27 de mar. de 2016

Um bombom pela Democracia legitima.

 photo os ovos_zps8wwgoslw.jpg • Mosquitos já transmitem 37 vírus no Brasil. 
• Governo Dilma teme efeito manada entre os partidos. 
• PP, PR e PSD somam 121 deputados e têm dito não ver reação de Dilma, que precisa de 171 votos para barrar impeachment. 
• Com iniciativa do MPF com milhões de assinaturas, medidas contra corrupção chegam ao Congresso. 
• Dilma afirma que não há como impedir Lula de ajudar o governo. 
• Pagando suborno, Odebrecht formou uma super-bancada no Congresso. Listão de políticos comprova a influência em 80% dos partidos. 
• Nesta fase do impeachment, situação de Collor era melhor que a de Dilma, diz ex-presidente da Câmara. Para Ibsen Pinheiro, que comandou processo que afastou o hoje senador, petista é alvo de mais acusações de crime de responsabilidade; ele diz, porém, que não se pode ignorar mobilização de setores próximos ao PT. 
• Com medo de calote, bancos fazem reservas recordes. Cinco das maiores instituições separam caixa de R$ 148 bi contra inadimplência. 
• STF autoriza a retomada de ações contra ex-ministros de FHC. Ações pedem reparação de prejuízos relativos à ajuda de R$ 2,7 bilhões do BC para os bancos Econômico e Bamerindus em 1994. 
• Cunha atua em passo a passo do impeachment. Presidente da Câmara participa das decisões do processo, dizem deputados. 
• Aos 50, PMDB pode voltar a presidir país pela via indireta. Partido disputou última eleição presidencial há 22 anos. 
Dilma construiu uma tragédia com apoio da sociedade. Para Delfim Netto, erros na economia e na política começaram em 2012. 

• Venezuela prorroga estado de emergência econômica por 60 dia. 
• Exército sírio retoma cidade de Palmira do EI. Grupo terrorista controlava o local desde maio do ano passado. 
• União Europeia procura entender causas de atentados. Críticos apontam falha de segurança após dois ataques do EI em quatro meses.
Como dois e dois são quatro.
A delação premiada de Delcídio Amaral teve seu impacto atenuado pela condução coercitiva que obrigou Lula a depor na Operação Lava Jato e ocupou o noticiário.
A publicação pela revista IstoÉ, naquela semana, assustou de tal modo a presidente Dilma Rousseff que ela convocou seus ministros e, numa espécie de pronunciamento solene, afirmou que tudo o que Delcídio dissera a seu respeito era mentira.
E sublinhou que ele o fizera para se vingar dela e de seu governo que não o apoiaram quando foi preso pela Operação Lava Jato.
Todo mundo esperava que ela armara aquele pronunciamento solene para solidarizar-se com Lula, mas não foi.
Sobre sua condução coercitiva, ela disse apenas algumas palavras; o resto de seu pronunciamento foi para desacreditar a delação de Delcídio.
Sim, porque o que ele afirmara a respeito dela a compromete seriamente mostrando-a, sem dúvida, implicada em várias trapaças na Petrobras.
Uma delas é a compra da refinaria de Pasadena, quando Dilma era presidente do Conselho da empresa.
Revelado o escândalo, ela afirmou que concordara com a compra da refinaria porque a informação submetida a sua apreciação omitia os dados que ocasionaram o prejuízo.
Delcídio, em sua delação, afirmou que Dilma sabia do esquema de superfaturamento que envolveu a compra da refinaria, o que, aliás, foi confirmado por Nestor Cerveró, gestor da compra. Essa trapaça causou à Petrobras um prejuízo de 792 milhões de dólares.
Nestor Cerveró que, antes de ser preso, garantia ter a compra da refinaria obedecido a critérios objetivos e honestos, mais tarde, em delação premiada, admitiu que a transação baseou-se em um resumo técnico falho, sem informações fundamentais.
Apesar dessa compra desastrosa, Dilma -segundo afirmou Delcídio- fez tudo para manter Cerveró na diretoria internacional de Petrobras, da qual foi demitido por pressão do PMDB.
Segundo Delcídio, Dilma lhe teria telefonado várias vezes a fim de que Cerveró fosse nomeado para a diretoria da BR Distribuidora, o que aconteceu.
Tudo isso indica que, ao contrário do que procurou mostrar, na qualidade de presidente do Conselho da Petrobras, Dilma fazia valer sua autoridade, mesmo porque, conforme todos sabiam, fora posta ali por decisão pessoal do então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
Hoje, está claro que, quando chefe do governo, Lula mandava e desmandava na Petrobras. Ele não só aprovou a compra da refinaria de Pasadena, como também determinou a aquisição de outra refinaria, no Japão, transação igualmente desastrosa para a estatal.
Também, por decisão sua, a empresa assumiu o compromisso de montar refinarias no Maranhão, no Ceará e em Pernambuco.
As duas primeiras, que não saíram do papel, resultaram no entanto em prejuízo de mais de R$ 2 bilhões. Dessas refinarias, só uma foi construída, a de Pernambuco, com resultados igualmente lamentáveis.
Tudo isso nos leva a supor que a nomeação de Dilma Rousseff para o Conselho da Petrobras fez parte do projeto de Lula para ter nas mãos a grande empresa estatal.
A ser isso verdade, era inevitável que ela, como representante do presidente da República, não só estava par dessas compras, como opinava em nome de Lula.
Tal hipótese se justifica em face das delações feitas por Delcídio Amaral.
A gravidade dessas delações é tanto maior se se considera que Delcídio era o representante da presidente Dilma no Senado e, como todos sabiam, homem de confiança dela e de Lula.
Por isso mesmo, estava a par do que os dois pensavam, faziam ou o usavam para fazer.
Tentar agora apresentá-lo como alguém que não merece qualquer credibilidade, não convence ninguém. Ou devemos crer que eles escolheram um mau caráter para representá-los no Senado da República?
Em tempo: lamentável o modo chulo como Lula se referiu às mulheres filiadas a seu partido. E pensar que ele foi presidente da República do Brasil e acaba de ser nomeado superministro! (Ferreira Gullar)

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