14 de mar. de 2016

Eles tentarão desancar...

 photo amudanccedila_zpsoocagk4b.jpg • Impeachment ganha novo impulso no Congresso. No embalo das manifestações de domingo e da iminência de rompimento do PMDB com Dilma, Câmara aguarda decisão do STF na próxima quarta para instalar comissão que vai analisar processo contra a presidente. 
• Protesto em SP supera Diretas e eleva pressão por impeachment. 500 mil pessoas foram à av. Paulista durante o domingo, segundo Datafolha. Público na Paulista cresce, mas perfil se mantém elitizado. Manifestantes em SP têm renda e escolaridade superiores à média da população. 
• Governo avalia que é preciso reação urgente contra crises. Parte dos ministros do governo Dilma avalia que só Lula pode segurar o PMDB. 
• Contra o governo, milhões vão às ruas em 326 cidades. De acordo com números da PM em todo o Brasil, 3,6 milhões de pessoas protestaram contra a corrupção e pediram o impeachment de Dilma. Para organizadores, foram 6,8 milhões nos atos. Moro e PF são as estrelas do protesto em Brasília. Tratados como heróis, juiz da Lava Jato e a Polícia Federal estampam roupas e cartazes e animam gritos e cânticos de manifestantes na Esplanada. Dilma, Lula e PT foram os principais alvos. 
• Princípios, não os tem: Aliados de Dilma e Lula fazem atos em algumas cidades. Em São Bernardo do Campo, Porto Alegre e outros municípios, petistas se manifestam pela preservação do mandato presidencial. 
• Sem reunião nada se diz, esquisito: Manifestações pacíficas demonstram maturidade do país, diz Dilma. Nota da Presidência da República é divulgada depois de reunião com os ministros Jaques Wagner, Ricardo Berzoini, José Eduardo Cardozo e Edinho Silva no Palácio da Alvorada. 
• Erenice e ex-ministros desviaram R$ 45 milhões de usina, diz Delcídio. Trecho de delação do senador é publicado em reportagem da revista IstoÉ. Chefe da Casa Civil operou esquema com Palocci e Silas Rondeau, diz a publicação, para financiar campanhas de PT e PMDB. R$ 25 bilhões foram movimentados. 
• Crise aumenta apetite por investimentos no exterior. Interesse em investir fora do país cresce com instabilidade. 
• Samarco definiu antes de inspeção o que mostrar à PF. Escutas revelam que funcionários combinaram com jurídico o que falar. 
• Dados sobre esquema em Belo Monte não são autênticos, diz Delcídio. Advogado de senador contesta reportagem da revista IstoÉ sobre desvio de recursos de construção de usina para campanha eleitoral de Dilma em 2014. 
• STJ autoriza abertura de inquérito contra governador do Paraná. Delator acusa o tucano Beto Richa de envolvimento em esquema de corrupção na Receita estadual, alvo da Operação Publicano, da Polícia Civil paranaense. 
• Veja: petista delata senadora, líder do governo, ex-ministro e ex-presidente da Câmara. Em delação premiada, Gleisi Hoffmann, José Guimarães, Carlos Gabas e Marco Maia são apontados como beneficiários de esquema de corrupção por ex-vereador do PT preso pela Lava Jato. Petistas negam envolvimento com irregularidades. 
• PMDB reelege Temer e governista para segundo cargo do partido. Deputado Mauro Lopes, que promete recorrer de decisão do partido para assumir ministério no governo Dilma, venceu o também deputado Eliseu Padilha, candidato de Temer para a secretaria-geral do partido. Renan Calheiros defende reduzir poder de Dilma. Presidente do Senado tem afirmado que seria a única solução para a crise. 
• Marta Suplicy: Governo Dilma já acabou. Ex-petista diz que governo não tem mais condições de continuar e que desembarque do PMDB vai acelerar o fim do mandato da presidente. Marta foi ministra da Cultura na gestão anterior de Dilma. 
• Peemedebista quer recorrer à direção do partido para assumir ministério. Convidado por Dilma para assumir a Aviação Civil, deputado Mauro Lopes diz que vai contestar decisão tomada pela legenda que proíbe integrantes do PMDB de aceitar cargo no Executivo. 
Fora, Dilma e fora, PT marcam encontro do PMDB. Parlamentares e dirigentes partidários pregam rompimento com o governo e entrega de cargos e apontam Temer como figura capaz de unificar o partido e o país. 
• PMDB: Jader defende semipresidencialismo com Dilma. Pai do ministro de Portos, senador critica decisão do partido de abdicar de novos cargos até decidir se continua ou não com Dilma. Peemedebista diz temer rompimentos institucionais como o golpe militar de 1964. 

• Governo turco endurece cerco à imprensa. Há 32 jornalistas presos, 24 processados e 5 veículos sob controle. 
• Merkel sofre revés em eleições regionais. Pleito é considerado 1º teste nas urnas sobre política de refugiados no país. 
Vilã da eleição, capital dos EUA rejeita Trump em prévia. Rubio vence com 37% dos votos, seguido por Kasich, que obteve 36%.

A guerra das rosas.
Tem gente supondo o pior. Um ministro do Supremo imagina um cadáver. Senadores temem mais de três. Sindicalistas ampliam o número. Tudo como resultado de suposto entrevero entre defensores da prisão do Lula e partidários do impeachment de Madame. A motivação poderá ampliar-se: haverá quem sustente a imediata dissolução do PT e quem imagine lançar os tucanos na fogueira. Carnívoros contra herbívoros.
Ontem, as previsões eram trágicas. No país inteiro prenunciava-se a guerra civil. Não apenas em São Paulo, mas na maioria das capitais, o clima era de intolerância. Ninguém aceitava a argumentação oposta. Palavras como entendimento, cautela e boa vontade pareciam banidas do dicionário e até partidos afins digladiavam-se retoricamente ou, mesmo, interna corporis.
Prevalece a máxima de que razão, tenho mesmo eu. Companheiros não admitem erros nas diretrizes da presidente Dilma enquanto o PSDB supõe ser ela a causa de todos os males. O PT duela com o PT ao tempo em que o PMDB até encontrou rótulos para suas duas alas: o seis e o meia dúzia, que nem se falam. No palácio do Planalto a briga é de foice em quarto escuro. No Congresso, dividem-se como num galinheiro sem galo e pleno de raposas. Aguarda-se o caos para hoje, mesmo sendo domingo.
Situação e oposição reivindicam para o adversário o rótulo de Capeta ou de Satanás, imaginando a impossibilidade de o país voltar a unir-se e as instituições a funcionar. A confusão é geral quando se exige prisão para o Lula e afastamento para Dilma, quando nenhuma das duas hipóteses conduzirá a lugar algum.
Flagelação preventiva
Em vez de prisão preventiva, por que não flagelação preventiva? Ficaria mais fácil reunir na Avenida Paulista, de cada lado da pista, montes de partidários da cadeia para o Lula e de mais poder para Dilma. Solução não há, quem sabe os dois grupos se equivalessem em número e ímpeto e cada um levasse ramos de rosas na mão, supondo travar com elas o confronto final? A um sinal do governador Geraldo Alckmin, lançar-se-iam a vergastar os adversários, claro que figuradamente, proibidos de verter sangue e de tirar lágrimas do contendor. À esquerda, promotores e procuradores. À direita, dirigentes sindicais. Equilibrados em número e em vigor. Seria um belo espetáculo, digno de ser encenado sob os aplausos da multidão aglomerada nas calçadas. No fim, o asfalto estaria coalhado de pétalas, sem que se pudesse apontar um vencedor. Fora daí, não sobra nada. (Carlos Chagas) 

A primeira cirurgia.
Brasil desfigurado - Cada manifestante que foi às ruas, ontem, para protestar contra a corrupção!, pelo Fora Dilma!, Fora Lula! e Fora PT!, pelas faixas, camisas e desenhos que postaram mostrou, de forma clara e espontânea, o quanto está indignado contra este Brasil, que ficou totalmente desfigurado com a péssima administração petista.
Quantidade - Se as ruas do país todo receberam entre 4,5 milhões ou 6,4 milhões de brasileiros, como preferem as autoridades e os líderes dos movimentos, o fato é que o número de participantes, independente da quantidade exata, foi expressivo e deu o seu recado. 
Economia piorando - Pois, ainda que deva ser festejada a participação maciça do povo nas ruas, o fato é que a situação econômica do país, mesmo que este péssimo governo venha a cair, coisa que a maioria está exigindo, vai continuar piorando. Mais: piorando de forma firme e galopante, porque as principais medidas que levaram o Brasil ao caos são de difícil remoção. 
Forte temporal previsto - Ainda que tudo que o Brasil está passando tenha sido insistentemente alertado a tempo (os editoriais do Ponto Critico, que podem ser lidos em artigos anteriores provam isto), muita gente preferiu ficar bem longe das janelas que mostravam, no horizonte, o forte temporal que se avizinhava. Deu no que deu.
Endividamento monstro - Um dos grandes estragos, que não são poucos, foi publicado ontem, no Estadão. Trata-se de algo que, embora previsto, atingiu um patamar extremamente preocupante: - Nos últimos sete anos, o endividamento das empresas brasileiras no mercado interno mais que dobrou, atingindo R$ 1,4 trilhão em janeiro. Com os empréstimos externos, essa conta sobe em mais US$ 211 bilhões. Que tal?
Pura ilusão - A matéria jornalística, sem qualquer reparo, mostra o quanto o país precisa agir, com muita rapidez, para resolver os sérios problemas que foram criados ao longo dos governos Lula/Dilma-Petistas. Mais: prova, de forma absoluta, o quanto muita gente se iludiu por acreditar que Lula fez um bom governo. Pura ilusão, como manifestei em centenas de editoriais a respeito.
Exímio cirurgião Dr. Moro - Tudo mais que está escrito no Estadão, sobre esta grave doença que atinge como um todo a economia brasileira, cuja cura é extremamente difícil e mesmo assim vai deixar graves sequelas, os leitores podem acessar no site do jornal.
O que precisamos, neste exato momento, é entregar o corpo -Brasil- às habilidosas mãos do Dr. Sérgio Moro, reconhecido por todos os brasileiros como um exímio cirurgião. Cabe a ele a primeira cirurgia, qual seja a de extrair o PT do cérebro do país. Só a partir de então será possível encaminhar o corpo à novas cirurgias saneadoras. (GSPires)

13 de Março: o dia em que a esquerda perdeu a partida da popularidade.
Estive na Av. Paulista neste Domingo 13 de Março. E posso garantir, pelo que me foi dado observar, que a esquerda perdeu, mesmo, a partida da popularidade.
Ali estava uma amostra gigantesca do Brasil (mais de um milhão e 400 mil pessoas, segundo a Polícia Militar./ Era a reprodução do que se deu neste dia em centenas de cidades de Norte a Sul do Brasil e com números muito impressionantes!
A começar pelo Rio de Janeiro, em que a orla de Copacabana foi literalmente tomada pela multidão estimada em um milhão de pessoas.
O que dizer de Fortaleza, de Salvador, de Belém, de Curitiba, de Porto Alegre, de Natal, de Maceió, de Brasília, de Vitória, de Goiânia, de Campo Grande, de Recife, de Florianópolis e de tantas outras cidades com números igualmente impressionantes?
Cordialidade e distensão
Pessoas de todas as idades, das mais diversas condições e classes sociais, dos mais variados graus de cultura, de todas as origens raciais, irmanadas num imenso não ao PT, a seus personagens principais Lula e Dilma e a tudo o que estes e a sigla representam. Nossa bandeira jamais será vermelha era o brado de muitos e a certeza de todos.
O ambiente era distendido e familiar; a cordialidade estava presente em todos; os cumprimentos efusivos entre amigos que se encontravam eram reveladores; os protestos eram firmes, convictos mas não raivosos; as forças policiais eram saudadas com afeto e admiração; não havia distúrbios nem agitação; tudo transcorria num ambiente ordeiro e civilizado.
A cegueira da esquerda
A esquerda, aprisionada nos labirintos mentais de suas utopias, tem uma dificuldade fundamental: entender a realidade!
Em sua delirante perspectiva de luta de classes, ali estão nas ruas milhões de coxinhas (coCHinhas, segundo a literacia de Rui Falcão), injustos detentores de privilégios, contra os defensores dos pobres (os petistas?!).
A esquerda não entende que ali está o Brasil autêntico, ordeiro e pacato, o Brasil honesto e familiar, que trabalha e almeja por um sadio progresso dentro de uma harmonia de classes.
O Brasil que não se deixou convencer nem enredar pela ideologia de esquerda.
Durante algum tempo, é verdade, esse Brasil, um tanto otimista e desavisado, deixou-se embair ou intimidar pelas peças publicitárias de um marketing político falacioso e pelas benesses passageiras de uma bonança econômica e concedeu ao PT alguns êxitos eleitorais. 
E a esquerda confundiu resultados das urnas com a conquista de mentes e corações.
Mas, à medida que o PT se foi assanhando em dominar o Estado, corromper as instituições, deturpar os processos políticos e eleitorais (coadjuvado por uma oposição fraca), implantar políticas autoritárias e imorais, o Brasil de profundidade começou a afastar-se da esquerda. Foi silenciando. 
E muitos - inclusive do centro e da direita - confundiram este silêncio com desinteresse pela vida pública.
Não entenderam que, no fundo das mentalidades, germinava um enorme descontentamento.
O Brasil se levanta como um todo
Não vou estender-me. As ruas - uma vez mais - estão aí e não deixam margem a dúvidas. Elas revelaram que o Brasil não está dividido, mas, pelo contrário, o Brasil se levantou como um todo só contra uma minoria que é avessa a sua índole: eu quero meu País de volta, diziam muitos.
A esquerda petista, entretanto, continua cega!
E, acrescento: não só ela, mas boa parte do mundo político está desnorteado e sem bússola. E não apenas por causa da Lava Jato. Não consegue medir e avaliar o que está acontecendo na profundidade das fibras do espírito nacional e, por isso, fica impossibilitado de dirigir os acontecimentos. 
Pode continuar a fazer conchavos de bastidores, mas estes, provavelmente, se esfarelarão ao serem descobertos. Quando considero alguns políticos, que agora tentam alinhar-se com o clamor das ruas, tenho a impressão de rolhas boiando no mar, ao sabor das ondas.
Cuidado com os pacatos
Plinio Corrêa de Oliveira tanto em seus escritos, como na sua atuação pública, sempre teve uma compreensão profunda da índole do espírito brasileiro, de suas características temperamentais e de suas peculiaridades ideológicas.
E o acerto de suas análises atravessa as décadas. 
No início dos anos oitenta, quando a esquerda obteve alguns êxitos eleitorais, em artigo para a Folha de S. Paulo, delineava ele o significado dos mesmos e lançava uma advertência, válida para os dias que correm:
O êxito da esquerda só tem possibilidade de ser durável na medida em que ela o saiba compreender. E, analogamente, o centro e a direita só continuarão a representar um papel marcante na vida brasileira se souberem adaptar-se a tal.
Quero ser ainda mais concreto. Se a esquerda for açodada na efetivação das reivindicações populares e niveladoras com que subiu ao poder; se se mostrar abespinhada e ácida ao receber as críticas da oposição; se for persecutória através do mesquinho casuísmo legislativo, da picuinha administrativa ou da devastação policialesca dos adversários, o Brasil se sentirá frustrado na sua apetência de um regime bon enfant de uma vida distendida e despreocupada. 
Num primeiro momento, distanciar-se-á então da esquerda. 
Depois ficará ressentido. 
E, por fim, furioso.
A esquerda terá perdido a partida da popularidade./ Em outros termos, se os esquerdistas, ora tão influentes no Estado (Poderes 1, 2 e 3), na Publicidade (Poder 4) e na estrutura da Igreja (Poder 5), não compreenderem a presente avidez de distensão do povo brasileiro, deixarão de atrair e afundarão no isolamento. Falarão para multidões silenciosas no começo, e pouco depois agastadas. (...)
O Brasil de hoje quer absolutamente pacatez. 
Se a esquerda vitoriosa não souber oferecê-la, esvanecer-se-á. Se o centro e a direita não souberem conduzir sua luta num clima de pacatez, terá chegado a vez deles se esvanecerem.
Bem concebo que algum leitor exasperado me pergunte: mas, afinal, quem ganha com essa pacatez? 
- Até aqui não tratei disto. Mostrei que perderá quem não a souber ter.
Quem ganhará: a direita? O centro? A esquerda? - Quem conhecer as verdadeiras fibras da alma brasileira e souber entrar em diálogo pacato com essas fibras. Seja governo, seja oposição, pouco importa. A influência será de quem saiba fazer isto.
Insisto. Se o governo, a Publicidade, a estrutura eclesiástica não souberem manter-se no clima de pacatez, e passarem para a violência física, legal ou publicitária contra a oposição, os pacatos lhes dirão: mas, afinal, qual é a sinceridade, qual a dignidade de vocês, que quando eram oposicionistas reclamavam para si liberdade e respeito, e agora que são governo usam da perseguição e da difamação para quem é hoje oposição?
E se os pacatos notarem acrimônia nos de centro e de direita, dir-lhes-ão: está bem provado que é impossível conviver com vocês, porque, nem vencidos, sabem ser de um trato distensivo.
E cuidado com os pacatos que se indignam, senhores da esquerda, do centro e da direita. A hora não é para carrancas, mas para as discussões arejadas, polidas, lógicas e inteligentes. Os pacatos toleram tudo, exceto que se lhes perturbe a pacatez. Pois então facilmente se fazem ferozes... (José Carlos Sepúlveda) 
Não existe democracia onde impera a corrupção, a injustiça, a mentira e a hipocrisia. (Mauro Roberto)

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