18 de nov. de 2016

Boca livre, pão com manteiga.

 photo insigni..._zpsnm3zocwm.jpg • Governo avalia alternativas para tentar ajudar Estados. 
• Só isso! Youssef põe tornozeleira e deixa a prisão. Delator vai para regime domiciliar, após revelar os detalhes do esquema de corrupção na Petrobrás. Indaguem aos empregados que irão pagar os rombos. 
• Joias, lancha e vestidos caros: propina bancou vida de luxo de Cabral, diz MPF. Anel de R$ 800 mil exibido pela então primeira-dama em jantar a dois em Paris e viagens internacionais eram financiados por empreiteiras, segundo a Operação Calicute. Investigadores suspeitam que helicóptero tenha sido dado como propina ao peemedebista; Cabral recebia mesada de R$ 500 mil de empreiteira, diz MPF; Prisão de Sérgio Cabral não afeta o PMDB, diz Romero Jucá, presidente do partido; Fogos, ritual indígena e até carnaval: Rio celebra prisão de Cabral. Pelas redes, foi convocado um carnaval fora de época para comemorar a operação: o Carnaval. 
• Para tentar enganar possíveis escutas, o ex-secretário de Obras do Rio, Hudson Braga chamava o dinheiro (ou propina) de oxigênio. Já o ex-secretário do Governo, Wilson Carlos, chamava a importância de bacalhau. 
• Gilmar nega recurso a Dilma contra investigação de campanha. Presidente do TSE mantém investigação de atos ilícitos. Ministro do TSE nega acesso de Dilma a documentos de gráficas. 
• Deputados querem incluir punição a juiz em lei de abuso de autoridade. A articulação é um plano B, no caso de não conseguirem incluir o crime de responsabilidade no pacote. Garotinho foi preso por coação de testemunhas e compra de 18 mil votos. 
• Garotinho se desespera ao ser levado de hospital para Bangu. Garotinho reage na transferência para o presídio. 
• Congresso prorroga por mais 60 dias prazo para analisar MP do Ensino Médio. Editada em 22 de setembro pelo presidente Michel Temer, medida provisória enfrenta resistências e ainda passou pela primeira etapa de tramitação legislativa, a análise pela comissão mista criada exclusivamente para examiná-la; STF nega recurso de faculdades que questionam lei do Fies. 
• Propina no Rio pagou até vestidos, segundo investigação. De suposto repasse de empreiteira, R$ 57 mil foram gastos com roupas. 
• Ex-presidente da Andrade muda versão sobre repasses. Otávio Azevedo nega agora propina para a chapa de Dilma e Temer em 2014. 
• Petrobrás vende Liquigás por R$ 2,8 bilhões. Divisão de botijões de gás foi vendida para a Ultragaz, do mesmo grupo da rede de postos Ipiranga. 
• Governo estuda mudar Minha Casa Minha Vida para incluir militares. Programa não oferece a opção de construir um condomínio específico para determinada categoria. 
• Votação de pacote de arrocho fiscal no Rio fica mais difícil. Com prisão de Cabral, avaliação é que entraves para aprovação do plano se multiplicaram por mil
• Senadores da oposição vão ao STF pedir suspensão da PEC do Teto de gastos. Parlamentares alegam que medida estrangula independência do Legislativo e do Judiciário. 
• Renan descarta pautar fixação de alíquotas de ICMS de combustível aéreo. Para presidente do Senado, pedido das empresas é uma chantagem a qual o Congresso não irá ceder. 
• O de sempre nas bocas. Romero Jucá assume liderança e prega harmonia. Líder do governo no Congresso diz que tramitação de medidas provisórias deve ser regulamentada. 
• Ator José de Abreu terá que devolver R$300 mil ao Ministério da Cultura. José de Abreu, Zé do Cuspe, foi beneficiado pela Lei Rouanet.
• Edital do MEC previa gastar R$ 198 mil em refeições para voos do ministro. Ministério da Educação desistiu de licitação após divulgação da notícia pelo site da revista Época. Contratação era para aumentar a eficiência de Mendonça Filho e ajudar a pasta a cumprir sua missão institucional
• Comissão do Senado quer fim das brechas para supersalários no Judiciário. Senadora Kátia Abreu propõe que Supremo julgue definitivamente como serão reajustados os vencimentos no Judiciário em cada estado e o fim dos penduricalhos em salários do setor público em geral. 
• Mais um ex-governador do Rio na mira da PF: Moreira Franco. As prisões dos ex-governadores do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e Anthony Garotinho (PR-RJ) atribuem novas preocupações ao estado que já sofre com uma grave crise financeira. Mas o cenário pode se agravar caso outro ex-governador seja preso. E já há nomes na lista. O ex-governador fluminense Moreira Franco (PMDB-RJ), atual secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), é uma das apostas. Considerado um dos principais nomes do governo do presidente Michel Temer (PMDB), ele é alvo de mais de um processo de investigação. Recentemente, o nome dele foi envolvido no escândalo por uso indevido de dinheiro público na compra de passagens aéreas. 
• Invasões e violência, em Brasília ou no Rio de Janeiro, de esquerda ou de direita, são um retrocesso político. 
• Contratação do filho de Lula vira mistério em time do Uruguai. Juventud anuncia acerto com preparador físico e depois nega; salário do brasileiro seria R$ 25 mil. 
Uma missão do FMI desembarca no Brasil na próxima semana para estudar de perto a situação financeira dos Estados brasileiros, diz a Folha de S. Paulo. Se a missão do FMI realmente quiser estudar de perto os Estados brasileiros, O Antagonista recomenda que seus técnicos visitem o presídio de Bangu. 
Clientes em comum: O Globo publicou um quadro com os contratos da mulher de Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo. Em primeiro lugar, está a Telemar. A Telemar pertencia à Andrade Gutierrez, que delatou Sérgio Cabral. Foi a Telemar que comprou a empresa de fundo de quintal de Lulinha. E foi a Telemar que mais tarde, com uma canetada de Lula, transformou-se em Oi, atualmente tão quebrada quanto o Rio de Janeiro. A Lava Jato revelou os pagamentos de propina da Andrade Gutierrez pelos contratos na Petrobras, em Belo Monte, em Angra 3. Faltou revelar os pagamentos de propina da mesma empreiteira no setor de telefonia. 
• O Cade, noticia o Estadão, tem em curso cerca de 30 investigações de cartéis formados por empresas envolvidas na Lava Jato. Desde o ano passado, os pedidos de acordo de leniência aumentaram 300%. As investigações em andamento envolvem combinações de preços, conluios para divisão de licitações, entre outras infrações. Era uma farra. 
• Socorro a Estados pode incluir verba extra de até R$ 4 bi. Recursos podem ajudar a fechar contas e pagar 13º salário do funcionalismo. 
• TJ de SP absolve acusados por cratera do metrô em 2007. Tribunal manteve absolvição de 12 réus ligados às construtoras ou à estatal. 

• Obama diz esperar que Trump confronte a Rússia. Futuro da política externa é tema da última viagem do presidente à Europa. 
• Site radical chega a centro do poder com novo governo. Editado por aliado de Trump, o Breitbart é mantido por ultraconservadores. 
• BC dos EUA indica alta dos juros e freia subida do dólar. Sinalização amortece estratégia brasileira para moeda americana. 
• Aos 56 anos, astronauta americana Peggy Whitson, pela 3ª vez, é astronauta mais velha a viajar ao espaço. 
• O salário que Donald Trump receberia para comandar os Estados Unidos não é o maior entre os governantes mundiais. Assim como Barack Obama que recebe US$ 400 mil por ano é o segundo maior. O primeiro lugar fica para o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong com US$1.700,000 por ano (R$ 5,78 milhões); o terceiro maior salário e o do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, por volta US$ 260 mil (R$ 884 mil). Em seguida vem Ângela Merkel (US$ 234 mil). Jacob Zuma, presidente da África do Sul, ganhando US$ 223,5 mil; Theresa May de primeira-ministra da Inglaterra US$ 214,8 mil; François Hollande e Vladimir Putin aparecem em 9º e 10º lugar com salários US$ 194,3 mil (R$ 660 mil) e US$ 136 mil (R$ 462 mil), respectivamente. (GibaUm) 
• Otan diz estar absolutamente confiante em liderança de Trump na aliança. 

O que fizeste do meu PT? Devolva-o!
A história já foi contada mas merece ser repetida. Augusto era imperador em Roma, aliás o primeiro e o mais longevo de todos. Foi quem ampliou os limites do império, estendendo-o à Germânia, a Alemanha de hoje. Cooptou o príncipe alemão Armínio, desde criança, para governar a região, mas na verdade o poder ficou com o general romano Varo, truculento e competente. O povo germano detestava os romanos, por conta da perda da liberdade e dos impostos que Roma impunha. Armínio preparou a traição, unindo todas as tribos e emboscando as legiões romanas lá sediadas. Morreram 150 mil legionários e seu comandante teve a cabeça cortada.
Foi a primeira e última derrota de Augusto, que entrou em profunda depressão. Durante meses, enquanto mandava Tibério sufocar a rebelião, era visto no palácio repetindo seguidamente a exortação: General Varo, o que fizeste de minhas legiões? Devolva-as!
O episódio se conta a propósito da traição de Dilma Rousseff com o Lula. O ex-torneiro-mecânico indicou Madame para sucedê-lo e confiou nela. Ao governar no seu primeiro mandato e ao começar o segundo, Dilma imitou Armínio e traiu o padrinho. Fez tudo ao contrário do Lula, que não encontrou nenhum Tibério para enviar. Pessoalmente, apesar da idade, tentará vingar o PT, ou melhor, as legiões massacradas. Ignora-se o resultado…
Se der certo…
Menos de uma semana depois de eleito, já se movimentam os partidários de Rodrigo Maia. Seus planos vêm sendo aplaudidos e muita gente já propõe que em vez dos seis meses de mandato fixados pela Constituição, possa prosseguir nos dois anos seguintes na presidência da Câmara. Não se mexe em time que vai dando certo... (Carlos Chagas) 

Pobre Rio, pobre Brasil.
Com a prisão de Garotinho e Cabral, políticos de Norte a Sul estão de barbas de molho.
O Rio de Janeiro continua lindo, como na música de Gilberto Gil, mas as prisões dos ex-governadores Anthony Garotinho, num dia, e Sérgio Cabral, menos de 24 horas depois, escancaram um cenário horrendo em que se misturam corrupção, populismo, empreguismo, gastança e irresponsabilidade. Sem contar aquele terceiro personagem que nasceu no Rio e virou tudo o que virou no Estado: Eduardo Cunha.
Todas essas mazelas não são exclusividade do Rio, mas se somam aos erros da era Lula e ao desastre dos anos Dilma Rousseff e explicam cristalinamente o resultado das eleições municipais. Com o PMDB ladeira abaixo e o PSDB e o PT praticamente fora de combate no Estado, só podia dar no que deu: uma forte rejeição aos partidos tradicionais, com uma disputa entre o PRB de Marcelo Crivella e o PSOL de Marcelo Freixo.
As prisões ocorrem justamente quando o governador Luiz Fernando Pezão volta de longa licença para tratar do câncer e brinda a população com um pacote de maldades contra a crise. Como Pezão é do mesmo PMDB e foi vice-governador de Cabral, significa que eles abriram o buraco e agora Pezão convoca trabalhadores, funcionários, aposentados, pensionistas e empresas para tapá-lo. Soa assim: Nós criamos a dívida e nadamos em dinheiro. E você paga a conta. Daí porque o Estado está em chamas, mas as pessoas estouravam espumantes ontem, quando Cabral saiu do Leblon para Bangu sem guardanapo na cabeça.
Faça-se justiça, porém. Enquanto Cunha abastecia trustes e o armário da mulher com desvios da Petrobrás e Cabral recebia mesadas de R$ 500 mil, desfrutava de lancha de R$ 5 milhões e ornava o dedo da mulher com um anel de R$ 800 mil do empreiteiro Fernando Cavendish, Pezão não é - até o momento - acusado de corrupção. Aliás, ele tem foro privilegiado e o que há contra ele, se houver, corre em segredo de justiça.
Também são bem diferentes os casos de Cabral, acusado de comandar um esquema de R$ 224 milhões, e de Garotinho, enrolado por ter usado um programa social da prefeitura de Campos para comprar votos. Ambos estão devidamente presos e acusados, mas há uma questão de escala entre um e outro.
Em comum, os dois foram muito importantes no Rio e chegaram a alçar voo nacional. Garotinho saiu do Palácio Laranjeiras para uma campanha à Presidência da República em que perdeu para Lula, mas chegou em honroso terceiro lugar e elegeu a mulher, Rosinha, para o governo do Estado e agora a filha, Clarissa, para a Câmara dos Deputados.
Cabral, típico menino do Rio, filho de respeitado jornalista, biógrafo de Pixinguinha, foi um excelente produto eleitoral, lembrado até para a Presidência da República. Ele e o prefeito Eduardo Paes tiveram destaque no PSDB, passaram para o PMDB, aproximaram-se alegremente de Lula e apoiaram firmemente Dilma. O voo de Cabral foi alto. O tombo foi mortal.
Isso não passa em branco pela política, onde o PMDB abriu uma cunha na disputa feroz entre PSDB e PT e subiu a rampa do Planalto com Michel Temer. Com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgando a chapa Dilma-Temer, com a delação da Odebrecht pairando sobre tudo e todos (até mesmo o PMDB, a base aliada e o governo), a prisão de Cabral pode ser tudo, menos algo positivo para Temer. No mínimo, é mais um foco de tensão - ou de suspeição. 
E há uma irradiação da crise do Rio sobre os demais Estados, sobretudo porque a crise econômica não perdoa ninguém e porque os estádios da Copa entram no foco. O Rio, além de lindo, é também a vanguarda do Brasil. Desta vez, pode estar sendo um outro tipo de vanguarda, com a prisão não apenas de um, mas de dois governadores de uma vez só, neutralizando a tese de perseguição ao PT. Tem muita gente de barbas de molho de Norte a Sul. Quais serão os próximos Estados? E os próximos presos? (Eliane Cantanhêde) 

Sérgio Cabral pegou fogo.
A Lava Jato não perde o fôlego por um minuto sequer; respira pixulecos.
No esquema criminoso de Sérgio Cabral, a propina era chamada de oxigênio.
224 milhões de reais em desvios de contratos oxigenados.
O MPF descobriu que 7% do valor das obras eram destinados ao suborno. Destes, 5% iam para Cabral, 1% para Hudson Braga e 1% para conselheiros do Tribunal de Contas do Rio.
Fico a imaginar qual regra econômica determinara esses 7%, assim como sua justa distribuição em 5-1-1.
Provavelmente, a regra do máximo oxigênio possível, sujeito ao mínimo esforço.
Uma regra nociva a todos nós, e ainda mais perigosa aos próprios inaladores.
Em Las Vegas, corre a lenda de que os cassinos bombam O2 em suas instalações, para que os apostadores se sintam particularmente estimulados.
Quanto mais oxigênio, maior o risco das apostas.
A lenda não vai tão longe.
Oxigênio em excesso torna tudo muito mais inflamável. (Rodolfo Amstalden) 
Que maravilha é ninguém precisar esperar um único momento para melhorar o mundo. (Anne Frank)

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