23 de jul. de 2015

A verdade dos dinheiros no Lava Jato...

• Reportagem da Folha de S. Paulo desta quinta-feira dá conta de que o ex-presidente Lula teria procurado o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em busca de um acordão que encerrasse a crise política aberta com a Operação Lava Jato; Lula nega que tenha feito tal abordagem, mas FHC, maroto como sempre, se disse pronto para uma conversa: Lula tem meus telefones; não se sabe ao certo se foi Lula quem procurou FHC ou se é o tucano quem usa a Folha para propor um diálogo com o petista; de todo modo, os dois fariam bem em conversar; alguns dos maiores empresários do País estão presos preventivamente há mais de um mês e o Código Odebrecht pode implodir todo o sistema político; além dos petistas já implicados no escândalo, José Serra foi citado no celular de Marcelo Odebrecht na mensagem adiantar 15 p/JS e Aécio Neves foi também delatado por Alberto Yousseff como suposto organizador de um mensalão em Furnas. 
• Aprovação de Dilma cai para 7,7%, mostra pesquisa . Em março, 10,8% do eleitorado avaliaram positivamente o governo. Considerando o mesmo período, a reprovação subiu de 64,8% para 70,9% em julho. 
• Nova meta fiscal admite até deficit nas contas deste ano. Governo estende para 2016 e 2017 a redução do superavit primário previsto. 
• Numa das anotações de Marcelo Odebrecht, está escrito que deu 200 ao PT: 100 para a presidente; 100 para o partido. A Polícia Federal acha que são números referentes a milhões de reais, metade para a campanha presidencial e metade para a legenda. Nos dados oficiais enviados ao TSE registra-se que a empreiteira doou para a campanha de Dilma, no ano passado, R$ 13 milhões. Agora, a PF quer saber de onde veio a dinheirama, como foi paga, onde e se os R$ 13 milhões estariam dentro ou fora do montante oficial. Dizer que eram R$ 200 mil, não vale. (Giba Um) 
• Pelo celular, dono da UTC fala sobre pressão para doar à presidente. Problema era a diferença entre o que eles esperavam dar e a quantia pedida. O problema é bem maior, disse Ricardo Pessoa após doar R$ 5 mi à campanha. 
• Dilma investe contra a segurança dos voos. Não se pode dar sequer 1 minuto de trégua a essa corja de malfeitores incompetentes petistas. Basta a gente desviar um pouco os olhos, e lá vem outra. Agora, Dona Dilma decide indicar um advogado recém-formado, genro do senador Eunício Oliveira, para assumir uma das cadeiras de diretor da ANAC. Considerando que essa diretoria é que decide tudo sobre os aspectos da aviação civil, e que esse advogado entende de segurança aeronáutica tanto quanto eu entendo de grego, dá para perceber o descaso dessa inconsequente, que, entre proporcionar maior segurança à aviação civil, indicando gente competente para um cargo importante, e apadrinhar genro de um aliado político, ela fica com a segunda opção. Resta saber até onde o Senado vai apoiar mais essa irresponsabilidade (mais uma) dela. (AC) Aqui
• Em seis meses, Dilma é alvo de 15 pedidos de impeachment na Câmara. Número se aproxima dos 17 pedidos de impedimento de FHC em 8 anos. 
• Senador tucano José Serra promete nova batalha contra o governo após o recesso: a volta do parlamentarismo; segundo o colunista Ancelmo Gois, ele admite ainda a possibilidade de Dilma não chegar ao final do mandato, não necessariamente por impeachment: Não é o que eu quero. Mas, nos meus 73 anos, já assisti por razões diversas sete presidentes não concluírem o mandato: Getúlio, Café Filho, Jânio, João Goulart, Costa e Silva, Tancredo e Collor
• Ninguém ajuda o capitão Levy. O Brasil pode quebrar se não seguir à risca o pacote esboçado por ele para recolocar a nau no rumo. Mas ninguém, ninguém ajuda o capitão. 
• Cunha prepara pacote anti-OAB para o 2º semestre. Na lista de projetos contra a entidade estão seu controle externo, por parte do TCU, eleições diretas para diretoria e fim do exame obrigatório para bacharéis, entre outros. Líder do governo na Câmara e outros deputados prometem resistência. 
• Conmebol fará reunião e regra obriga Del Nero a ir a encontro. Presidente da CBF evita sair do Brasil desde as prisões de cartolas sob suspeita de corrupção. 
• Marcada acareação entre Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef na CPI. Segundo Paulo Roberto Costa, Youssef operacionalizou um pagamento de R$ 2 milhões para a campanha de Dilma Rousseff em 2010, pedido que teria sido intermediado pelo ex-ministro Antonio Pallocci. O doleiro, no entanto, nega. 
• Telegrama indica favorecimento de empreiteiras no Haiti. Odebrecht e Andrade Gutierrez receberam documento de diplomata brasileiro sobre possível licitação de rodovias no Haiti antecipadamente; Suíça vê indícios de que Odebrecht pagou propina em contas no país e documentos revelam que EUA investigam obras da Odebrecht no exterior. Contratos da construtora brasileira estão sendo investigados em vários países sob suspeita de corrupção; Lula era o maior apoiador da empresa.

Brasil virou filme de terror sem fim, diz Financial Times.
. A incompetência, a arrogância e a corrupção esmagaram a magia brasileira. É assim, sem meias palavras, que o jornal britânico Financial Times começa uma dura análise sobre a condição atual do Brasil.
. Com o título Recessão e corrupção: a crescente podridão no Brasil, o texto publicado nesta quarta-feira destaca os fatores que levaram o Brasil a virar um filme de terror sem fim.
. O primeiro deles é o método desastroso que perseguiu as decisões econômicas do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, que, nas palavras do jornal, manipulava a economia com sua nova matriz econômica.
. Para reparar os erros do passado, o governo Dilma tem adotado medidas corretivas dolorosas, mas necessárias que como efeito têm reduzido os salários reais, cortado empregos e esmagado a confiança nos negócios, além do pífio desempenho da petista nas sondagens de opinião pública. 
. Mas, para a publicação, o que mais pesa na situação escabrosa do Brasil é o escândalo de corrupção na Petrobras.
. A senhora Rousseff enfrenta acusações de que sua gestão quebrou regras de financiamento de campanha e que maquiou as contas do governo; ambas [acusações] são suficientes para um impeachment.
. O Financial Times pondera que, pelo menos por enquanto, os políticos preferem que Dilma se mantenha no poder e ganhe o crédito pelos problemas do país.
. Mas este cálculo pode mudar ao passo que eles precisarem salvar a própria pele, diz o texto. Para o jornal, o rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com o governo na última sexta seria uma prova disso.
. O cenário deve piorar se o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva for alvo de processo por envolvimento no esquema de corrupção.
. Isso aprofundaria o racha entre ele e Rousseff, diz o jornal. Se isso se concretizar, todos os fatores conspirariam para a deposição da presidente, na opinião da publicação.
. Mas nem tudo são más notícias no país, diz o jornal. O texto argumenta que o zelo pela Petrobras mostra o quanto as instituições democráticas são fortes no Brasil.
. Em um país onde os poderosos pensam que estão acima da lei, Marcelo Odebrecht, chefe da maior empresa de construção do Brasil, está preso, afirma o texto.
. O jornal pontua que, se por um lado, o aprofundamento das investigações da Operação Lava Jato tem preocupado investidores, por outro, se isso levar políticos e empresários a pensar duas vezes antes de pagar suborno, este terá sido o maior o maior avanço da luta da região [América Latina] contra a corrupção, diz a publicação.
. Enquanto esta história não chega ao seu desfecho prático, o jornal prevê ao menos mais três anos solitários para a presidente Dilma.
. Os brasileiros são pragmáticos, então, o pior cenário de um impeachment caótico será evitado”, afirma. “Mesmo assim, o mercado tem começado a cobrar o preço pelo risco.
. Conclusão: o pior ainda pode estar por vir para o Brasil, na visão do Financial Times.
Em política, sempre é preciso deixar um osso para a oposição roer. (Joseph Joubert)

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