13 de mai. de 2016

Meia década perdida...

 photo viagens_zpshqemndqx.jpg • Prévia do PIB cai 0,36%; é a 15ª queda seguida registrada; em um ano, tomba 6,64%. 
• Ricardo Lewandowski já é, formalmente, o presidente do Senado para tocar o processo de impeachment de Dilma. Lewandowski vai continuar trabalhando do STF, embora Renan Calheiros tenha colocado a estrutura do Senado à disposição. 
• Temer assume a Presidência e defende reformas e gasto social. Em 1ª fala como interino, ele afaga Congresso e promete governo de salvação; Ministério de Temer amplia espaço a congressistas. Deputados e senadores são 57% do total; no 2º mandato Dilma, eles eram 18%; Michel Temer recriou o Gabinete de Segurança Institucional, desmontado por Dilma Rousseff na última reforma ministerial. Para o cargo, ele chamou o general Sérgio Etchegoyen, que ficará responsável pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Temer defende Estado mínimo e propõe parceria público-privada contra crise; Temer diz que pediu estudo para cortar milhares de cargos sem concurso; Presidente interino publica mudanças em ministérios e MP sobre concessões; Governo Temer quer permissão do Congresso para rombo fiscal seja maior em 2016 a fim de acomodar a negociação da dívida dos estados. A medida, se aprovada, abre caminho para que o rombo das contas públicas em 2016 seja superior a R$ 96,65 bilhões ao final do ano.
• Temer faz primeira reunião ministerial nesta sexta-feira. Projetos prevendo reajuste para o funcionalismo público e negociados com o governo anterior serão mantidos. 
• Novo ministro da Fazenda Meirelles estuda elevar idade mínima para aposentadoria. 
• Lula fez de tudo para se esconder durante a despedida de Dilma Rousseff. De acordo com a Folha de S. Paulo, ele se recusou a entrar no Palácio do Planalto. Desceu do carro no subsolo e viu o discurso de Dilma em uma pequena sala próxima à garagem. Mais ainda: Lula também não quis subir no palco montado para Dilma. Capitulou diante da insistência de Jaques Wagner; Abatido, Lula ainda não definiu estratégia para disputa municipal. 
• Exonerados, ministros de Dilma ficam sob investigação de Moro. 
• Novo ministro do Esporte é fornecedor da Olimpíada. Leonardo Picciani é sócio de empresa que vende brita para obras olímpicas. Família Picciani, do Rio ao governo. Olho neles. 
• Afastado, Cunha mantém regalias semelhantes às de Dilma. Cunha também terá salário, segurança, residência, carro... 
• Governo terá de fazer escolhas difíceis, diz Armínio Fraga. Para presidente do BC, país vai ter de enfrentar desafios como a previdência. 
 • Sem aviso aos clientes, Unimed cancela contrato com maior rede de laboratórios da Baixada Fluminense. 
• Novo AGU deverá substituir Lewandowski em setembro. Fábio Osório Medina é nome forte para a vaga de Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro admitiu a colegas que vai pendurar a toga no fim do mandato de presidente do STF, que se encerra em 10 de setembro. 
• Procuradoria pede ao STJ processo contra o governador de MG; Operação Acrônimo: Justiça manda Fernando Pimentel demitir a mulher do secretariado. Governador de Minas tem 48h para cumprir decisão de 1ª instância. 
• Gilmar critica descalabros da trupe que tomou o País de assalto. País foi tomado de assalto por trupe de insensatos, diz ele; Menos de 24 horas depois de abrir inquérito contra Aécio, Gilmar suspende investigações. 
• Petrobras tem prejuízo de R$ 1,25 bilhão no 1º trimestre. Redução na produção de petróleo e na venda de combustíveis prejudicam; Petrobras negocia gasodutos com Brookfield e aprova venda de ativos na Argentina. 
• Marco Civil protege Whatsapp de bloqueios e proíbe limitar internet. 

• Dependência de analgésicos explode nos Estados Unidos. Uso de remédios derivados do ópio dobrou em duas décadas no país. 
• Papa abre caminho para mais mulheres na Igreja. 
• Zika: OMS manda evitar locais pobres durante a realização das Olimpíadas. 
• Afastamento de Dilma é um passo para o golpe, diz grupo do Parlamento Europeu. 
• Dilma paga preço desproporcional, diz The New York Times. 
• O choro: Venezuela repudia golpe de Estado parlamentar no Brasil; Nicarágua: presidente Ortega indignado com afastamento de Dilma; Cuba expressa toda a solidariedade a Dilma, Lula e ao PT. 
• Comandante militar do Hezbollah morre em explosão na Síria. Bélgica amplia bombardeios contra EI. 
• Trump e líderes republicanos dão primeiro passo em direção à unidade. 
• Forte explosão deixa 4 mortos no sudeste da Turquia. 
• Trump e Hillary procuram vices complementares. Republicano busca mulher ou veterano; democrata precisa atrair jovens. 
• Órgão venezuelano fixa auditoria de assinaturas até junho. CNE verifica firmas de pedido por referendo para abreviar governo Maduro. 
• Franceses chocam Festival de Cannes com canibalismo, sexo e eutanásia. 
• China diz esperar estabilidade no Brasil após afastamento de Dilma. 

• Bando petralha manda o comércio fechar as portas: O desespero vai imperando no bando de 167 mil militantes petistas que, de prêmio doado pela quadrilha petralha, mamam nas boquinhas do governo para simplesmente fazerem nada. Entraram em estatais, ministérios e demais órgãos do governo, sem concurso, com alta percentual de semi-analfabetos. Como não tinham aptidão para funções mais elevadas, ficavam sem fazer coisa alguma, porque, sem temor algum de serem dispensados, se recusavam a executar tarefas mais simples e braçais. Essas ficavam para os concursados. Esse bando de inúteis, recebendo salários entre 6 e 10 mil Reais, estarão na rua em busca de novo emprego nos próximos dias, porque, com o despejo da mulher sapiens, estão todos em vias de serem demitidos, sendo esta a causa do desespero. Na agonia, resolveram atender aos apelos dos dirigentes pelegos da CUT para aderirem à conduta típica de meliantes donos de boca-de-fumo: mandar fechar o comércio. (AC)
A luta continua.
O PT está fora do poder. E, acreditem, é para sempre. E você vai fazer depois disso o quê?, perguntam-me os inconformados, como se a minha profissão fosse ser antipetista; como se eu me definisse pelo não.
Ocorre, para a eventual decepção dos desafetos, que eu me defino pela coragem grande de dizer sim, citando trecho de uma música de Caetano Veloso -que se deve escrever apenas Caetano. O que dizer nessa hora? Como Aquiles e Heitor, a despeito do confronto cruento, estou preparado para admirar meu adversário. Mas esse é eco de uma luta mais ancestral do que a Ilíada, de um tempo em que cada litigante reconhecia no outro grandeza e legitimidade para ser o que é.
Que coisa curiosa! Se os petistas não tivessem reduzido todas as divergências à luta entre a boa-fé, de que se querem monopolistas, e a má-fé a vontade do outro, então viveríamos no que um poeta chamou certa feita de a cidade exata, aberta e clara, em que as divergências não se fazem de virtudes que se negam.
A propósito: se o entendimento que os petistas têm do marxismo não fosse tão pedestre, a divergência seria uma etapa do aprimoramento do argumento. Mas não há chance, na terra petista, de o Deus crucificado beijar uma vez mais o enforcado. Os petistas são incapazes de reconhecer que o arcabouço legal que lhes conferiu quatro mandatos é o mesmo que afastou a presidente.
Que pena! E eu vou fazer o quê? Ah, hipócrita leitor, meu igual, meu semelhante! Continuarei na minha militância em favor do individualismo radical. Certa feita, há muitos anos, enviei a um amigo que ainda está nesta Folha o soneto Spleen, de Baudelaire, a título de um credo político: Sou como o rei sombrio de um país chuvoso.
Não! Não sou melancólico, mas sei que todas as hipóteses de felicidade jamais estarão fora de nós. Quero um governo que não nos roube o direito à subjetividade mais extremada, ao individualismo mais radical, ao egoísmo mais virtuoso. A demagogia coletivista, de esquerda ou de direita, é nauseante.
Ah, esta é a semana em que o PT vai para o diabo. Eu poderia aqui lembrar um dia de 2010 em que um blogueiro petista muito reputado propôs uma pauta à imprensa: quem eram, onde moravam e como viviam os 5% que achavam o governo Lula ruim ou péssimo? Ele sugeriu no texto que eram leitores deste escriba. E seu post vazava aquele desejo incontrolável de aprisioná-los num campo de concentração moral.
A minha vocação para o vitimismo passivo-agressivo ou para exultação na modalidade falsa modéstia é bem pequena. No fim das contas, lastimo tanta bobagem dita nesses anos e tanta resposta igualmente energúmena. Há muita coisa a fazer neste país, meus caros! Há tanto atraso a vencer neste nosso renitente orgulho nacional da pobreza cheia de caráter!
Dilma se foi! Fico feliz porque ela me deixava mais cansado do que bravo. Seguirei tocando a minha vidinha. Reproduzo os primeiros versos de um poema da admirável Adélia Prado: Eu fiz um livro, mas oh, meu Deus,/ não perdi a poesia./ Hoje depois da festa,/ quando me levantei para fazer café,/ uma densa neblina acinzentava os pastos,/ as casas, as pessoas com embrulho de pão./ O fio indesmanchável da vida tecia seu curso. (...) 
Eu me interesso, de verdade, é por esse fio. A política é só o tributo que pago ao vício. (Reinaldo Azevedo) 

A marcha da decadência.
Por maiores elogios ao desenrolar ordeiro e ordenado da sessão do Senado que em mais de vinte horas aprovou a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma, a verdade é que o país presenciou outra marcha da decadência. Menos pelos excessos e abusos verbais de parte dos senadores, mais porque afastar quem ocupa a suprema magistratura da nação revela a fragilidade das instituições.
Importa menos saber as causas reais do afastamento de Madame, desde o fracasso da política econômica à sua arrogância e presunção até o desprezo com que tratou o Congresso. Mais grave é assistir o Brasil no fundo do poço, com quase doze milhões de desempregados, a paralisação das atividades produtivas, a imobilização dos deveres do poder público e o abandono da população.
Não será a ascensão de um governo provisório incapaz de recuperar tempo e espaços perdidos, ainda mais pelo retrocesso que se anuncia com o retorno de concepções elitistas e neoliberais Em especial porque, para ser afastada em definitivo, Dilma precisará da condenação de 54 senadores, sobre 81, quando seus adversários obtiveram apenas 55 para escanteá-la. Dois senadores que sejam, mudando o voto, restabelecerão seus poderes em plenitude, depois de longo e penoso julgamento.
O embate não terminou, apesar da euforia dos vencedores de ontem. Voltam-se as atenções para as primeiras iniciativas de Michel Temer, depois da frustração que foi o anúncio de seu ministério.
O Brasil continuará dividido, na realidade girando em círculos e entregue às mesmas fantasias de sempre, como agora que cresce outra vez a proposta de adoção do parlamentarismo. Trata-se de um engodo que apenas interessa ao Congresso. Dois plebiscitos numa só geração demonstram que a nação é contra. Em meio à corrupção permanente que atinge a classe política, seria correto entregar mais prerrogativas aos deputados?
As reformas de base poderiam ter sido adotadas pelo Lula, num de seus dois governos. Dilma também não avançou. Conseguiria um presidente provisório sucesso?
Em suma, haverá que aguardar, inclusive pelas eleições municipais de outubro. Com o PT devolvido à oposição, resta saber quando o novo presidente Michel Temer receberá seus primeiros panelaços. (Carlos Chagas) 

A direção de Temer.
Dadas as circunstâncias atípicas, o presidente interino Michel Temer (PMDB) dispunha de espaço pequeno para escapar às platitudes durante seu primeiro discurso após o afastamento provisório de Dilma Rousseff (PT).
Eram por assim dizer obrigatórias as referências à difícil situação econômica e à necessidade de instituir um governo de salvação nacional, à Operação Lava Jato e ao compromisso de mantê-la sempre protegida, ao processo traumático em curso e à busca pelo constante diálogo com a sociedade.
Procurando ir além do óbvio, mas ainda assim sem oferecer novidades, Temer fez de tudo para se distinguir de Dilma. Da fala concatenada ao tom moderado, dos recados a empresários aos sinais a investidores, das mesuras aos parlamentares à insistência no legalismo, em tudo o interino se distanciava daquela a quem substitui.
Em nenhum tema realçou mais as diferenças, porém, do que quando tratou do papel do Estado. Fato digno de nota, assumiu sem rodeios um discurso liberal, estabelecendo vagos limites para o poder público e enaltecendo a importância das parcerias com o setor privado para que o país volte a crescer.
Em termos práticos, contudo, não indicou como pretende levar tais planos adiante, assim como não destacou medidas objetivas relacionadas com as poucas reformas que enumerou, caso da trabalhista e da previdenciária.
Argumente-se que a cerimônia não comportava riqueza de detalhes. O dia de Temer, entretanto, não se fez apenas do pronunciamento. Havia também um momento concreto: a posse daqueles que integrarão seu primeiro escalão -e o ministério do presidente interino se revelou decepcionante.
À exceção de um ou outro nome de peso, o peemedebista se valeu do mesmo loteamento de cargos que a sociedade tanto criticava na gestão petista. Áreas sensíveis para a população, como educação e saúde, foram usadas como moeda nas negociações fisiológicas.
Não se trata de ignorar as imposições do pragmatismo político; algumas concessões o presidente interino inevitavelmente haveria de fazer. Mesmo no balcão do toma lá dá cá, todavia, era possível encontrar quadros de maior expressão -já que o gabinete de notáveis não passou de balão de ensaio.
Erro ainda mais primário Temer cometeu ao não nomear nenhuma mulher para seu ministério. Nem tanto por ajudar Dilma em sua narrativa de vítima do machismo, mas pelo retrocesso de décadas que a atitude representa -basta lembrar que o último gabinete composto somente por homens remonta à década de 1970, na ditadura militar.
Durante seu discurso, Michel Temer recorreu a palavras como credibilidade e confiança. Não se pode dizer, ao menos por ora, que sua prática as inspire. (UOL)
Já me acostumei com as críticas, não é um cisco no olho ou uma pedra no caminho que vai me fazer desistir.

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