17 de jun. de 2016

Salvem a Lava Jato...

• Lava Jato em perigo. Veja
• Força-tarefa da Operação Lava Jato quer multa de R$ 6 bi da Odebrecht. 
• Incompreensível! Lava Jato deve caminhar rumo a uma definição final, diz ministro da Casa Civil. Braço-direito de Temer, Eliseu Padilha elogia operação, mas ressalta muitos equívocos e cobra desfecho das investigações. 
• Citado em delação por Sérgio Machado, ministro Henrique Eduardo Alves pede demissão. 
• Pedro Parente, entrevistado pela Globonews, disse que a Petrobras já tem em mãos propostas para compra da BR Distribuidora. Ele disse também que o Congresso Nacional tem de aprovar o projeto de José Serra que desobriga a estatal a entrar como sócia de todos os investimentos no pré-sal: A empresa hoje não tem condições de explorar todos os campos do pré-sal. Isso é fato. E o direito de escolha é importante para otimizar a utilização de recursos. Nossa visão é favorável à mudança do modelo porque achamos que não apenas atende interesses da empresa como também o melhor para o país. Esse é a única saída para o governo de Michel Temer: desfazer rapidamente todas as porcarias de Lula e Dilma Rousseff. 
• O rombo da TV Brasil: Michel Temer quer fechar a TV Brasil. Antes disso, segundo a Folha de S. Paulo, ele tem de demitir Ricardo Melo e os 22 conselheiros da EBC. Diz a reportagem: Desde sua criação, a EBC já consumiu R$ 2,6 bilhões do Tesouro Nacional. O número de funcionários passou de 1.462 para 2.564 e seus custos de produção saltaram de R$ 61 milhões para R$ 236,5 milhões -pelo menos 15% referentes aos serviços prestados à Presidência da República na cobertura de eventos
• Reação do PMDB a Machado ofende a inteligência de uma criança de 5 anos. Leia
• O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Jardim, nomeou sua sócia em um escritório de advocacia para chefiar o seu gabinete no ministério. A nomeação da advogada Lilian Claessen Miranda Brandão foi publicada na edição da última terça-feira (14) no Diário Oficial da União. De acordo a portaria de sua nomeação, Lilian receberá um salário de R$ 11,2 mil. 
• Brasil suspende negociação com Europa para receber refugiados sírios. Proposta de acordo previa pagamento para que País recebesse algumas das milhares de famílias desalojadas pela guerra civil. 
• Marcos Valério propõe delação sobre mensalão tucano. Preso em BH, operador pede transferência para local que abriga ex-goleiro Bruno; ele também negocia acordo com Lava-Jato. 
Mortadelas da Contag revelam que receberam almoço para ir a protesto. Contag pagou almoço para quem protestasse contra o governo. 

Ignorar as eleições.
Conforme o delator Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, hoje em prisão domiciliar em sua residência de Fortaleza, dezesseis empreiteiras desviaram 109,49 milhões de reais para 23 políticos de oito partidos. Só o PMDB recebeu 109 milhões, sendo que para o senador Renan Calheiros foram 32 milhões, em espécie ou como doações eleitorais. Surpreende, também, o total de 1,5 milhão repassado para o então vice-presidente da República, Michel Temer, quantia desviada a título de ajuda ao candidato derrotado à vice-prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita. A lista apenas envolvendo a Transpetro e sua quadrilha cita José Sarney, Romero Jucá, Aécio Neves, Edison Lobão, Candido Vacarezza, Jader Barbalho, Jorge Bittar, Luis Sérgio, Vardir Raupp, Edison Santos, Henrique Eduardo Alves, Garibaldi Alves, Ideli Salvatti, Walter Alves, Heráclito Fortes, Felipe Maia, Jandira Feghali, Agripino Maia, Francisco Dornelles e muitos outros.
Pode ser que alguns tenham servido apenas para repassar milhões a candidatos dos respectivos partidos, mas fica difícil encontrar quem não se tenha beneficiado pessoalmente. Politicamente, claro que todos.
O delator também relacionou os nomes das empresas pagadoras e dos partidos beneficiados. Vale apenas referir que o total dos repasses surripiados de uma única estatal decorreu do superfaturamento de contratos celebrados entre a Transpetro e as empreiteiras. Multiplique-se a operação pelas centenas de outras empreiteiras e partidos e se terá a soma de quanto perderam os cofres públicos através de uma só fonte pagadora. Imagine-se as outras. Bem como quantos políticos, empresários e funcionários públicos tiveram seus rendimentos, contas bancárias e sucedâneos aumentados. Sem falar nos desvios verificados através de estabelecimentos situados no estrangeiro.
Jamais se roubou tanto, apesar do artifício de que tudo se destinou a auxiliar uns tantos candidatos em períodos eleitorais.
Fazer o quê? Quem quiser que responda, pois cancelar eleições será loucura, como prender todo mundo, também. Da mesma forma, proibir gastos públicos e privados, que ninguém controla. Impedir as reeleições apenas estenderia a corrupção para novas gerações. Em suma, melhor ignorar as eleições. Só que não adianta... (Carlos Chagas) 

Maranhão desfaz manobra que ajudaria Cunha.
Waldir Maranhão (PP-MA), presidente interino da Câmara, decidiu desfazer a última manobra que havia patrocinado para socorrer Eduardo Cunha. Ele vai retirar da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) uma consulta que, se aprovada, permitiria à infantaria de Cunha apresentar no plenário da Câmara emenda sugerindo a adoção de uma pena alternativa, mais branda do que a cassação do mandato.
O ofício que formaliza a retirada da consulta foi assinado por Maranhão em segredo, no início da tarde desta quinta-feira (16). Após rubricá-lo, o deputado voou para o seu Estado, sem dar publicidade à providência. Seu gesto revela uma rachadura no grupo de apoiadores de Cunha, autodenominado centrão. Maranhão puxa o tapete de Cunha porque sente-se traído por ele.
O palco da discórdia foi a recém-criada CPI do DPVAT. No papel, destina-se a investigar fraudes no pagamento do seguro a vítimas de acidentes de trânsito. Maranhão revelou um insuspeitado interesse pelo tema. E indicou o deputado Luís Tibet (PTdoB-MG) para presidir a CPI. A tropa de Cunha patrocinou outro nome: Marcos Vicente (PP-ES). Sem acordo, os contendores foram à sorte dos votos. E Vicente prevaleceu sobre Tibet, o preferido de Maranhão, por 15 votos a 13.
Maranhão enxergou na derrota as digitais de Cunha. Abespinhado, decidiu retaliar. Daí a retirada da consulta que enviara à CCJ. A peça tinha como relator na comissão o deputado Arthur Lira (PP-AL), um investigado da Lava Jato que executa ordens de Cunha.
Carlos Marun (PMDB-MS), outro aliado, já havia reconhecido em público que a intenção do grupo era propor no plenário, como alternativa à cassação de Cunha, uma suspensão por três meses. Algo que, se vingasse, resultaria em impunidade -o STF já suspendeu Cunha do exercício do mandato e da presidência da Câmara por tempo indeterminado.
Derrotado no Conselho de Ética por 11 votos a 9, Cunha passou a apostar na CCJ. Ali, sem a manobra de Maranhão, terá de jogar todas suas fichas na aprovação de recurso anulando o processo de cassação do seu mandato. Longe dos refletores, os partidos do centrão promovem uma dança de cadeiras na CCJ. Trocam adversários de Cunha por parlamentares amestados. Sabem que, no plenário da Câmara, forma-se uma densa maioria a favor da descida da lâmina.
O líder do governo, André Moura (PSC-SE), outro encrencado na Lava Jato e também alistado na milícia parlamentar de Cunha, assistiu à derrota do candidato de Waldir Maranhão na disputa pela presidência da CPI do DPVAT. O plano original de Cunha era que o próprio Moura, hoje um dos seus soldados mais leais, comandasse a CPI. Mas o acúmula da função com o cargo de líder revelou-se incompatível.
O presidente da CPI será o deputado Wellington Roberto (PP-PB). No Conselho de Ética, ele entregou a alma a Cunha. Sua familiaridade com o universo dos seguros DPVAT é nenhuma. Marcos Vicente, o relator, tampouco entende da matéria. Ligado à CBF, ele integra a bancada da bola. A despeito de tudo, a dupla deve ter milhões de razões para querer comandar uma CPI que levará grandes seguradoras à berlinda. (Josias de Souza)

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