27 de abr. de 2016

Temer: mais um que vem na onda, sem aval popular.

• BC decide juros hoje; mercado crê que taxa continuará em 14,25%.
• População pede a demolição definitiva da ciclovia Tim Maia. Prefeitura afasta Concremat de novas concorrências públicas até que as investigações sobre desabamento sejam concluídas.
• Trabalhadores dos Correios paralisam atividades por 24 horas.
• Supermercados têm alta de 4,16% nas vendas reais em março sobre um ano antes.
• Governo Temer terá ministros de FHC, Lula e Dilma. Vice-presidente organiza formação de governo e quer integrar legendas como o PSB e o PV. Só ficarão de fora nomes ligados ao PT, partido de Dilma, e do PCdoB, legenda leal aos petistas desde a primeira eleição presidencial.
• Baiano diz ter dado ao menos R$ 4 milhões a Cunha. Mas não diretamente, ressalva Fernando Baiano. Apenas para pessoas que seriam ligadas a ele, declarou o doleiro, um dos condenados da Lava Jato, ao Conselho de Ética da Câmara. Imagens foram proibidas no depoimento.
• Anastasia vai relatar impeachment no Senado. Senadores governistas questionaram a isenção do PSDB para assumir a função, mas não encontraram apoio nos demais membros do colegiado para vetar a indicação de tucano; Raimundo Lira é eleito presidente da comissão do impeachment. O colegiado, composto por 21 titulares e igual número de suplentes, terá até o dia 9 de maio para concluir seus trabalhos; Comissão do impeachment quer ouvir ministra da Agricultura e Banco do Brasil; Senadores discutem a indicação de Antonio Anastasia para a relatoria; Impeachment: comissão votará relatório em 6 de maio. Documento deverá ser apresentado dois dias antes, em 04 de maio. Em seguida, defesa de Dilma terá tempo para se manifestar novamente, durante a discussão do parecer. Veja o calendário de atividades da comissão do impeachment no Senado; Dilma terá que contratar advogado privado para defendê-la. Atuação da Advocacia-Geral da União está limitada à fase de instrução do processo de impeachment na comissão processante do Senado; Relator do impeachment, Anastasia recebeu doações de empresas da Lava Jato.
• AGU recorre à Câmara para anular votação de impeachment.
• Filha de Temer diz que impeachment não é bom para o país. Professora de Direito Constitucional há cerca de 20 anos, Luciana refutou a tese defendida pela presidente Dilma e por petistas de que o impeachment é um golpe. Uma nova eleição é golpe, pois não está prevista na Constituição, ressaltou.
• Querem sentar na minha cadeira sem voto, diz Dilma. Em Salvador, presidente afirmou que processo de impeachment é uma tentativa de fazer eleição indireta por quem quer chegar ao poder sem votos.
• A moda pegou: PF detém chinês com US$ 8,7 mil na cueca no aeroporto do Paraná.
• Proposta discutida por Temer é crime contra aposentados, diz ministro. Miguel Rossetto, do Trabalho e Previdência Social, critica desvinculação do reajuste de benefícios, inclusive previdenciários, do salário mínimo. Aliados do vice-presidente defendem aprovação de medida caso peemedebista assuma a Presidência.
• Senadores fazem sessão de desagravo ao presidente do DEM. Em meio às discussões do impeachment no Senado, colegas de oposição de José Agripino se reúnem em plenário para manifestar solidariedade ao senador potiguar, acusado de corrupção.
• Dez milhões ainda não declararam o IR 2016; prazo acaba nesta sexta-feira.
Rei da papelaria se autopromove com verba pública. Silvio Costa usou cota da Câmara para comprar quase 3 toneladas de papel A4 e 16 mil lápis escolares nos últimos dois anos. Pré-candidato ao Senado, parlamentar diz que itens foram repassados a aliados para divulgar mandato; Não uso cota para fins eleitorais, diz Silvio Costa. Deputado que gastou R$ 118 mil na compra de material de escritório, como 3 toneladas de papel e 16 mil lápis, diz que é homem limpo e que usa a verba da Câmara de acordo com regras da Casa.
• OAB-RJ protocola denúncia contra Jair Bolsonaro na Câmara. Ordem afirma que deputado fez apologia à tortura ao homenagear coronel Brilhante Ustra no voto pelo impeachment. Bolsonaro afirma que OAB se esquece que deputados têm imunidade parlamentar por votos e palavra.
• Câmara: oposição e governo duelam em plenário e deixam pauta de lado. Discussão seria sobre Projeto de Resolução que prevê novo cálculo da proporcionalidade partidária para composição das comissões na Câmara. Entretanto, parlamentares da base pediram obstrução até que STF acate pedido de afastamento do presidente da Casa.
• Deputado quer que Globo dê direito de resposta a casal que discutiu com ator. Laerte Bessa reclamou da entrevista concedida pelo ator José de Abreu ao Domingão do Faustão, no último domingo. Na ocasião, artista deu sua versão sobre o fato de ter cuspido em casal que o provocou por ser petista.
• Existe decoro? Miss Bumbum, mulher de ministro publica ensaio feito em gabinete. Declarando-se a primeira-dama mais bonita do governo, Milena retirou o ensaio de sua página após a repercussão na internet. Tô indignada. Pegam um momento de felicidade da vida se um casal que se ama e estão felizes e transformam em uma coisa negativa; Não posso me vincular a baixaria, diz primeira-dama do Turismo. Modelo afirma que foi proibida de dar entrevista pelo marido após repercussão de fotos. Todos estão me julgando por ter feito fotos de biquíni no passado. Mas se estivesse sentada em uma mesa, ninguém me daria atenção sobre meus ideais políticos.
• Conselho de Ética: Delcídio falta pela quarta vez e relatório será lido no dia 3. Esta foi a última oportunidade do senador comparecer pessoalmente para se defender. Diante da ausência, os membros da comissão decidiram marcar a leitura do relatório do senador Telmário Mota (PDT-RR) para o dia 3.
• STF mantém prisão do empresário Marcelo Odebrecht. Por 3 votos a 2, a maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Teori Zavascki, e entendeu que o empresário deve continuar preso; TSE condena PSDB, PMN e PRTB a devolver dinheiro aos cofres públicos.
• Após resistência, CPI do Carf convoca segundo homem mais rico do país. Além de Joseph Safra, também foram convocados, entre outros, o lobista Mauro Marcondes Machado e a mulher dele, a empresária Cristina Mautoni. Fortuna do banqueiro é avaliada em US$ 18 bilhões, segundo a Forbes.

• A 100 dias dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro entra na reta final olímpica parecendo mais uma clássica república de bananas do que uma economia emergente moderna a ponto de assumir seu lugar entre as principais do mundo, deixarão um legado de lixo, segundo reportagem na edição impressa do jornal britânico The Guardian. 
• Bélgica extradita para a França suspeito de ataques em Paris. 
• EUA: Trump e Hillary confirmam favoritismo em primárias da costa leste. Candidatos trocam farpas após vitórias. 
• Líder supremo do Irã diz que EUA retiraram sanções apenas no papel. 
• Para poupar energia, Venezuela terá semana de apenas 2 dias úteis. 

O maior de todos os roubos.
Do mensalão ao petrolão, do desvio no orçamento dos ministérios e das empresas públicas, do assalto aos bancos estatais e às encomendas de toda espécie celebradas à sombra dos governos federal, estaduais e municipais - salta aos olhos a rota para todos os roubos. Trata-se da desfaçatez com que os partidos políticos se lançam a exigir sua parte no botim.
Traduzindo: desde governos anteriores que as agremiações partidárias conseguiram estabelecer a teoria da participação no roubo. Dos grandes aos pequenos, impuseram a divisão dos ministérios conforme o tamanho de suas bancadas e de seus votos.
De José Sarney a Fernando Henrique, do Lula a Dilma, todos os presidentes compuseram suas equipes contemplando os partidos, sob pena de não poderem governar sem o apoio deles. Talvez por isso os partidos tenham se multiplicado tanto, hoje em número de 39.
Volta e meia surge a ideia da formação de equipes apolíticas e apartidárias, de alto nível ou seja lá o que for, mas a promessa costuma não durar. Cede à pressão fisiológica dos partidos que ameaçam destruir os governos se não conquistarem ministérios capazes de proporcionar-lhes lucros e sinecuras de toda espécie.
Ainda agora assistimos a quase extinta presidente Dilma dividindo seu governo, na tentativa de salvar-se. Assim como, mais grave ainda, o futuro presidente Michel Temer fazendo a mesma coisa. Pedaços da administração federal são retaliados, geralmente sem preocupação com a competência. Recebem a palavra mágica, a chave que lhes abrirá a caverna do Ali Babá. Quase sempre mancomunados com expressões do mundo financeiro e do próprio governo.
Basta atentar para a agenda do ainda vice-presidente, cercado de líderes partidários nadando feito piranhas ao redor do trono. Se os presidentes da República cumprem o dever de casa, chegam ao fim de seus mandatos. Caso contrário, são ejetados, como acontece agora com Madame e aconteceu com Fernando Collor.
A conclusão dessa relação desavergonhada é que a corrupção aumenta sempre, assim como de mandato para mandato diminui a eficiência dos governos. Locupletam-se todos, pelo menos até o momento em que a corda arrebenta. Como está para. (Carlos Chagas)

Lágrimas da esquerda.
O que me surpreende nessa novela do impeachment é que a esquerda ainda defenda a desastrada gestão de Dilma Rousseff.
O governo do PT meteu-se com esquemas pesados de corrupção e mostrou-se administrativamente incompetente. Alega-se que Dilma, como pessoa física, é honesta -com certeza mais honesta do que muitos dos que agora a condenam. Não duvido. Mas isso é muito pouco para transformá-la num modelo de virtude cívica. Ou bem a presidente é uma tonta, que não viu que pessoas ligadas ao partido e ao governo estavam se locupletando, ou então foi conivente com a corrupção. É verdade que os esquemas já existiam antes de ela chegar ao Planalto, mas a posição virtuosa aqui teria sido a de detoná-los publicamente, não tolerá-los em nome da governabilidade.
Para tornar o quadro ainda mais dramático, acho complicado até mesmo afirmar que as administrações do PT buscaram implementar políticas de esquerda. Parece mais preciso descrevê-las como populistas. Enquanto os ventos sopraram a favor, elas distribuíram benesses para todos -muito mais dinheiro foi destinado para empresários do que para os pobres, registre-se.
Em 13 anos de governos petistas, pautas históricas da esquerda, como o direito ao aborto e a descriminalização das drogas, foram tratadas como tabu pelo Executivo. O PT tampouco hesitou em sacrificar bandeiras que lhe eram caras, como a educação sexual nas escolas, sempre que seus aliados religiosos chiavam.
O caso do sindicalismo chega a ser grotesco. Nada foi feito pra implementar a convenção 87 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), aprovada no longínquo ano de 1948, que estabelece a liberdade sindical e que era defendida com unhas e dentes por Lula e pela CUT até chegarem ao poder.
Se há alguém que não deveria derramar nenhuma lágrima pelo governo Dilma, é justamente a esquerda. (Hélio Schwartsman) 

Aversão aos números.
Dificuldade - É notória a aversão que os brasileiros em geral têm aos números. Estudos revelam que mais de 90% (vejam só), não mostram apenas dificuldade para lidar com cálculos e projeções, como confessam isto abertamente.
Imposto de Renda - Isto, por si só, esclarece, por exemplo, a dificuldade que a maioria dos brasileiros tem para fazer uma simples declaração de Imposto de Renda. Poucos levam em conta que o programa disponibilizado pela Receita Federal torna a tarefa extremamente rápida e fácil. A rigor, qualquer criança de quatro anos é suficientemente capaz para tanto. 
Governantes - Da mesma forma, como mostrei no editorial de ontem, acontece com os nossos governantes. Os aumentos absurdos (superior a 100%) que concederam nos últimos anos aos servidores (???) públicos foram feitos sem dar a mínima pelota para o tamanho do ingresso dos impostos. 
Erro triplo - Erro que pode ser interpretado como triplo: 1- demonstração da dificuldade que têm para lidar com números; 2 - incapacidade total para gerir orçamentos; e, 3 - propensão clara para cometer crimes de responsabilidade fiscal. Deixo a escolha para os leitores.
Mídia - Pois, para piorar ainda mais a situação, aqueles que cuidam (??) da comunicação, que deveriam prestar informações corretas à sociedade, mostram o quanto têm aversão aos números. Ontem, ao divulgarem a dívida da União relativa ao mês de março de 2016, cometeram um erro imperdoável.
Dívida em poder do Banco Central - Como bem informa o pensador Ricardo Bergamini, a imprensa omitiu o estoque da dívida em poder do Banco Central, no montante de R$ 1.289,3 bilhões. Justamente essa a parte, que é a mais importante da dívida, visto que nada mais é do que uma pedalada oficial (aumento disfarçado de base monetária) que não existiria se o Banco Central fosse independente.
Financiamento criminoso - O Brasil é fantástico, como conclui o Bergamini: o governo se for financiado por bancos do qual seja o controlador comete crime, mas se for financiado pelo Banco Central é mecanismo de controle de política monetária. Pode?
A minha conclusão: criminosos não são apenas aqueles que mentem, mas também aqueles que omitem o que a sociedade deve saber e pagar. (GSPires)

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