de siglas, levando o multipartidarismo à exaustão. A identificação partidária não frequenta nas disputas eleitorais as aspirações dos eleitores. As alianças estratégicas não se marcam pela coerência, mas simplesmente pelo desejo de conquistar o poder. Nele praticando o axioma que marcou o II Império brasileiro: Nada mais conservador que um liberal no poder. Nada mais liberal do que um conservador na oposição. Com isso a despolitização da política, com agravantes na sociedade pela desconfiança na atividade pública, passou a ser acontecimento com grande normalidade.
No recente congresso, realizado em Caxambu (MG), pela Associação Nacional de Ciências Sociais, a posição ideológica dos três principais partidos (PMDB, PSDB e PT), mereceu destaque. Os sociólogos Fabiano Santos, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, José de Souza Martins, da Universidade de São Paulo e o pesquisador Leonardo Martins Barbosa, com pontos de vistas diferentes, retrataram a crise dos partidos e os governos de coalisão. O PMDB seria um partido oligárquico e representaria o Brasil arcaico. O PSDB representaria um modelo capitalista menos inclusivo e mais pró-mercado. Já o PT, egresso do mundo do trabalho, estaria vinculado ao conservadorismo por conta da base vinculada à Igreja católica e ao corporativismo sindical. Os demais partidos seriam meras forças auxiliares participantes dos governos de coalisão.
Na mesma época em que se realizava o encontro dos cientistas sociais, em Porto Alegre, o senador Romero Jucá, presidente do PMDB, defendia ampla consulta aos diretórios estaduais do partido. Afirmando: Queremos deixar de ser partido para ser um movimento. Ou seja, algo mais forte, com uma ação constante. Voltar a ser MDB resgata uma tradição, uma história, uma origem, que é muito importante para o povo brasileiro. Se o MDB antigo fez a redemocratização do país, o MDB novo pode fazer a reconstrução econômica do país. São palavras delirantes e oportunistas de uma figura que não conheceu a luta do MDB. Na época, servia aos governos biônicos de Moura Cavalcante e Marco Maciel, em Pernambuco. Posteriormente ao governo eleito de Roberto Magalhães. Desembarca em Brasília servindo ao senador Marco Maciel, no governo Sarney, de onde foi guindado a FUNAI e posteriormente com a aprovação pela Constituinte do Território Federal de Roraima em Estado, nomeado interventor no período de transição.
Se no vizinho Amapá, também transformado em Estado, José Sarney instalaria uma Capitania hereditária, elegendo-se senador, em Roraima, o mesmo ocorreria com a família de Romero Jucá. Infelizmente a infecção hospitalar que impediu Tancredo Neves de implantar a Nova República, deu lugar a uma Nova República Oligárquica, onde o PMDB foi desfigurado pelo assalto dos velhos serviçais do autoritarismo e oportunistas em que Romero Jucá é um dos exemplos. Como bem disse o ex-senador gaúcho Pedro Simon: Ainda bem que Ulysses não está aqui para ver o que fizeram com o legado dele.
O MDB foi uma frente política que agregou todos aqueles que resistiam ao Estado autoritário. Ulysses Guimarães, na sua presidência, repetia sentença de D.Quixote: Construí uma muralha entre meus apetites e minha honestidade. Exemplificando o que deve ser o dever de um homem público: Não fazer negócios enquanto mandatário popular; não avalizar títulos; não participar de empresas, nem mesmo em conselhos fiscais; não intermediar operações com repartições ou entre empresas; não ter prepostos no controle de órgãos da burocracia e não ser preposto de nenhum interesse. A vida e o pensamento Ulysses é a negação de tudo aquilo que é o PMDB hoje. Foi exatamente por isso que em 1991 ele foi destituído, numa aliança oportunista que congregava dos anões do orçamento aos negociantes da política, da presidência do partido. Colocaram na sua presidência Orestes Quércia, passando a ser escrita uma nova história da legenda que se estende aos dias atuais. Foi o golpe final do espírito ainda existente do velho MDB.
Hoje o PMDB é uma federação regional onde o patrimonialismo e interesses oligárquicos prevalecem. Cabem nos dedos da mão os diretórios regionais que ainda mantém o espírito de resistência, perseguindo um ideário político ético. Essa ínfima minoria é fiel ao espírito do MDB. Ao contrário do PMDB majoritário do Sarney, Renan, Temer e Jucá. O cotidiano da realidade política identificada na opinião pública sabe: MDB é história da redemocratização; PMDB é o retrato de um Brasil arcaico que precisa ser enterrado. (Hélio Duque, doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista) 
As pessoas constroem o próprio destino através de palavras. Quem vive resmungando Sou Infeliz, torna-se cada vez mais infeliz, e quem diz sempre Sou feliz. Que bom! Torna-se ainda mais feliz, pelo poder dessas palavras. Precisamos proferir sempre palavras alegres.

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