15 de ago. de 2016

Dinheiros, alegrias e ....

• Estamos muito longe do pódio. Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, ao Correio Braziliense: O quadro de medalhas (na Olimpíada) reflete a concentração da riqueza no mundo e a importância que os países dão à qualidade de vida. (...) Os países ricos têm mais estrutura para incentivar o esporte e as exceções a essa regra têm mais a ver com talentos individuais; A economista Monica de Bolle acrescenta: O desempenho do Brasil é reflexo de tudo o que caracteriza o país. O potencial claramente existe, haja vista as inúmeras histórias de superação. Contudo, falta planejamento, alguma grana e disciplina. Mas não fizemos uma festa bonita
• Com foco nas eleições presidenciais de 2018, PSDB já ataca decisões econômicas do governo Temer. Principal alvo das críticas tucanas é o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. 
• Aposentadorias correm risco se não houver reforma, diz Padilha. Ministro repetiu em rede social que mudança vai preservar direitos adquiridos dos trabalhadores. 
• Lucro da Caixa cai 15,8% e soma R$ 1,6 bilhão no 2º trimestre. Índice de inadimplência foi a 3,2% ao final de junho, ligeira redução ante trimestre anterior. 
• No Fies, mais de 2 em cada 10 vagas não são preenchidas. Maior rigor na seleção e juros mais elevados fazem interesse diminuir. 
• Igreja Universal do Reino de Deus mantinha esquema ilegal na África, diz ex-bispo, Alfredo Paulo Filho, 49, responsável pela Universal em Portugal entre 2002 e 2009 e um dos principais auxiliares do bispo Edir Macedo, fundador da igreja, por mais de dez anos. Segundo religioso, igreja teve rota de remessas da África para Europa por 7 anos.
• Caiu a ficha: Bumlai diz por sua Defesa que fazendeiro amigo de Lula está arrependido. Nas alegações finais apresentadas anteontem por sua defesa ao juiz Sérgio Moro, o pecuarista José Carlos Bumlai afirma ter sido o trouxa perfeito do PT para viabilizar o empréstimo de R$12 milhões que captou no Banco Schahin, em outubro de 2004. O dinheiro, segundo o próprio pecuarista, foi destinado ao PT. Segundo a Lava Jato, em troca da operação financeira, o Grupo Schahin foi favorecido por um contrato de US$ 1,6 bilhão sem licitação com a Petrobrás, em 2009, para operar o navio sonda Vitória 10.000.
• Num crescimento de 60%, Bancos elevam em R$ 54 bilhões as reservas contra calotes em dois anos. O crescimento foi de 60%, levando a R$ 144 bilhões as provisões. Os quatro maiores bancos brasileiros - Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa e Bradesco - ampliaram em R$ 54 bilhões suas provisões para créditos duvidosos, uma espécie de seguro contra calotes, desde os balanços do primeiro trimestre de 2014 até os do segundo trimestre deste ano. 
• O dono da empreiteira UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, em novo depoimento à Operação Lava Jato, afirmou que combinou com o empresário Zwi Skornicki de pagar a ele R$ 500 mil para afastar o grupo holandês Keppels Fels de contratos de construção das plataformas da Petrobrás. Ambos são delatores da Lava Jato. A revelação de Ricardo Pessoa, feita pela primeira vez desde que sua delação foi fechada em 2015, é contestada por Zwi Skornicki. 
• Abílio Diniz: Não subir imposto é contra o País. Ao Estado' empresário diz que governo tem de taxar a entrada de dólares para conter valorização do real. 
• CPI do Carf é encerrada na Câmara sem aprovação de relatório final. Comissão foi criada para investigar denúncias e fraudes contra a Receita de bancos e empresas. 
• Novos réus são antigos conhecidos. O G1 divulgou a relação dos 14 réus acusados de envolvimento na roubalheira do centro de pesquisa da Petrobras, revelada pela Operação Abismo da PF. São nomes bem conhecidos da Lava Jato: Adir Assad, o Kibe: empresário e doleiro; Agenor Franklin Magalhães Medeiros: OAS; Alexandre Corrêa de Oliveira Romano: ex-vereador do PT; Edison Freire Coutinho: Grupo Schahin; Erasto Messias da Silva Júnior: Construtora Ferreira Guedes; Genésio Schiavinato Júnior: Construbase; Léo Pinheiro: ex-presidente da OAS; José Antônio Marsílio Schwarz: Grupo Schahin; Paulo Ferreira: ex-tesoureiro do PT; Renato de Souza Duque: ex-diretor de Serviços da Petrobras; Ricardo Backheuser Pernambuco: Carioca Engenharia; Rodrigo Morales: operador; Roberto Ribeiro Capobianco: Construcap; Roberto Trombeta: contador. 
• A decisão da Justiça do Trabalho, favorecendo os grevistas da Caesb (estatal de água e saneamento de Brasília), após 89 dias de uma paralisação com todas as características de abusividade, vai elevar despesa com pessoal em R$771 milhões, 14,5% mais que em 2015, segundo levantamento da empresa. A Caesb vai recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). 
• Pela terceira vez, megafazenda da falida Boi Gordo vai a leilão. Área do tamanho da capital paulista no MT agora tem deságio e está dividida em lotes. 
• Cresce o uso de bitcoin para enviar dinheiro ao exterior. Sem regulação, moeda movimenta R$3 mi no País; BC ainda não reconhece o ativo virtual. 

• Polarização americana: Hillary quer preservar a receita do governo; Trump propõe cortes de impostos em benefício dos ricos; Plano fiscal distancia Trump e Hillary sobre economia. Republicano defende cortar impostos, democrata quer taxar os mais ricos. 
• Brasileiros que investiram em Miami vendem imóveis. Quem adquiriu imóvel no dólar a R$ 1,80 em 2009 lucra com câmbio. 
• Morte de negro nos EUA gera reforço de segurança. Estado de Wisconsin chama Guarda Nacional para evitar distúrbios. 

A desmoralização de sístole e diástole, na reforma partidária.
Nunca entendi bem a diferença entre sístole e diástole, ou seja, os mecanismos cardíacos que orientam nosso sangue a fluir com maior ou menor intensidade pelas artérias. Quem primeiro transplantou essa imagem para a política foi o general Golbery do Couto e Silva, numa de suas complexas análises a respeito do processo de abertura política no governo Ernesto Geisel. A moda pegou e agora assistimos essas variações do fluxo sanguíneo chegarem aos partidos: eles vão ou não vão ser limitados pela cláusula de barreira ou desempenho?
Porque em certos períodos de euforia da reforma política, parece que o Congresso votará dispositivos draconianos para acabar com a farra das legendas menores e de aluguel, deixando que funcionem apenas cinco ou seis partidos capazes de cumprir as rígidas exigências de uma lei nova. Desapareceriam os partidos que apenas se locupletam no Fundo Partidário e de outras fórmulas para seus dirigentes e fundadores ganharem dinheiro, vendendo-se.
O problema é que logo depois segue-se o tempo de varrer para debaixo do tapete essas propostas moralizadoras, em nome da liberdade de manifestação. Ora o próprio Congresso, ora o Supremo Tribunal Federal, consideram um atentado aos postulados democráticos proibir cidadãos de formar os partidos que bem entendem, mesmo caindo no ridículo do partido do eu sozinho. Sem esquecer os pequenos partidos históricos, que não satisfariam as ditas e ansiadas novas exigências, como a de disporem de percentuais significativos nas últimas eleições, espalhados em razoável número de estados.
Resultado: quando determinado projeto encontra-se em vias de virar lei, reduzindo por exemplo o vexame da existência atual de 35 partidos bagunçando a prática política, logo a proposta é rejeitada ou desfigurada a ponto de ser arquivada. E se deputados e senadores sentem-se envergonhados de mandar a proposta para o arquivo, entra em campo o Supremo Tribunal Federal para intrometer-se onde não deveria ter sido chamado.
Estamos numa fase em que a sístole arrefece e a diástole acelera. Ou será o contrário? De qualquer forma, escafedeu-se o veto à proliferação de partidos políticos, coisa que há um mês parecia próxima. Não se fala mais no projeto, entre deputados e senadores. Uns por comiseração e solidariedade, outros por malandragem, a impressão é de que de novo continuaremos com a desmoralização pela existência de cada vez mais partidos.
Somando os que funcionam com os que se encontram em formação e pedido de registro, logo teremos 70 legendas. Convenhamos, um absurdo, em condições de desmoralizar sístoles e diástoles e de promover considerável enfarte no sistema sanguíneo… (Carlos Chagas) 

Rompe-se o ovo da serpente.
O que vou narrar são fatos da vida. Algo do muito que me chega por meio eletrônico. Dá para encher um livro com relato de mentiras ensinadas, abusos de autoridade e assédio intelectual. Agora, bem agora, enquanto abro e-mails, recebo dois exemplos. O primeiro é de um professor de Ciências Humanas:
Realmente, a liberdade acadêmica foi abolida. Sofremos pressão dos colegas que perderam a noção de toda lógica nas discussões teóricas (...). Espero que os próximos anos nos tragam soluções fundamentais para a melhoria de nosso país e de nossa qualidade universitária.
Grande abraço e parabenizo-te de novo. Sinto medo de posicionar-me publicamente. Minha sala de aula já foi invadida duas vezes, para teres uma ideia. Grande abraço e que Deus nos abençoe a todos.
Este é um professor cuja identidade não fornecerei porque reconhece ter receio de se posicionar de modo público. Fala de sua atividade profissional, daquilo para o que se preparou. E tem plena consciência sobre o quanto poderiam molestá-lo as reações antagônicas se aqui fosse identificado.
O outro, aí abaixo, é um pai. Em consulta que acabo de lhe fazer, pediu-me para preservar sua identidade pois seu filho poderia ser prejudicado. Sim, você entendeu adequadamente: o professor do texto acima receia por si mesmo e o pai do texto abaixo receia pelo filho. Eis seu relato:
Como já devo ter comentado, minha filha mais velha estuda na 7ª série de um tradicional colégio católico, um dos mais conceituados de Porto Alegre. Eu me considero um pai presente e, junto com minha esposa, acompanho de perto os estudos dos nossos filhos. Por isso mesmo já tinha me informado sobre quem são seus professores. Não foi surpresa quando vi que a maioria é esquerdista até a medula. Declarados ou não, são petistas com todas as pautas anticapitalistas, anticatólicas, feministas, raciais, gayzistas, etc.. Refiro-me a coisas do tipo a favor do aborto, contra o golpe, contra o imperialismo e toda a ladainha esquerdizante, neocomunista, que vocês conhecem bem. Coisa de DCE ou diretório do PT/ PSOL mesmo.
Eis que um deles veio me contar sobre as aulas de História (ai,ai!). Estavam aprendendo sobre Islamismo. E uma das aulas era algo do tipo as mulheres no islamismo. Um aluno interrogou o professor sobre o fato de as mulheres não poderem dirigir na Arábia Saudita, onde, se flagradas dirigindo veículo, recebem 30 chibatadas.
Resposta do professor de História: Isso não é culpa da religião islâmica. Isso é culpa do machismo! Do mesmo machismo, que faz com que no Brasil existam essas propagandas de cerveja onde aparecem mulheres seminuas, transformando seus corpos em objetos. Dai-me forças, Senhor Deus!
O professor, além de desviar completamente o assunto, passando pano, aliviando a barra do islamismo, ainda compara duas coisas completamente diferentes. Uma é a mulher proibida de dirigir, votar, ou seja lá o que for, recebendo punição se o fizer, pela força da Lei. Outra é uma profissional, modelo ou atriz, convidada a trabalhar em comercial de TV, sendo remunerada por isso e podendo aceitar ou não tal atividade.
Bem me disseram que seria mais fácil tirar o PT do poder, do que acabar com a doutrinação esquerdopata nas escolas e universidades. Um abraço.
Escola Sem Partido rompe o ovo da serpente. Reações em contrário não disfarçam o abalo que o projeto produz na estratégia de dominação cultural em curso. Reitero e reiterarei à exaustão o perfeito diagnóstico de Olavo de Carvalho: não se trata de doutrinação porque a tais professores falta todo o arsenal necessário para o correto ensino de qualquer doutrina, caso exista e possa ser conhecida. Trata-se da mais rasteira, desonesta e indecorosa ocultação da verdade. (Percival Puggina, arquiteto, empresário e escritor) 
O que importa não é o tamanho do sujeito na luta, mas o tamanho da luta no sujeito. (Bear Bryant)

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Façamos as contas ao próximo exercício. Você aí que ainda nem recebeu os míseros trocadinhos do patrão e ouve a mulher querendo comprar comi...