9 de dez. de 2015

Aves e rapinas…

 photo impeachment.jpg • Ministro do STF trava impeachment de Dilma na Câmara até dia 16. Decisão de Luiz Edson Fachin paralisa instalação de comissão eleita nessa terça até análise do plenário. 
• Urnas quebradas, empurra-empurra, bate-boca. Chapa da oposição venceu eleição para definir integrantes por 272 votos a 199. 
• Exposição de queixas pessoais deixa Michel Temer apequenado na crise, mas reanima descontentes. Temer já escolhe nomes para a equipe de seu eventual governo. Dilma decide não reagir à carta de vice e pede encontro. Para o governo, Temer fez uma tentativa de forçar rompimento. Dilma e Temer devem ter encontro na noite desta quarta-feira. 
• Preso, Delcídio do Amaral buscará fazer acordo de delação. Senador petista contratou advogado que se especializou no assunto. Delcídio recebeu US$ 10 mi de propina da Alstom. Cerveró contou a procuradores que suborno foi por contrato na gestão FHC. 
• Cúpula do PMDB no Senado fecha com Dilma e trabalha para impedir recesso. 
• Zika infectou pelo menos 500 mil no País em 2015. Na projeção mais pessimista feita pelo Ministério da Saúde, doença já teria contaminado 1,4 milhão. São Paulo não notifica suspeitas de microcefalia. Ministro recomenda calça para evitar o zika vírus. Preocupação é com mulheres no período fértil e nos 3 primeiros meses de gravidez, diz Castro. 
• Indústria de São Paulo recua ao nível de 2004. Os 18 ramos do setor do Estado pesquisados pelo IBGE tiveram queda no ano.Pedido para agilizar teste da vacina contra dengue empaca. Instituto Butantan pediu aval à Anvisa em abril; órgão diz que faltavam dados. 
• Oposição obtém supermaioria legislativa na Venezuela. Controle de 2/3 das cadeiras dará amplo poder para intervir em governo. Após derrota, Maduro anuncia reforma de gabinete. Presidente venezuelano pediu que ministros ponham cargos à disposição.
Dilma quer ficar no berro e na canelada. O país que se dane! 
Pantomima truculenta na Câmara prova que eles não têm limites; Renan Calheiros propõe manobra sórdida.
A baixaria a que se assistiu nesta terça na Câmara dos Deputados, promovida por petistas e esquerdistas ainda mais rombudos, evidencia o DNA dessa gente. Dado o risco de perderem as mamatas, dado o risco de serem derrotados pelo Estado de Direito; dado o risco de terem de se defrontar com a verdade, eles podem, sim, partir para o tudo ou nada.
Muita gente tem dúvida se petistas e comunistas associados tentarão promover a desordem no país caso sejam derrotados no processo de impeachment ou percam as eleições. A resposta, obviamente, é sim.
E o fariam por vários motivos: 1) porque não respeitam a democracia e não a têm como um valor inegociável; 2) porque acreditam na função redentora da violência; 3) porque se consideram monopolistas da virtude; 4) porque querem esconder seus crimes; 5) porque o crime se tornou seu meio de vida. 
A truculência da base governista na Câmara nesta terça - e olhem que estamos falando de parlamentares que estão submetidos ao decoro - é a evidência de sua falta de limites. Aliás, suas franjas nas ruas, como MST e MTST, o demonstram à farta, não é mesmo?
Sim, senhores! Definida a votação secreta - e os fanáticos queriam que fosse voto aberto porque, assim, os parlamentares poderiam ser pressionados pelo Palácio -, governistas tentaram impedir seus colegas de chegar às urnas.
Jorge Solla (PT-BA) foi um deles. Atenção! Os companheiros adeririam ao ludismo explícito: duas urnas foram quebradas - tiveram suas respectivas telas arrancadas -, e duas outras foram desligadas. Quem acompanhou a cena diz que Afonso Florence (PT-BA) foi um dos responsáveis pelo estrago.
O dado quase cômico é que, enquanto, o pau comia, José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, proclamava aos brados a sua saudade dos tempos de Ulysses Guimarães, como se a arruaça não fosse protagonizada por sua turma.
Mas o espetáculo de truculência circense serve para esconder uma outra, mais grave. Renan Calheiros (PMDM-AL), presidente do Senado, aquele que gritava aos quatro cantos que o partido se apequenou quando Michel Temer assumiu a coordenação política do governo - afinal, ele estava de mal de Dilma -, bradava nesta terça que o recesso tem de ser suspenso porque, disse ele, os congressistas não podem cruzar os braços nessa hora.
Vale dizer: o objetivo é votar tudo a toque de caixa, bem distante dos olhos da população. Mas também essa convocação não vai ser fácil. Estabelece o Artigo 57 da Constituição:
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á:
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República;
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo,
8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação.
Em qualquer desses casos, é preciso contar com a concordância de metade mais dos deputados e dos senadores.
Renan pensa em dar uma ajuda para o governo com uma manobra descarada: deixar de votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o que impediria o Congresso de entrar em recesso.
Em suma: quando eles não estão quebrando urnas, estão tentando quebrar as regras. Tudo isso para garantir o mandato de Dilma Rousseff nas condições em que vemos.
Essa gente não está se dando conta do tamanho da crise e está fazendo um esforço enorme para que as coisas não terminem bem.
Estão confundindo a realidade com a versão vendida por seus pistoleiros na subimprensa. Digamos que Dilma consiga os 171 (ou 172) votos de que precisa para permanecer no cargo. Isso não é ponto de chegada, mas de partida.
E depois? Vão quebrar o quê? As pernas do povo? (Reinaldo Azevedo) 

Melhor se os dois renunciassem.
Pequenos detalhes costumam encobrir grandes entreveros. Quem divulgou os termos da carta de Michel a Dilma? A própria, num repente de indignação? Ou o vice, demonstrando mágoa e ressentimento? O lobisomem não foi, ou seja, um dos dois traiu os mais elementares postulados de educação cívica. Tanto faz se as cartas pessoais pertencem a quem enviou ou a quem recebe. Só falta mesmo culparem a imprensa pela divulgação.
Até agora Madame não respondeu aos lamentos de seu substituto, certamente para não vestir a carapuça expressa na evidência de que realmente, nos últimos cinco anos, tratou o vice como peça decorativa. Não é a primeira vez que um presidente despreza seu vice. Getúlio mal cumprimentava Café Filho. Jânio Quadros devolveu a única carta que João Goulart mandou. Mesmo entre os generais-presidentes, Castello Branco não permitiu que José Maria Alckmin dispusesse de um carro oficial. Ernesto Geisel jamais consultou Adalberto Pereira dos Santos e João Figueiredo deu as costas a Aureliano Chaves. Mesmo Fernando Collor ignorou Itamar Franco.
Teria Dilma Rousseff a obrigação de dividir seu governo em condomínio com Michel Temer? No reverso da medalha, o vice teria muitos motivos para agastar-se diante da autoria de conceitos e opiniões que jamais exarou.
Em suma, uma briga de comadres. Importa menos saber se foi dona Mariquinhas ou dona Maricota quem começou com a disputa. Ambas dão vexame na calçada do subúrbio onde farpas correm de um lado para outro. Merecem-se, as duas. Enquanto isso, o país segue em frangalhos, vivendo um de seus piores momentos. Para o cidadão que paga impostos, melhor se Dilma e Temer renunciassem.
Dessa luta plena de golpes dados abaixo da linha da cintura, a pergunta que fica refere-se ao dia seguinte. Escapando do impeachment, Dilma precisará encontrar-se muitas vezes com Temer. Solenidades existem onde a presença dos dois é imprescindível. Cumprimentos, sorrisos, beijinhos? Mas se a presidente vier a ser afastada, deverão despedir-se? Naquele monte de decisões a tomar, pelo jeito sem ter tido informações dos temas de governo, ousará o sucessor informar-se com a antecessora?
O Brasil oferece ao mundo um espetáculo digno das maiores reprimendas. Qualquer que seja o desenlace fornecido pelo Congresso, sua consequência colocará frente a frente PMDB e PT. Lutarão com paus e pedras, conforme antiga previsão de Albert Einstein a respeito de como seria a Quarta guerra mundial, depois de terminada a Terceira... (Carlos Chagas) 

Crises e soluções. 
Múltiplas crises
De norte a sul e de leste a oeste deste enorme Brasil, todos, sem qualquer exceção, sabem, perfeitamente, que o nosso pobre país está mergulhado em múltiplas crises Econômica, Moral, Política e Social jamais vistas e sentidas em tempo algum da nossa história. 
Tratamento das crises
Pois, se realmente for do interesse do povo a vontade de enfrentar tais crises, a solução de cada uma delas passa pelas seguintes decisões:
1 - a crise Moral precisa ser resolvida através de um forte programa educacional;
2 - a crise Política, pela exigência de comprovada capacidade de administração pública dos candidatos, a qual pode e deve ser obtida no âmbito dos partidos que os acolhem;
3 - a crise Social, através da extinção de todos os privilégios que foram concedidos a quem quer que seja, proporcionando um tratamento único a todos. Só com Direitos e Deveres iguais para todos faz com que o sistema se torne absolutamente justo. 
Crise econômica
4 - Já a crise Econômica, que é reflexo de todas as anteriores mencionadas aí acima, pode ser resolvida através do sistema capitalista, onde a vontade dos indivíduos, sem interferência do Estado, deve prevalecer acima de tudo. 
Extinção imediata das duas classes
Peço, encarecidamente, que os leitores entendam o seguinte: ainda que a presidente Dilma deva ser punida por ter cometido crime de responsabilidade fiscal, como reza a nossa Constituição, de nada adianta a troca de comando do país se não houver uma imediata extinção das duas classes de trabalhadores brasileiros, onde a primeira classe abriga os privilegiados servidores públicos e a segunda classe é composta de trabalhadores privados que são extorquidos para atender os privilégios dos apaniguados.
Mal terrível
Ainda que o Brasil esteja sofrendo deste mal terrível, a situação do Estado do Rio Grande do Sul aí está para mostrar, de forma cabal e definitiva, que sem esta imediata providência tudo vai piorar ainda mais, levando a economia para um buraco sem retorno. 
Análise nua e crua
Aproveito a análise correta do professor Ricardo Bergamini e repasso, para fazer os esclarecimentos necessários:
1 - Em 2002 a União comprometia 69,52% da Receita Tributária com Pessoal. Em 2013 reduziu para 58,98%. Redução de 16,86%.
2 - Em 2002 os Estados comprometiam 83,07% da Receita Tributária com Pessoal. Em 2013 aumentou para 85,94%. Acréscimo de 3,45%.
3 - No caso dos Municípios cabe informar que como 70% não têm receitas próprias, vivendo apenas com os repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), com isso a relação fica esquizofrênica. Senão vejamos: Em 2002 os municípios comprometiam 189,06% da Receita Tributária com Pessoal. Em 2013 aumentou para 225,44%. Acréscimo de 19,24%.
4 - resumo: Em 2002 o Brasil comprometia 85,47% da Receita Tributária com Pessoal. Em 2013 aumentou para 88,93%. Crescimento de 4,05%.
Servidores federais
Vejam que na Câmara dos Deputados, Senado Federal e Tribunal de Contas da União, em Janeiro de 2015, o número de trabalhadores de primeira classe (22.306 ativos e 10.279 inativos) totalizava 32.585 funcionários com salário médio mensal de R$ 17.579,00, enquanto a média dos trabalhadores de segunda classe, que pagam a conta, era de R$ 1.855,00 (89,45% menor). Os gastos totais com pessoal de fevereiro de 2014 até janeiro de 2015 (12 meses) foi de R$ 8,2 bilhões. Haja cinismo e hipocrisia.
Na história do Brasil a nação sempre foi refém dos seus servidores públicos (trabalhadores de primeira classe), com os seus direitos adquiridos intocáveis, estabilidade de emprego e licença prêmio sem critério de mérito, longas greves remuneradas, acionamento judicial sem perda de emprego, regime próprio de aposentadoria (não usam o INSS), planos de saúde (não usam o SUS), dentre muitos outros privilégios impensáveis para os trabalhadores de segunda classe (empresas privadas). Com certeza nenhum desses trabalhadores de primeira classe concedem aos seus empregados os mesmos direitos imorais.
Pergunto aos leitores:
- Adianta propor alguma reforma sem resolver a excrescência e aberração econômica acima colocada? (GSPires) 
Para se alcançar sabedoria, duvide o mais que puder, isso nos obriga a buscar conhecimentos.

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