25 de dez. de 2016

O mínimo é acreditar.

 photo feliznatal2016_zps7ikxrnz5.jpg • Lula ataca MPF e Justiça, mas poupa Odebrecht. Ataque a MPF e Justiça não se estende a Marcelo e ex-executivos. O Instituto Lula está autorizado a responder a acusações contra o ex-presidente, dentro da estratégia de tentar desqualificar a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e até a Justiça, mas foi proibido de desqualificar a delação de ex-executivos da Odebrecht, sobretudo Marcelo Odebrecht. Na avaliação de Lula e seus estrategistas, um desmentido poderia irritar os delatores, que se sentiriam desafiados
• Teori passará pelo STF sem assumir presidência. Ministro completará 75 anos em 2023, um ano antes da sua vez. 
• Mesma Corte vai julgar Petrobras e Odebrecht. Corte de Nova York julgará ações contra Odebrecht e Petrobras. 
• STF pede que Senado explique projeto que dá quase R$ 100 bilhões a teles. 
• Picciani cita salários atrasados e dá prazo até abril de 2017 para Pezão solucionar crise: Não há governabilidade que resista.
• Aposentado do INSS terá 7,5% de aumento em 2017.
• Brasileiros atribuem sucesso financeiro ao poder de Deus. Datafolha mostra que 88% acreditam em influência divina nas finanças. Catolicismo perde 9 milhões de fiéis. 
• Refugiados buscam emprego no Brasil para mudar de vida. País abriga 8,8 mil refugiados. Em 2015, foram registrados 28.670 pedidos de refúgio, segundo o Ministério da Justiça. 
• Juízes fazem pressão por reforma em lei trabalhista. Jurisprudência é revista com opiniões favoráveis a empresas. 
• Hudson Braga, ex-secretário de Obras de Sérgio Cabral, já dá sinais de que prepara a sua deleção premiada. 
• O comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, divulgou uma mensagem de fim de ano em que afirma que o País passa por uma crise. Ele prevê o agravamento das dificuldades em 2017.
• Israel faz protesto após decisão da ONU sobre assentamentos. Israel convoca embaixadores do Conselho de Segurança da ONU. Medida diplomática foi tomada em repúdio à decisão de condenar assentamentos na Cisjordânia. 
• Colômbia contesta conclusão de investigação da Bolívia sobre LaMia. Acidente aéreo nas proximidades do aeroporto de Medellín causou a morte de 71 pessoas. 
• Avião militar russo com 92 a bordo cai no mar Negro; Aeronave ia para base militar no norte da Síria e levava militares e jornalistas. Acidente na Rússia mata 64 membros de famoso grupo musical militar. Fundado na época soviética, Alexandrov Ensemble é o conjunto oficial das Forças Armadas russas e era famoso mundialmente por apresentações de temas militares e músicas pop. Não há sobreviventes. 
• Implementação do acordo de paz entre o governo da Colômbia e as Farc tende a ser mais difícil em comparação ao processo para firmá-lo. 
• Bomba da Segunda Guerra Mundial causa evacuação de 54 mil alemães em pleno Natal. Explosivo foi encontrado durante uma construção no centro histórico de Augsburgo; essa será é a maior evacuação no país desde a guerra. 
• Papa diz que Natal virou refém da mundanidade. Devemos procurar Deus nas coisas simples; Guerra civil na Igreja Católica Reformismo coloca Francisco sob cerco na hierarquia do Vaticano. 

No futuro de Temer cabe tudo, menos realidade.
Esboçado num discurso de final de ano, levado ao ar na noite de Natal, o futuro do Brasil de Michel Temer está ali, na esquina, radioso, pronto para ser desfrutado. Nele, 2017 será o ano em que derrotaremos a crise. Os empresários, prenhes de confiança, voltarão a investir e vamos recuperar os empregos perdidos.
Como qualquer outro futuro, o futuro do país de Temer é um espaço impreciso e impalpável. O presidente pode vender para si mesmo e para os brasileiros crédulos qualquer coisa, pois o futuro não pode ser cobrado nem conferido. Mas Temer poderia pelo menos ajustar o seu futuro à realidade do Banco Central, que reduziu de 1,3% para 0,8% sua expectativa de crescimento (pode me chamar de estagnação) do PIB para 2017.
De resto, Temer esqueceu de mencionar -ou lembrou de omitir- duas palavras em seu discurso: Lava Jato. Em maio, quando assumiu provisoriamente a presidência da República, o mesmo orador dissera o seguinte: A Lava Jato tornou-se referência. E como tal deve ter prosseguimento e proteção contra qualquer tentativa de enfraquecê-la.
Pois bem, decorridos sete meses e várias tentativas frustradas de estancar a sangria, os aliados de Temer estão presos ou sitiados por inquéritos. A cúpula do novo governo caiu ou está pendurada nos lábios dos delatores da Lava Jato. O nome do próprio presidente soou nas delações da Odebrecht. Seu pescoço encontra-se na guilhotina do Tribunal Superior Eleitoral, que decidirá no primeiro semestre de 2017 se baixa a lâmina.
Num cenário assim, tão conturbado, o máximo que Temer poderia dizer seria algo como o futuro a Deus Pertence. E ainda correria o risco de ouvir uma pergunta incômoda: E quanto ao passado, quem responderá por ele? Mas o ambiente é de festa. E o brasileiro, que costuma ser otimista entre o Natal e o Carnaval, deve estar ávido por viver neste país maravilhoso que Temer esboçou na tevê, seja ele onde for. (Josias de Souza) 

Eleições ou depredação, no natal do desespero.
Sem ter recebido o mês de novembro, muito menos o 13% salário, os funcionários públicos do estado do Rio de Janeiro ficaram, desde ontem, sem a cesta básica. Belo Natal estão comemorando, celebrado literalmente a pão e água, defronte ao palácio do governador. Pelos poucos que tiveram a felicidade de consumi-los.
A gente se pergunta quando virá a depredação das estruturas oficiais, que não tarda. No complexo penitenciário de Bangu, onde se encontra o casal de bandidos que já governou o estado? Diante do palácio Guanabara, de onde governou a Princesa Isabel, hoje gabinete do Pezão? Na Assembleia Legislativa ou em Copacabana, palco das manifestações populares por enquanto pacíficas?
Não dá para entender como o Rio transformou-se em conglomerado da miséria. Ou entendemos muito bem. Pior estarmos falando de um retrato do Brasil, com muito mais de 12 milhões de desempregados. Breve o povo reivindicará o que é seu. Uma cidade em chamas, ou melhor, todas as cidades, estados e enfim o país.
Não é sinistrose - Pensam tratar-se de sinistrose? De péssimos e ilusórios devaneios de horror? Nem pensar. O caos se organiza milimetricamente a partir do vazio das elites. Tiveram oportunidade de evitá-lo. Não quiseram ou não puderam. Antes da implosão virá a desagregação, importando menos se o rastilho começará no Rio, em Brasília, em São Paulo ou em qualquer outro centro ou periferia. A verdade é que com Michel Temer não dá, como não deu com Dilma, Lula, FHC e antecessores.
Tem saída? Tem. A começar por imediatas eleições gerais. De preferência proibindo-se reeleições de toda espécie, de vereador a presidente da República. Sem partidos, nem cartões de crédito. Quem sabe, sem bancos? (Carlos Chagas) 

Estou ficando velho.
Estou ficando velho. Foi essa conclusão que cheguei na insônia desta madrugada. Mas sou um velho feliz.
Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo. .. Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como um carro acima de centena de milhares de reais , mas que parece tão igual ao meu Pálio 2012 na minha garagem. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 e 70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por alguma coisa perdido ... Eu vou.
E se resolvo pintar? Eu pinto. Misturo tintas. Impressionismo, pós impressionismo, realismo, naturalismo, não importa o movimento. Eu chamaria de Zérenatismo. Se vai ter algum valor, se alguém o considerará como mais do que uns simples rabisco, pouco me importa.
Vou andar na praia em um calção excessivamente largo sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros.
Eles, também, vão envelhecer.
Eu sei que às vezes esqueço algumas coisas. Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.
Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.
Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata e jamais moraram no Prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errado. Assim, apesar de talvez vocẽ pensar o contrário, eu gosto de ser idoso.
A idade me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias se me apetecer, vou comer picanha, vou fumar meus charutos cubanos, vou fazer o que me der na telha. (José Renato de Freitas Almeida) 
A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência. (Mahatma Gandhi)

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