23 de out. de 2015

Um país de conchavos...

• Enem: Portões dos locais de prova | fecham às 13h no horário de Brasília. 
• Rio tem 577 bicicletas furtadas e 61 roubadas entre julho e setembro. Leblon e Recreio lideram casos registrados. 
• Decisão do STJ autoriza multa de 10% para atraso no pagamento do condomínio. 
• O governo federal arrecadou R$ 95,239 bilhões em impostos e contribuições em setembro, recuo de 3,72% em relação a 2014; valor representa uma queda de 4,12% sobre o mesmo período do exercício anterior; desempenho para o mês de setembro é o pior resultado dos últimos cinco anos. Com recessão e queda nas receitas, governo prevê fechar ano no vermelho. 
• Contas externas têm saldo negativo de US$ 3,076 bilhões em setembro. O acumulado nos nove meses do ano está em US$ 49,362 bilhões. 
• Banco suíço aposta em recessão e Real fraco. O Lombard Odier, um dos maiores bancos suíços e da Europa, concluiu no relatório de estratégia de investimentos de outubro que o maior problema econômico do Brasil é, na verdade, político. Segundo o relatório, Dilma não tem força para angariar apoio para implementar as reformas necessárias para tirar o Brasil da crise. E pior: a expectativa suíça é de que a recessão da economia perdure por algum tempo
• Vaiado ao chegar, Pizzolato chega ao Brasil para cumprir pena do mensalão dois anos após fuga. Papuda é bem razoável, diz secretário sobre prisão em Brasília que receberá Pizzolato; em sua extradição, ex-diretor do Banco do Brasil viajou em voo comercial de Milão a Guarulhos. Escoltado por três policiais federais brasileiros e uma médica, Henrique Pizzolato desembarcou por volta das 6h45 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e posteriormente em Brasília, às 8h46, onde segue para o presídio da Papuda; o ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado pelo STF a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato, mas, por ter dupla cidadania, fugiu para a Itália em setembro de 2013, antes do fim do julgamento, com um passaporte falso em nome de um irmão morto. 
• Governo já calcula deficit em R$ 70 bi neste ano. Revisão da meta fiscal de 2015 inclui frustração de receita e despedaladas
• Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que teve ontem R$ 9,6 milhões de suas contas na Suíça sequestrados pelo Supremo Tribunal Federal, volta a se comparar com o governo Dilma Rousseff e nega a intenção de deixar o cargo: Ter ou não apoio não é razão para renunciar. Ela tem o direito de exercer seu mandato mesmo sem apoio popular. Não existe recall. Eu acho graça de alguns que vêm aqui falar da minha renúncia, mas não pedem a da presidente Dilma. Se for pelo mesmo parâmetro, você teria muitas e iguais motivações
• Janot já reúne provas para pedir afastamento de Cunha do cargo. Assessores do procurador-geral buscam indícios que apontariam que presidente da Câmara utilizou o cargo para atrapalhar os desdobramentos da Lava Jato.
Ninguém vai ficar na miséria se cortar o Bolsa Família. Afirmação é do relator do Orçamento Geral da União (OGU) de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR); conseguindo desagradar base e oposição com a proposta, além da presidente Dilma Rousseff, Barros também criticou o uso eleitoral do programa ao dizer acha perfeito, natural que os parlamentares do PT reajam; São eles que politicamente se beneficiam da distribuição de recursos do Bolsa Família. As pessoas creditam ao Governo a ajuda financeira mensal. Então, os beneficiados por isso são os que estão mais ligados ao Governo, especialmente, os deputados e senadores do PT, disse. 
• Dilma veta aposentadoria de servidor aos 75 anos. A proposta chamada de PEC da Bengala adiou a aposentadoria compulsória de ministros do Supremo Tribunal Federal, dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União, e foi proposta originalmente pelo senador José Serra (PSDB); a norma valeria apenas para quem optasse por se dedicar mais tempo à carreira, mas, nos bastidores do Planalto, comenta-se que a razão do veto foi a pressão de entidades representativas de servidores, contrárias ao aumento no tempo de serviço. 
• Forças do governo e da oposição se igualam ao preservar Cunha em nome do mais deslavado oportunismo. 
• Planalto contesta decisão do TSE sobre missão a Caracas. Governo considera um erro desistência do tribunal de observar eleição. 
• Delação de Costa pode ser revista na Lava Jato. Ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa é suspeito de ter omitido nomes de políticos envolvidos e dinheiro obtido com o esquema de corrupção na Petrobras; em delação, o lobista Fernando Baiano afirmou ter pago de R$ 20 milhões a R$ 25 milhões para Costa, mas este declarou que só recebeu cerca de US$ 4 milhões; a rescisão do acordo não implicaria na anulação das provas geradas a partir dos depoimentos. 
• Pecuarista diz que repasse de lobista foi empréstimo. Bumlai afirma que recebeu R$ 1,5 mi de Baiano para pagar funcionários. Acusado em delação de Fernando Baiano de receber propina no esquema da Petrobras para repassá-la a uma nora do ex-presidente Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai afirma que os recursos recebidos seriam um empréstimo pedido ao lobista para pagar dívidas com trabalhadores de suas terras; afirma que contratou Baiano para ajudá-lo a vender uma termelétrica e, na ocasião, pediu o dinheiro já que seus negócios no setor agropecuário passam por dificuldades; diz que não recebeu R$ 2 milhões do delator, e sim R$ 1,5 milhão, por meio de uma empresa ligada à OSX, de Eike Batista, para quem prestava serviços. 
• Em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira 23 ao jornalista Mário Kertész, de Salvador, ex-presidente assegura que não tem acordo com o presidente da Câmara; Não tem acordo porque eu não tenho nem mandato pra fazer acordo, e não tenho mandato da presidente Dilma. Ao invés de afundar ele, eu quero que ele bote em votação as coisas e deixe o processo seguir naturalmente, disse; Lula afirmou que Eduardo Cunha tem o direito de se defender. E se for culpado, vai pagar como todo mundo desse país; ao falar em 2018, o petista declarou que vai começar a bater asas; Eu perdi 3 eleições e voltava pra casa pra fazer outra. Eles perderam a quarta eleição e não se conformam (...). Vou começar a bater asas. Vou pro Nordeste, vou pra porta de fábrica; ele também negou ter pedido a saída do ministro Joaquim Levy da Fazenda: Seria desleal, não tenho direito

• Brasil é perdedor, diz maior gestora global de recursos. Para diretor da BlackRock, crise política impede recuperação brasileira. 
Império da mídia quer preencher as pessoas com ódio e desespero. Declaração é do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em alerta à população nessa quinta-feira 22; ele afirmou que na guerra contra as grandes corporações de comunicação, a promoção da verdade e as conquistas da Revolução Bolivariana devem estar presentes; segundo Maduro, os ataques da mídia ocorrem por causa das realizações da Venezuela. 
• O ataque em uma escola da Suécia que resultou na morte de duas pessoas esfaqueadas foi motivado por racismo, disseram autoridades daquele país; o agressor foi abatido a tiros pela polícia; Estamos convencidos de que o agressor agiu motivado por racismo quando realizou o ato, disse o chefe de polícia Niclas Hallgren. 
• Acidente deixa pelo menos 42 mortos na França. Um ônibus e um caminhão bateram de frente e pegaram fogo próximo a Bordeaux nesta sexta-feira, de acordo com autoridades, no pior acidente rodoviário na França em décadas; outras cinco pessoas ficaram feridas na colisão, que aconteceu na região de Gironde; o presidente da França, François Hollande, falando em visita a Atenas, disse que foi mergulhado em tristeza pela tragédia
• Ataque a universidade dos EUA deixa pelo menos um morto e 2 dois feridos. Uma pessoa foi morta e outras duas ficaram feridas por tiros disparados no interior do campus da Universidade Estadual do Tennessee, em Nashville, Estados Unidos; tiros teriam disparados pouco antes das 23h, no horário local, após uma discussão em um jogo de dados; vítima fatal não era matriculado na universidade; na semana passada, três pessoas foram feridas à bala em uma festa próxima ao campus da Universidade Estadual do Tennessee. 
• Forças dos EUA e Iraque libertam 70 prisioneiros em risco de execução pelo EI. 
• Em ataque a mesquita, atentado suicida deixa 28 mortos na Nigéria. Cidade é berço do grupo Boko Haram.

À espera de um inesperado qualquer.
. Alguma coisa vai acontecer. Não dá para imaginar o país insosso, amorfo e inodoro diante de tanta roubalheira que vai sendo divulgada através das delações premiadas da Operação Lava Jato. Pior seria a crise social de que falou o comandante do Exército. O fato dele ter falado já acende a luz amarela no semáforo postado na Praça dos Três Poderes. Não se fala de golpe militar, é claro, mas de que as forças armadas, como mil outras entidades, associações, corporações, federações e sindicatos estão chegando ao ponto de ebulição. Como o Brasil aceitará sem reagir a esse festival explícito de assalto aos dinheiros públicos, encenado por governantes, parlamentares, políticos, altos funcionários públicos e empresários, integrantes da mais formidável quadrilha jamais formada entre nós? São minoria em suas categorias, é verdade, mas minoria tão poderosa, descarada e criminosa a ponto de ofuscar as respectivas maiorias.
. A roubalheira, por si só, já seria motivo de monumental indignação, mas some-se a esse horror os efeitos da crise econômica que nos assola. Fruto, é evidente, da incompetência e das fantasias do grupo que chegou ao poder nos últimos doze anos. Diga-se, legitimamente, pelo voto. Uma evidência a mais de que nossa democracia ainda precisa de muito tempo para aprimorar-se.
. O problema é que à reação nacional ao insuportável assalto aos cofres públicos, promovido por agentes do Estado, vieram somar-se flagelos sacrificando a população. Impossível aceitar sem reagir o desemprego em massa, a redução de salários e de direitos trabalhistas, o aumento de impostos, taxas e tarifas, a perda do poder aquisitivo dos salários, a deterioração dos serviços públicos, em especial educação e saúde, a escalada da violência urbana e rural, as greves atingindo categorias fundamentais do meio social, como polícias, hospitais, escolas, transportes e a infraestrutura.
. Ao longo de muitas décadas de vivência e observação dos fenômenos sociais, recordo-me do primeiro. Nos idos de 1945, ainda de calças curtas, assisti da janela de um apartamento na rua do Catete, no Rio, a invasão, a depredação e o saque da Padaria Vitória, onde na véspera morrera um estudante, depois de comer um doce estragado. De forma espontânea, em protesto, a multidão destruiu não apenas aquele estabelecimento comercial, mas centenas de outros, num movimento que se espraiou do bairro do Flamengo a toda a Zona Sul e, depois, à capital federal inteira. Foram três dias de rebelião que nem a polícia nem o Exército conseguiram conter. De lá para cá tenho registrado incontáveis explosões populares, algumas até pacíficas, outras nem tanto. Sempre motivadas pelo inconformismo da massa, ainda que detonados por um episódio inesperado qualquer.
. É o que infelizmente se deve esperar agora. Uma faísca em condições de atingir o imenso barril de pólvora em que transformaram o Brasil. Depois, será modificar e recompor as instituições. Mas a que preço? (Carlos Chagas) 

Trem fantasma.  
Parque de diversões - Hoje já é de domínio público que para ganhar confiança e fazer a alegria de seus frequentadores, tão logo assumiu a presidência, em 2002, o Brasil ganhou contornos de um enorme Parque de Diversões.
Às favas - Como a arrecadação com a venda de ingressos (bilheteria) rapidamente se tornou insuficiente para bancar o elevado custo das diversas atrações populistas, o governo petista simplesmente mandou às favas o Orçamento Público e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Balas e algodão doce - Ao longo dos anos de mandato de Lula e Dilma, enquanto o povo, maravilhado, corria de um lado para outro querendo experimentar todas as atrações disponíveis, o governo petista tratava de distribuir balas, refrigerantes e muito algodão doce aos frequentadores. Em troca recebia elogios misturados com aplausos, como manda a boa educação de quem recebe um brinde.
Trem fantasma - Como não existe Parque de Diversões sem o indefectível Trem Fantasma, atração considerada como tradicional, o PT, provavelmente sem notar, fez deste equipamento indispensável, o meio de transporte obrigatório para levar os frequentadores para fora do ambiente de entretenimento.
Retorno à realidade - Ora, como sempre chega o momento em que é preciso sair da fantasia para voltar à realidade, o Trem Fantasma está cumprindo, com absoluto rigor, esta tarefa, ou processo. E o que todos estão vendo, neste final de 2015, são coisas realmente horripilantes, como, por exemplo.
.  Alguns números do terror
1 - Inflação beirando 10%;
2 - Câmbio em torno de 4 reais;
3 - Taxa de Juros acima de 14% ao ano.
4 - PIB caindo mais de 3%.
5 - Déficit Primário acima de 50 bilhões de reais; e
6 - Déficit Nominal acima de 350 bilhões de reais. (GSPires)
A crise da educação no Brasil não é uma crise: É um projeto. (Darcy Ribeiro)

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