26 de jan. de 2016

Governar numa mega-senha...

• Ibope: 82% acham que o país está no rumo errado. Percentual dos que discordam com a direção do Brasil é o mais elevado desde que o PT chegou ao poder. Contrariedade com o rumo nacional é maior entre os jovens, nas grandes cidades, no Sudeste e entre quem ganha mais, aponta pesquisa. 
• Tabela congelada: Dilma terá de controlar os gastos públicos se quiser pedir aos contribuintes para pagar mais IR. 
• Manifestante arremessou uma garrafa PET contra o prefeito Fernando Haddad depois de missa na catedral da Sé; governador Geraldo Alckmin também foi hostilizado no evento.
• Investigados na Zelotes alegam que atuaram como lobistas. 16 pessoas são suspeitas de envolvimento em compra de medidas provisórias. 
• Engenheiros, antes escassos, agora sobram no mercado. Profissionais ficam sem emprego, mudam de área e vão até para o Uber. 
• Autonomia do BC tornaria decisões sobre juro despolitizadas e técnicas. 
• Brasil está perdendo feio a batalha para o Aedes, constata titular da Saúde. Zika na Rio-2016 preocupa. Presidente afirma que gastará no combate ao mosquito. A Zika exportada diz que cresce no mundo as preocupações com o vírus causador da doença e suas prováveis complicações. Seca e chuva deixam 18% das cidades do país em emergência. Além delas, há 9 Estados na mesma situação devido à infestação de Aedes. Zika deve atingir todo o continente americano, diz OM. Segundo o órgão, vírus já está presente em 21 dos 55 países da região. 
• Em alta, setor agrícola agora atrai crédito de banco privado. Segmento estimado em R$ 78 bilhões é dominado hoje pelo Banco do Brasil.
• Ex-ministra Erenice Guerra admite à PF parceria com membro do Carf preso.
• Após embate com Dilma, Temer se volta para PMDB. Vice viu na disputa interna uma porta de saída para escapar das críticas.
• Petrobras pode abrir mão de controle de empresa à venda. Estatal precisa arrecadar US$ 14,4 bi até o final do ano para reduzir dívida. 
• Pagamento de pedaladas é questionado por especialistas. Há dúvidas também quanto à troca de títulos e recursos entre BC e Tesouro. 
• Alta do mínimo trava gastos de prefeituras do Nordeste. Mais pobres, municípios da região serão os mais afetadas com os reajustes. 
• Defensoria contesta veto a doação de sangue por gay. Defensoria Pública dá prazo de 30 dias ao Ministério da Saúde para rever norma que proíbe homossexuais de doarem sangue, sob pena de abertura de processo. Militantes LGBT reclamam de discriminação. 
• Conta de luz pode cair ainda no início deste ano. Devem ser apresentados valores mais baixos das bandeiras tarifárias. 
• Lula perdeu de novo na Justiça. Perdeu de novo, Mané! E vai perder todas, porque nenhum juiz aguenta mais a sua cara-de-pau e o cinismo de jactar-se como o homem mais honesto do Brasil. Já perdeu ação contra a VEJA (ele e o filho), e vai perder contra a ÉPOCA. O tempo da colheita já começou, e a sua cela em Curitiba já está preparada. Aqui
• Desembolsos do BNDES encolhem 28% em 2015. Setor de comércio e serviços teve a maior queda nos recursos liberados.
• Só duas das maiores obras do PAC foram concluídas. Oito das dez maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento, lançado há nove anos, ainda estão em andamento ou foram canceladas. 
• Verba de energia e infraestrutura deve crescer, diz BNDES. Em entrevista à Folha, Coutinho diz que desembolso deve ir a R$ 35 bilhões.
• PT quer lançar candidatos próprios em 20 capitais. Intenção do partido é usar eleição municipal para defender governo federal.
• FHC contraria PSDB e defende existência do PT. Ex-presidente diz que é nas urnas que tucanos devem se preparar para vencer.
• MPF pede que executivos da Odebrecht e Duque devolvam R$ 6 bi. Marcelo Odebrecht, outros quatro dirigentes do grupo e o ex-diretor de Serviços da Petrobras são acusados de ter desviado mais de R$ 300 milhões da estatal. Procuradores pedem, ainda, que eles comecem a cumprir pena em regime fechado.
• MP-SP investiga possível ocultação de patrimônio de Lula. Ex-presidente e sua esposa, Marisa Letícia podem ser alvos de denúncia por ocultar apartamento tríplex no Guarujá.
• Secretário de Alckmin defendeu aumento disfarçado para juiz não ter depressão. Aparentemente o juiz ganha bem, mas ele tem 27% de desconto de Imposto de Renda, tem de pagar plano de saúde, tem de comprar terno, não dá para ir toda hora a Miami comprar terno, que cada dia da semana ele tem que usar um terno diferente, disse Nalini em 2014. 
• Tarifa zero em 17 capitais custaria quase um ano de Bolsa Família. Levantamento feito pelo Globo mostra que a gratuidade no transporte urbano para todos custaria R$ 27 bilhões por ano nessas cidades. Valor é próximo dos R$ 28 bilhões que o governo federal reserve para o seu principal programa social em 2016. 
• Governo quer anistia de corrupção, diz procurador da Lava Jato. Carlos Fernando dos Santos Lima afirma que há dedo do governo na edição de medidas que beneficiam investigados pela Operação Lava Jato. 

• Críticos do papa só querem constrangê-lo, diz vaticanista. Para coautor de livro do sumo pontífice, detratores lembram rivais de Jesus. 
• Obama determina fim de solitárias para menores. Decisão foi tomada com base em estudo sobre excessos no sistema prisional.
• Formação de novo governo na Espanha põe à prova rei. Com recusa de premiê, Felipe 6º tenta convencer esquerda a buscar coalizão.
• Decreto bolivariano: Medidas para lidar com a crise econômica venezuelana mais agravam que atenuam problemas. 
• Cientistas buscam soluções para guardar dados da web. Pesquisadores testam memórias com chips 3D e até moléculas de DNA.
• Polarizados, EUA largam para corrida presidencial. Norte-americanos começam a escolher próximo mandatário em oito dias.

Apologia a Segregação Racial.
Estava navegando pela internet quando me deparei com uma capa na revista Isto É com o seguinte título: Porque as cotas deram certo no Brasil. Pensei: Curioso como o transcorrer do tempo nos faz deixar de lado assuntos de importância premente. Em certo sentido, o arrefecer do debate sobre determinados assuntos faz parecer, em política, que há certa pacificação ou, ao menos, algum sinal de que a maioria foi alcançada. O passo seguinte - daqueles que supostamente venceram o debate - é começar a construção da sua narrativa recheado de um discurso auto glorificado. É foi isso que a revista Isto É realizou nesta capa ao comemorar os 10 anos do sucesso das cotas.
O argumento principal da revista ao longo de todo o texto se resume nessa primeira falácia. Diz a revista: a cor da pele (no Brasil) determina as chances de uma pessoa chegar à universidade. Claro que essa frase se fundamenta no argumento clássico da esquerda sobre dívida histórica que, aliás, também aparece no conteúdo do artigo enunciada por um pedagogo com ares da verdadeirona ciência de raiz.
Ora, a primeira frase é, em si, um absurdo, assim como o conceito de uma dívida histórica. Sobre a tal dívida, não é necessária uma observação muito longa no fluxo dos fatos historiográficos para constatar que os humanos se barbarizam mutuamente desde os primórdios. Concordo com aquele idiota útil genérico do nosso cotidiano, entretanto, quando ele se enfurece. É evidente que o domínio de um indivíduo sobre o outro é uma das maiores transgressões ético-morais que alguém pode realizar em sua existência. A escravidão consistiu exatamente nisto: dominação.
Entretanto, o Brasil recente não adotou um sistema legal de segregação racial. Para o acesso ao ensino superior a etnia era um fator irrelevante. Ao contrário, o sistema segregacionista passou a ser adotado com a vigência das cotas raciais e, consequentemente, restaurou-se um modelo de dominação baseado na reserva das vagas no mercado de ensino superior. Dominação de políticos do movimento negro sobre os próprios negros.
Avançando na leitura do periódico, a argumentação ganha, seguidamente, contornos ligeiramente esquizofrênicos. Em um ponto a revista afirma: sem a política de cotas, ele teria passado os últimos dias pedalando nas pontes erguidas sobre os canais de Amsterdã? (…) a resposta lógica seria não; em outro afirma: “As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são, sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma universidade pública e de qualidade.
Entretanto, basta ler um pouco mais e os fatos se apresentam de modo diverso. Desde minha nota no vestibular foi suficientemente boa para que eu ingressasse na faculdade sem precisar disso (cotas) ou, A questão não tem a ver com o tom de pele, mas com a educação que se recebe, para a primeira afirmativa. Até No vestibular, que é o princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. (…) Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a maior diferença entre as notas de ingresso de cotistas e não-cotistas foi observada no curso de economia (…) distância foi de 11%”, para os últimos argumentos (se formos ignorar este sim típico do autoritarismo do enunciador).
Logo, mesmo que o discurso dos entrevistados fosse enaltecedor do sistema de cotas, suas argumentações seguidamente faziam alusão ao que comumente chamamos de mérito pessoal, leia-se, a capacidade individual de atingir - ou superar - o resultado pretendido. E, se diziam que não há diferença entre não-cotistas e cotistas no ingresso, em seguida mostravam os dados que confirmam existir a tal diferença. Em ambos os casos, como costumo dizer: a Realidade se impõe!
Voltamos à questão dos 11% de diferença entre as notas dos beneficiários do sistema de cotas e dos não beneficiários. A revista afirma que este dado estatístico, ou seja, que a nota daqueles que não são privilegiados pelo sistema de cotas serem 11% superior é irrelevante estatisticamente. Mas, me pergunto e deixo também as perguntas para você, estimado leitor. No Brasil - país do jeitinho - beneficiar aquele que não atingiu o resultado é insignificante? A diferença entre indivíduos com base na sua etnia é um irrelevante moral?
Para resumir, não existem raças entre os humanos e qualquer medida racista precisa ser eminentemente repudiada. É tão imoral, quanto é inconstitucional, como recentemente declarou o TRT da Paraíba. Ainda que fosse considerada justa, com base num conceito transverso de justiça social (posicionamento que não referendamos), ela é totalmente ineficaz. A cota para negros beneficia, precipuamente, os negros que estudaram em escola particular e, em sua ausência, negros que estudaram nas escolas públicas de ponta como Colégio Militar, Colégios Pedro II, os CAPs (Colégios de Aplicação, ligados às Universidades), e as diversas Escolas Técnicas Federais. Alunos, estes, que disputam em pé de igualdade com qualquer aluno proveniente do ensino privado. O benefício desleal a estes alunos se repete no caso de cotas para o ensino público.
Resta, então, o último argumento abordado pela revista: A porcentagem de pessoas negras nas universidades em comparação à porcentagem na população. Afirma a revista até outro dia, as salas de aula das universidades brasileiras lembravam mais a Suécia do que o próprio Brasil. A ideia se apoia na binariedade, assim como toda a matéria, se não é negro, então é branco. Isso é uma falácia! Segundo o censo de 2010, apenas 7,6% da população brasileira é de negros, enquanto 43,1% são pardos. E pardo, segundo o manual do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) significa: pessoas com uma mistura de cores de pele seja de miscigenação mulata (descendentes de brancos e negros), cabocla (descendentes de brancos e ameríndios), cafuza (descendentes de negros e indígenas) ou mestiça. Eis que a verdade vem à tona: o Brasil é um país de pardos.
Como o sociólogo Gilberto Freyre já havia exposto, o Brasil é um país extremamente miscigenado. Aqui não faz sentido esse racialismo americanizado. Nossa identidade está relacionada com nossa miscigenação. É misturar-se ao diferente sem afetações pseudo-aristocráticas. Nada mais enaltecedor do indivíduo. Nada mais essencial ao liberalismo.
Por fim, registro que é a capacidade do indivíduo de responder corretamente às questões do seu exame que deveria determinar as chances de qualquer um chegar à universidade. Não falo aqui em nome de uma meritocracia, até porque não acredito em sua existência. Falo da capacidade de entregar resultados e de produzir valor para o próximo. Não há nada mais simples e isonômico que isso. Neste modelo não há critérios arbitrários, não há subjetividade, não há segregação nem favorecimento. Já passamos da época que queríamos ser doutor diplomado e essa dominação bacharelesca não serve ao século XXI. (Fernando Fernandes, IstoÉ)

Paraíso perdido.
Onde foi parar neste começo de 2016 o carrinho novo que, segundo o ex-presidente Lula, o operário brasileiro finalmente teve dinheiro e crédito para comprar, por conta das virtudes de seu governo? Onde andariam todos os trabalhadores humildes que deixaram a elite inconformada por começarem a viajar de avião, pela primeira vez na história deste país? Onde poderia estar circulando neste momento o Trem-Bala que, segundo Lula garantiu mais de uma vez, seria inaugurado dali a pouquinho e calaria a boca dos que torcem contra o governo? Alguém já conseguiu tirar uma caneca de água da transposição do Rio São Francisco? O que aconteceu com a conta de luz barata e com a lição de economia que a presidente Dilma Rousseff deu ao planeta em 2013? O Brasil, assegurou ela, acabava de provar que era possível, sim, crescer, distribuir renda, baratear a vida para os pobres e ter finanças sadias, tudo ao mesmo tempo, em meio a um mundo cheio de dificuldades. Não só isso. Seu governo acabava de colocar o Brasil numa situação privilegiada perante a comunidade das nações, com energia cada vez melhor e mais barata, mais que suficiente para o presente e o futuro. Os pessimistas tinham sido derrotados, informou Dilma.
E os juros? Na mesma ocasião, a presidente comunicou que os juros estão caindo como nunca - e hoje? Outra coisa: sabe-se da existência de algum posto onde seria possível comprar gasolina barata, feito de que o governo tanto se orgulhava até o encerramento da eleição presidencial de 2014? O Brasil entrou, afinal, na Opep, como Lula previa diante da nossa transformação em potência na produção de petróleo? Aliás, por falar nisso, quando foi a última festa para comemorar mais uma descoberta do pré-sal, com Lula e Dilma fazendo aquelas marcas pretas de óleo nos uniformes cor de laranja com que eram fantasiados? Procuram-se notícias, também, do real forte - tão forte que iria dispensar o dólar nas transações internacionais do Brasil, pelas altas análises do Itamaraty. Seria interessante saber onde foi parar o investment grade que as grandes agências mundiais de avaliação de risco deram ao Brasil pouco tempo atrás - prova definitiva, segundo o governo, de que o mundo capitalista enfim se curvava diante da gestão econômica de Lula, Dilma, PT e de suas políticas sociais. O mesmo se pode perguntar em relação ao gostinho declarado pelo ex-presidente em ver o Primeiro Mundo em crise e o Brasil correndo para o abraço. Onde está o pleno emprego? Onde está a Pátria Educadora? Onde está o maior programa de distribuição de renda já visto na história da humanidade?
Nada disso se encontra disponível no presente momento. Carrinho novo? A indústria automobilística acaba de ter, em 2015, o pior desempenho em quase trinta anos - isso mesmo, desde 1987, nas remotas profundezas do governo José Sarney. As companhias de aviação estão de joelhos; se estão perdendo até os passageiros ricos, imagine-se os pobres. A energia barata virou uma piada: as contas de luz subiram 50% em 2015, e vão subir de novo neste ano. Os juros andam perto de 15% - um paraíso mundial para os rentistas com os quais a esquerda brasileira tanto se horroriza nos discursos e a quem tanto favorece na vida real. No assunto petróleo, o que se tem, acima de tudo, é uma Petrobras que o governo quebrou, por ladroagem e incompetência, e hoje não tem dinheiro para investir nada; na verdade, ela jamais deveu tanto. O real perdeu 50% do seu valor no ano passado, e voltou, após mais de vinte anos, à sua condição de moeda bananeira. O governo presidiu uma recessão de 3,5% em 2015 - isso em cima de crescimento zero em 2014 - e prepara-se para socar na economia outro recuo neste ano, de 2,5% ou mais. Há 10 milhões de desempregados neste país, no corrente mês de janeiro. O último IDH, uma das medidas mundiais mais respeitadas para avaliar o bem-estar dos países, deixou o Brasil em 75º lugar - e quem pode achar que está bem, em qualquer coisa, se fica no 75º lugar? O investment grade sumiu: como o Senhor, na Bíblia, a Moody’s, a S&P e a Fitch dão, a Moo­dy’s, a S&P e a Fitch tiram.
É este o país que resultou, na prática, dos treze anos de Lula, Dilma e PT. Ninguém no governo tem a menor ideia de como sair disso - nem poderia ter, quando o seu único objetivo, hoje em dia, é ficar de bem com o senador Renan Calheiros e traficar no Congresso um jeito para escapar do impeachment. Daí só se pode esperar que as coisas continuem piorando, piorando, piorando - até que chega um dia em que continuam a piorar. (J.R.Guzzo) 

Pergunta que não quer calar: Por que o grande gênio Lula Dr Emeritus Causa não dá mais nenhuma palestra milionária, heiiiin? E ninguém sente falta! (Twitter) 
Todos querem viver à custa do Estado. Esquecem-se de que o Estado vive à custa de cada um. (Frederic Bastiat)

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