30 de jun. de 2015

Grécia e Brasil, o que há em comum...

• Dilma deve apresentar novo plano sobre o clima nos EUA. Programa diz que país pretende zerar desmatamento ilegal em dez anos. 
• Enquanto ela diz em entrevista coletiva nos EUA que Eu não respeito delator, ela negou qualquer encontro ou que tenha enviado emissários pedir propina; Segundo delator, Dilma foi beneficiada com R$ 7,5 milhões. Campanha de Dilma teve caixa dois, disse delator. Denúncia é do ex-presidente da UTC, Ricardo Pessoa. Segundo ele, R$ 3,6 milhões foram repassados sem que os recursos fossem declarados durante a disputa presidencial de 2010. 
• Cunha articula instituição do sistema parlamentarista no Brasil. Em entrevista à Folha, presidente da Câmara dos Deputados afirma que tem discutido o tema com representantes de partidos como PSDB, DEM e PMDB.
• Senadores do PT reagem a ameaça de impeachment. Líder da bancada no Senado sai em defesa de Dilma e diz que oposicionistas levantam novamente a tese apenas para desgastar o governo. Assunto deve ser tratado em reunião com Lula. Oposição discutiu pedido de impeachment. Lideranças oposicionistas se reuniram ontem, para discutir que estratégia adotar em relação às revelações da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa. 
• Pimentel é apontado como chefe da organização de lavagem de dinheiro, diz revista. Governador de Minas e sua esposa são suspeitos de ter praticado os crimes de corrupção passiva, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, de acordo com reportagem. Eles negam envolvimento com irregularidades. 
• Dilma adere a campanha em favor da união gay, mas é cobrada. No Facebook, presidente se junta a movimento deflagrado para comemorar liberação de casamento gay nos Estados Unidos. Internautas cobram mais avanços no Brasil, como a criminalização da homofobia. 
• Despenca a filiação de jovens até 25 anos a partidos políticos. Levantamento divulgado pelo jornal O Globo mostra que caiu em 56%, desde 2009, o número de eleitores entre 16 e 24 filiados aos cinco maiores partidos do país. Redução atinge do PT ao PSDB. 
Dilma não gosta de fazer política, diz petista deputado do PT, Wadih Damous, que a presidente não tem interlocutores com o Congresso e se isola no Planalto, sem delegar poderes. Para ele, Dilma precisa se reaproximar do PT e dos movimentos sociais para não depender do PMDB. Ainda: Sérgio Moro tem traços de paranoia, afirmou que a Operação Lava Jato deveria ser anulada pelo STF devido às arbitrariedades do juiz responsável pelas investigações, Sérgio Moro. Ele usa a prisão para chantagear, acusa. Para deputado, delação é farsa
• PSDB está divido sobre impeachment, diz tucano. Para Alvaro Dias, acusações graves de caixa dois na campanha à reeleição de Dilma podem levar ao impedimento. Se houver comprovação, o caminho é ao impeachment, diz o senador. 
• Após delação de Ricardo Pessoa, STF recebe 29 petições sigilosas. Conforme informações dos investigadores da Operação Lava Jato, as petições fazem parte de uma nova rodada de diligências solicitadas pelo MPF à Polícia Federal. Esquema da Lava Jato é enorme e descomunal, diz Janot. Também defendeu maior independência do Ministério Público em relação às investigações da Polícia Federal. 
• CPI da Petrobras quer ouvir Ricardo Pessoa nesta semana. Convocação de ex-presidente da UTC Engenharia foi aprovada em abril, mas deputados aguardavam pela homologação da delação premiada. Delator citou repasses de recursos obtidos de maneira ilícita a 18 políticos, inclusive para a campanha de Dilma. 
• Ex-ministro Guido Mantega é hostilizado pela terceira vez. Ex-ministro da Fazenda é chamado de ladrão, sem vergonha e palhaço em restaurante em São Paulo enquanto almoçava com a família. Ele já havia sido insultado em outro restaurante e no Hospital Albert Einstein, também na capital paulista.


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A nau sem rumo: Dilma no volume morto.
. O processo histórico é caracterizado pela alternância de períodos de calmaria e turbulência. As crises são as parteiras da História. É quando a sociedade, a partir da experiência acumulada, pode enfrentar seus mitos, problemas, gargalos e desafios. A luta entre o velho e o novo é complexa. A crise pode ser enfrentada com ousadia e coragem ou com covardia e mediocridade. Decisões tomadas hoje podem viabilizar ou aniquilar o horizonte das novas gerações. O Brasil está em marcha lenta, gradual e segura para um futuro nada glorioso.
. Vivemos a maior crise econômica pós-Real. Investimentos públicos e privados em queda, consumo despencando, equilíbrio fiscal ameaçado, esgotamento do endividamento das famílias, comércio exterior afetado pelo fim do boom das commodities, recessão com crescimento negativo, inflação alta, setores como o energético e o petróleo desorganizados pela intervenção equivocada do governo.
. E qual é a resposta do governo?
. Aumento de juros e impostos e cortes pouco criteriosos de gastos. A calibragem da terapia é a chave do sucesso, pode matar o doente, já que toda medida tem sempre efeitos colaterais. O aumento de juros não só introduz incremento de despesa no financiamento da dívida pública, que anula boa parte do esforço de corte de gastos, como pode desvalorizar o dólar desestimulando as exportações e agravar a queda da atividade econômica e da arrecadação tributária.
. Para agravar o quadro, temos o maior escândalo da história brasileira contaminando nossa maior empresa estatal e levando de contrabando para o ralo outro forte setor da economia, o da construção pesada, essencial para o desenvolvimento da política de privatizações, concessões e parcerias com o setor privado.
. Paralelo a isso, vivemos uma crise política. O governo Dilma perdeu o controle do Congresso, não tem maioria sólida para governar. O PMDB fez um realinhamento tático e patrocina um protagonismo inédito do Congresso Nacional. Assistimos a um bonapartismo sem rumo, uma nau perdida em meio à tempestade. Ninguém apoia Dilma. Nem a sociedade, como bem demonstrou a recente pesquisa Datafolha, em que 65% dos brasileiros rejeitam o governo, nem o PMDB com sua tática de morde e sopra, nem o próprio PT, acuado e esfacelado pela Operação Lava Jato e pelo estelionato eleitoral cometido. Dilma se tornou uma presidente ausente, sem liderança, sem apoio, sem condições de governar.
. E seu criador, o ex-presidente Lula, apimentou o quadro dizendo que ele e Dilma estavam no volume morto - último refúgio de soluções nas represas de água - e o PT abaixo dele. E que o PT perdeu o sonho e a utopia e só pensa em cargos e eleições. Cinismo, hipocrisia ou um lapso de realismo? (Marcus Pestana)
Não existe pior intolerância do que a da razão. (Miguel de Unamuno)

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