1 de mai. de 2016

Mancômetros por todos os lados...

 photo 1omaio_11milhoes_zpstkm61ypa.jpg• É até uma blasfêmia falar do Dia do Trabalho numa época em que milhões de brasileiros estão sem emprego. O exame de consciência que muitos alienados não fazem é sentir na pele o que significa o fato da carência trabalho no sustento próprio e da família. Se você desconfia de alguém que causou isso, culpe-o e aprenda que votar não é um simples dever cívico, é muito mais, é ter respeito à brasilidade, a Ordem e Progresso, a honestidade e não à venda do voto ou aliar-se a corrupção. Sempre há tempo. (AAndrade) 
• Panelaço! Dilma deve anunciar reajustes de Bolsa Família e IR. Presidente irá falar sobre as correções durante as comemorações do Dia do Trabalho, neste domingo. 
• Centrais sindicais pró e contra Dilma vão às ruas no 1º de Maio. 
• Indústria perde espaço na economia da maioria dos estados, mostra CNI. Maior queda de participação entre 2010 e 2013 foi na Bahia, de 6,6 p.p. Setor perde espaço em SP, mas ainda representa 28% da indústria do país.
• Fogo olímpico desembarca no Brasil na terça e vai passar por 327 cidades. 
• Morre César Macedo, o seu Eugênio da Escolinha do Professor Raimundo. Humorista estava internado e não resistiu a infecção hospitalar, segundo Sônia Abrão, que fez o anúncio nas redes sociais.
• Advogado-geral de Dilma recebe R$ 42 mil por reunião no BNDES. Os cargos de ministro de Dilma eram disputados a tapa pelos aliados do governo não só pelo foro privilegiado, mas também pelos valiosos jetons (bônus) pela participação deles em reuniões mensais dos conselhos de administração de estatais. O ex-ministro da Justiça e atual advogado-geral de Dilma, José Eduardo Cardozo, cujo salário é de R$31 mil, recebe mais R$ 42,7 mil como conselheiro do BNDES. O salário mínimo subiu 21,5% desde 2014. Mas a boquinha de Cardozo no BNDES mais do que dobrou no mesmo período. O ministro Valdir Simão (Planejamento), ex-CGU, chegou a receber em outubro de 2015 R$ 100 mil líquidos, entre jetons e verba indenizatória. Jetons são pagos como vantagem eventual e não estão sujeitos à restrição do teto constitucional do funcionalismo público. Um terço dos ministros de Dilma tem o salário de R$ 31 mil aumentado com jetons de estatais como Petrobras, Correios, Banco do Brasil etc. (Diário do Poder) 
• Juros sobem até 48% em dois anos e aumentam os riscos para quem pega empréstimo para pagar outro.
• Medo de perder imóvel reduz à metade calote em condomínios do Rio. Inadimplentes correm para negociar. 
• Em crise, Rio paga R$ 9 milhões a consultoria financeira. 
• Não queremos circo em operações da PF, diz ministro da Justiça. Aragão volta a alfinetar as investigações da Polícia Federal. 
• Obras citadas na Lava Jato ficam R$ 162 bilhões mais caras e 19 delas acumulam atrasos na execução e aumentos de custo. Condenado na Lava Jato repassou milhões a firmas de laranjas. 
• Ciclovia não será refeita a tempo dos Jogos, diz projetista da Ponte Rio-Niterói. Diferente da ciclovia Tim Maia, Píer de Ipanema foi projetado, em 1970, para resistir a tsunami. 
• Amazona australiana morre após sofrer queda em classificatória para Rio 2016. 
• A padronização, em todo o Brasil, do licenciamento de carros é a justificativa para um projeto de lei que põe fim às vistorias físicas, aprovado ontem pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. O projeto cria um licenciamento eletrônico e os próprios proprietários seriam responsáveis por informar se seus carros têm condições de circular com segurança. (ODia) 
• Em crise, Rio paga R$ 9 milhões a consultoria financeira. 
• Obras citadas na Lava Jato ficam R$ 162 bilhões mais caras e 19 delas acumulam atrasos na execução e aumentos de custo. Condenado na Lava Jato repassou milhões a firmas de laranjas. 
• Lula criou o cartel das empreiteiras para eleger Dilma Rousseff. Foi o que declarou o dona da Gautama, Zuleido Veras, em sua entrevista para a Veja: Lula montou esse cartel, com certeza. Era um projeto de poder. Ainda bem que estão saindo, porque iam quebrar o Brasil. Já quebraram a Petrobras. Com a delação do Marcelo Odebrecht, ninguém fica de pé. Isso coincide com o depoimento do presidente da Andrade Gutierrez, segundo o qual o esquema de propina montado pelo PT passou a funcionar plenamente em 2008. Até aquela data, roubava-se como sempre se roubou: cada cacique tinha seu próprio esquema. Em 2008, Lula criou o cartel das empreiteiras. E, juntamente com o cartel das empreiteiras, o cartel da propina. (OAntagonista) 
• Dilma sempre soube de tudo. Zuleido Veras, na década de 1980, trabalhou na OAS. Foi quando ele testemunhou os pagamentos de propina de Léo Pinheiro a Lula. Em seguida, ele fundou a Gautama. A construtora cresceu até ele ser preso em 2007, acusado de corromper Silas Rondeau. Na época de sua prisão, a PF descobriu que ele emprestou sua lancha para Jaques Wagner e Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil. Em sua entrevista para a Veja, Zuleido Veras disse que deu por fora um dinheirinho para Jaques Wagner. Ele disse também que Dilma Rousseff se faz de inocente, mas que ela sempre soube de tudo sobre a roubalheira na Petrobras. (OAntagonista)

• A estratégia da Arábia Saudita para tentar acabar com a dependência de petróleo. Seu nome é sinônimo de petróleo. Durante décadas, a Arábia Saudita encabeçou listas dos principais produtores e exportadores do combustível. Agora, o país anuncia sua intenção de largar seu vício ao chamado ouro negro para poder sobreviver sem a renda proporcionada pelo petróleo. Como? Criando aquele que seria o maior fundo soberano do mundo, com recursos de US$ 2 trilhões, mais do que o dobro do maior fundo de investimentos estatal existente hoje, o da Noruega, com US$ 865 milhões. Para que o fundo soberano saudita, hoje com US$ 160 bilhões, alcance os US$ 2 trilhões, Riad planeja uma ação inédita: privatizar 5% das ações da petroleira estatal Saudi Aramco. Baixa do petróleo faz navios retomarem rotas da era dos descobrimentos. 
• Em crise, Venezuela adianta relógio 30 minutos para economizar energia. 
• Atentado contra governador de província do Iêmen deixa 5 mortos. 
• Duplo atentado deixa 22 mortos e dezenas de feridos no sul do Iraque. 
• Chega a 16 número de mortos em desabamento de prédio em Nairóbi. 
• Atentado suicida na Turquia deixa 2 mortos e 22 feridos. 

Compromisso com a mentira.
É de autoria da jovem escritora norte-americana Veronica Roth a observação, tão interessante quanto significativa, que determinou o título deste artigo: a mentira exige compromisso. De fato, quem mente faz um pacto com essa falsidade, agravando de modo crescente seus efeitos e a corrupção da própria consciência. O que descrevi ganha enorme significado no campo político. Neste caso, a mentira pode fraudar a democracia e determinar as mãos para onde vai o poder; pode frear e inibir a Justiça; pode promover a injustiça e pode causar severos danos aos indivíduos e ao interesse público.
Imagine agora, leitor, quanto mal pode advir quando a mentira, corrupção da verdade, é repetida milhões de vezes por multidões que, deliberada ou iludidamente, a reproduzem sem cessar como papagaios de barbearia. Temos visto muito disso por aqui. Impeachment é um instrumento constitucional da democracia, de rito lento e severo definido pelo STF, que exige quórum elevadíssimo em sucessivas deliberações nas duas casas do Congresso. No entanto, sua legitimidade vem sendo contestada através de uma mentira que me recuso a reproduzir aqui em respeito ao leitor cujos ouvidos, certamente, já doem de tanto a escutar.
Agora, um novo mantra está em fase de propagação. É o tema deste artigo. Ouvi-o pela primeira vez há poucos dias: Se Temer assumir vai acabar com a Lava Jato. Ué! Em seguida ouvi novamente. E de novo, e de novo. A mentira passou a ser difundida por uma nuvem de papagaios. Em bem pouco tempo, como era de se prever, de tão repetida a mentira virou assunto de entrevistas e comentários em rádio e TV. Ora, quem ouviu a mentira várias vezes proferida por repetidores comprometidos, viva voz ou nas redes sociais, e logo vê o tema sendo abordado em meios de comunicação, aos poucos passa a entender como informação aquilo que repetidamente ouviu. É gigantesca a disparidade de forças entre a verdade e a mentira incansavelmente proferida!
Vamos à verdade. Quem tentou controlar a operação Lava Jato foi o governo. Quem manifestamente odeia o juiz Sérgio Moro são: a presidente Dilma, o ex-presidente Lula, seu partido, seu governo e seus seguidores. Eram os parlamentares do governo que assediavam José Eduardo Cardozo enquanto foi ministro da Justiça para que contivesse as ações da Polícia Federal. Foi por pressão partidária, especialmente de Lula, que ele deixou o ministério onde seu sucessor, o ministro Aragão, já no dia da posse, começou a ameaçar a Polícia Federal. Ou não? Num país onde os absurdos se sucedem abundantes, em cascata e por dispersão, as pessoas esquecem essas coisas e abre-se o campo para quem mantenha relação descomprometida e inamistosa com a verdade.
Ninguém pode deter a operação Lava Jato. Ainda que alguns parlamentares investigados por ela tenham se mudado do governo para a oposição, a operação funciona numa esfera que não pode ser alcançada por cordéis acessíveis aos comandos políticos. O governo, que descobriu ser inútil sonhar com isso, também sabe que pode se valer da ideia para propagar uma falsidade que lhe convém. (Percival Puggina, arquiteto, empresário e escritor) 

O PT e a causa de todas as desgraças.
Agora que o impeachment de Dilma Rousseff são favas contadas e apenas os que acreditam na força dos gnomos da floresta acham que o Senado Federal não vai ratificar o seu afastamento, uma pergunta pertinente surge: quem as pessoas vão culpar pelos seus próprios problemas?
É claro que a grave crise econômica é lastreada nas péssimas decisões tomadas pelo governo Dilma e uma gestão do tipo Titanic em direção ao iceberg, então é lógico supor que, durante muito tempo, as pessoas vão ranger os dentes ao lembrar dela. E considerando que a taxa de desemprego atingiu 10,9% no primeiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, e sem perspectivas de melhora, põe muito tempo nisso.
Mas, durante toda a campanha pelo impeachment, políticos, movimentos contra o governo e setores do empresariado e da mídia se esforçaram para passar a impressão de que todos os problemas do país se resumiam à presença do Partido dos Trabalhadores no poder e a extensa rede de corrupção descoberta pela operação Lava Jato. E sua saída significaria um reequilíbrio cósmico que abriria o caminho para a felicidade e que rios de leite e mel correriam pelas cidades, com unicórnios que fazem cocô em forma de sorvete colorido.
Parte da população absorveu isso e o mantra isso é culpa do PT ou isso é culpa da Dilma passou a estar presente quando alguém reclamava da vida em conversas de bar, em jantares de família, na balada, no almoço do trabalho, depois do sexo. Ou seja, mesmo quando a culpa não procedia (e olha que o PT e Dilma se esforçaram pacas para serem culpados por muita coisa), o mantra estava lá.
Numa banca de jornal, ouvi uma conversa entre duas mães. Uma reclamava do comportamento adolescente de sua filha adolescente e culpava a influência nefasta do PT, enquanto a outra concordava com a cabeça. Eu, particularmente, culparia os hormônios, a natureza de contestação dessa fase da vida ou mesmo o tipo de relação estabelecida com a filha ao longo dos anos, mas é mais fácil responsabilizar um agente externo.
Em outro caso, o amigo de um amigo culpava o governo por conta da falência do seu negócio. Até aí, ele teria toda a razão do mundo por conta da lama econômica em que estamos atolados. Mas, após alguns minutos de conversa, os presentes perceberam que foram decisões totalmente equivocadas tomadas por ele que o levaram à bancarrota. Questionado sobre isso, abandonou a discussão chamando os presentes de petralhas.
Com a transição de poder em nível federal, gostaria de saber se elegeremos um novo inimigo público para justificar nossos próprios desacertos ou se continuaremos a culpar os antigos. Em menor grau, a sociedade brasileira e o próprio PT também fizeram isso no ocaso do governo Fernando Henrique, atribuindo tudo à herança maldita deixada pelos tucanos. Que também fizeram muita sujeira e coisa errada e largaram a vaca no atoleiro do brejo, mas claramente não eram culpados por todos os males do mundo.
O maniqueísmo é uma desgraça, mas o povo gosta mesmo é de um bem contra o mal porque não demanda muito raciocínio.
O governo federal é responsável por muita coisa e o partido no poder merece ser avaliado nas próximas eleições por conta disso. Mas, particularmente, acho importante entender e encarar de frente nossos próprios erros, corrigindo-os prontamente. E não terceirizar a responsabilidade por todos os aspectos de nossa própria vida. Acho que chegou a hora de sermos maduros o suficiente para isso.
Qual foi a última vez que refletiu e percebeu que você também é resultado de suas próprias decisões que vão além da política?
Desconfio que os próximos meses serão de um grande vazio para muita gente que não vive sem alguém para odiar. Pois, ao final, é o ódio que os define e dá sentido à sua existência. (Leonardo Sakamoto)

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