15 de jul. de 2015

Peneira não tapa sol...

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• Petrobras estuda privatizar rede de gasodutos do país. Medida é parte de pacote anunciado em março para reduzir endividamento da estatal. Br apresentou três propostas a possíveis investidores. 
• Senado aprova projeto que amplia internação de jovem. Texto altera Estatuto da Criança e do Adolescente. Mudança dos atuais três para até dez anos acontece em casos de crime hediondo. Projeto vai para a Câmara. 
• Planalto aguarda denúncia contra Eduardo Cunha nos próximos dias. Presidente da Câmara disse a seus aliados que prepara ofensiva em retaliação ao governo. 
• Querem ficar chocados? Pois não! A PF e o MP exageraram, sim, apesar dos carrões de Collor. O Estado de Direito é coisa mais séria do que isso (Reinaldo Azevedo) 
• Concessão do Aeroporto de Confins aterrissa na Justiça. A concessão do Aeroporto Internacional de Confins, Belo Horizonte, vai completar um ano mês que vem sem ter decolado, e o caso parou na Justiça. 
• Mais um estranho encontro casual. Aqui 
• Adams diz que governo está confiante na aprovação das contas de 2014. Caso as contas do governo não sejam aprovadas pelo TCU, o tribunal recomendará ao Congresso Nacional que decida por sua rejeição, algo inédito na história do país. 
• Reforma política: senadores aprovam limites para institutos de pesquisa. Órgãos de imprensa ficariam impedidos de contratar esses institutos se eles também prestarem serviços para os partidos políticos. Outras quatro proposições receberam urgência regimental, uma delas com regras para afastamento de detentores de mandatos eletivos. 
• Câmara desencoraja coligações eleitorais. Emenda aprovada isenta dirigentes partidários de responsabilização se contas forem rejeitadas. 
• O nome da nova operação da PF é Politeia: vem da Grécia Antiga e referia-se a cidades-estado, com assembleia de cidadãos como parte do processo político, onde a ética prevalecia sobre a corrupção (Platão usa a expressão no livro A República). Hoje em dia, o termo é também usado para organização política de grupo ou sociedade frouxamente organizada. Pode ser também governo, império. (GibaUm) 
• Senado aprova revisão da dívida de clubes de futebol. Medida admite até 240 parcelas de no mínimo R$ 3 mil, com redução de 70% das multas, 40% dos juros e 100% dos encargos legais. Débitos fiscais e trabalhistas serão revistos mediante gestão responsável. 
• Oposição solicita auditoria do TCU nos contratos de Angra 3. O pedido de auditoria ocorre após revelações de que o diretor da Eletrobras e considerado homem da Dilma na estatal, Valter Luiz Cardeal, teria solicitado propina para a campanha presidencial de Dilma Rousseff no ano passado. 
• Setor automotivo pede socorro. Demissões em massa, queda na produção e fechamento de concessionárias afetam o setor, que busca aumentar as exportações para compensar as perdas no Brasil. 
Deportações na República Dominicana soam alerta no Brasil. Especialistas dizem que expulsão massiva de moradores de ascendência haitiana pode ampliar fluxo de imigrantes para o país. Atitude amigável do governo atrai haitianos para o Brasil. 
• Países estão reconsiderando a questão da pena de morte. Em alguns países muçulmanos, sobretudo na Indonésia, Irã, Paquistão e Arábia Saudita, as autoridades estão executando pessoas com um entusiasmo crescente. 
• Irã aceita abrir usinas nucleares a inspetores. Fontes em Viena dizem que acordo para monitorar poderio nuclear do país foi fechado, após 6 anos de negociação; sanções contra o Irã devem ser suspensas. 
 • EUA e Irã anunciam acordo; Israel vê erro histórico. Irã permitirá monitoramento internacional, em troca, sanções econômicas contra país serão suspensas; premiê israelense diz que Teerã agora terá dinheiro para financiar máquina de terror. Pacto nuclear Irã-potências traz boas perspectivas, mas ainda precisa passar pelo teste da realidade. 
• Parlamento grego decide hoje se aceita medidas de resgate. Prazo para aprovação dos cortes em troca de ajuda vence hoje; Premiê da Grécia enfrenta batalha por aprovação de ajuda; reformas exigidas por credores europeus deverão ter oposição no Parlamento; medidas precisam ser aprovadas hoje. Bancos gregos continuarão fechados até quinta-feira e instituições financeiras não serão abertas até que BCE retome financiamento por meio de assistência de liquidez de emergência. 
• PIB chinês surpreende e cresce 7% no 2º trimestre. Políticas que ajudaram em alta da Bolsa também colaboraram para expansão. PIB chinês é 60% maior que o de todos os outros Brics juntos. 

Social-democracia favelada e pau-de-arara
. Desde o trabalhismo de Getúlio Vargas, a partir de 1932, a sociedade brasileira escolheu ser social-democrata. Afinal, todos os países chiques são pelos menos um pouco disso, certo? Por que, então, haveríamos de não ser?
. Fizemos a opção pelo welfare state (dito assim fica mais chique ainda) há 83 anos e jamais renunciamos a ele mesmo sabendo que nunca se viu um país pobre tornar-se rico por implantar um Estado de bem-estar social. Isso só pode acontecer (se é que pode) naqueles que se tornaram ricos com o capitalismo, conforme constatou, por primeiro, o ex-marxista alemão Eduard Bernstein. Mas não há como recolher, desse modelo de Estado, condições para enriquecer um país pobre. Ao optar pelo Estado benevolente, ao qual todos recorrem em suas necessidades, garantidor de direitos reais e imaginários, provedor inesgotável, inclusive das mais insaciáveis demandas, o Brasil fez e faz, ao contrário, uma opção fundamental pela pobreza.
. Jamais criamos ou nos ocupamos seriamente dos pré-requisitos do desenvolvimento: 
a) educação de qualidade para todos, habilitando a juventude brasileira à realização de suas potencialidades e inserção produtiva na vida social, política e econômica; 
b) estímulos ao mérito e às manifestações de talento em todas as dimensões do humano; 
c) saneamento básico e adequada atenção à saúde; 
d) geração da infraestrutura necessária às atividades produtivas; 
e) segurança jurídica e respeito ao direito de propriedade; 
f) rigorosa proteção constitucional do cidadão contra o Estado; 
g) contenção da máquina pública dentro dos limites da capacidade contributiva da sociedade; 
h) economia de mercado; e 
i) um modelo político racional que separe Estado, governo e administração.
. Tendo optado pelo Estado provedor-empreendedor, inclusive durante os governos sob orientação militar, o Brasil olha para o horizonte eleitoral de 2018 movido pelas mesmas cismas que orientaram os partidos políticos e o eleitorado em todos os últimos pleitos: nenhum candidato do quadrante liberal-conservador, nenhum de centro, todos do centro-esquerda para a esquerda. A crise em que estamos será a pior conselheira para as eleições por vir. Não faltarão candidatos para receitar ainda mais do mesmo veneno a uma nação enferma. Pretenderão resolver a crise do Estado oferecendo ao eleitor mais e mais Estado. Trarão pás e escavadeiras para aprofundar o buraco. (Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor) 

Sofremos de impotência. 
Perto da entrada - Entra dia e sai dia e a grave situação econômica, que se espalha por todas as atividades produtivas do nosso pobre país, ao invés de dar sinais de que o fundo poço está próximo, o que seria suficiente para melhorar o estado de ânimo do povo, infelizmente nos mostra que estamos apenas perto da entrada.
Enorme sofrimento - Ou seja, pelas más e/ou insuficientes atitudes e, principalmente, pela falta delas, o governo mostra, repetidamente, que o caminho que temos pela frente, além de longo ainda será cercado de enorme sofrimento. 
Impotentes para virar o jogo - O que mais choca é que mesmo diante de certos indicadores que, constantemente, atestam:
1 - o péssimo desempenho do nosso PIB;
2 - a escalada sem fim da inflação;
3 - a elevação sistemática do desemprego;
4 - a extraordinária corrupção;
5 - a total falta de confiança no governo;
6 - a queda brutal da popularidade do governo e do PT; 
. nem assim nos tornamos minimamente potentes para virar o jogo. 
Lista restrita - Vejam que a lista de que define o tamanho das nossas desgraças é muito maior do que esta aí acima. E mesmo diante deste quadro restrito e pra lá de dramático, a democracia brasileira não nos dá a capacidade de impor mudanças que nos levem a mudar o complicado quadro que o país vive.
Nem certo nem justo - Esta severa impotência, que faz com que o povo só tenha o direito de fritar e se indignar, enquanto a desgraça cresce e toma conta do país todo, precisa ser melhor entendida e/ou diagnosticada. Só assistir o crescimento do drama, sem poder fazer alguma coisa, não é certo nem justo. 
Otimismo??? - Volto a afirmar que otimismo é um sentimento que só se justifica depois que tomamos alguma atitude que julgamos boa. A partir daí, o fato de acreditarmos que ela surtirá bons efeitos nos faz mais otimistas. Portanto, da forma como o governo está agindo o sentimento que nos move é outro. Nem preciso dizer qual é...
. Na escala técnica que fez na cidade do Porto, em Portugal, antes de seguir para Rússia, a presidente Dilma Rousseff teve um encontro reservado com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski. A reunião não foi incluída na agenda oficial. Também participou do encontro José Eduardo Cardozo. Que tal? Algum brasileiro honesto pode estar otimista
Direito a acreditar na fraude - Só o fato de ter havido o encontro já é suficiente para que o povo brasileiro especule. Tem direito a acreditar, com muita razão, que a presidente da República se reuniu secretamente com o presidente do STF, num país estrangeiro, para tentar melar a Lava Jato, salvando-a do impeachment e livrando os criminosos de seu partido da cadeia. (GSPires)

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O teto vai ruir...

Façamos as contas ao próximo exercício. Você aí que ainda nem recebeu os míseros trocadinhos do patrão e ouve a mulher querendo comprar comi...