6 de ago. de 2016

Nem a Olimpíada acalma os ânimos...

Rio inaugura Olimpíada com festa grandiosa e vaias a Temer. Cerimônia de quatro horas abraça causas ambientais e respeito à diversidade. Manifestantes contrários à realização do evento e com críticas ao governo do presidente interino realizaram protestos na capital fluminense. Trajeto da tocha olímpica teve que ser alterado para evitar o encontro com ato contra Temer. 
• Jogos começam com Brasil em disputa por quatro medalhas. Estrelas entram em ação em dia crucial para pretensões do país nos Jogos. 
• Vôlei feminino inicia hoje jornada para igualar Cuba. Brasil busca tricampeonato consecutivo, marca alcançada só pela ilha caribenha. 
• Aumento de salário do STF é absurdo, diz relator. Relator da proposta que aumenta salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, senador Ricardo Ferraço alerta para o efeito cascata da medida em tempos de crise e ajuste fiscal. 
• O parecer do relator da CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Federais), João Carlos Bacelar (PR-BA), está focado na incriminação dos bancos. Mesmo sem ter sido concluído, o relatório foi mostrado a líderes do governo Michel Temer, que demonstraram preocupação com a proposta. O Planalto acredita que o parecer tem grandes chances de rejeição, e que será definido um novo relator. 
• Senador diz dominar órgão federal: Isso aqui é nosso. A melancia que eu quiser aqui eu vou botar. Em áudio, após nomear ex-assessor para a Secretaria de Patrimônio da União, Hélio José afirma que manda na SPU e que adversários terão de limpar as gavetas. Conversa com funcionários do órgão federal vazou na internet. Novo superintendente sofre resistência. 
• Alvo da Lava Jato que estava na China se entrega à Polícia Federal. Marcos Reis é acusado de ser um dos responsáveis por peracionalizar pagamento de propina do Consórcio Quip, liderado pela Queiroz Galvão.
• Lava Jato: Janot denuncia deputado Eduardo da Fonte por corrupção; Procurador-geral da República acusa o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Parlamentar se defende e diz que alegação é um absurdo
• No momento em que o País exige do governo um limite para os gastos públicos, 35 partidos continuam fazendo farra com recursos do Tesouro Nacional, graças a leis que eles próprios criaram. Entre janeiro e julho, tomaram do contribuinte, com o Fundo Partidário, quase meio bilhão de reais ou R$ 450,43 milhões. O PT foi o que mais faturou até agora: R$ 57,21 milhões. O PSDB, R$ 47,15 milhões e o PMDB, R$ 45,96 milhões. 
• De quem é o triplex? Nós sabemos a quem pertence o apartamento 164-A do Condomínio Solaris, no Guarujá. Mas o MPF aguça a nossa memória. Lula é um dissimulado. 

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• Lula participou ativamente do esquema criminoso na Petrobras, diz MPF. Para os investigadores da Lava Jato, há elementos de prova de que Lula participou ativamente” do petrolão. Defesa: “A atuação da Lava Jato em relação a Lula é incompatível com os direitos fundamentais
• Discussões sobre pacote anticorrupção na Câmara levam petistas a hostilizar Sergio Moro. 
• Senado pede investigação no Ministério Público contra Feliciano por abuso; O chefe de gabinete do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), Talma Bauer, foi preso no tarde desta sexta-feira (5) pela Polícia Civil de São Paulo. Acusação é de ter mantido uma jornalista, Patrícia Lélis, em cárcere privado, e de tê-la obrigado a gravar vídeos desmentindo uma denúncia de assédio sexual e agressão do parlamentar. Uma gravação entre a jornalista Patrícia Lélis e um assessor do parlamentar, supostamente seu chefe de gabinete Talma Bauer, podem tornar evidente o abuso sexual cometido pelo deputado. 
• Últimos passos do impeachment no Senado: Previsão é que a fase de encaminhamento dure cerca de 20h e que votação final do processo contra Dilma Rousseff seja realizada entre os dias 25 e 26 de agosto. 
• Lei cria piso de votos para vereadores serem eleitos. Norma visa evitar efeito Tiririca, de candidatos favorecidos por puxadores. 
Brasil deve mudar forma como lida com corrupção. Para advogado que representa Lula na ONU, alegações devem ser revistas. 
• Novas concessões incluem ferrovias e aeroportos. Investimento previsto para empreendimentos pode alcançar R$ 31 bilhões. 
• Ferrovia no Nordeste segue incompleta após 10 anos. Só 53% dos 1,8 mil quilômetros estão concluídos; já foram gastos R$ 6,3 bi.
• O marqueteiro do PT João Santana foi um dos beneficiários diretos da estrutura criminosa que contou com a participação ativa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o que afirmam quatro procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato. O esquema montado por empreiteiros, políticos e agentes públicos desviou pelo menos R$ 6 bilhões da Petrobrás durante os mais de 10 anos de funcionamento; Nesse arranjo, os partidos e as pessoas que estavam no Governo Federal, dentre elas Lula, ocuparam posição central em relação a entidades e indivíduos que diretamente se beneficiaram do esquema, registra manifestação de 70 páginas do Ministério Público Federal, que defende a competência do juiz federal Sérgio Moro para julgar o ex-presidente; João Santana, publicitário responsável pela campanha presidencial de Lula em 2006, recebeu dinheiro oriundo do esquema, informam os procuradores da República Julio Noronha, Jerusa Viecili, Roberson Pozzobon e Athayde Costa, em manifestação do dia 3; Marqueteiro das campanhas da presidente afastada Dilma Rousseff, em 2014 e 2010, e de Lula, em 2006, Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, são réus em dois processos, que estão em fase final, na Justiça Federal, em Curitiba. Presos desde fevereiro, eles foram soltos por Moro, nesta segunda-feira, após passarem a colaborar. O casal negocia delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR); Diante de Moro, ao serem ouvidos como réus nas ações penais, o casal de marqueteiros do PT confessou ter recebido recursos de caixa 2 do PT, referente a dívida de US$ 5 milhões da campanha presidencial de 2010. Os dois negaram saber que o dinheiro era de corrupção; Companheiros. Na mais contundente manifestação contra o ex-presidente Lula, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba afirma que a estrutura criminosa tem mais de uma década de funcionamento e listou outros beneficiários do esquema próximo do ex-presidente. O ex-ministro José Dirceu, pessoa de sua confiança - preso há um ano e condenado a 21 anos -, o ex-deputado André Vargas (PR), durante o mandato de Lula, foi um dos beneficiados com o esquema, e os ex-tesoureiros João Vaccari Neto (do PT) e José de Filippi Junior (da campanha de 2006); Para os procuradores, considerando que todas essas figuras, diretamente envolvidas no estratagema criminoso, orbitavam em volta de Lula e do Partido dos Trabalhadores, não é crível que ele desconhecesse a existência dos ilícitos. (AE) 

• Republicano Trump ouvirá banqueiros e executivos. Magnata escolhe nomes do investimento privado e amigos para economia. 
• Brasil, Argentina e Paraguai podem rebaixar Venezuela. Temer, Macri e Cartes debatem impasse na chefia do Mercosul em reunião. 
• Presidente da Fifa é absolvido por comitê de ética. Gianni Infantino foi acusado de violar o código de ética da Fifa. 

Você já errou ao fazer a coisa certa no momento errado?
Outro dia me perguntaram qual havia sido o grande erro que eu havia cometido na vida. Embatuquei. Foram tantos. Pedi para que o sujeito delimitasse o campo: familiar, amoroso, intelectual ou profissional? Ele respondeu profissional.
Não tive dúvida: o meu maior erro foi tentar sair do jornalismo, desobedecendo à máxima de Sêneca, o pensador romano, segundo a qual, para sermos felizes, devemos estabelecer antecipadamente o que buscamos atingir e, depois, examinar por onde podemos chegar lá mais rapidamente, desde que seja pelo caminho certo. Eu havia me desviado do caminho que havia traçado para mim e me dera mal.
O meu interlocutor não se satisfez com Sêneca e pediu para que eu fosse pontual: qual havia sido o grande erro que eu havia cometido no jornalismo.
Pensei em quase todas as bobagens que escrevi (difícil lembrar de todas, quando se tem 32 anos de profissão), mas nenhuma me pareceu forte o suficiente para saciar a súbita vontade de penitenciar-me. Passados longos cinco minutos, afirmei que o meu grande erro profissional havia sido ter feito a coisa certa no momento errado.
Em 1998, quando assumi o cargo de editor-executivo de Artes e Espetáculos da revista Veja, fui incumbido pelo então diretor de redação de dar uma espanada na poeira que se depositara na editoria. Uma das minhas providências foi criar a seção Veja Recomenda, para cobrir mais extensamente o mercado cultural. Além disso, decidi tornar a lista de livros mais vendidos rigorosa e semanal. Havia anos, a lista era elaborada de qualquer jeito por um funcionário da produção da revista, a partir dos relatórios enviados pelas livrarias, e era publicada apenas quando sobrava espaço nas páginas da editoria, sem periodicidade definida.
Determinei que a lista entraria toda semana, na seção recém-nascida, e que seria feita pelo jornalista encarregado de cobrir a área de livros, com a ajuda de um programa de computador que cruzaria as informações prestadas pelas livrarias, para evitar que eventuais discrepâncias entre os dados fornecidos falsificassem o resultado.
Em 2004, já na condição de redator-chefe, lancei o meu primeiro romance, O Dia em que Matei Meu Pai. Nos relatórios enviados pelas livrarias e cruzados pelo programa de computador, o romance ficou nas duas semanas seguintes logo abaixo do décimo lugar, portanto fora da lista. Até que, na terceira semana após o lançamento, a editora Record, que publica os meus livros, entrou em contato comigo para dizer que a revista andava classificando títulos de não ficção como ficção. Os títulos eram Perdas & Ganhos e Pensar É Transgredir, ambos de Lya Luft, e As Filhas da Princesa, de Jean P. Sasson, que havia passado a ficção de uma semana para outra. A Record disse, ainda, que As Mentiras que os Homens Contam, de Luis Fernando Verissimo, não podia ser considerado ficção, visto que um quarto do livro era composto por textos não ficcionais (fora a eterna discussão sobre se crônicas jornalísticas, mesmo quando recorrem à fantasia, podem ser consideradas ficção).
A editora Record estava certa: a lista de mais vendidos da Veja, que ganhara rigor e peso seis anos antes, errara. Subvertia categorias e posições. No caso de As Mentiras que os Homens Contam, por ter sido incluído em ficção, o livro havia deixado de entrar na lista na semana anterior, como vim a constatar. Ou seja, Luis Fernando Verissimo tinha sido prejudicado ao máximo. Os equívocos haviam sido gerados pelas próprias livrarias, que trocaram as categorias desses títulos, e continuados pelas falhas nos controles da revista.
A questão me colocava numa situação de conflito de interesses bastante peculiar - se eu corrigisse a lista, o meu romance entraria entre os dez mais vendidos, o que obviamente me beneficiava; se não corrigisse, eu não entraria, mas estaria falsificando mais uma vez a informação, lesando igualmente outros autores.
Ouvi os jornalistas envolvidos na elaboração da lista e o diretor de redação. Todos afirmaram que deveríamos corrigir a lista. A responsabilidade, no entanto, foi integralmente minha. Resolvi ir adiante nas correções, com a publicação de um box, ao lado da lista, para explicá-las. O meu romance acabou entrando, por uma única semana, no último lugar entre os mais vendidos. É óbvio que fiquei contente, mas com certo desconforto. Não teria sido melhor corrigir a lista só depois que o meu livro tivesse sumido do pedaço?
Em 2008, quatro anos mais tarde, quando virei alvo dos blogueiros sujos por causa do mensalão, esse episódio voltou-se contra mim. Fui acusado de falsificar a lista para que o meu romance figurasse nela. Abriram-se as portas do inferno: expuseram a minha vida particular, porque eu namorava a diretora editorial da Record, e inventaram que eu mandava subordinados escreverem resenhas positivas sobre os meus livros na Veja e até as editava. Reinaldo Azevedo gentilmente abriu espaço para que eu me defendesse na internet, mas a minha defesa só fez aumentar a sanha dos bucaneiros do PT. Eu errei ao fazer a coisa certa no momento errado, porque também abri um flanco para os inimigos.
Depois de contar essa história ao meu interlocutor, perguntei-lhe se ele havia feito algo semelhante. Estou esperando a resposta.
E você, prezado leitor, já errou ao fazer a coisa certa no momento errado? (Mario Sabino) 

Tudo dentro da lei.
Acontecerá o quê na hipótese de o Tribunal Superior Eleitoral considerar nula a eleição de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014? Primeiro, que a decisão será submetida ao Supremo Tribunal Federal, que poderá confirmar a sentença ou revogá-la. Levará algum tempo para essa manifestação, mas supondo a concordância da mais alta corte nacional de justiça com o TSE, Michel Temer também estará fora, devendo deixar o palácio do Planalto. 
Nesse caso, para completar o mandato que foi de Dilma e depois de Temer, assumirá o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ou será considerado eleito o segundo colocado na última eleição presidencial, Aécio Neves?
Loucura, concluirão os observadores, mas juridicamente perfeita, cabendo à Justiça decidir. Pelo inusitado da situação, a única saída será a realização de imediatas eleições presidenciais, coisa que ficará na órbita do Congresso. Votada a emenda constitucional respectiva, já estarão os candidatos na rua. Dezenas deles, do Lula ao Tiririca.
Tem limite o tropel do cavalo branco da imaginação. O país não aguentaria. Entraria em parafuso até mesmo a fundamental herança a nós deixada pelos colonizadores portugueses, o milagre da unidade nacional.
Sendo assim… Sendo assim, melhor que deputados e senadores realizem logo a etapa derradeira: convoquem logo eleições gerais para presidente da República. Tudo dentro da lei.
Vexame
O selecionado brasileiro de futebol amador não conseguiu passar do zero a zero com a África do Sul. Amanhã, enfrentará o Iraque. Mantido o vexame anterior, ou piorado com uma derrota, melhor fechar para balanço. (Carlos Chagas) 
A bondade infinita tem braços tão grandes que envolvem qualquer coisa que se volte para ela. (Dante Aalighieri)

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