30 de dez. de 2016

Fatos mundiais para orações.

 photo a lista_zpspejjaud2.jpg • Servidores da Saúde do Rio decretam greve. Todas as categorias decidiram fazer paralisação a partir de segunda-feira. 
• Prazo para renovação de contratos do Fies termina nesta sexta-feira. Pedido é feito inicialmente pelas faculdades e, em seguida, estudantes devem validar as informações. 
• Temer assina decreto elevando o mínimo para R$ 937 em 2017. Reajuste equivale a 6,5% e começa a valer a partir deste domingo. 
• Governo extingue 4,6 mil cargos comissionados e funções de confiança. Corte de 4,6 mil comissionados gera economia de R$ 240 milhões. 
• Desemprego bate recorde e atinge 12,1 milhões. Taxa vai a 11,9% no trimestre e ano encerra com 3 milhões de desocupados a mais que um ano atrás. Crise põe 12 milhões de pessoas na fila do emprego e faz aumentar informalidade; Brasil perde empregos pelo 20º mês e já elimina 858,3 mil vagas no ano. Dados do Ministério do Trabalho revelam que 166,7 mil vagas foram eliminadas no mês passado. 
• Operação Lava Jato prendeu 182 investigados em 2016. Foram realizadas 17 operações contra a corrupção, em 2016. 
• Temer nomeará dois novos ministros no TSE que atuarão em 2018. Temer escolherá os substitutos de Lóssio e Neves no Tribunal. 
• TST nega pedido da Petrobras para mediar negociação com petroleiros. 
• O interesse público de desperdiçar o nosso dinheiro. Ao voltar atrás na decisão de impugnar a transferência do dinheiro da repatriação para os municípios ainda em 2016, Raimundo Carreiro se mostrou, digamos, sensível ao argumento da AGU. A AGU afirmou que, caso o dinheiro não fosse transferido, a União teria de arcar com uma despesa adicional de 100 milhōes de reais, o que representaria grave lesão à ordem administrativa e econômica e ao interesse público. O interesse público e notório de maus administradores que desperdiçam o dinheiro dos pagadores de impostos. Na melhor das hipóteses. 
• Tesouro emite ordem para pagamento a municípios. Recurso da AGU apontou que se recursos não fossem liberados, governo teria de arcar com R$ 100 milhões. 
• Não é bem assim... Alckmin decide congelar tarifas de trem e metrô durante 2017. Governador tucano segue o prefeito de SP, João Doria, que não reajustará passagem de ônibus, mantendo os atuais R$ 3,80; subsídios devem ser de R$ 5 bi.
• Presidente exalta reformas e ignora denúncias em balanço. Temer citou realizações de seu governo e deixou de lado queda de ministros. 
• Gamecorp, de filho de Lula, recebeu R$ 103 milhões. Segundo laudo da PF, Oi e cervejaria estão entre as principais fontes da firma. 
• A verdade sobre o embaixador: Embaixador da Grécia no Brasil foi vítima de crime passional. Leia
• O embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, passava férias no Rio de Janeiro e está desaparecido desde a noite do dia 26. Um corpo que pode ser do embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, foi encontrado dentro de um carro queimado no fim da tarde desta quinta-feira em um dos acessos da cidade fluminense de Nova Iguaçu. As informações são do portal G1. Ele morava em Brasília e estaria passando férias no Rio, onde foi cônsul de 2001 a 2004. Ele assumiu o posto de embaixador no Brasil em janeiro deste ano, é casado e tem uma filha. O diplomata iniciou a carreira no Ministério das Relações Exteriores em 1985 e já atuou como embaixador grego na Líbia, de 2012 a 2015. 
• São Silvestre deste sábado será a mais quente da era matinal da prova. Temperatura prevista de 33ºC em São Paulo desafia atletas e preocupa favoritos para a prova. 
• Multas de acordos de leniência somam R$ 8,4 bi desde o começo da Lava Jato. Quase 81% será pago pela Odebrecht, cujo acordo de R$ 6, 8 bi inclui também pena aplicada à Braskem. 
• Receita vai compartilhar informações com 101 países. Fisco espera estímulo à nova fase da repatriação. 
• Governo reduz exigência de médicos para novas UPAs. Unidades de urgência e emergência poderão ter só 2 médicos por dia. 
• Pagando a conta de Janete. O Antagonista apurou que, em 2016,o governo federal transferiu 2,9 bilhões de reais -- 400 milhões somente nesta semana -- para estados e municípios quitarem exclusivamente dívidas com assistência social deixadas por Janete. Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, negociou os repasses diretamente com o Tesouro, com o aval de Michel Temer. É mais uma evidência de que o verdadeiro corte na área social era o PT que vinha fazendo. 
• O Estadão destaca que as multas dos acordos de leniência cobradas das empreiteiras do petrolão já somam 8,4 bilhōes de reais. É uma enorme conquista da Lava Jato, sem dúvida. Resta saber em quanto tempo as empreiteiras recuperarão esse valor com novos contratos públicos. 
• A retrospectiva da Lava Jato. A retrospectiva de 2016 que, de fato, interessa é a que o Ministério Público Federal no Paraná divulgou hoje: Em quase três anos de investigação intensa, o ano de 2016 termina como sendo o mais produtivo da força-tarefa da Lava Jato em sua atuação na apuração dos crimes cometidos por inúmeros investigados que fizeram parte do megaesquema de desvio de recursos públicos da Petrobras e de outros órgãos da administração federal. Vejam, por favor, os principais destaques da Lava Jato no ano: 
- 17 operações deflagradas; 
- 20 denúncias oferecidas contra acusados por crimes como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa; 
- A prisão de Sérgio Cabral, resultado da primeira ação coordenada entre as forças-tarefas das procuradorias da República no Paraná e no Rio de Janeiro; 
- R$ 204.281.741,92 devolvidos aos cofres da Petrobras, a maior devolução de recursos já feita pela justiça criminal brasileira para uma vítima.
• China inaugura ponte mais alta do mundo, 565 metros acima do rio Nizhu. 
• Obama impõe sanções à Rússia por suposta ajuda a hackers. Alvos são agências de inteligência do país; 35 profissionais são expulsos dos EUA; a expulsão deve-se a conclusão da CIA que Vladimir Putin dirigiu pessoalmente o ataque cibernético aos computadores do Partido Democrata. Putin disse que a acusação é ridícula, mas na Rússia de Putin o poder é pessoal e intransferível; Rússia expulsa diplomatas após sanções dos EUA. 
• Putin anuncia cessar-fogo entre regime e rebeldes sírios. Governo e oposição se comprometeram a participar de rodadas de negociação. 
• Trump afirma que ONU tem sido perda de tempo. Presidente eleito faz crítica após aprovação de resolução contra Israel. 
• Sem Venezuela e mais afinado, Mercosul pode destravar acordos em 2017. Após ano marcado pelo fantasma da dissolução, Mercosul está mais coeso, mas ainda busca visão comum sobre negociações com outros países e blocos. 
• Justiça reabre denúncia contra a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner. Autor da peça contra a ex-comandante da Casa Rosada, promotor Alberto Nismam foi encontrado morto quatro dias após apresentar sua acusação. 

Resoluções de Ano Novo: impossíveis e obrigatórias.
Hoje, como em todo 30 de dezembro, é dia de alinhar as resoluções de Ano Novo, daquelas impossíveis que abandonamos na primeira semana de janeiro, para reavivá-las no próximo dezembro. Por exemplo:
Parar de fumar. Beber menos. Evitar gorduras nas refeições. Fazer exercícios e corridas todos os dias. Tomar banho frio. Cuidar da saúde e fazer exames médicos. Ser carinhoso com filhos e netos. Ajudar os necessitados. Não pisar no acelerador. Ler um livro por semana. Assistir menos televisão. Matricular-se no curso de inglês. Cumprimentar e sorrir para os colegas de trabalho.
No entanto, por conta do ano bicudo que já termina, surgem novas e obrigatórias resoluções, que todos devemos seguir. São elas:
Acompanhar todos os dias a performance dos políticos. Marcar no caderninho os nomes dos envolvidos com a corrupção, para nas próximas eleições não votar neles. Pesquisar quais os deputados e senadores cujo padrão de vida aumentou depois de eleitos. Saber quantos políticos compraram apartamentos de luxo, sítios ou fazendas no exercício de seus mandatos. Anotar as viagens ao exterior de parlamentares e suas famílias. Acessar informações sobre gastos com cartões de crédito pelos funcionários do governo. Mas tem mais:
Participar de movimentos de protesto contra leis e iniciativas favoráveis às elites. Protestar contra a presença de políticos corruptos em restaurantes, aeroportos e mesmo na rua. Negar cumprimento aos políticos relacionados em listas da Odebrecht e outras empreiteiras. Aplaudir as ações da Polícia Federal, Ministério Público e Poder Judiciário, pessoalmente ou através de mensagens eletrônicas. Organizar grupos de amigos, familiares ou companheiros de trabalho para manifestações públicas de repúdio à corrupção. Acompanhar o comportamento da mídia na cobertura de escândalos e crimes praticados por políticos, exigindo de seus responsáveis a divulgação de notícias honestas e verdadeiras. Cobrar promessas não cumpridas de governantes e parlamentares. Como, também:
Ser tolerante para quem incorreu em erros, mas ser implacável com os erros. Transmitir experiências e lembranças para filhos e netos. Meditar e arrepender-se de omissões quando sua iniciativa poderia ter contribuído para a melhoria da vida em sociedade. Por último:
Lembrar em quem votou nas últimas eleições e não repetir o voto, se o eleito ou seu partido descumpriram suas promessas. (Carlos Chagas) 

Ufa!
As marcas de 2016 são crises, frustrações e incertezas, só se salva a Lava Jato.
Este 2016 que acaba amanhã só não vai tarde, sem choro nem vela, porque deixa registrado para a história um avanço firme e sem retorno da Lava Jato, a maior operação de combate à corrupção da história do Brasil e a mais contundente em curso em todo o mundo. No mais, o impeachment de um segundo presidente em um quarto de século, um ex-presidente recordista em popularidade réu pela quinta vez, uma crise econômica renitente, um descrédito preocupante da política e... falta de ânimo e perspectivas.
Foi, sem dúvida, um ano duríssimo. Juízes, procuradores e policiais federais atuando freneticamente, magnatas das empreiteiras presos, políticos de todos os matizes e praticamente todos os partidos perdendo o sono e Brasília sem parar um minuto, num pipocar diário de crises, com o presidente da Câmara cassado e preso e o do Senado réu em um e alvo de outros onze inquéritos.
Num País presidencialista, o foco ficou boa parte do tempo no Planalto, onde Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita presidente do Brasil, esgotou todas as possibilidades de corrigir seu legado econômico e político desastroso, e Michel Temer, o seu vice, tenta aflitivamente driblar o clima de instabilidade e de frustração.
Assim como petistas e incautos sonharam que bastava nomear o ex-presidente Lula para o governo e tudo voltaria a brilhar na economia, na política e na sociedade, criou-se também a expectativa inatingível de que seria suficiente tirar Dilma e por Temer para o crescimento disparar, a confiança voltar, o investimento jorrar, os empregos se multiplicarem. Mas não há milagres; há processos.
Em crises tão profundas, esses processos são longos e angustiantes.
Lula nem sequer conseguiu assumir a Casa Civil para dali tomar as rédeas do governo de Dilma, já então embalado rumo ao precipício pelas pedaladas. Já Temer assumiu e investiu em votos do Congresso e num time dos sonhos na economia, com Henrique Meirelles e estrelas como Pedro Parente e Maria Silvia Bastos para iluminar a boa vontade dos mercados.
Segundo o Basômetro, do Estadão Dados, Temer conquistou a adesão dos deputados em 88% das votações nominais de projetos para tirar o País do buraco. Mas os resultados da economia estão lentos e a população tem pressa. Temer disse ontem que o seu há de ser um governo reformista e, em propaganda nos principais jornais, enumerou 40 medidas que já se tornaram realidade nos 120 dias da sua gestão, mas reconheceu que a situação econômica ainda inspira muitos cuidados.
Aí está o problema, especialmente quando 858,3 mil postos de trabalho evaporaram em 2016 e o desemprego atinge 12,1 milhões de brasileiros. Emprego (ou desemprego) é o índice mais político da economia, mas é o último a desandar nas crises (vide Dilma) e também o último a se recuperar no fim delas.
Pairando sobre os êxitos enumerados por Temer no Congresso, seu habitat natural, e sobre a ansiedade na economia, seu maior desafio, há o fator Lava Jato, afunilado para fator Odebrecht. Acossada por multas bilionárias, suspensão de contratos internacionais e uma enxurrada de revelações chocantes em variados continentes, a empresa tenta dar a volta por cima com acordos de leniência e as delações premiadas de seu presidente, Marcelo Odebrecht, e mais de 70 executivos.
O Titanic afunda, ameaçando levar junto o mundo político. A grande incógnita neste finalzinho de 2016 é quem e quantos caberão na Arca de Noé da Lava Jato e da Odebrecht, sobretudo dentro do governo - que, de quebra, enfrenta o processo de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE. Nada está sendo fácil e a sorte de Temer continua sendo essa: se não está nenhuma maravilha, as alternativas parecem ainda mais assustadoras. (Eliane Cantanhêde) 
A beleza das coisas existe no espírito de quem as contempla. (David Hume)

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O teto vai ruir...

Façamos as contas ao próximo exercício. Você aí que ainda nem recebeu os míseros trocadinhos do patrão e ouve a mulher querendo comprar comi...