25 de set. de 2016

Engabelações nas promessas continuam.

 photo advinhe_zpszbzbqrbl.jpg • Oito pessoas ficaram feridas após um bueiro explodir no Centro do Rio, no início da madrugada deste domingo. O acidente ocorreu, de acordo com testemunhas, por volta da meia-noite, na Avenida Gomes Freire, próximo à esquina com a Rua do Senado. 
• Mudança no Ensino Médio: Estado do Rio vai manter todas as matérias. 
• Eleições 2016: plataforma lista candidatos comprometidos com igualdade de gênero. Lançada nessa sexta-feira, a plataforma Cidade 50-50 todas e todos pela igualdade lista propostas a serem assumidas publicamente por candidatos comprometidos com a defesa dos direitos das mulheres. 
• Com aplicativos para celular, eleitores podem fazer denúncias de compra de votos. Leia aqui
• Outra maracutaia. Petistas agora são acusados de fraudar até a campanha Stand With Lula, em Nova York, supostamente promovida por entidades internacionais em defesa do ex-presidente que é réu por corrupção. O suposto movimento internacional, lançado simultaneamente à abertura da movimento  de apoio a Lula nada tem de estrangeiro. Movimento pró-Lula, lançado em Nova York, é bancado pela CUT; Aliás, quando é que autoridade atacarão essa horrorosa febre sindicalista no país. 
• Deputados com acusação criminal disputam a eleição. Um em cada quatro parlamentares que concorrem em outubro está sob investigação no Supremo. Dos 19 concorrentes investigados, oito são réus. Acusações vão de crimes contra a administração pública, a estelionato e até tortura. 
• Teori fatia delação de Sérgio Machado e permite apuração preliminar sobre citação a Temer. No processo, ex-presidente da Transpetro também cita como beneficiários do petrolão Renan Calheiros, Jucá, Sarney e Aécio Neves, entre outros. 
• Ministra do TSE critica legislação eleitoral para mulheres: É feita para não dar certo. Em evento da ONU Mulheres em Brasília, Luciana Lóssio diz que muitos partidos lançam candidaturas de mulheres apenas para cumprir a determinação legal. Ainda precisamos fazer muito, temos um longo caminho a trilhar
A primeira vez que tentei carregar um pobre no meu carro, vomitei, diz Greca, candidato em Curitiba. Ex-ministro de FHC, Rafael Greca (PMN) está na frente na disputa pela Prefeitura de Curitiba. De acordo com a última pesquisa Ibope, ele tem 45% das intenções de voto. 
• Lula vive momento delicado e não quero jogar pedra, diz FHC. Em entrevista ex-presidente afirma que Meirelles não será FHC de Temer. 
• Congresso gasta R$ 103 mi com 1.212 na comunicação. Terceirizados representam 61% do total de servidores da área; A Folha fez um levantamento da estrutura de comunicação da Câmara e do Senado. São 1.212 funcionários, entre jornalistas, produtores, editores, cinegrafistas, fotógrafos, auxiliares, técnicos de TV e rádio etc... 
• Nova fase da Acrônimo mira chefe da Casa Civil de Minas Gerais. Operação investiga esquema de corrupção envolvendo o governador de Minas Geral, Fernando Pimentel, enquanto ainda era Ministro do Desenvolvimento, e o BNDES. Nesta fase, não houve prisões, apenas condução coerctiva e busca e apreensão. 
• Em projeto sobre lobby, Jucá defende que lobistas apresentem emendas na tramitação de matérias. Que se puna o lobby criminoso, mas que isso não impeça o lobby regulamentado de prosseguir contribuindo positivamente para a ação estatal, diz o senador. 
• Senado analisa projeto que concede aposentadoria especial a enfermeiros. Proposição assegura benefício depois de 25 anos de contribuição na área de enfermagem. Texto observa riscos físicos e biológicos inerentes à função. 
• Marisa Letícia foi às ruas de São Bernardo para pedir votos à reeleição do filho Marcos, que ninguém sabe exatamente o que fez como vereador. Lula tem bancado a campanha. 
• Numa coisa Dilma Rousseff tinha razão: Eduardo Cunha é um sujeito vingativo. No livro de memórias que pretende escrever, o ex-presidente da Câmara dirá que o impeachment foi um golpe parlamentar. Cunha nunca perdoará Michel Temer e a cúpula do PMDB por ter sido abandonado na reta final da cassação; O ressentimento de Eduardo Cunha é tamanho, que ele disse a Lauro Jardim que escreverá um segundo livro intitulado Delação Não Premiada, no qual contará todos os podres de seus colegas de partido. Diz Lauro Jardim: A interlocutores diz que já separou sua agenda de compromissos dos últimos anos e afiou sua (boa) memória para contar histórias pouco republicanas, dando o nome aos bois.
• Venda de refinarias deve baratear gasolina, diz Petrobras. Abertura do mercado de refino a empresas privadas beneficiaria consumidor. 
• O sindicalismo matou os fundos. As gravações obtidas por IstoÉ mostram como o sindicalismo do PT matou os fundos de pensão, que se transformaram em mais uma máquina de financiamento ilegal de campanha. João Vaccari Neto é apontado nas investigações da Greenfield como alguém com ascendência total sobre os fundos. (OAntagonista) 

• Polícia americana prende suspeito de ter matado cinco pessoas em shopping nos EUA. Arcan Cetin, um imigrante turco com nacionalidade norte-americana, foi preso enquanto caminhava aparentemente desnorteado em sua cidade. 
• Eleições nos EUA. Em 1º cara a cara, Hillary testa Trump mais manso. Em cenário apertado, confronto na TV pode ter peso. Debate de abertura, nesta segunda (26), mira eleitorado indeciso. Hillary e Trump chegam praticamente empatados a primeiro debate presidencial. 
• Norte-coreanos Kim Chang Gyong e Ri Jong Rwa e o teste atômico move discurso do país. 
• Colômbia não terá paz sem solução para as drogas. Desplazados desconfiam de acordo de paz na Colômbia. Pessoas que deixaram suas casas pelo conflito não creem em mudança; agora quer renegociar o acordo para venda de gás natural ao Brasil. 
• Reino Unido buscará independência na OMC após saída da UE, diz jornal. 
• Escritor que compartilhou caricatura ridicularizando o Estado Islâmico é morto. Nahed Hattar foi assassinado com três tiros em frente ao tribunal onde seria julgado por provocar conflito sectário; autor dos disparos foi detido. 
• Rússia registra 28 violações do cessar-fogo na Síria em 24 h. Formações armadas ilegais foram registradas nas províncias de Damsco, Aleppo, Latakia e Homs, segundo informações do Ministério da Defesa. 
• Paz entre israelenses e palestinos requer mais mulheres negociadoras. 
• Turquia detém 134 refugiados em iate que pertencia a ex-primeira-ministra. 
• Manifestantes mantêm protestos em Charlotte após polícia divulgar vídeo de tiroteio.

A eleição do enfado, da desesperança e da descrença.
Domingo que vem, com exceção dos que vivem no Distrito Federal, o eleitorado estará votando para prefeito e vereador. Houve tempo em que as atenções se voltavam para os candidatos a prefeito das capitais dos estados, pois nelas despontavam lideranças capazes de nos anos seguintes virarem astros de primeira grandeza, disputando os governos estaduais e até a presidência da República.
Dessa vez, a safra é reduzida, para não dizer inexistente. Dos favoritos a ganhar no Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, entre outros, não se encontra um só em condições de ascensão. Claro que surpresas sempre acontecem, mas o conjunto não anima ninguém.
Começa pela falta de embasamento partidário. A ausência de programas e de ideologia nos postulantes às prefeituras mais importantes faz a eleição um deserto de homens e de ideias, diria Ruy Barbosa se estivesse por aqui. Entre veteranos e jovens, não se aponta quem possa despertar entusiasmo.
Claro que as capitais andam pela hora da morte em se tratando de recursos para empreender seu desenvolvimento. Só estão em situação de penúria um pouquinho superior aos respectivos estados.
Tome-se São Paulo. Nem Russomanno nem João Dória, muito menos Marta ou Haddad, este já se despedindo de um sofrível primeiro mandato, conseguirão levar os paulistanos a acreditar em dias melhores. No Rio, Crivella inspira bocejos. Em Belo Horizonte, assiste-se a uma disputa restrita aos atleticanos. E assim por diante.
Foi-se o tempo em que Jânio Quadros, Ademar de Barros, Carlos Lacerda, Negrão de Lima, Miguel Arraes, Leonel Brizola e outros faziam de suas capitais trampolins para Brasília.
É preciso atentar para o índice de abstenções, apesar de o voto ser obrigatório. Mesmo em se tratando dos que comparecerão às urnas, o sentimento parece de enfado, desesperança e descrença. (Carlos Chagas) 

Os medíocres fascistas e democratas.
Duas pessoas discutem sobre um tema espinhoso como o aborto ou a liberação de drogas. Quando a temperatura da conversa aumenta, um dos lados vai jogar, com grande certeza, o insulto de nazista ou fascista sobre o adversário. A sombra de Hitler alonga-se no horizonte. O professor não desmarcou a data da prova como pedido? - Nazistão - bradará o coro dos alunos indignados. Um governo lança a ideia de controle da mídia? Tática fascista! 
O nazismo funciona como um conceito portemanteau, expressão francesa que usamos para falar em alças nas quais dependuramos tudo, como os casacos em cabides. Citar sempre o nazismo como modelo de ditadura é um recurso retórico eficaz quando se insulta adversários, pois algumas linhas gerais do fascismo alemão são do conhecimento geral e Hitler encarna o mal em estado absoluto para quase todas as pessoas. 
Tente difamar um inimigo nas suas redes sociais dizendo que o pensamento dele se parece com o de Rafael Trujillo, ditador por três décadas da República Dominicana. O efeito será nulo. Lembrar-se de infames, como Alfredo Stroessner, é só um sinal de idade. Hitler é um nome mais magnético e eficaz, o tipo ideal de ditador. A memória nazista atravessa gerações. Todo professor de história sabe que a análise da personalidade de Hitler provoca atenção até em alunos. Ivan é o terrível para nós e o grande para russos”. D. Maria I é a louca no Brasil e a pia em Portugal. Hitler é o malvado favorito de todos. 
Para aqueles que idealizaram o ditador nazista como um gênio do mal, é preciso dizer que se o mal é bem empregado no caso, gênio é um equívoco. Já ouvi muito: Ele era um assassino, mas era brilhante. As biografias tradicionais de Hitler, como a de Joachim Fest e John Toland, já tinham indicado que não se podia sustentar a tese da inteligência do cabo austríaco. De forma ainda mais contundente e recente, Ian Kershaw derruba, tijolo por tijolo, a imagem de estrategista poderoso ou brilhante. Era homem medíocre, limitado em todos os sentidos, com uma visão de mundo na qual sua tacanhice fazia par com seus ódios. Hitler é tão banal que fica o incômodo de como alguém assim chegou ao ponto dos genocídios que perpetrou. Talvez o segredo seja este: Hitler entendia o alemão comum por ser um homem comum. Como alguém estúpido chega ao poder? Ó brasileiros, ó cidadãos da minha terra amada: vocês tem certeza de que desejam me fazer este questionamento? Por que a Alemanha seria diferente de nós?
A biografia de Goebbels, de Peter Longerich, também revela dados curiosos. Como Goebbels era um doutor em Filosofia pela renomada Universidade de Heidelberg, imaginávamos que o verdadeiro gênio do mal era ele e não o seu chefe idolatrado. O livro destrói isso. Homem frágil, cheio de dor e de limitações e devotado como um cão ao Führer. O ideólogo oficial do regime, Alfred Rosenberg, não fugia a essa regra. Ele era filiado ao partido nacional-socialista antes de Hitler. Ler a obra principal dele, O Mito do Século 20, é quase constrangedor, ainda que tenha sido um ovo de serpente. A forca do tribunal de Nuremberg não matou nenhum gênio. A banalidade do mal, conceito de Hannah Arendt, serviria para mais gente além de Eichmann. Os nazistas não eram apenas comuns, também eram medíocres. 
 Talvez esteja nessa mediocridade a vitalidade e a eficácia do sistema fascista alemão. Explorar medos coletivos, dirigir violências contra grupos em meio a histerias sociais, aproveitar-se de crises para assustar a muitos com fantoches, usar propaganda sistemática e fazer da violência um método exaltado é uma estratégia que, infelizmente, não se encerra com o fim do regime nazista e nem precisa de brilhantismo. São recursos fáceis na maioria dos momentos históricos, em especial os de crise. 
A mediocridade é uma das molas da história e um esteio da violência. Ao final da experiência totalitária nazista, seis milhões de judeus tinham desaparecido. Ao lado do racismo antissemita, outras vítimas como ciganos, testemunhas de Jeová, militantes comunistas, homossexuais e deficientes físicos e mentais tinham encontrado a morte. A mediocridade não pode ser considerada inofensiva. 
Sempre me assusta que a democracia de massas compartilhe com as ditaduras a necessidade do espetáculo. A produção de um acordo que possibilite ao ditador ou mesmo a um democrata o exercício do poder, é algo estranhamente essencial a um sistema ou outro. Convenções partidárias e cenografia, guardados certos parâmetros, aproximam as apoteoses nazistas em Nürnberg e os encontros dos partidos democrata e republicano nos EUA atuais. Da mesma forma, a propaganda política que nos seduz/adestra/omite sobre os candidatos às prefeituras e ao cargo de vereador são, muitas vezes, seguidoras da ideia nazista de uma mentira repetida mil vezes. 
Democracia é melhor do que ditadura. Na ditadura, o corpo da liberdade e dos direitos fundamentais é assassinado. Na democracia, ele é chicoteado e insultado, mas sobrevive. Na ditadura, a chama da liberdade é apagada; na democracia, ela bruxuleia. Gostaria que os dois continentes, o da liberdade e o do fascismo, fossem mais distantes. A sedução de um psicopata imbecil como Hitler talvez indique que, além de muitas pontes, os dois mundos têm fluxo migratório acima do desejado. Um bom domingo a todos vocês. (Leandro Karnal)
O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta. (Maquiavel)

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